Diu
(12 de Março de 1777)
A 10 de Março de 1777 largou de Diu, a fim de patrulhar a costa a Chalupa "São Francisco de Paula" de 14 peças do comando do Tenente-de-mar Joaquim Guilherme da Cruz, acompanhada por duas Manchuas. Durante a noite de 11 para 12 uma das Manchuas desgarrou-se da força. Talvez por isso no dia 12 de manhã Guilherme da Cruz resolveu regressar a Diu. Mas uma desagradável surpresa o esperava. Diante da barra encontrava-se uma esquadra Marata constituída por duas palas e cinco galvetas (?). Com grande ânimo o jovem Tenente foi ao seu encontro e quando chegou a curta distância içou a bandeira e firmou-a com um tiro de bala para mostrar que estava disposto a combater. Responderam os Maratas de igual forma e logo começou a laborar a artilharia e a mosquetaria de uma e outra parte. A Manchua que ia com a Chalupa conseguiu chegar à costa onde varou, sendo de presumir que os seus tripulantes tenham conseguido salvar-se. Colocando-se pela popa e pelas alhetas da "São Francisco de Paula", os navios Maratas bombardearam-na intensamente durante perto de seis horas. Seguidamente procuraram aferrála ao mesmo tempo por ambos os bordos. Mas, perante a tenaz resistência da sua valorosa guarnição, só à terceira tentativa o conseguiram. Nessa altura mais de trezentos soldados Maratas entraram de roldão na chalupa, dominando em poucos minutos o comandante e os catorze soldados que ainda estavam em condições de pegar numa arma. A "São Francisco de Paula" foi levada para Culabo cujo Capitão procurou aliciar os prisioneiros portugueses para ficarem ao seu serviço. Perante a recusa destes, provavelmente com receio de represálias, ofereceu-lhes presentes e libertou-os dois dias mais tarde, deixando-os seguir para Bombaim. Ao mesmo tempo pediu a Guilherme da Cruz que fizesse saber ao Governador de Diu que lamentava o sucedido e que o que mais desejava era manter-se em paz com os Portugueses!
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