sexta-feira, junho 14, 2013

Editais e Noticias 1806 - V



Editais e Noticias – Maio de 1806




Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Sexta-feira 2 de Maio de 1806

Alemanha-Viena 26 de Março de 1806

        Os franceses estão agora aprontando a toda a pressa uma esquadra em Veneza. O Governo deu ordem para que se construíssem ali 10 naus de linha. O grande arsenal de Veneza e os bosques da Dalmácia fornecem tudo o que é preciso para este fim. Chegam a 3.000 homens as tropas Russianas, que se apresentaram nas Bocas de Cataro a bordo de uma esquadra composta por uma nau de linha, vários cuters, lanchas artilheiras, e seis navios de transporte.

Alemanha-Augsburg 28 de Março de 1806

Os navios Russianos de transporte, que saíram de Nápoles, arribaram às ilhas do Mar Jónio, onde também cruza a esquadra Russiana do Vice-Almirante Seniavin.

Forças Navais Russas no Mediterrâneo - Maio de 1806


Frota Russa do Mediterrâneo


Comandante-em-Chefe
(de 26 de Junho de 1804 a 3 de Março de 1806)
Comodoro Aleksandr Andreevich Sorokin-Promovido a Contra-Almirante em Dezembro de 1805 ou em Janeiro de 1806-Comandante-em-Chefe-de 26 de Junho de 1804 a 3 de Março de 1806.

Comandante-em-Chefe
(de 3 de Março de 1806 a Outubro de 1809)
Contra-Almirante Seniavin-Promovido a Vice-Almirante em Janeiro de 1807-Comandante-em-Chefe-de 3 de Março de 1806 a Outubro de 1809.

Esquadra do Comodoro Sorokin
Contra-Almirante Aleksandr Andreevich Sorokin-(a partir de 3 de Março de 1806 até à sua chegada à Rússia).

        O Contra-Almirante Sorokin é chamado pelo Almirantado Russo para voltar ao Mar Negro, quando chega o Contra-Almirante Seniavin, depois da troca de Comando, saiu de Corfu com Navios de Guerra não listados e 4 Batalhões de Infantaria, a 3 de Março de 1806.





Frota Russa do Mediterrâneo
1 de Maio de 1806
12 Navios de Linha, 5 Fragatas, 3 corvetas e 6 Brigues-Total 26 navios de guerra

1 de Fevereiro de 1807
19 Navios de Linha, 7 Fragatas, 3 corvetas, 1 Cúter e 6 Brigues- Total 36 navios de guerra




Comandante-em-Chefe
Vice-Almirante Seniavin (a parir de 3 de Março de 1806)

2º Comandante da Frota do Mar Negro
Contra-Almirante Alexei Samuelovich Greig

Navios de Guerra da Esquadra do Mar Negro

        Navios da Frota do Mar Negro que estavam em Corfu sob Comando do Contra-Almirante Aleksandr Andreevich Sorokin e ficaram sob o comando do Vice-Almirante Seniavin:
5 Navios de Linha, 3 Fragatas, 3 Corvetas e 4 Brigues.

Svyataya Paraskeva
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão I. O. Saltanov-Comandante do Navio

        1802-1809 – Chegou a Corfu como transporte de tropas em 26 de Junho de 1804. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Em Trieste em 1808. Transferido para a França a 9 de Outubro de 1809.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Asiya
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão G. G. Belli-Comandante do Navio
Capitão E. D. Borotsy-2º Comandante do Navio

        1804-1807 - Chegou a Corfu como transporte de tropas em 26 de Junho de 1804. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Em Trieste em 1808. Transferido para a França a 9 de Outubro de 1809.

Armamento -66 Peças de Artilharia

Svyatoi Mikhail
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão F. P. Lelli-Comandante do Navio

        Vendido aos Franceses em Corfu em Dezembro de 1807.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Mikhail
Navio de Linha-4ª Classe
Capitão M. E. Snaksarev-Comandante do Navio

        1804-1809 - Chegou a Corfu, como transporte de tropas a 3 de Agosto de 1804. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Em Trieste em 1807. Transferido para a França a 9 de Outubro de 1809.

Armamento -50 Peças de Artilharia

Grigorii Velikiya Armenii
Navio de Linha-4ª Classe
Capitão F. P. Sarandinaki-Comandante do Navio

        1804-1806 - Chegou a Corfu, como transporte de tropas a 3 de Agosto de 1804. Usado como Transporte entre 1805 e Janeiro de 1806. Usado como Navio Hospital em Corfu de 1806 a 1809. Vendido em Corfu em 1809. Transferido para a França em Corfu a 9 de Outubro de 1809

Armamento - 50 Peças de Artilharia

Diomid
Fragata-6ª Classe

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Usado como Transporte em 1805. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Em Trieste em 1807. Transferido para  França em Outubro de1809.

Armamento -24 Peças de Artilharia

Kherson
Fragata-6ª Classe

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Usado como Transporte em 1805. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Em Veneza em Janeiro de 1807. Transferido para a França em Veneza em Outubro de 1809.

Armamento - 24 Peças de Artilharia

Grigorii
Fragata-6ª Classe

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Em Veneza em Janeiro de 1807. Transferido para a França em Veneza em Outubro de 1809.

Armamento - 24 Peças de Artilharia

Pavel
Corveta

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático.

Armamento -24 Peças de Artilharia

Dnepr
Corveta

         Da esquadra do Adriático. Transferido para França Outubro de1809.

Armamento -18 Peças de Artilharia

Altsinoe
Corveta

         Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Fevereiro a Setembro em 1806 e 1807 fez parte da Esquadra do Adriático.

Armamento -18 Peças de Artilharia

Letun
Brigue

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Em Veneza em Janeiro de 1808. Transferido para a França em Veneza em Outubro 1809.

Armamento -18 Peças de Artilharia

Aleksandr
Brigue
Tenente-Comandante Salti-Comandante do Navio

        Transferido para França em Outubro 1809.

Armamento -18 Peças de Artilharia

Bogoyovlensk
Brigue

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Bastante avariado na acção de Tenedos, foi abandonado e queimado a 24 de Junho de 1807.

Armamento - 16 Peças de Artilharia

Orel
Brigue

         Chegou a Corfu em data desconhecida Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático. Talvez faça parte dos quatro brigues que em Veneza tenham passado para as mãos dos franceses em Outubro de 1809.

Armamento - 16 Peças de Artilharia

Divisão de Greig
Contra-Almirante Alexei Samuelovich Greig-Comandante da Divisão do Báltico
3 Navios de Linha e 1 Fragata

        Partiu de Kronstadt a 25 de Outubro de 1804. Esteve em Portsmouth 6 semanas, chegou a Gibraltar a 7 de Janeiro de 1805. Chegou a Corfu a principal base Russa no Mar Adriático.

Svyataya Elena
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão I. T. Bychenskii-Comandante do Navio

        Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa em 1807 e rende-se ás forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth a 8 de Outubro de 1808. Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Retvizan
Navio-Almirante com a bandeira de Greig
Navio de Linha-3ª Classe
Contra-Almirante Alexei Samuelovich Greig-Commandants da Divisão do Báltico - (1798-1806)
Capitão M. M. Rtitshev-Comandante do Navio - (1806-1808)

        Antigo navio de guerra Sueco com o nome ‘Rattvisan’, foi capturado pelos Russos em 23 de Junho de 1790 em Vyborg. Navio bandeira de Greig de 1804 a 1808. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa em 1807 e rende-se ás forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth a 8 de Outubro de 1808. Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 64 Peças de Artilharia

Venus
Navio de Linha-4ª Classe
Capitão R. I. Elfinston-Comandante do Navio - (1804-1805)
Capitão E. F. Razvozov-Comandante do Navio - (1805-1807)
Capitão K. I. Andreyanov-Comandante do Navio - (11.1807)

        Antigo navio de guerra Sueco com o nome ‘Venus’, foi capturado pelos Russos em 21 de Maio de 1789 em Christianfjord. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Entra em Lisboa em 10 de Novembro 1807 e sai a 21 do mesmo mês. Encotra-se em Palermo em Dezembro de 1807. Rebaptizado e com o nome ‘Venere’ em 1808, vendido para ser desmanchado em 1814.

Armamento - 50 Peças de Artilharia

Avtroil
Fragata-5ª Classe.

        Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Divisão da esquadra do Adriático. Sai de Corfu em 24 de Dezembro de 1807. Em Veneza em Janeiro de 1808. Transferido para a França em Veneza em Outubro de 1809.

Armamento - 32 Peças de Artilharia





Divisão de Seniavin
5 Navios de Linha, 1 Fragata e 2 Brigues– 8 Navios de Guerra no Total

Comandante-em-Chefe
Vice-Almirante Seniavin-Comandante da Frota do Mediterrâneo

        Partiu de Kronstadt 22 September 1805. Em Portsmouth de 21 de Outubro a 28 de Novembro. Em Gibraltar a 26 de Dezembro de 1805. Em Cagliari de 10 a 19 de Janeiro de 1806, Messina de 23 a 28 de Janeiro de 1806. Chegou a Corfu a 30 de Janeiro de 1806

Selafail
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão P. M. Rozhnov-Comandante do Navio - (1805-1808)

        Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa Setembro em 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth a 8 de Outubro de 1808. Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Yaroslav
Navio-Almirante com a bandeira de Seniavin
Navio de Linha-3ª Classe
Vice-Almirante Seniavin-Comandante da Frota do Mediterrâneo - (1805-1806)
Capitão F. K. Mitkov-Comandante do Navio - (1805-1809)

        Navio Almirante de 1805 a 1806. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth em 1809 depois de fazer reparações. Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Moskva
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão E. P. Gettsen-Comandante do Navio - (1803-1809)

         Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Divisão do Mar Adriático. Saiu de Corfu a 14 de Outubro de 1807, a precisar de reparos depois de passar por uma tempestade rumou a Porto Ferrajo (no Elba) onde permaneceu de 29 de Outubro de 1807 a Abril de 1808. Vendido em Toulon, em Abril de 1808. Vendido à Marinha Francesa em Toulon a 9 de Outubro de 1809.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Uriil
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão M. T. Bychenskii-Comandante do Navio - (1805-1810)

        Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Bastante danificado retornou a Corfu. Transferido para a Marinha Francesa em Trieste a 9 de Outubro de 1809.

Armamento - 80 Peças de Artilharia

Svyatoi Petr
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão M. T. I. A. Baratinskii-Comandante do Navio - (1805-1807)

        Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Divisão do Mar Adriático. Sai de Corfu em 14 de Outubro de 1807. Ficou bastante danificado durante uma tempestade, rumou para o Porto Ferrjo (no Elba) de 29 de Outubro de 1807 a Abril de 1808. Vendido em Toulon em Abril de 1808. Vendido à Marinha Francesa em Toulon a 9 de Outubro de 1809.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Kildyuin
Fragata-6ª Classe
Capitão Razvozov-Comandante do Navio - (1805-26.02.1806)
Capitão D. A. Durnovo-Comandante do Navio - (1805-26.02.1806-1808)

        Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático, e de Fevereiro de 1807 a Setembro do mesmo ano com a Esquadra do Mar Egeu. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth em 1809 depois de fazer reparações . Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 26 Peças de Artilharia

Feniks
Brigue

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Outubro a Novembro de 1805 permanece Portsmouth. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático. De Fevereiro de 1807 a Maio do mesmo ano faz parte da Esquadra do Adriático de Maio a Setembro com a Esquadra do Mar Egeu. Saiu de Corfu a 24 de Dezembro de 1807. Encontra-se em Veneza em Janeiro de 1808. Transferido para a Marinha Francesa em Outubro de 1809.

Armamento - 16 Peças de Artilharia

Argus
Brigue

        Chegou a Corfu em data desconhecida. Entre Outubro a Novembro de 1805 permanece Portsmouth. Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático. Talvez seja um dos quatro brigues que renderam-se aos Franceses em Veneza em Outubro de 1809

Armamento - 12 Peças de Artilharia






Divisão Ignatyev
6 Navios de Linha, 2 Fragatas e 1 Cúter – 9 Navios de Guerra no Total

Comandante-em-Chefe
Comodoro I. A. Ignatyev-Comandante em chefe da Esquadra

        Chegou no inicio de 1807 para reforçar as forças navais Russas no Mediterrâneo-Morto em acção contra os Turcos em 23 de Maio de 1807. Partiu de Kronstadt em 31 de Agosto de 1806. Chegou a Corfu a 2 de Janeiro de 1807.

Rafail
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão D. A. Lukin-Comandante do Navio - (1805-1807)
Capitão A. T. Bychenskii-Comandante do Navio - (1807-1808)

        De Fevereiro de 1807, a Setembro fez parte das operações da Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É abandonado em Lisboa sem qualquer capacidade de navegação.

Armamento - 80 Peças de Artilharia

Tverdyi
Navio-Almirante com a bandeira de Seniavin de 1807 a 1808
Navio de Linha-3ª Classe
Vice-Almirante Seniavin-Comandante da Frota do Mediterrâneo - (1807-1808)
Capitão D. I. Maleev-Comandante do Navio - (1806-1808)

       De Fevereiro de 1807, a Setembro fez parte das operações da Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth em 8 de Outubro de 1808. Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Moshnyi
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão B. Krovve-Comandante do Navio - (1805-1807)
Capitão E. F. Razvozov-Comandante do Navio - (1808)

       De Fevereiro de 1807, a Setembro fez parte das operações da Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807, está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth, em 8 de Outubro de 1808. Regressa à Russia em 1813. Em 1817, um grande fogo destrói, completamente o navio.

Armamento - 66 Peças de Artilharia

Skoryi
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão R. P. Shelting-Comandante do Navio - (1805-1808)

      De Fevereiro de 1807, a Setembro fez parte das operações da Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth em 8 de Outubro de 1808. Vendido em Portsmouth em 1813.

Armamento - 66 Peças de Artilharia

Silnyi
Navio-Almirante com a bandeira de Ignatyev 1806-1807
Navio de Linha-3ª Classe
Comodoro I. A. Ignatyev-Comandante da Esquadra até à sua morte - (1806-1807)
Capitão D. S. Shishmarev-Comandante do Navio - (1807)
Capitão A. P. Malgin-Comandante do Navio - (1808)

        De Fevereiro de 1807, a Setembro fez parte das operações da Esquadra do Mar Egeu. Em 30 de Junho de 1807 está em Athos. Sai de Corfu em 1 de Outubro de 1807. Encontra-se em Lisboa 10 de Novembro de 1807 e rende-se às forças Britânicas em Setembro de 1808. É levado para Portsmouth em 8 de Outubro de 1808. Regressa à Russia em 1813. Em 1819 um grande fogo destrói completamente o navio.

Armamento - 74 Peças de Artilharia

Legkii
Navio de Linha-4ª Classe
Capitão A. B. Povalishin-Comandante do Navio - (1804-1809)

        Entre Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático. Sai de Corfu em 24 de Dezembro de 1807. Encontra-se em Trieste em Janeiro de 1808. Transferido para a França em Trieste a 1 de Novembro de 1809.

Armamento - 44 Peças de Artilharia

Shpitsbergen
Fragata-5ª Classe

        Faz reparações em Novembro de 1806 em Gibraltar. Entre 1807 a Setembro do mesmo ano faz parte da Esquadra do Mar Egeu. Parte de Corfu a 1 de Outubro de 1807. Em 27 de Novembro encontra-se, a caminho de Lisboa mas é impedido de entrar. Continua a sua viagem para Vigo a 7 de Dezembro. É Vendido em Vigo em 1812.

Armamento - 32 Peças de Artilharia

Flora
Fragata-6ª Classe

        Entre 1807 a Setembro do mesmo ano faz parte da Esquadra do Mar Egeu.

Armamento - 24 Peças de Artilharia

Strela
Cúter

        Fevereiro de 1806 a Fevereiro de 1807 fez parte das operações da Esquadra do Adriático. Saiu de Corfu em 24 de Dezembro de 1807. Em Veneza, a Janeiro de 1808. Transferido para a França em Veneza em Outubro de 1809.

Armamento – 20 Peças de Artilharia





Lisboa - Noticia divulgada na Gazeta de Lisboa na edição de Sexta-feira 2 de Maio de 1806

Grã-Bretanha-Londres 15 de Abril de 1806

        Todos os nossos Papeis públicos, confirmam haver os Russos ocupado o posto de Boca de Calabro.

Grã-Bretanha-Londres 15 de Abril de 1806

        Anunciam os nossos Diários que das comunicações que ultimamente tem havido entre o nosso Governo e o de França resultará numa troca de prisioneiros muito satisfatória para o publico. Dizem que está assentado em fazer para esse fim um pacto, em virtude do qual se deve trocar homem por homem. Conseguintemente se verão restituídos à sua pátria muitos marinheiros Britânicos, actualmente prisioneiros naquele país.




Portugal-Lisboa-Edital de 2 de Maio de 1806.

Na praça do comércio, desta cidade se afixou um edital do teor seguinte:

        “O Príncipe Regente N. S. foi servido mandar expedir pela Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra à Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação destes reinos e seus domínios o Aviso do teor seguinte:

        Havendo S. M. Católica ordenado que nos portos da Galiza que se não admitissem embarcações algumas portuguesas; e constando e constando agora que esta ordem fora expressamente revogado, permitir-se livremente a entrada das referidas embarcações nos sobreditos portos: é o Príncipe Regente N. S. servido que a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação mande fazer as participações que julgar a este respeito.- E para que chegue a notícia de todos se mandou afixar o presente Edital. Lisboa 24 de Abril de 1806. (Assinado) = Francisco Soares de Araujo e Silva =”.

Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Sábado 3 de Maio de 1806

Alemanha-Viena 29 de Março de 1806

        É de esperar que a entrega que fez das Bocas de Cataro aos Russos o Comandante Austríaco que ali se achava, não se dê lugar a disputa; por quanto parece que isso se procedeu tão-somente da circunstância de que, depois da assinatura do Tratado de Presburgo, não se deram a tempo ao Comandante da Esquadra Russa as contra ordens necessárias. O nosso Ministério entregou ao conde Rosumoffski, embaixador da corte de Petersburgo, uma nota circunstanciada a este respeito, e por ela requer que as tropas russianas hajam de retirar-se do posto que ocuparam na Dalmácia. A dita nota foi enviado por um correio aquela corte.

Grã-Bretanha-Londres 15 de Abril de 1806

        O Almirantado publicou a 7 deste mês uma carta do Almirante Conde de São Vicente, Comandante em chefe da Esquadra do Canal, datada a bordo do navio de linha ‘Hibernia’ defronte ao porto d’Ouessant no Iº do corrente, pela qual lhe participava que o Tenente Usher, do brigue ‘Colpoys’, a 21 do mês passado deu caça a 3 lugres Espanhóis e os fez tomar para o porto de Avila. Apesar de uma bateria com 6 peças de artilharia que os defendia, se resolveu ele a ir ali atacá-los; e dispondo para este fim duas lanchas, depois de ter passado por um vivo fogo de metralha, que fazia a dita bateria, junto com a mosquetaria de uma partida de soldados, que se puseram nos mesmos lugres para defende-los, conseguiu abordá-los e tomá-los, com 13 homens do Inimigo; e os trouxe dali para fora, de sorte que, sem embargo de prosseguir vigorosamente o fogo do inimigo, só dois dos nossos ficou ferido. Os ditos lugres são o ‘São Boaventura’ de 2 peças carregado de linho e aço; o ‘Santo Antonio’, do mesmo porte e carregação; e o ‘São Real’ em lastro; neste se mandaram para Inglaterra 11 prisioneiros. A 11 do corrente publicou também o Almirantado uma carta do Capitão Davie, Comandante da chalupa de ‘Santa Maria Favorita’, datada da altura de Tris Pongas a 28 de Dezembro de 1805, por onde fazia saber que a 18 daquele mês perto do Rio de Pongas, depois de um combate de 20 minutos, tomou o corsário o ‘General Blanchard’ de 18 peças, e 130 homens entre franceses e espanhóis. No dito combate tiveram os inimigos, 11 homens mortos incluído o Capitão, e 25 feridos de perigo, sendo por nossa parte, só ficou ferido ligeiramente o Tenente Odlum, do Real corpo Africano, que ia de passageiro na sobredita chalupa. Ao porto de Plymouth voltou há pouco do Texel o navio ‘Princesa Augusta’, que fora com bandeira parlamentária levar despachos do Almirante Russell ao Almirante Kikkert. Por ele costa que a esquadra Holandesa composta de 7 naus de linha, 1 fragata e 2 bergantins, ficava no Niew-Diep pronta para sair para o mar, menos uma das naus de linha, que estava sem mastro do traquete.

Lisboa - Noticia divulgada na Gazeta de Lisboa na edição de Terça-feira 6 de Maio de 1806

França-Paris 6 de Abril de 1806

        O Capitão-de-fragata Cocault, Comandante da corveta Imperial a ‘Diligente’, havendo arribado a Porto-Louis escreveu ao Ministro da Marinha uma carta em data de 26 de Março que se reduz ao seguinte:


        “As 15 naus de linha, 6 fragatas e 4 corvetas que sairão do Porto de Brest a 13 de Dezembro, se tomarão em diversas esquadras, e se separarão umas das outras a 24 do mesmo mês. A do Contra-Almirante Leisseigues (de que se trata em especial) se compunha de 5 naus de linha, 2 fragatas e a corveta ‘Diligente’. A 25 do dito mês, achando-se em lat. 44º N e de long. 24º; ao O. do Meridiano de Paris, sofreu ela uma tempestade horrível, que lhe causou algum dano, e no dia seguinte se lhe separarão as naus ‘Alexandre’ e ‘Bravo’, de sorte que ficou reduzida a 3 naus de linha, 2 fragatas e 1 corveta. A 2 de Janeiro avistou ela as Ilhas dos Açores, e a 19 as Ilhas de São Domingos. No dia seguinte pelas 2 horas da tarde ancorou no porto desta ultima ilha, e pôs ali em terra cousa de 1.800 soldados, com uma grande quantidade de munições de guerra e outros objectos. A 21 ficou concluído o desembarque com grande alegria da guarnição, sem embargo de se achar a colónia em bom estado, e de gozar o melhor sossego. Os dias seguintes se empregarão em fazer aguada, e reparar os danos causados pela tempestade. A 29 de Janeiro se reuniu à esquadra a nau ‘Alexandre’. A 5 de Fevereiro às 6 horas da manhã descobriu a corveta ‘Diligente’, ao reconhecimento que fora enviada, muitas velas no rumo E. N. E. e pouco depois pode distinguir que eram 9 naus de linha e 4 fragatas Inglesas; conseguintemente passou a dar parte à esquadra do que tinha observado Às 7 horas da mesma manhã se achavam já à vela as nossas 4 naus e 2 fragatas, mas com pouco vento, sendo que a esquadra inimiga foi favorecida pela mudança que fez a brisa de N. a E. Às 9 e um quarto da manhã fez o Contra-Almirante Leisseigues sinal para que se forma-se a esquadra em linha de batalha, e que fazendo força de vela se dispusesse ao mesmo tempo para o combate. Às 10 horas se achava em peleja com o navio de vanguarda do inimigo com a nau ‘Alexandre’ e um quarto de hora depois era geral o combate; por causa da vivacidade do fogo e do fumo que cobria os navios, não se podiam os objectos. Às fragatas ‘Cometa’ e Felicidade’ e a corveta ‘Diligente’ ganharão o barlavento por não encalhar na costa. Às 11 horas e meia por se achar dissipado em parte o fumo, advertiu o Capitão Cocaule que um dos nossos navios, estava desarvorado, e que ele havia pegado fogo; os demais apesar da inferioridade da sua força, perseguiram no combate com todo o vigor. À uma hora e meia da tarde pôr, pela superioridade do inimigo, tiveram de cair para a parte da costa: as nossas fragatas e a corveta, posto que estavam a barlavento virarão de bordo, e se apresentaram nas águas de combate; mas, por temerem que se lhes cortassem a retirada se separarão e foram pôr-se em distância donde podiam ver a situação de ambas as esquadras. Dali lhes pareceram que 3 dos nossos navios tinham encalhado ao pé das fortificações da praça, todos desarvorados e que o 4º estava em poder dos ingleses; outros dois navios desarvorados, que estavam perto dos nossos, faziam sinais para que os socorrêssemos; e parecia que as fragatas se ocupavam em salvar as equipagens. Também se pôde observar que 2 navios ingleses estavam desarvorados, e que o resto da sua esquadra tinha padecido muito. Os navios Franceses encalhados conservarão as suas bandeiras, e o Capitão Cocaule julgou ter advertido que as lanchas se ocupavam em desembarcar a gente. Diz o citado Capitão que a nossa esquadra teve o sucesso desejado até o ponto de entrar neste desgraçado combate, e que a sua desventura procedeu de haver estado demasiado tempo sobre ferro no porto acima referido.”


      

Batalha naval de São Domingos-6 de Fevereiro de 1606
Composição das naus e fragatas que formaram a Esquadra Francesa
5 Naus de Linha, 2 Fragatas e 1 Corveta

Comandante em chefe da esquadra Francesa
Contra-Almirante Leisseigues

Alexandre
Navio de Linha-3ª Classe
Capitão Pierre-Ely Garreau-Comandante do Navio
Armamento-80 peças de artilharia

Imperial
Navio-Almirante com a bandeira de Leisseigues
Navio de Linha-1ª Classe
Contra-Almirante Leisseigues-Comandante da esquadra Francesa
Capitão Julien-Gabriel Bigot-Comandante do Navio
Armamento-130 peças de artilharia

Diomede
Navio de Linha-3ª Classe
Armamento-74 peças de artilharia

Jupiter
Navio de Linha-3ª Classe
Armamento-74 peças de artilharia

Brave
Navio de Linha-3ª Classe
Armamento-74 peças de artilharia
Fora da Linha de Combate

Felicite
Fragata de 5ª Classe
Armamento-40 peças de artilharia

Cornelie
Fragata de 5ª Classe
Armamento-40 peças de artilharia

Diligente
Corveta de 6ª Classe
Armamento-24 peças de artilharia


      


Lisboa - Noticia divulgada na Gazeta de Lisboa na edição de Sexta-feira-feira 9 de Maio de 1806


Grã-Bretanha-Londres 15 de Abril de 1806

        O Almirantado publicou a Iº deste mês ter-lhe participado o Vice-Almirante Lord Collingwood, comandante em chefe das forças navais de S. M. no Mediterrâneo, que tendo noticia na manhã de 27 de Fevereiro próximo passado que 4 fragatas e um brigue haviam saído do porto de Cádis às 9 horas da noite precedente, e romando para o Oeste, por sinais telegráficos comunicou logo o sucesso aos Capitães dos navios de linha ‘Tigre’, ‘Oríon’ e ‘Unidade’, ordenando-lhes que dessem caça no rumo de N. O. Assim o fizeram; e como observassem nessa ocasião que uma das embarcações do inimigo ficava muito à ré, o Capitão Mundy do navio de ‘S.M. Hydra’, depois de duas horas de caça, conseguia cortá-la, e pouco depois a tomou. Então soube que era um bergantim Francês ‘le Furet’, comandada pelo Tenente do Mar Demay, do porte de 20 peças mas que só vinham montados 18 do calibre de 9, e levava mantimentos para 5 meses com munições de toda a qualidade. O Almirante Montagu; Comandante em chefe das forças navais de S. M. em Portsmouth deu parte ao Almirantado que Mr. Wilkinson comandante do cúter ‘Greybonnd’ tomou a 29 de Março defronte de Berry-Head, e mandou para Weymouth o corsário Francês a ‘Princesa Carolina’, comandado por Luis Colar, lugre de 6 peças do calibre 4 com 18 remos e 38 homens de equipagem. O Almirante de São Vicente, Comandante em chefe de esquadra do Canal, participou ao Almirantado, por carta datada a bordo da nau de linha ‘Hibernia’, defronte d’Ouessant a 30 do mês passado, que o Capitão Loring, do navio de ‘S.M. Niobe’, havendo dado caça na manhã de 28 daquele mês a 3 fragatas e um bergantim Franceses, que tinham saído de d’Orientte às 10 horas da noite conseguiu tomar o que ia mais à ré, que depois soube ser a corveta ‘Nearque’, de 16 peças e 97 homens que tinha saído de d’Orientte nessa manhã, e que se achava provida de mantimentos e munições para cinco meses. A Hull acaba de chegar um navio, cujo Capitão diz que os portos Prussianos de Danzing, Sietin e Konigsberg se acham agora bloqueados por esquadras Russianas. Este boato porém se considera prematuro. Anteontem cegou a este porto o navio ‘Plowden’, ao comando do Capitão Smith, vindo de Cuxhaven só com dois dias de viagem. No dia da sua partida foi o Capitão Smith a bordo do navio de ‘S.M. Sylth’, que se achava ancorado naquele porto, para saber se corria algum perigo em demorar a sua estada, visto que se dizia ser provável que os navios Britânicos fossem detidos. O Capitão Sylph lhe tomou que nada sabia a este respeito, nem tão pouco tinha recebido ordens algumas para esse fim o Comandante do Forte, o qual estava para jantar a bordo do mesmo navio. Nesse dia porém ao anoitecer deu parte o Capitão Sylph ao Capitão Smith que faria bem de partir quanto antes visto que por um cúter acabava de receber noticia de se ter determinado bloquear aquele porto. Conseguintemente se fez à vela navio ‘Plowden’ nessa noite às 11 horas.



Lisboa - Noticia divulgada na Gazeta de Lisboa na edição de Sábado 10 de Maio de 1806 




Itália-Veneza 2 de Abril de 1806

        De Palermo escrevem em data de 9 do mês passado que o General Forteguerri, apenas chegou ali, pediu e obteve licença, considerada a sua falta de saúde, para largar o cargo de Ministro da Guerra e da Marinha, como também para deixar de prosseguir no Real Serviço. Em Palermo se fazem grandes preparativos  pelo receio que à de que tentem os franceses fazer ali um desembarque


Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de terça-feira 13 de Maio de 1806

      


Itália - Pesaro - 4 de Abril de 1806 - Aqui se tem visto com estranheza a Edital afixado com o teor seguinte:

       “O sincero desígnio de manter a melhor inteligência e harmonia com os Estados das Potencias Neutrais, e outro sim o de impedir aos inimigos aqueles abastecimentos e recursos que poderão haver por meio dos mesmos estados põe o Comandante da Esquadra de S. M. o Imperador de todas as Rússias na determinação de fazer saber:

I Que todos os portos e costas assim à direita como à esquerda do Golfo Adriático pertencentes aos Franceses, e de Nações Neutrais, em que eles se introduzirem, serão de hoje em diante bloqueados com todo o rigor pela sobredita Esquadra.

II Que nenhuma embarcação das mencionadas Potencias poderá conduzir às paragens proibidas munições de guerra e de boca, sejam de qualidade forem, nem outra alguma mercadoria, debaixo da inalterável pena de serem confiscados com o vaso.

III Como esta declaração assaz manifesta o quanto a Corte da Rússia atende aos Estados Neutrais é de esperar que assim se lhes evitem os aqueles males, que sem dúvida se lhes evitem aqueles males, que se lhes poderiam seguir de um comportamento contrário.”

“A bordo da nau de linha ‘Azzá’ ancorada no Canal das Bocas de Cataro a 15 de Março de 1806” (Assinado) = S. Naury Bnaks, Comandante da Esquadra de S. M. Imperador da Rússia =.

Itália-Génova 16 de Abril de 1806

        Escrevem de Messina em data de 24 do mês passado que estavam a partir dali alguns navios ingleses para ir receber, se ainda fosse possível, o resto das tropas Napolitanas que toda a via se acha no Reino, facilitando-lhes assim a retirada. Em Messina ficava tudo na maior quietação. Pelas mesmas cartas consta que os Russos bloquearam o porto de Veneza e o Adriático.
   




Grã-Bretanha-Londres 15 de Abril de 1806

        O Almirantado publicou que aqui se tem conduzido algumas embarcações Americanas em consequência do bloqueio do porto de Weser &c. Por este motivo se espalhou por aqui voz de que a disputa com os Estados Unidos da América havia tomado uma face mais séria. Todos porém assentão que o caso è pelo contrário, e que em breve ficará a contestação ajustada amigavelmente.


Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Sexta-feira 16 de Maio de 1806.


Suécia-Stockholmo 14 de Março de 1806

        A Marinha Sueca se acha dividida em duas classes. Uma é a que vulgarmente se chama ‘Armada Grande’, e compreende 18 a 20 naus de linha de 64 a 84 peças de artilharia, 4 fragatas de 40 peças e 12 a 16 embarcações mais pequenas, entre fragatas, brigues e cuters. Fica ela postada em Carlscrona, porto que não se pode atacar da banda do mar. A segunda classe de chama Esquadra Ligeira, e se compõem de umas 20 fragatas ou pramas grandes, armadas com 32 peças de artilharia; de outras embarcações semelhantes da força de bergantim ou cúter; de 60 a 80 galeras e de 130 a 140 lanchas artilheiras, além de um grande número de pequenas embarcações armadas. Na última guerra com a Finlândia, esta Esquadra Ligeira, que chegou ao número de 500 a 600 embarcações, veio a ser o espanto dos Russos, e a salvaguarda da Suécia; a sua utilidade porém se limitou aquele labirinto de escolhos e de ilhotas, que se acham nas costas da Finlândia, e de uma parte da Suécia.


Alemanha-Augsburg 9 de Abril de 1806

        Anunciam vários Papeis Públicos da Alemanha que por de haverem apresentado tropas Russianas na parte Meridional da Dalmácia, e na Albânia ex Veneziana nas Bocas de Cataro, deu isto lugar a explicações entre os gabinetes de França e da Áustria, visto que a corte de Viena devia entregar logo aquelas possessões à França, em virtude do Tratado de Presburgo. É provável que os Russos reúnam ali, forças consideráveis que ainda têm no Mediterrânio.


      



Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Sábado 17 de Maio de 1806.


Turquia-Constantinopla 28 de Fevereiro de 1806

        Por notícias recentes do Mar Negro conta haverem chegado por um correio de Petersburgo novas ordens a Sebastopol, e a outros portos da Crimeia, conforme as quais as tropas, que se achavam já embarcadas para passar a Corfu, tomarão para terra, onde esperam novas forças que vêm do interior do Império. Os cossacos chegados ás vizinhanças de Constantinopla devem tornar a embarcar, assim que o vento permitir para voltarem à Crimeia. 


      



França-Paris 6 de Abril de 1806

        O Monitor saiu hoje com uma extensa relação do estado político em que se acham algumas Potencias do Continente. Reduz-se em substância ao seguinte:

        “A Inglaterra declarou guerra à Prússia. Todas as embarcações do Rei, têm ordem de perseguir as embarcações Prussianas, e tem expedido patentes de corso. Sem entrar na questão de ser justa ou politica nesta medida do Governo Inglês, contentar-nos-emos com reconhecer que ela é vantajosa à França; que um dos seus primeiros resultados é de fechar todos os portos do Norte ao comércio Inglês; que à pouca sabedoria da parte da Inglaterra em cobrar assim com uma Potência considerável, que torna mais estreitos os seus vínculos com a França, e que se resolve a remover dos seus concelhos os Agentes e a influência da Inglaterra. A França e a Prússia reunidas poderiam decidir, se quisessem, que se fechasse o Sund. Se a Inglaterra tivesse sabido acompanhar a sua importância às circunstâncias, haveria conservado com crédito o seu partido e a sua importância em Berlim; haveria feito com que o bloqueio dos portos do Norte fosse menos severo: haveria conservado a utilidade que tirava da bandeira Prussiana, visto que o comércio precisa de agentes intermédios entre quem vende e quem consome. (…).”


Portugal-Lisboa 17 de Maio de 1806
        

                                
        Provimentos Militares para o Ultramar. Em Resolução de 19 de Junho de 1805.

        Por Decreto de 10 de Abril de 1806. Chefes de Divisão graduados da Marinha de Goa: Capitão-de-mar-e-guerra da marinha de Goa Pedro de Morais Correia, e o Capitão-de-mar-e-guerra da marinha de Goa Caetano Gomes da Costa.

        Por Decreto de 15 de Abril de 1806. Cirurgião Mór da capitania de Benguela, com as mesmas cláusulas com que serviu o seu antecessor, João Baptista Levo.

        O Comandante da Esquadra Portuguese no Estreito de Gibraltar participa, em 29 de Abril findo, que a 25 do mesmo mês saíra para o Oceano uma polaca Tripolitana, de 12 peças e com 80 homens de equipagem, depois de se haver feito um escrupuloso exame nos seus papéis, a fim de acautelar alguma supressa dos Argelinos.


Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Terça-feira 20 de Maio de 1806.

      


Itália-Veneza 6 de Abril de 1806

        Por navios de transporte, que chegarão aqui ontem de Zara, Spalatro e Sebeniço (na Dalmácia Veneziana) consta que os Russos se acham ainda de posse de Cataro e Ragusa, e que procuram aumentar as suas forças fazendo grandes recrutamentos entre os Albaneses. Os Franceses por sua parte têm já forças muito numerosas na Dalmácia, e os caminhos, que para ali conduzem por Triste e Fiúme, se acham cobertos por tropas Francesas, a quem a corte de Viana concedeu passe livre pela Carniola e Dalmácia Austríaca. (…). É muito de recear que os Ingleses e os Russos hajam de bloquear todos os portos do Reino de Itália, se a guerra prosseguir. Referem as cartas de Regusa de 15 do mês passado que os Franceses se adiantaram até às fronteiras daquela Republica, e que havendo o General Mollitor pedido mantimentos ao Senado, tudo lhe foi concedido. Como no porto de Regusa porem aparece uma fragata Russiana, que ameaçava ocupar, retirarão logo os Franceses. Outra fragata Russiana cruza defronte de Fiúme, e várias outras andam sobre a costa com algumas embarcações Inglesas. Mais de 20 navios de transporte Franceses se encaminhavam para as Bocas de Cataro, quando souberam que aquele lugar se achava nas mãos dos Russos e Montenegrinos.


Grã-Bretanha-Londres 29 de Abril de 1806

        Com data de 20 de Janeiro de 1806 publicou S. M. como eleitor de Hanôver, uma declaração em que faz ver circunstancialmente o comportamento da Prússia a seu respeito. O Governo ordenou que algumas fragatas ligeiras tomassem o rumo de Leste. Julga-se que se destinam para bloquear as bocas dos rios Prussianos. Dizem que uma esquadra, composta de 2 ou 3 naus de linha de 50 peças, e de várias fragatas e chalupas, irá brevemente ao Báltico, para auxiliar o rei da Suécia, e em especial para proteger ali o comércio Britânico. Designaram por chefe desta esquadra o Almirante Douglas, que é agora o segundo comandante da Esquadra do Norte.  

França-Paris 23 de Abril de 1806

        Anunciam os nossos Diários ter chegado a Morlaix um navio parlamentário, a bordo do qual vieram o Almirante Villeneuve e o Capitão de Alto Bordo Lucas, que foram feitos prisioneiros na Batalha de Trafalgar.


Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Sexta-feira 23 de Maio de 1806.



Turquia-Constantinopla 23 de Maio de 1806

        Por notícias o certo é que se mandaram pôr em um pé de formidável de defesa as fronteiras da banda da Rússia; e que se vão dobrar todos os postos militares, devendo-se juntar viveres para 9 meses nas fortalezas de Ismeil, de Bender, de Brailow e de Choczim. Também se trabalha com suma actividade em aprontar uma esquadra, que será mais considerável do que se supunha. O Embaixador da Rússia, Mr. Italinski, dirigiu à Porta uma Nota, em que pedia se lhe dissesse qual era o objecto de tão imensos preparativos. Os Reis Effendi lhe responderam que eram necessários para restabelecer e conservar a tranquilidade no interior do Império Turco.

Grã-Bretanha-Londres 29 de Abril de 1806

        Na Gazeta da Corte do 15 do corrente se publicou uma carta do Vice-Almirante Dacres, Comandante em chefe das forças navais de S. M. na Jamaica, datada a bordo da nau de linha ‘Shark’ em Porto Real a 9 de Fevereiro de 1806 por onde participava ao Almirantado, referindo-se a uma carta do Capitão Dashwood, do navio de ‘S.M. Franqueza’, que os Tenentes Fleming e Douglas, e o Tenente Mends, da tropa da marinha, do mesmo navio, com parte da equipagem, em 3 lanchas foram à baia de Campeche, e na manhã de 7 de Janeiro, depois de haverem suportado o fogo de 2 bergantins Espanhóis, que ali se achavam, 1 de 20 peças e 180 homens, e outro de 12 peças e 90 homens, acompanhados de uma escuna de 8 peças, e sustidos por 7 lanchas artilhadas de 2 peças cada uma, pelo valor com que abordarão o bergantim que lhes ficava mais perto, conseguiram apoderar-se dele, e traze-lo dali para fora: depois se soube ser a ‘Raposa’, bergantim de S.M. Católica que pode montar 16 peças, mas que só tinha 12 peças, além de muitas armas pequenas, e 75 homens a bordo, comandado pelo Capitão Don Joaquim de la Chueva. Por nossa parte nessa acção ninguém perdeu a vida, e só houve 7 homens levemente feridos. Da parte do inimigo houve 1 Oficial e 4 homens mortos, além de muitos que morreram afogados saltando ao mar, e 26 feridos graves, incluso o comandante. Todos estes, por motivos de humanidade, foram mandados para terra numa embarcação com bandeira parlamentária. O navio de ‘S.M. Magicienne’, ao comando do Capitão Mackenzie (pertence à esquadra da Jamaica) acompanhado pela chalupa ‘Penguin’, tomou a 25 de Janeiro, depois de uma caça de 12 horas, o paquete Espanhol o ‘Carmo’, que pode montar 14 peças, mas que só trazia 2 peças, com 18 homens de equipagem. Na Gazeta da Corte de 22 se publicou uma carta do Almirante Conde de São Vicente, Comandante em chefe da Esquadra do Canal, data a bordo da Nau de Linha ‘Hibernia’ na altura d’Ouessant a 14 deste mês, por onde dava a saber que o Capitão Cochrane, do navio de ‘S.M. Pallas’, informado da situação das corvetas que se achavam no rio de Bordeos, a 5 deste mês, pouco depois de ter anoitecido, foi ancorar perto do baixo de Cordovan, e pelas 3 horas da manhã seguinte, cousa de 20 milhas dos baixos, por entre duas baterias, foi abordada e trazida dali para fora a corveta francesa ‘la Tapageuse’, de 14 peças e 95 homens, apesar de toda a resistência; desempenhando esta empresa o Primeiro Tenente Haswell com as demais pessoas que o acompanharam nas lanchas. Ao amanhecer, com a enchente se fez à vela o ‘la Tapageuse’ e como logo se desse a rebate, saiu uma chalupa de guerra. E houve por causa de uma hora uma peleja que acabou retirando-se a chalupa tão danificada no casco, quanto o estava o ‘la Tapageuse’ no massame. Na mesma manhã se advertiu que sobre as palas vinhão 3 embarcações; e como logo levantasse ferro o dito navio com o resto dos seus oficiais e equipagem acochou, e fez dar à costa e naufragar um navio de 24 peças, outro de 22 peças e a corveta a ‘Malicicuse’ de 18 peças de artilharia. Na referida acção tivemos 3 homens feridos.- Conforme uma lista, que acompanha a conta dada pelo Capitão Cochrane, a este respeito, desde 26 do mês passado, além das embarcações de que reza, a mesma conta se tomarão aos franceses as vascas ‘Dessaix’ e ‘Ilha de Daix’; e o bergantim ‘Pomona’, queimou-se-lhes outro bergantim de grande porte, e fez-se dar à costa uma terceira vasca. O Almirante Lord Gardner, Comandante em chefe das forças navais de S. M. em Corke, por carta datada de 16 deste mês a bordo da nau de linha ‘Trent’ naquela baia, participou ao Almirantado que o Capitão Brace, do navio de ‘S.M. Virgínia’ tomou a 9 do corrente na lat. 46º40’ N. e long. 10º25’ O. o corsário Espanhol ‘Vingador’, escuna de 14 peças e 81 homens, que tinha saído de Bordéus havia 12 dias, sem ter ainda feito presa alguma. Na manhã de 19 deste mês recebeu o nosso Governo despachos de França, que a lancha artilheira ‘Combatant’ houve de uma embarcação parlamentária na altura de Bolonha, e que na tarde de 18 chegarão a Deal, de onde foram transmitidas a esta capital pelo Vice-Almirante Holloway.

Lisboa - Noticia divulgada na Gazeta de Lisboa na edição de Sábado 24 de Maio de 1806.
    



Grã-Bretanha-Londres 8 de Maio de 1806

        Na Gazeta da Corte de 6 do corrente se publicou se publicou uma carta do Vice-Almirante Warren, datada a bordo da nau de linha ‘S.M. Fulminante’ no mar, a 14 de Março próximo passado, pela qual participava ao Almirantado que no dia precedente às 3 horas e meia a nau de linha ‘S.M. Londres’ que ele postara a barlavento da esquadra, veio fazer sinal de que avistara, algumas velas estranhas. Conseguintemente ordenou ele que a esquadra mudasse de rumo, e ao amanhecer fez sinal para uma caça geral. Logo depois se advertiu que a nau de linha ‘S.M. Londres’ estava em combate com uma nau de linha francesa de grande porte e uma fragata, e que sem embargo de procurarem aquelas embarcações escapar, prosseguiu o fogo até às 7 horas e meia, senão quando a nau de linha ‘S.M. Amazona’, por ser o que se achava mais avançado, entrou também na peleja com a fragata, que fazia para se retirar. Como o resto da esquadra carregasse então a toda a pressa sobre o inimigo, (por ter a acção prosseguido desde que amanheceu até às 9 horas e 43 minutos da manhã) o navio, que era uma nau de linha, em que tremulava a bandeira de Contra-Almirante, se rendeu; 53 minutos depois seguiu o seu exemplo a fragata, a cujo tempo foi a bordo do ‘S.M. Fulminante’ um oficial com a espada do Contra-Almirante Linois, e informou o Vice-Almirante Warren de que os navios, que se haviam rendido à bandeira Britânica eram; a nau de linha ‘Marengo’ de 80 peças de artilharia, e 740 homens de equipagem e a ‘Belle-Poule’, fragata de 40 peças de artilharia, de calibre 18, e com 320 homens a bordo que voltavam das Índias Orientais da França; sendo os mesmos navios o resto da esquadra francesa, que tanto mal havia feito ao comércio Britânico nos mares do Oriente. Segundo uma lista, que acompanha a dita carta, houve da nossa parte na referida acção 14 homens mortos e 21 feridos quase todos gravemente; e pela parte do inimigo 65 homens mortos, e 80 feridos, entrando no número destes o Contra-Almirante Linois e vários outros Oficiais.

Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Terça-feira 27 de Maio de 1806.

Alemanha-Hamburgo 21 de Abril de 1806

      Aqui se cabão de receber cartas que referem ter passado pelo Sund uma esquadra Inglesa de 6 naus de linha para cruzar o Báltico. O embargo posto nos portos de Inglaterra aos navios Prussianos deverá causar grande prejuízo ao comércio daquele país, em razão de se terem contramandado as comissões que deviam ter efeito no verão próximo.





Grã-Bretanha-Londres 8 de Maio de 1806

        Na Gazeta da Corte do 29 do mês passado anuncia haver o Tenente Stockham, comandante do navio de ‘S.M. Thunderer’, tomado a 12 de Março o corsário Espanhol ‘Santo Cristo del Paldo’, escuna de 14 peças de artilharia e com 67 homens a bordo; e recobrado dele o bergantim ‘Dinamarquês Grunstand’. A Gazeta da Corte de 3 do corrente anuncia que o Capitão Younghushand, do navio ‘S.M. Heureux’, tomou a 14 de Janeiro o corsário Espanhol ‘Amália’, de 8 peças do calibre de 6 e com 40 homens a bordo que ia da Corunha para Cumana; como também o bergantim Espanhol ‘Solidade’, que ia de Cádis para Vera Cruz, carregado de vinho e aguardente. Igualmente tomou a 8 de Março o corsário Francês ‘le Huron’, com 16 peças do calibre de 18 e 2 do calibre de 9, e 130 homens. Ao emparelhar o nosso navio com o ‘le Huron’, fez este fogo sobre ele, mas teve logo de suspender, não sem que lhe fossem mortos 4 homens, incluso o Capitão, e 7 feridos. O Capitão Cothier, do bergantim ‘S.M. Wolverene’ tomou a 12 de Março a escuna Francesa ‘la Tremesise’, com 2 peças do calibre 9, e 1 do calibre 6 e 53 homens, que tinha saído da Guadalupe sem ter feito presa alguma. O Tenente Briarley comandante do bergantim ‘S.M. Steady’, havendo-se dirigido à baia de Pardo, na escuna ‘Brilhante’, acompanhado de uma lancha se apoderou ali do corsário ‘Vacuna’ e de uma escuna e duas chalupas que ele havia tomado. O Capitão Berry, do navio ‘S.M. Agamémnon’ unido com o navio ‘Heureux’, tomou a 30 de Março o corsário Francês ‘Dame Efnonf’ de 16 peças de artilharia (que lançou ao mar na caça que se lhe deu) e 1 do calibre de 12 e com 115 homens a bordo; tinha saído de Guadalupe havia 14 dias sem ter feito presa alguma. O Tenente Shackleion, comandante da lancha artilheira ‘Rebuff’. Tomou a 26 de Abril o corsário Francês ‘Serciére’ de 16 peças e 46 homens, que tinha saído de São Mato havia 4 dias, sem ter feito presa alguma. A Gazeta da Corte de 6 do corrente anuncia que o Capitão Mailand, do navio ‘S.M. Loire’ tomou a 22 de Abril o corsário Espanhol ‘Princesa da Paz’, escuna de 14 peças. Mas que só trazia montada 1 do calibre de 24 e 63 homens, que tinha saído do porto de Passage pela primeira vez, sem ter feito presa alguma. O Tenente Batt, comandante da lancha artilheira ‘Cenflict’. Tomou a 26 de Abril perto do Cabo Finisterra o corsário Francês ‘Finisterre’ lugre de 14 peças e 52 homens, comandado por Miguel Danré, que tinha saído da Corunha nessa manhã. A corte de Berlim dirigiu à de Copenhaga uma requisição, para que os portos da Dinamarca se fechassem à bandeira Britânica; e este passo foi apoiado por uma representação do Residente de França junto da corte de Dinamarca. A resposta que a isso deu o Ministério Copenhaga segundo anunciam as nossas Gazetas se reduz ao seguinte:

        “Que entre os Governos da Rússia, Suécia e Dinamarca existe um Tratado secreto, se bem que fundamental, por onde se regula a segurança e a liberdade de navegação do Báltico; e que a requisição da corte de Berlim lhe contraria às estipulações do dito Tratado”.  

Lisboa - Noticias divulgadas na Gazeta de Lisboa na edição de Sexta-feira 30 de Maio de 1806.

Alemanha-Berlim 29 de Abril de 1806

        Mr. d’Alopeus, ministro da Rússia nesta corte, recebeu ontem por um correio, que lhe expediu o Cônsul Russiano em Sietin, a noticia de terem os Suecos bloqueado o porto de Swinemunde. O Governo Sueco também pôs embargo a todos os navios Prussianos existentes nos portos dos seus domínios. É de supor que em consequência destes actos de hostilidade entrem os Prussianos na Pomerânia Sueca.



      

Grã-Bretanha-Londres 8 de Maio de 1806

        A Gazeta da Corte de 28 do mês passado anuncia que o cúter da Fazenda Hind, comandado por Thomas Murray Allem, a 18 daquele mês tomou o corsário Francês, ’Insrepido’ de 14 peças, comandado por José Boursin, pertencente ao porto de S. Malo. No combate em retirada que houve nessa ocasião, teve o inimigo 3 homens mortos, incluso o Comandante e 2 perigosamente feridos; sendo da nossa parte ninguém ficou morto ou ferido. O dito corsário andava fora havia 20 dias, e tinha apresado 4 das nossas embarcações. O Capitão Smith, da chalupa ‘S.M. Wolverine’ pertencente à esquadra das Ilhas a Sotavento, tomou a 31 de Janeiro o corsário Francês ‘Petit Confiance’, escuna de 3 peças (duas das quais lançou à água durante a caça que se lhe deu) e 50 homens, que tinha saído da Guadalupe, havia um mês sem ter feito presa alguma. O Tenente Barker, comandante do bergantim ‘S.M. Granada’, tomou a 15 de Fevereiro nas águas da Martinica, depois de um renhido combate, o corsário Francês ‘Princesa Murat’ com 2 peças do calibre de 42, e uma de 9, com vários pedreiros, e bacamartes, e 52 homens; tinha saído da Martinica havia 12 horas e ia para S. Domingos carregado de madeira. Da parte do inimigo houve no combate 3 homens mortos e 7 feridos; da nossa parte tivemos só 2 feridos, um dos quais morreu poucas horas depois da acção. Capitão Younghushand, do navio ‘S.M. Heureux’, tomou a 16 de Fevereiro nas águas da barbada o corsário Francês, ‘Bellona’, de 14 peças do calibre 9, e 117 homens a bordo; no dia seguinte também tomou o corsário Francês, ‘Bocune’, de 3 peças e 60 homens.

Lisboa - Noticia divulgada na Gazeta de Lisboa na edição de Sábado 31 de Maio de 1806.

Alemanha-Hamburgo 21 de Abril de 1806

        Escrevem de vários portos Prussianos que se pôs embargo aos navios Ingleses; à um deles em Danzing e dois em Pilau.    
 
 





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