sexta-feira, maio 30, 2014

Fortes e Fortalezas de Costa - Atlântico - Portugal II



OS FORTES DA BARRA DO TEJO

        A barra do rio Tejo tinha um conjunto de Fortes nas suas margens, para defesa da costa marítima e da cidade de Lisboa.



FORTE DE SÃO BRUNO

              

Construído dentro da barra do Tejo, erguido na Ponta das Lavadeiras, junto à confluência da ribeira de Barcarena com o rio, perto de Caxias. Edificado no Séc. XVII, para defesa da cidade de Lisboa e a Protecção marítima do Tejo.

FORTE SÃO JULIÃO DA BARRA
   
      
   
Situa-se na ponta do Gião, na vila de Oeiras. Considerado no passado como o escudo do reino. Foi construído em 1549, pelo arquitecto Miguel Arruda, por ordem do Rei D. João III, juntamente com o 'Forte do Bugio', faziam cruzamento de fogo através dos seus canhões, sobre a entrada da barra. Integrava o sistema defensivo da costa, sendo a maior fortificação marítima Nacional, e a chave da defesa da barra do rio Tejo.

    

FORTE SANTO ANTÒNIO DA BARRA

            

Também conhecido por 'Forte Velho'. Foi edificado em 1590, por ordem de Filipe I, de Espanha. Sendo construído pelo engenheiro militar Padre Giovanni Vincenzo Casale, Napolitano e ao serviço da coroa Espanha. Chegou a Portugal em 1590, para fortificar a barra do Tejo, contra a frota Inglesa.

     

FORTE DE SÃO TEODÓSIO

    

Também conhecido pelo Forte da Cavalheira, situa-se na praia de S. joão do Estoril, fazia parte de um conjunto de fortalezas 'Joaninas' edificadas entre 1642 e 1648, cuja disposição visava formar uma linha defensiva com São Julião da Barra.

FORTE DE SÃO JORGE DE OITAVOS

    

Construído entre 1642 e 1648, integrava o grupo de fortalezas Joaninas que formavam uma linha defensiva, juntamente com os outros 'forte e São Julião da Barra', situado na costa de Cascais, junto á Guia era o primeiro forte a responder a situações hostis.

FORTE DE SÃO PEDRO

    

Situa-se na praia da Poça, Estoril. Este forte, fazia parte do conjunto de fortalezas 'Joaninas' edificadas entre 1642 e 1648, e formava com os restantes fortes, a defesa da barra do rio Tejo.

FORTE DE SANTA MARTA

    

Construído junto à ribeira dos Mochos, o forte de Santa Marta, foi mandado edificar no Séc. XVII, por Don Luís de Meneses, Governador da praça de Cascais.

TORRE DE BELÉM

    

Inicialmente foi uma fortaleza, construída no reinado de D. Manuel I, fazia parte integrante de um plano idealizado e estudado no tempo de D. João II. O plano consistia na construção de três fortalezas uma na 'Baía de Cascais', na 'Caparica', 'São Sebastião' ou 'Torre Velha', na margem direita a 'Torre de Belém'. As três fortalezas eram complementadas com o fogo cruzado de pequenas caravelas instancionadas no Rio Tejo. A 'Torre de Belém', ficava na época a alguns quilómetros do centro da cidade de Lisboa, edificada na praia de Belém, local onde o rio se alarga para o estuário. Destinava-se a proteger a cidade de Lisboa, que na altura era uma das mais ricas e cosmopolitas do Mundo, e a barra do Tejo, que ao tempo desfrutava de uma intensa actividade por via do importante comércio marítimo.

O FORTE DA TRAFARIA

    

Construído em 1683, a mando de Don Pedro II, o forte da Trafaria situa-se junto ao rio Tejo, entre o extremo Oeste da falésia e o ribeiro da 'Raposeira' na Vila. Talvez pelas dúvidas sobre a sua eficácia defensiva, apenas permitia impedir um possível desembarque . O Forte teve diversos usos. Em 1831, funcionou como presídio militar até ao fim das lutas liberais. Abandonado, foi ocupado pela Companhia das pescas, para fábrica de guano de peixe, indústria condenada pelo Conselho de Saúde Pública. Novamente ao abandono, é recuperado durante o reinado de Don Manuel II, e adaptado a presídio militar. Serviu ainda de viveiro das matas Nacionais, abrigou as galeotas Reais 1879, mas em 1917, encontrava-se novamente ao abandono. O Estado Novo vem a recuperar o Forte, e, novamente faz dele presídio para dissidentes políticos.

    

RIBEIRA DAS NAUS

    

A Ribeira das Naus, tornou-se a partir do Reinado de D. Afonso V, em meados do Séc. XV, o centro privilegiado da Construção Naval. Após o terramoto de 1755, optou-se por reconstruir o 'Arsenal Real da Marinha' no mesmo local da 'Ribeira das Naus'. Desta forma sob o plano do Arquitecto Eugénio dos Santos, inicia o 'Arsenal Real da Marinha' a sua reconstrução, cuja a imponente fachada marca ainda hoje a paisagem ribeirinha. Ao longo da sua história, foram feitas importantes alterações e melhoramentos. A construção da 'Doca Seca' no último quartel do Séc. XVIII, revelou-se de grande utilidade para a época. Ao mesmo tempo face às exigências das armadas, conclui-se a 'Cordoaria Nacional', que deveria fornecer parte do material para os navios. A ribeira das naus com a reconstrução do 'Arsenal Real da Marinha de Lisboa', foi até ao fim do Séc. XIX, o mais importante polo de construção naval do Reino Português.

    

FORTE SÃO LOURENÇO DO BUGIO

   

O 'Forte de São Lourenço do Bugio', também conhecido como 'Forte de São Lourenço da Cabeça Seca' ou simplesmente, 'Torre do Bugio', localiza-se a meio das águas da foz do rio Tejo. Encontra-se erguido num banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, fruto da dinâmica da confluência de suas águas com o oceano Atlântico, ao ritmo das marés. É o único da região com a superfície acima da linha de marés durante todo o ano, daí ter ficado o nome de 'Cabeço' ou 'Cabeça Seca'. O nome de 'Bugio', por qual ainda hoje é conhecido, pode ser atribuída, entre outras versões, à estrutura circular da torre, encimada por um farol. Foi erguido, primeiramente como forte, por Don Manuel de Almada, 1578 por ordem de El Rei D. Sebastião, para defesa da cidade Lisboa. Mais tarde em 1693, ao forte, foi implantado uma torre com um farol , passando a auxiliar a navegação. Com o terramoto de 1755, ficou danificado e parcialmente destruído, tendo vindo a ser reconstruido por ordem do Marquês de Pombal em 1758, entrando em funcionamento em 1775 , até aos dias de hoje.

CAIS DAS COLUNAS

    

O nome de Cais das Colunas, deve-se à existência de dois pilares monolíticos, erguidos nos extremos do cais. É da autoria do Arquitecto Eugénio dos Santos, que foi nomeado pelo Marquês de Pombal, para a reconstrução da baixa pombalina. Ficou concluído no fim do Séc. XVIII, após a reabilitação do Terreiro do Paço, depois do terramoto de 1755. É a grande porta de entrada da cidade, vinda do rio Tejo, ilustres visitantes por lá já deram entrada em Lisboa. Hoje é um miradouro do rio, onde se pode desfrutar uma linda paisagem da azáfama do Tejo.

    

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