FORTES E FORTALEZAS DE COSTA NO BRASIL - RIO GRANDE DO NORTE
CASA-FORTE DE GUARAÍRAS
A Casa-forte de Guaraíras, também denominada como Fortim da ilha do Flamengo, localizava-se na ilha de Guaraíras (ou ilha do Flamengo) na barra do rio Guaraíras, atual município de Arez, no litoral do estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
A região da foz do rio Guaraíras constituía-se em um importante centro produtor de mandioca, feijão, milho e gado no século XVII. No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), aí foi erguida uma Casa-forte, pelas forças neerlandesasque controlaram a Capitania do Rio Grande do Norte a partir do final de 1633. Estrutura de campanha, provavelmente de faxina e terra, estava cercada por uma dupla trincheira e guarnecida por um destacamento de quarenta homens, além de indígenas aliados e de escravos africanos. Foi assaltada na noite de 5 para 6 de janeiro de 1648 pelas forças do Mestre-de-Campo Henrique Dias (16??-1662), que a conquistaram após vinte e duas horas de combate, massacrando os seus ocupantes, sepultados na própria ilha. O episódio encontra-se descrito nas crônicas de Frei Rafael de Jesus e de Diogo Lopes Santiago. Este último registra:
A região da foz do rio Guaraíras constituía-se em um importante centro produtor de mandioca, feijão, milho e gado no século XVII. No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), aí foi erguida uma Casa-forte, pelas forças neerlandesasque controlaram a Capitania do Rio Grande do Norte a partir do final de 1633. Estrutura de campanha, provavelmente de faxina e terra, estava cercada por uma dupla trincheira e guarnecida por um destacamento de quarenta homens, além de indígenas aliados e de escravos africanos. Foi assaltada na noite de 5 para 6 de janeiro de 1648 pelas forças do Mestre-de-Campo Henrique Dias (16??-1662), que a conquistaram após vinte e duas horas de combate, massacrando os seus ocupantes, sepultados na própria ilha. O episódio encontra-se descrito nas crônicas de Frei Rafael de Jesus e de Diogo Lopes Santiago. Este último registra:
"Sendo informado Henrique Dias que em um sítio que chamam as Guaraíras, que dista 6 léguas de Cunhaú para o Rio Grande, tinha o inimigo um meio reduto ou casa-forte em uma linha cercada com uma lagoa grande, funda e larga, donde tinham soldados de guarnição e havia muitos índios e negros de Angola com que faziam suas lavouras, determinou de investir esta casa-forte e degolar os que dentro estavam e aproveitar-se da presa que havia.
Tanto que chegaram à lagoa, viram que estava o meio reduto cercado com duas trincheiras bem fortes e tiveram por informações que estavam em sua defesa 40 flamengos, exceto os índios, e como vê, Henrique Dias que estava tão fortificado e cercado com àquela lagoa, determinou de tomar por armas a casa-forte e ordenando as coisas necessárias e posta em ordem sua gente, foram seus soldados passando com água pela cintura e sendo sentidos dos flamengos se prepararam para defesa. Cometeu a gente com grande valor e ânimo, dando muitas surriadas de mosquetaria, mas com muito risco e trabalho, porque disparavam as armas uns sobre os ombros dos outros, por causa da água e houve de parte a parte uma travada pendência, que durou do princípio até a meia-noite, defendendo-se o inimigo com muito valor, dando muita surriadas de mosquetaria e os índios disparando muitas flechas nos nossos, aos quais grandemente seu governador Henrique Dias.
Chegando à primeira trincheira a foram desfazendo com facões e traçados e ao fim a ganharam, e querendo também apoderar-se da segunda, se começou de novo a travar uma renhida e arriscada peleja, porém, apesar do inimigo que bravamente pugnava para defender, a romperam e entraram, e o primeiro que nela entrou foi o capitão André Alves, preto, com outros capitães e soldados que nela foram entrando.
Tanto que a capitão dos flamengos viu entrada da segunda trincheira e quase ganha à casa-forte, por não experimentar o rigor dos nossos que estavam iracundos pela muita e grande resistência que houve e gente que eles mataram e feriram, se acolheu com cinco ou seis flamengos em uma canoa pela lagoa.
Os nossos apertando mais com o inimigo, lhes ganharam o meio reduto ou casa-forte, sem darem quartel a ninguém. Puseram à espada todos os flamengos e índios e como era de noite, com a fúria com que iam, sem advertirem, mataram alguns escravos que nela havia, tomando muita pilhagem e não de pouca consideração. Nessa pendência, nos mataram três soldados e um pardo e feriram muitos. Dos inimigos só escaparam cinco ou seis, como dissemos, na canoa. Os outros foram mortos com os índios que puderam colher."
Em nossos dias, a acesso à ilha ainda é feito por canoas, a partir do sítio de Patané. Subsistem no local vestígios das antigas muralhas. Na parte mais elevada da ilha, também em nossos dias, foi erguido um cruzeiro em memória dos mortos naquele combate. Uma peça da artilharia da antiga fortificação encontra-se em exposição na Praça Cívica Leônidas de Paula em Arez.
FORTALEZA DOS REIS MAGOS
O Forte dos Reis Magos é uma edificação militar histórica localizada na cidade de Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
O forte foi o marco inicial da cidade (fundada em 25 de dezembro de 1599), no lado direito da barra do rio Potenji (hoje próximo à Ponte Newton Navarro). Recebeu esse nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, dia de Reispelo calendário católico.
No contexto da Dinastia Filipina, quando da conquista do litoral Nordeste do Brasil, então ameaçada por corsários franceses que ali traficavam o pau-brasil ("Caesalpinia echinata"), a barra do rio Grande (do Norte) foi alcançada por tropas portuguesas, sob o comando do Capitão-mor da Capitania de Pernambuco, Manuel de Mascarenhas Homem, com ordens para iniciar uma fortificação. Para a defesa do acampamento, junto à praia, foi iniciada uma paliçada de estacada e taipa, com planta no formato circular, à modaindígena, a 6 de janeiro de 1598 (dia dos Santos Reis), enquanto se procedia à escolha do local definitivo para a fortificação ordenada pela Coroa: um recife, à entrada da barra, ilhado na maré alta e que, na vazante, permitia a comunicação com terra firme.
A planta do novo forte, traçada no Reino em 1597, atribuída ao padre jesuíta Gaspar de Samperes (ou Gonçalves de Samperes), "mestre nas traças de engenharia na Espanha e Flandres" e discípulo do arquiteto militar italiano Giovanni Battista Antonelli, apresentava a forma clássica do forte marítimo seiscentista: um polígono estrelado, com o ângulo reentrante voltado para o Norte, construído em "taypa, estacada e area solta entulhada". As suas obras ficaram a cargo de seu primeiro comandante, Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618).
O seu segundo comandante foi João Rodrigues Colaço, e a fortificação estava em condições de defesa já no início de 1602, artilhada e guarnecida por um destacamento de duzentos homens. Encontra-se representada por João Teixeira Albernaz, o velho, na obra atribuída a Diogo de Campos Moreno, no canto superior esquerdo do mapa do Rio Grande, como "Planta do Forte que defende a barra do Rio Grande" (petipé em braças craveiras), artilhado com 10 peças em suas carretas, atirando à barbeta. Esta iconografia já reflete as obras de reconstrução executadas a partir de 1614, com planta do Engenheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita (1603-1634), quando adquiriu a atual conformação. Na ocasião, as suas muralhas foram melhoradas, recebendo contrapiso e contrafortes de reforço pelo lado do mar, bem como obras internas de habitação, em edifícios de dois pavimentos, que ficaram concluídas em 1628.
No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), a "Memória" de 20 de Maio de 1630, oferecida aos dirigentes da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WOC) de Pernambuco por Adriaen Verdonck, refere-se a esta praça:
"Da cidade do Rio Grande [Natal] ao forte chamado os Três Reis Magos há apenas a distância duma pequena meia milha [c. 2 quilômetros], e esse forte é o melhor que existe em toda a costa do Brasil, pois é muito sólido e belo e está armado com 11 canhões de bronze, todos meios-canhões, muitas colubrinas e ainda 12 ou 13 canhões de ferro, estes porém imprestáveis; na entrada do mesmo forte há também 2 peças e daí chega-se ao paiol da pólvora; as muralhas podem ter de 9 a 10 palmos de espessura e são dobradas, tendo o intervalo cheio de barro; ordinariamente há poucos víveres no forte, porque entre esses portugueses não reina muita ordem; a guarnição consta habitualmente de 50 a 60 soldados pagos e com a maré cheia o forte fica todo cercado d'água, de modo que ninguém dele pode sair nem nele pode entrar."
Após uma primeira tentativa de assalto por Vandenbourg, frustrada em Dezembro de 1631, em Dezembro de 1633 inicia-se nova invasão neerlandesa: vindos do Recife em quinze navios, uma tropa de 800 soldados desembarca na Ponta Negra sob o comando do Tenente-coronel Byma, cercando o forte numa operação combinada terrestre e naval. Guarnecido por 85 homens sob o comando do Capitão Pedro Gouveia, e artilhado por nove peças de bronze e 22 de ferro, após uma semana de assédio, ferido o comandante da praça, à revelia deste é negociada a rendição por alguns ocupantes, entre os quais Domingos Fernandes Calabar (1609-1635). Ocupada de 12 de Dezembro de 1633 a Fevereiro de 1654, com o nome Castelo Ceulen (Kasteel Keulen), homenagem a Natthijs van Ceulen, um dos dirigentes colegiados da WOC no Brasil de 1633-1634. O capitão Joris Garstman foi o primeiro holandês a comandá-la e o Conde Maurício de Nassau (1604-1679) mandou repará-la (1638).
"(…) o Castelo Keulen, no Rio Grande, situado sobre o arrecife de pedra na entrada da barra. Construído de pedra de cantaria, é muito elevado, e tem muito grossas e fortes muralhas. Na frente, para o lado de terra, tem uma forma de hornaveque, isto é, uma cortina, com dois meio baluartes e provido, segundo o velho estilo, de orelhões e casamatas. Diante dos outros três lados há tenalhas.
Este forte está sujeito às altas dunas que lhe ficam a tiro de arcabuz, e são tão elevadas que delas se pode ver pelas canhoneiras o terrapleno, e daí tirar à bala o sapato dos pés aos do castelo. Quando nós o cercamos, assentamos a nossa artilharia sobre as dunas, e fizemos um fogo tal que ninguém podia permanecer na muralha. Mas este defeito foi remediado, levantando-se sobre a muralha da frente, contra o parapeito de pedra, um outro de terra à prova de canhão, e com isto todo o forte da parte de cima está coberto e resguardado.
E como de maré cheia este forte fica cercado de água, e tem que resistir ao embate do mar, está um pouco danificado na parte inferior, o que se reparará, construindo-se de pedra e cal uma nova base.
O Castelo está bem provido de artilharia: além das peças que nele foram tomadas, puseram-se-lhe mais duas de calibre 4, que estavam nas caravelas que achamos no rio, quando o fomos cercar."
O "Relatório sobre o estado das Capitanias conquistadas no Brasil", de autoria de Adriaen van der Dussen, datado de 4 de Abrilde 1640, complementa, atribuindo-lhe a Companhia do Capitão Bijler, com um efetivo de 88 homens:
"(…) o Castelo Keulen no Rio Grande; foi construído de pedras, é muito alto e tem do lado de terra dois meio-baluartes com orelhões e casamatas do estilo antigo, mas tanto as cortinas como os baluartes [são] exíguos e pequenos, não tendo flancos nos demais lados; foi construído próximo do mar, além das dunas, em um arrecife, a um tiro de mosquete da barra. À distância de um tiro de fuzil do forte há dunas tão altas ou quase tão altas quanto ele, de modo que delas são dominadas as passagens da muralha do Castelo, o que agora se procurou impedir com a construção de travessões ao longo da muralha, com os quais ficou resguardado o forte e livre do perigo de ser canhoneado. Nesse Castelo contam-se 10 peças de bronze, a saber: 4 de 12 libras, 1 de 10 lb, 3 de 8 lb, 1 de 7 lb e 1 de 3 lb, e mais 16 de ferro, a saber: 1 de 6 lb, 4 de 4 lb, 7 de 3 lb e 4 de 2 lb nas casamatas, 1 de 4 lb e 2 de 3 lb dentro da porta externa, todas espanholas."
"No Rio Grande o forte de Keulen está a cavaleiro do mar, muito bem amparado pela sua posição e construção, e por dez canhões de bronze e dezesseis de ferro." Atribui-lhe, porém, um efetivo de apenas 82 homens.
Foi nos calabouços desta praça que o ex-governador do Pará e Maranhão, Bento Maciel Parente, terminou os seus dias, aprisionado contra as leis de guerra, após a capitulação de São Luís do Maranhão (1 de Fevereiro de 1642). Em 1654, após a capitulação da WOC em Recife, quando o Coronel Francisco de Figueiroa, por ordem do General Barreto chega para ocupar esta fortaleza, a mesma já havia sido abandonada pelas forças neerlandesas.
As dependências do forte serviram como prisão política para os implicados na Revolução Pernambucana de 1817. Entre eles destacou-se o seu líder no Rio Grande do Norte, André de Albuquerque, que faleceu em uma das suas celas, vítima de ferimento, naquele mesmo ano.
O atual forte apresenta planta poligonal irregular, erguido em alvenaria de pedra e cal. Em torno do terrapleno, ao abrigo das muralhas, da costas a Casa de Comando, os Quartéis e os Depósitos; ao centro, ergue-se uma edificação de planta quadrangular, em dois pavimentos:
No pavimento inferior da Capela, apresentando vãos em arco pleno.
No superior apresenta os fogos acendidos externamente por uma em dois lances e através do negocio nasce o individuo verga reta, dispõe-se a Casa da Pólvora, coberta por uma cúpula piramidal. Nos vértices desta pirâmide, cunhais, cornija e pináculo completam o conjunto.
No terrapleno abre-se, ainda, a Cisterna.
O acesso ao forte é feito por uma passarela, da praia ao passadiço e, a partir daí, através de uma arcada à direita, saindo para o corredor. Outra escada dá acesso ao terrapleno e ao portão para a praça.
"O forte se erguia, a setecentos e cinquenta metros da barra, em cima do arrecife, ilhado nas marés altas. É lugar melhor e mais lógico, anunciando e defendendo a cidade futura. A planta é do jesuíta Gaspar de Samperes, que fora mestre nas traças de engenharia, na Espanha e Flandres, antes de pertencer à Companhia de Jesus. É a forma clássica do forte marítimo, afetando o modelo do polígono estrelado. O tenalhão abica para o norte, mirando a barra, com os dois salientes. No final, a gola termina por dois baluartes. O da destra, na curvatura, oculta o portão, entrada única, ainda defendida por um cofre de franqueamento, para quatro atiradores e, sobrepostos à cortina ou gola, os caminhos de ronda e uma banqueta de mosquetaria. Com sessenta e quatro metros de comprimento, perímetro de duzentos e quarenta, frente e gola de sessenta metros, o forte artilhava-se de maneira irrepreensível. Atiraria por canhoneiras e a mosquetaria pela gola em seteira no cofre ou de visada na banqueta. A artilharia principal atirava à barbeta."
O Forte da ilha de Manoel Gonçalves localizava-se na desaparecida ilha de Manoel Gonçalves, na barra do rio Açu, atual cidade deMacau, no litoral do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. O Forte de Manuel Gonçalves foi uma dessas fortificações. De pequenas dimensões, possívelmente uma simples bateriadestinava-se à defesa daquela enseada. O mesmo autor refere que estava desarmada de há muito, e certamente arruinada, restando vestígios de muralhamento na boca do rio Assu.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. O Forte de Manuel Gonçalves foi uma dessas fortificações. De pequenas dimensões, possívelmente uma simples bateriadestinava-se à defesa daquela enseada. O mesmo autor refere que estava desarmada de há muito, e certamente arruinada, restando vestígios de muralhamento na boca do rio Assu.
FORTE DA PETITINGA
O Forte da Petitinga localizava-se ao norte do cabo de São Roque, na ponta de Petitinga (hoje ponta do Coconho, em Petitinga), no litoral do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
Nesse memorial encontra-se referido este forte:
"Quarto, fazer-se na enseada da Petetinga outro forte e trincheira que façam respeitável aquela baía, onde continuadamente vão parar embarcações estrangeiras, que acossadas do tempo procuram abrigar-se, o que tudo mandou fazer, pelo possível modo, o mesmo governador."
FORTE DA PONTA NEGRA
O Forte da Ponta Negra localizava-se na enseada de Ponta Negra, cerca de treze quilômetros ao sul de Natal, no litoral do estado doRio Grande do Norte, no Brasil.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (…)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de 1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (…)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de 1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
Nesse memorial encontra-se referido este forte:
"Primeiro, fortificar-se a enseada da Ponta Negra, fazendo-se-lhe uma fortaleza, ou ao menos uma bateria com peças de grosso calibre, que varra toda a dita enseada, principalmente a 1/2 légua, que oferece bom desembarque ao inimigo; e porque as circunstâncias ainda não permitem poder-se fazer maiores despesas, mandou o dito governador construir um forte de faxina revestido de pedras, para nele laborarem 4 peças, deixando para o diante o demais.", este forte estava desarmado de há muito, e certamente encontrava-se arruinado. Nesse local haviam desembarcado os neerlandeses quando do assalto a Natal em Dezembro de 1633, estando indicada nas cartas neerlandesas como "Ponto Negro".
Prossegue citando Luís da Câmara Cascudo, que afirmou que este forte jamais disparou um tiro, senão os de salva, nos dias de preceito e ritual. Teria sido desarmado quando do Período Regencial, em 1831, tendo desaparecido com os anos.
Prossegue citando Luís da Câmara Cascudo, que afirmou que este forte jamais disparou um tiro, senão os de salva, nos dias de preceito e ritual. Teria sido desarmado quando do Período Regencial, em 1831, tendo desaparecido com os anos.
FORTE DA REDINHA
O Forte da Redinha localizava-se na margem esquerda da foz do rio Potenji, atual praia da Redinha, no município de Natal, estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa Portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (…), pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque", datada de 30 de Maio de1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
Nesse memorial encontra-se referido este forte:
"Segundo, fazer-se outra fortaleza na margem do rio [Potenji], no lugar denominado Redinha, que cruzando com a da barra Fortaleza da Barra do Rio Grande ou dos Reis Magos, na margem direita] defenda a entrada dela; e pela mesma razão acima [falta de recursos financeiros] mandou o mesmo governador construir outro igual forte [ao da Forte da Ponta Negra] da mesma maneira [de faxina revestido de pedras, para nele laborarem 4 peças de grosso calibre]."
Como as demais fortificações erguidas na região à época, acredita-se que também esta tenha tido existência efêmera.
FORTE DE TOUROS
O Forte de Touros localizava-se junto à foz do rio Carnaubinha, atual cidade de Touros, no litoral do estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de 1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. Este forte, entretanto, não se encontra referido na referia "Memória", estava desarmado de há muito, e certamente arruinada à época (1885), restando vestígios de seus muros, duas ou três peças de ferro da sua artilharia jaziam abandonadas no local.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de 1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. Este forte, entretanto, não se encontra referido na referia "Memória", estava desarmado de há muito, e certamente arruinada à época (1885), restando vestígios de seus muros, duas ou três peças de ferro da sua artilharia jaziam abandonadas no local.
FORTE DO RIO CUNHAÚ
O Forte do Rio Cunhaú localizava-se na na barra do rio Cunhaú, no litoral do estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
Este forte remonta a uma fortificação erguida por marinheiros franceses de Dunquerque, cuja embarcação ali encalhou, enquanto construíam outra para o retorno à Europa, certamente ainda no século XVI. No contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil, o local foi novamente ocupado, agora por forças portuguesas, para apoiar o engenho de Cunhaú, que dava proteção à capitania da Paraíba, pelo norte. A nova fortificação contava com muros da altura de dois homens, estava artilhada com dez peças de ferro e dois arcabuzes de forquilha, e era guarnecida por um destacamento de vinte e sete homens sob o comando do Capitão Álvaro Fragoso de Albuquerque, quando foi assaltada por tropas neerlandesas no início de Abril de 1634. Tendo resistido com sucesso, as suas defesas foram reparadas e a sua guarnição reforçada, quando foi novamente assaltada no final do mesmo mês, e uma vez mais repelidos os atacantes. O forte caiu finalmente, diante de uma operação naval e terrestre combinada, sob o comando do coronel polonês Crestofle d'Artischau Arciszewski, na noite de 22 para 23 de Outubro de 1634, tendo sido arrasado em seguida. Os neerlandeses, porém, não conseguiram se manter no local, o que apenas lograram no mês seguinte, quando o capitão Joris Garstman capturou o engenho de Cunhaú. O mercenário inglês Cuthbert Pudsey, em suas memórias, chama este forte de "Maranhão", em provável alusão ao dono do engenho e também governador da capitania, Antônio de Albuquerque Maranhão.
Este forte remonta a uma fortificação erguida por marinheiros franceses de Dunquerque, cuja embarcação ali encalhou, enquanto construíam outra para o retorno à Europa, certamente ainda no século XVI. No contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil, o local foi novamente ocupado, agora por forças portuguesas, para apoiar o engenho de Cunhaú, que dava proteção à capitania da Paraíba, pelo norte. A nova fortificação contava com muros da altura de dois homens, estava artilhada com dez peças de ferro e dois arcabuzes de forquilha, e era guarnecida por um destacamento de vinte e sete homens sob o comando do Capitão Álvaro Fragoso de Albuquerque, quando foi assaltada por tropas neerlandesas no início de Abril de 1634. Tendo resistido com sucesso, as suas defesas foram reparadas e a sua guarnição reforçada, quando foi novamente assaltada no final do mesmo mês, e uma vez mais repelidos os atacantes. O forte caiu finalmente, diante de uma operação naval e terrestre combinada, sob o comando do coronel polonês Crestofle d'Artischau Arciszewski, na noite de 22 para 23 de Outubro de 1634, tendo sido arrasado em seguida. Os neerlandeses, porém, não conseguiram se manter no local, o que apenas lograram no mês seguinte, quando o capitão Joris Garstman capturou o engenho de Cunhaú. O mercenário inglês Cuthbert Pudsey, em suas memórias, chama este forte de "Maranhão", em provável alusão ao dono do engenho e também governador da capitania, Antônio de Albuquerque Maranhão.
FORTIM NA PONTA DE GENIPABU
O Fortim da Ponta de Genipabu localizava-se na praia de Genipabu, no município de Extremoz, no litoral do estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de 1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
Nesse memorial encontra-se referido este forte:
"Terceiro, fazer-se na enseada do Genipabú um forte, e uma trincheira, para disputar o desembarque ao inimigo, o que também foi mandado construir, pelo modo que as circunstâncias o permitiram."
PRESÍDIO DA BARRA DO RIO MOSSORÓ
O Presídio da Barra do Rio Mossoró localizava-se na barra do rio Mossoró, atual município de Areia Branca, no litoral do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
Barreto, relaciona este presídio (colônia militar) entre as fortificações do litoral cearense, do rio Jaguaribe (atual estado do Ceará) ao rio Mossoró (atual estado do Rio Grande do Norte), erguido com função de vigilância daquele trecho do litoral.
Barreto, relaciona este presídio (colônia militar) entre as fortificações do litoral cearense, do rio Jaguaribe (atual estado do Ceará) ao rio Mossoró (atual estado do Rio Grande do Norte), erguido com função de vigilância daquele trecho do litoral.
PRESÍDIO DE PERNAMBUQUINHO
O Presídio de Pernambuquinho localizava-se na praia de Pernambuquinho, atual município de Tibau, no litoral do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
Barreto, relaciona este presídio (colônia militar) entre as fortificações do litoral cearense, do rio Jaguaribe (atual estado do Ceará) ao rio Mossoró (atual estado do Rio Grande do Norte), erguido com a função de vigilância daquele trecho do litoral, coibindo o contrabando. Em 1808 encontrava-se guarnecido por praças da Companhia de Sobral, sob o comando de Joaquim Ferreira de Araújo.
Barreto, relaciona este presídio (colônia militar) entre as fortificações do litoral cearense, do rio Jaguaribe (atual estado do Ceará) ao rio Mossoró (atual estado do Rio Grande do Norte), erguido com a função de vigilância daquele trecho do litoral, coibindo o contrabando. Em 1808 encontrava-se guarnecido por praças da Companhia de Sobral, sob o comando de Joaquim Ferreira de Araújo.
PRESÍDIO DO MORRO DE TIBAU
O Presídio do Morro de Tibau localizava-se no morro de Tibau, hoje cidade (e município) de mesmo nome, no litoral do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
Barreto, relaciona este presídio (colônia militar) entre as fortificações do litoral cearense, do rio Jaguaribe (atual estado do Ceará) ao rio Mossoró (atual estado do Rio Grande do Norte), erguido com a função de vigilância daquele trecho do litoral, coibindo o contrabando.
Barreto, relaciona este presídio (colônia militar) entre as fortificações do litoral cearense, do rio Jaguaribe (atual estado do Ceará) ao rio Mossoró (atual estado do Rio Grande do Norte), erguido com a função de vigilância daquele trecho do litoral, coibindo o contrabando.
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