OS
FORTES DA BARRA DO TEJO
A
barra do rio Tejo tinha um conjunto de Fortes nas suas margens, para defesa da
costa marítima e da cidade de Lisboa.
Construído dentro da barra do Tejo, erguido na Ponta das
Lavadeiras, junto à confluência da ribeira de Barcarena com o rio, perto de
Caxias. Edificado no Séc. XVII, para defesa da cidade de Lisboa e a Protecção marítima do Tejo.
FORTE SÃO JULIÃO DA BARRA
Situa-se na ponta do Gião, na vila de Oeiras. Considerado no
passado como o escudo do reino. Foi construído em 1549, pelo arquitecto Miguel
Arruda, por ordem do Rei D. João III, juntamente com o 'Forte do Bugio', faziam cruzamento de fogo através dos seus
canhões, sobre a entrada da barra. Integrava o sistema defensivo da costa,
sendo a maior fortificação marítima Nacional, e a chave da defesa da barra do rio Tejo.
FORTE
SANTO ANTÒNIO DA BARRA
Também conhecido por 'Forte Velho'. Foi edificado em 1590, por
ordem de Filipe I, de Espanha. Sendo construído pelo engenheiro militar Padre
Giovanni Vincenzo Casale, Napolitano e ao serviço da coroa Espanha.
Chegou a Portugal em 1590, para fortificar a barra do Tejo, contra a frota
Inglesa.
FORTE
DE SÃO TEODÓSIO
Também conhecido pelo Forte da Cavalheira, situa-se na praia
de S. joão do Estoril, fazia parte de um conjunto de fortalezas 'Joaninas' edificadas entre 1642 e 1648, cuja disposição visava formar uma linha defensiva com São Julião da Barra.
FORTE
DE SÃO JORGE DE OITAVOS
Construído entre 1642 e 1648, integrava o grupo de fortalezas
Joaninas que formavam uma linha defensiva, juntamente com os outros 'forte e São
Julião da Barra', situado na costa de Cascais, junto á Guia era o primeiro forte a responder a situações hostis.
FORTE
DE SÃO PEDRO
Situa-se na praia da Poça, Estoril. Este forte, fazia parte
do conjunto de fortalezas 'Joaninas' edificadas entre 1642 e 1648, e formava com
os restantes fortes, a defesa da barra do rio Tejo.
FORTE
DE SANTA MARTA
Construído junto à ribeira dos Mochos, o forte de Santa
Marta, foi mandado edificar no Séc. XVII, por Don Luís de Meneses, Governador da
praça de Cascais.
TORRE
DE BELÉM
Inicialmente
foi uma fortaleza, construída no reinado de D. Manuel I, fazia parte integrante
de um plano idealizado e estudado no tempo de D. João II. O plano consistia na
construção de três fortalezas uma
na 'Baía de Cascais', na 'Caparica', 'São Sebastião' ou 'Torre Velha', na margem
direita a 'Torre de Belém'. As três fortalezas eram complementadas com o fogo
cruzado de pequenas caravelas instancionadas
no Rio Tejo. A 'Torre de Belém', ficava na época a alguns quilómetros do centro
da cidade de Lisboa, edificada na praia de Belém, local onde o rio se alarga
para o estuário. Destinava-se a proteger a
cidade de Lisboa, que na altura era uma das mais ricas e cosmopolitas do Mundo,
e a barra do Tejo, que ao tempo desfrutava de uma intensa actividade por via do
importante comércio marítimo.
O
FORTE DA TRAFARIA
Construído
em 1683, a mando de Don Pedro II, o forte da Trafaria situa-se junto ao rio
Tejo, entre o extremo Oeste da falésia e o ribeiro da 'Raposeira' na Vila. Talvez
pelas dúvidas sobre a sua eficácia defensiva,
apenas permitia impedir um possível desembarque . O Forte teve diversos usos.
Em 1831, funcionou como presídio militar até ao fim das lutas liberais.
Abandonado, foi ocupado pela Companhia das
pescas, para fábrica de guano de peixe, indústria condenada pelo Conselho de
Saúde Pública. Novamente ao abandono, é recuperado durante o reinado de Don Manuel II, e adaptado a presídio militar. Serviu
ainda de viveiro das matas Nacionais, abrigou as galeotas Reais 1879, mas em
1917, encontrava-se novamente ao abandono. O Estado Novo vem a recuperar o Forte,
e, novamente faz dele presídio
para dissidentes políticos.
RIBEIRA
DAS NAUS
A
Ribeira das Naus, tornou-se a partir do Reinado de D. Afonso V, em meados do
Séc. XV, o centro privilegiado
da Construção Naval. Após o terramoto de 1755, optou-se por reconstruir o 'Arsenal Real da
Marinha' no mesmo local da 'Ribeira das Naus'. Desta forma sob o plano do
Arquitecto Eugénio dos Santos, inicia o 'Arsenal Real da Marinha' a sua
reconstrução, cuja a imponente fachada marca ainda hoje
a paisagem ribeirinha. Ao longo da sua história, foram feitas importantes
alterações e melhoramentos. A construção da 'Doca Seca' no último quartel do Séc.
XVIII, revelou-se de grande utilidade para
a época. Ao mesmo tempo face às exigências das armadas, conclui-se a 'Cordoaria
Nacional', que deveria fornecer parte do material para os navios. A ribeira das
naus com a reconstrução do 'Arsenal Real
da Marinha de Lisboa', foi até ao fim do Séc. XIX, o mais importante polo de
construção naval do Reino Português.
FORTE
SÃO LOURENÇO DO BUGIO
O 'Forte de São Lourenço do Bugio', também conhecido como 'Forte de São Lourenço da
Cabeça Seca' ou simplesmente, 'Torre do Bugio', localiza-se a meio das águas da
foz do rio Tejo. Encontra-se erguido num
banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, fruto da dinâmica da
confluência de suas águas com o
oceano Atlântico, ao ritmo das marés. É o único da região com a superfície
acima da linha
de marés durante todo o ano, daí ter ficado o nome de 'Cabeço' ou 'Cabeça Seca'. O
nome de 'Bugio', por qual ainda hoje é conhecido, pode ser atribuída, entre
outras versões, à estrutura circular da torre,
encimada por um farol. Foi erguido, primeiramente como forte, por Don Manuel de
Almada, 1578 por ordem de El Rei D. Sebastião, para defesa da cidade Lisboa. Mais
tarde em 1693, ao forte, foi implantado
uma torre com um farol , passando a auxiliar a navegação. Com o terramoto de
1755, ficou danificado e parcialmente destruído, tendo vindo a ser reconstruido
por ordem do Marquês de Pombal
em 1758, entrando em funcionamento em 1775 , até aos dias de hoje.
CAIS
DAS COLUNAS
O
nome de Cais das Colunas, deve-se à existência de dois pilares monolíticos, erguidos
nos extremos do cais. É da autoria do Arquitecto Eugénio dos Santos, que foi
nomeado pelo Marquês de Pombal, para
a reconstrução da baixa pombalina. Ficou concluído no fim do Séc. XVIII, após a
reabilitação do Terreiro do Paço, depois do terramoto de 1755. É a grande porta
de entrada da cidade, vinda do rio Tejo,
ilustres visitantes por lá já deram entrada em Lisboa. Hoje é um miradouro do
rio, onde se pode desfrutar uma linda paisagem da azáfama do Tejo.
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