FORTES E FORTALEZAS DE COSTA DO REINO DE PORTUGAL E ALGARVE
FORTES E FORTALEZAS DE COSTA
Reino do Algarve
CASTELO DE ARRIFANA
O 'Castelo de Arrifana' (ou da Arrifana), também denominado como 'Forte da Arrifana', no Algarve, localiza-se na vila de Aljezur, Distrito de Faro, em Portugal. Em um trecho do litoral atlântico em geral hostil à fundeação, destacam-se a angra de Arrifana, juntamente com Odeceixe, o canal entre a ilha do Pessegueiro e a costa, e a baía de Sines. A praia, entre falésias de xisto cinzento e calcário branco ou dourado, erodidas pelos ventos e pelas ondas.
Ali, na foz da ribeira de Aljezur, outrora navegável, sobre a ponta da Atalaia, fronteira à vila de Aljezur, em posição dominante sobre a praia da Arrifana, encontram-se os vestígios de uma edificação, que a tradição local denomina como Castelo da Arrifana, referindo que seriam os remanescentes da residência de Abu Alcacime Ben Alhocerne Ibn Caci, príncipe independente do primeiro reino do Algarve, que teria deixado a capital, Silves, para se ali dedicar à contemplação e à escrita. Embora estes vestígios não se encontrem classificados ou em vias de classificação, as pesquisas arqueológicas iniciadas em 2001, a cargo de Rosa Varela Gomes, têm colocado a descoberto os vestígios de um "ribat" (convento-fortaleza) muçulmano, datado do século XII, do qual existiam referências documentais, mas que, apesar da tradição local, não possuíam testemunhos materiais associados à cultura islâmica. A ocupação estratégica da região pelos muçulmanos foi determinada pela oferta de condições naturais essenciais à sobrevivência como água potável, terrenos agrícolas férteis e produtos da pesca. A defesa daquele troço da costa vicentina era essencial, à época da Reconquista cristã da península. Diante da conquista da região pelos cristãos, o "ribat" foi abandonado. A banda de Aljezur sobre a Arrifana foi ocupada até ao meado do século XVIII, quando devido à destruição causada pelo terramoto de 1755, uma nova Igreja foi erguida na margem oposta, desenvolvendo-se a povoação por aquele lado.
Trata-se do único ribat identificado até ao momento no território português, o segundo na península Ibérica, após o de Guarda mar, em Alicante. As escavações colocaram a descoberto troços de muros e vestígios de outras estruturas, assim como fragmentos de cerâmica muçulmana do século XII. Foram identificados quatro oratórios (mirab) de celas conventuais, ritualmente orientados para Meca, a Sudeste. O conjunto é completado pelo 'Castelo de Aljezur' e pelos vestígios de algumas torres-atalaia na região, que permitiam o controlo e vigilância daquele trecho da costa, já que dali se avista desde Sines até ao 'Cabo de São Vicente'.
Ali, na foz da ribeira de Aljezur, outrora navegável, sobre a ponta da Atalaia, fronteira à vila de Aljezur, em posição dominante sobre a praia da Arrifana, encontram-se os vestígios de uma edificação, que a tradição local denomina como Castelo da Arrifana, referindo que seriam os remanescentes da residência de Abu Alcacime Ben Alhocerne Ibn Caci, príncipe independente do primeiro reino do Algarve, que teria deixado a capital, Silves, para se ali dedicar à contemplação e à escrita. Embora estes vestígios não se encontrem classificados ou em vias de classificação, as pesquisas arqueológicas iniciadas em 2001, a cargo de Rosa Varela Gomes, têm colocado a descoberto os vestígios de um "ribat" (convento-fortaleza) muçulmano, datado do século XII, do qual existiam referências documentais, mas que, apesar da tradição local, não possuíam testemunhos materiais associados à cultura islâmica. A ocupação estratégica da região pelos muçulmanos foi determinada pela oferta de condições naturais essenciais à sobrevivência como água potável, terrenos agrícolas férteis e produtos da pesca. A defesa daquele troço da costa vicentina era essencial, à época da Reconquista cristã da península. Diante da conquista da região pelos cristãos, o "ribat" foi abandonado. A banda de Aljezur sobre a Arrifana foi ocupada até ao meado do século XVIII, quando devido à destruição causada pelo terramoto de 1755, uma nova Igreja foi erguida na margem oposta, desenvolvendo-se a povoação por aquele lado.
Trata-se do único ribat identificado até ao momento no território português, o segundo na península Ibérica, após o de Guarda mar, em Alicante. As escavações colocaram a descoberto troços de muros e vestígios de outras estruturas, assim como fragmentos de cerâmica muçulmana do século XII. Foram identificados quatro oratórios (mirab) de celas conventuais, ritualmente orientados para Meca, a Sudeste. O conjunto é completado pelo 'Castelo de Aljezur' e pelos vestígios de algumas torres-atalaia na região, que permitiam o controlo e vigilância daquele trecho da costa, já que dali se avista desde Sines até ao 'Cabo de São Vicente'.
BATERIA DO ZAVIAL
A Bateria do Zavial localiza-se sobre a ponta de mesmo nome, na freguesia da Raposeira, Concelho de Vila do Bispo, Distrito de Faro, em Portugal. Sucedeu o 'Forte de Santo Ignacio do Zavial', seiscentista, na defesa da praia e porto do Zavial, onde existia uma activa comunidade dedicada à pesca do atum.
A informação documental mais antiga sobre a área do Zavial é um Alvará, datado de 24 de Novembro de 1569, pelo qual Dom Sebastião (1568-1678) nomeou a Pedro Dias como Mandador da Armação de Pesca do Zavial. Mais tarde, durante a Dinastia Filipina, por outro Alvará, com data de 2 de Janeiro de 1618, Dom Filipe II (1598-1621) faz mercê ao padre Vicente Freira da Capelania da Armação de Pesca do Zavial, com a obrigação de dizer missa aos domingos e dias santos, o que demonstra um aumento da importância da área.
A informação documental mais antiga sobre a área do Zavial é um Alvará, datado de 24 de Novembro de 1569, pelo qual Dom Sebastião (1568-1678) nomeou a Pedro Dias como Mandador da Armação de Pesca do Zavial. Mais tarde, durante a Dinastia Filipina, por outro Alvará, com data de 2 de Janeiro de 1618, Dom Filipe II (1598-1621) faz mercê ao padre Vicente Freira da Capelania da Armação de Pesca do Zavial, com a obrigação de dizer missa aos domingos e dias santos, o que demonstra um aumento da importância da área.
FORTALEZA DE BELIXE
O 'Forte de Santo António de Belixe', popularmente referido apenas como 'Fortaleza de Belixe', localiza-se no cabo de São Vicente, em posição dominante sobre a praia de Belixe Velho, na freguesia de Sagres, concelho de Vila do Bispo, distrito de Faro, em Portugal.
Foi erguido em data não determinada, possivelmente sob o reinado de Manuel I de Portugal ou no de seu sucessor, João III de Portugal, mas anterior a 1587, uma vez que se encontra desenhado no mapa desta região algarvia quando do ataque do corsário inglês Francis Drake, que o destruiu. Tinha como função controlar aquele ancoradouro e proteger os pescadores que ali mantinham uma armação de pesca de atum. A fortificação actual remonta a uma reconstrução por determinação de Filipe III de Portugal (1621-1640), tendo sido reinaugurado em 1632 conforme inscrição epigráfica sobre o portão de armas. O terramoto de 1755 causou-lhe grandes danos, tendo sido progressivamente abandonada.
FORTE DA BALEEIRA
O 'Forte da Baleeira', também conhecido como 'Forte de Nossa Senhora da Guia', é um monumento militar, sito junto à localidade de Sagres, no distrito de Faro, em Portugal.
Edificado em data desconhecida anterior a 1573, data em que já se encontrava referida como estando em funcionamento, o seu principal propósito era defender a antiga armação de atum e uma zona de desembarque na Baleeira, que era constantemente assediada por piratas. Foi destruído pelas forças do corsário Francis Drake, durante um ataque levado a cabo nesta região em 1587. Desta antiga fortificação, de forma triangular, que incluía os aposentos da guarnição e uma ermida consagrada a 'Nossa Senhora da Guia', resta uma porta em arco de volta inteira, que não apresenta os remates da parte superior, e os alicerces de alguns muros.
Edificado em data desconhecida anterior a 1573, data em que já se encontrava referida como estando em funcionamento, o seu principal propósito era defender a antiga armação de atum e uma zona de desembarque na Baleeira, que era constantemente assediada por piratas. Foi destruído pelas forças do corsário Francis Drake, durante um ataque levado a cabo nesta região em 1587. Desta antiga fortificação, de forma triangular, que incluía os aposentos da guarnição e uma ermida consagrada a 'Nossa Senhora da Guia', resta uma porta em arco de volta inteira, que não apresenta os remates da parte superior, e os alicerces de alguns muros.
FORTALEZA DE SÃO VICENTE
A 'Fortaleza de São Vicente' localiza-se no cabo de São Vicente, no Algarve, em Portugal.
As suas origens remontam ao reinado de Manuel I de Portugal (1495-1521) quando o Bispo do Algarve, Dom Fernando Coutinho, aí fez levantar um castelo e uma torre de farol, como parte do sistema de defesa da costa dessa região. A primitiva estrutura, arrasada em 1587 pelo ataque do corsário britânico Francis Drake, foi reconstruída a partir de 1632 sob o reinado de Filipe III de Portugal (1621-1640). Os modernos baluartes erguidos na ocasião, foram arrasados pelo maremoto consequente do terramoto de 1755. Como na Fortaleza de Sagres, a partir de 1793 a rainha Dona Maria I (1777-1816) iniciou a reconstrução da estrutura, actualmente restaurada.
FORTALEZA DE SAGRES
A 'Fortaleza de Sagres', também referida como 'Castelo de Sagres' ou 'Forte de Sagres', localiza-se em posição dominante coroando a Ponta de Sagres, no sudoeste do Algarve, em Portugal. Da sua falésia escarpada, constantemente batida pelo vento, o visitante usufrui uma deslumbrante panorâmica ao longo da costa, com destaque para as enseadas de Sagres, o cabo de São Vicente (extremo sudoeste do continente europeu) e a imensidão do Oceano Atlântico. A própria fortificação e as suas imediações, integradas no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, oferecem a possibilidade de um olhar próximo ao património natural da costa, especialmente no que se refere à flora, abrigando algumas das espécies mais representativas da região como, por exemplo, "Allium ampeloprasum" (porro-bravo), "Armeria welwitschii" (erva-divina), "Asteriscus maritimus" (pampilho-marítimo), "Crithmum maritimum" (perrexil-do-mar), "Juniperus turbinata" (zimbreiro), "Malva sylvestris" (malva), "Pancratium maritimum" (narciso-das-areias), "Spartium junceum" (esparto).
O "Promontorium Saacrum" Não existe a certeza sobre qual seria a localização exacta deste "promontório sagrado" que em muito impregnou de história o local da fortificação, mas é possível identificar, em linhas gerais, uma área que se prolongaria da ponta da Piedade à Arrifana, compreendendo o cabo de São Vicente e a Ponta de Sagres. Este espaço, por muitos designado como o fim do mundo conhecido, onde se iniciavam as tormentas, até hoje integra uma das maiores áreas de menires e construções megalíticas da Europa. Visitado por navegadores oriundos do mar Mediterrâneo desde c. 4000 A.C. foi citado desde a Antiguidade clássica por Avieno, Estrabão e Plínio, como uma área de culto dedicada a Saturno ou Hércules, divindades de forte conotação com o mundo marítimo. Posteriormente, durante a ocupação islâmica da Península Ibérica acentuou-se o seu carácter de local de peregrinação, denominando-se então "Chakrach", muito tendo contribuído para tal a lenda das relíquias do mártir cristão São Vicente de Saragoça.
O promontório de Sagres, bem como as vilas adjacentes de São Vicente e Sagres, foram doadas em 27 de Outubro de 1443, pelo regente Dom Pedro ao seu irmão, o Infante Dom Henrique (1394-1460). A vila de Sagres, então abandonada e em ruínas em razão das razias dos piratas da Barbária, foi, a partir de então, reconstruída e repovoada, inclusive no tocante à sua defesa. Essa reedificação, por parte do Infante, obedeceu a alguns ditames essenciais: a necessidade que as embarcações da época tinham de se refugiar dos ventos nas enseadas vizinhas, aguardando por ventos favoráveis à navegação. Os imperativos da logística (embarcações, mantimentos, marinheiros) da primeira fase da Era dos Descobrimentos. A comodidade do controle do tráfego marítimo, por ser ponto de passagem obrigatório das embarcações que cruzavam do 'Mar Mediterrâneo' ao 'Oceano Atlântico', e vice-versa. A segurança e o isolamento necessários ao processamento das informações colectadas no início do projecto de expansão português que se estendia pelo norte de África ali fronteiro. A fortificação da ponta do promontório foi determinada pela sua localização e forma, usufruindo da falésia como defesa natural em três dos seus quatro lados, intimamente ligada às suas excelentes possibilidades estratégicas que se integram aos ditames anteriormente citados. Dessa forma, a Sagres da primeira metade do século XIV tornou-se o núcleo da expansão marítima portuguesa, recebendo estudiosos e navegantes de todas as nacionalidades, reunidos em torno do Infante na Escola de Sagres. Esta história foi contestada por Luís de Albuquerque, "Dúvidas e Certezas na História dos Descobrimentos Portugueses", que demonstrou tratar-se de um mito. Após a morte do Infante (1460), deslocando-se o eixo da expansão para Lisboa, a povoação e sua fortificação perderam importância. Como resultado da distância entre a Vila do Infante e a Aldeia do Bispo, onde se celebravam os serviços religiosos, Dom Manuel (1495-1521) determinou a criação da freguesia de Sagres e a edificação da igreja matriz (1512). Mais tarde, em 1573, Dom Sebastião (1568-1578) adoçou dois baluartes nos extremos da muralha já existente, elementos cruciais na arquitectura militar após o advento da artilharia, colocados estrategicamente em locais que optimizavam o tiro cruzado.
Dando prosseguimento às reformas iniciadas no reinado de Dom Sebastião, à época da Dinastia Filipina, no reinado de Filipe I de Portugal (1580-1598), determinou-se a edificação de uma torre (ou Torreão central) no interior da fortificação, permitindo a ligação com a porta de entrada através de um túnel e apresentando, no topo, uma plataforma para artilharia, aumentando a capacidade defensiva da estrutura. No contexto dos atritos entre as Coroas da Espanha e da Grã-Bretanha, no cenário internacional do final do século XVI, a armada do corsário Sir Francis Drake atacou a região de Sagres (1587), que foi violentamente saqueada e incendiada. Na ocasião, sofreram severos danos as fortificações da Baleeira, de Belixe e de São Vicente. Um desenho do ataque inglês, actualmente na Biblioteca do Museu Britânico, retracta as fortificações da região à época, evidenciando o seu carácter de transição da Idade Média, para a arquitectura militar moderna. No tocante à Fortaleza de Sagres, reconhecem-se, a partir do exterior: um pequeno bastião quadrangular de faxina, com a função de assegurar a primeira linha de defesa; uma muralha de alvenaria de pedra, com o formato dos dentes de uma serra e uma extensão aproximada de 180 metros, encimada por ameias, fechava o istmo de lado a lado; dois baluartes baixos, com ameias, posicionavam-se em cada extremidade da muralha; a meio da cortina abria-se uma pequena porta, dando acesso a dois pequenos pátios amuralhados e ameados, com portas alternadas, à maneira dos castelos medievais; no interior dispunha-se a Praça de Armas, rodeada por um conjunto de habitações ligado por uma cortina às muralhas laterais, conjunto esse dominado por um cubelo na extremidade oposta, e a antiga Igreja de Santa Maria. Após o assalto de Drake, cogitou-se a modernização da fortificação manuelina. Em 1621, Alexandre Massai, um engenheiro militar napolitano, apresentou um projecto para a construção de novos baluartes com maior capacidade defensiva, mas não foi concretizado. Só em 1631 é que reparos nas muralhas arruinadas foram determinados por Filipe III de Portugal (1621-1640). As obras foram iniciadas no ano seguinte, aproveitando-se trechos das antigas muralhas e levantando-se baterias renascentistas, obras que prosseguiram após a Restauração da Independência, no reinado de Dom João IV (1640-1656). Entretanto, as novas muralhas exteriores permaneceram incompletas, coexistindo com as antigas muralhas henriquinas.
De traçado poligonal abaluartado, compõe-se de uma cortina fechando o lado de terra e de um muro que se estende pelo flanco esquerdo. Nas duas extremidades da cortina, erguem-se os meio-baluartes de 1793, um sob a invocação de Santa Bárbara (padroeira da Artilharia) e outro de Santo António (patrono do Exército Português). A meio da cortina abre-se o Portão Monumental da praça, em estilo neoclássico, encimado por um escudo de armas no frontão e uma placa epigráfica referindo o então governador do Algarve, Dom Nuno José Fulgêncio João Nepomuceno de Mendonça e Moura (1793). Estrategicamente distribuídos pelo terrapleno encontram-se seis baterias orientadas para o mar e guaritas. Isolado dos demais edifícios, ergue-se o Paiol da Pólvora provavelmente edificado em meados do século XVIII. Inserido no conjunto das edificações, encontra-se uma réplica de um Padrão de Descobrimento quinhentista, no qual se pode observar um escudo de armas do Infante Dom Henrique. Destaca-se, entretanto, a 'Rosa-dos-Ventos', também denominada como rosa-dos-ventos do Infante Dom Henrique, uma ampla estrutura que se considera remontar ao século XVI.
Várias edificações históricas podem ser observadas no terrapleno da fortaleza, como o torreão central, diversos quartéis e edificações como a torre cisterna - provavelmente fruto de projecto henriquino, presente em grande parte das representações da fortaleza após a incursão de Drake em 1587 -, as antigas casas da "correnteza" e a Casa do Governador, estruturas alvo de reaproveitamento turístico no projecto dos anos de 1990.
Igreja de Nossa Senhora da Graça. A edificação do actual templo veio substituir, possivelmente em 1570, à época de Dom Sebastião, a antiga ermida de Santa Maria mandada erigir em1459 pelo Infante Dom Henrique. Após o terramoto de 1755, em que ficou danificada, foram acrescentados a sacristia e o campanário. Apresenta uma planta simples quadrangular de nave única, com pequenas janelas isoladas nas paredes e remate em abóbada de canhão. A cabeceira, com sacristia anexada, também apresenta planta quadrangular e é encimada por uma cúpula semiesférica. A fachada principal é demarcada pela porta de entrada com lintel e telhado de duas águas. Ao campanário, erguido na localização do antigo ossário do cemitério, acede-se através de uma escada do lado este.
O FORTE DE S. IGNÁCIO DO ZAVIAL
Dom Luís de Sousa, futuro conde do Prado, tomou posse do cargo de Governador e Capitão General do Algarve. No ano seguinte, Rodrigo Rebelo Falcão, Provedor das Almadravas do reino do Algarve, por carta de 15 de maio, solicitou a defesa dos "portos de Almádena e Azavial por estarem expostos e oferecidos a maior perigo". É possível que algum tipo de defesa houvesse sido improvisado à época, uma vez que, de acordo com o relato de Dom Luís de Sousa ao Conselho da Fazenda, datado de 20 de Outubro de 1633, ao término de seu governo, se informou que existiam duas torres de vigia - a Torre de Aspa e a Torre do Azavial -, por ele reedificadas, pois que as encontrara "por terra" e "sem nenhum uso". Informa ainda que deu início à construção do 'Forte de Santo Ignacio do Zavial', ficando apenas a cisterna por construir. O 'Forte do Zavial' foi inspeccionado em 1754 por Dom Rodrigo António de Noronha e Meneses, Governador do Reino do Algarve, encontrando-se em bom estado. No ano seguinte, entretanto, o terramoto que provocou o desmoronamento das muralhas de Lagos, assim como do Paço dos Governadores e a sua capela, causou o desmoronamento do 'Forte de Santo Ignacio do Zavial'. Tendo sido priorizadas as obras de reconstrução da defesa de Lagos, em 1 de Agosto de 1763 o Marquês de Louriçal, Governador do Reino do Algarve, solicitou a Dom Luís da Cunha a construção da 'Bateria do Zavial', para a defesa daquele ancoradouro. Nessa fase, um pouco mais tarde, por relatório de 18 de Julho de 1765, o Sargento-Mor de Engenharia, Romão José do Rego, manifesta-se contra a reconstrução do arruinado 'Forte do Zavial', recomendando a instalação de uma bateria no local. Uma bateria foi então erguida, encontrando-se, entretanto, parcialmente em ruínas já em 1788.
No contexto da Guerra Peninsular, por Alvará de 27 de Setembro de 1805, o Príncipe Regente D. João determinou que todas as fortificações desde a 'Bateria do Zavial, a Oeste', até ao 'Forte da Meia Praia, a Leste', ficariam dependentes da 'Praça de Lagos'. Ficavam extintos, por se encontrarem destruídos ou não ser aconselhável a sua conservação, todos os outros pontos fortificados não incluídos no Alvará.
No contexto da Guerra Peninsular, por Alvará de 27 de Setembro de 1805, o Príncipe Regente D. João determinou que todas as fortificações desde a 'Bateria do Zavial, a Oeste', até ao 'Forte da Meia Praia, a Leste', ficariam dependentes da 'Praça de Lagos'. Ficavam extintos, por se encontrarem destruídos ou não ser aconselhável a sua conservação, todos os outros pontos fortificados não incluídos no Alvará.
FORTE DA PONTA DA BANDEIRA
O 'Forte da Ponta da Bandeira', também denominado como 'Forte do Pau da Bandeira', 'Forte de Nossa Senhora da Penha de França', ou ainda como 'Forte do Registo', localiza-se no Cais da Solaria, freguesia de Santa Maria, em Lagos (Portugal).
O forte foi erguido no contexto da Guerra da Restauração, entre 1679 e 1690, junto ao porto, com a função de defesa daquele ancoradouro e para complemento da defesa de Lagos. Essa defesa era integrada ainda pelo Forte da Meia Praia e pelas seguintes baterias:
1ª Bateria do Pinhão
2ª Bateria de Nossa Senhora da Piedade
3ª Bateria do Porto de Mós
4ª Bateria de São Luís de Almádena
5ª Bateria de Vera Cruz da Figueira
6ª Bateria do Zavial
O forte, de tipo marítimo, apresenta planta quadrangular e, em cada um dos vértices foram erguidas, por volta de 1960, guaritas cilíndricas. O acesso ao interior dá-se através de uma ponte levadiça e do portão de armas, em cantaria. No seu interior existe uma capela, forrada interiormente por azulejos.
FORTE DA MEIA PRAIA
O 'Forte de São Roque' ou de 'São José', mais conhecido como 'Forte da Meia Praia', é um monumento militar situado no Concelho de Lagos, em Portugal. O Forte localiza-se atrás do Apeadeiro da Meia Praia, junto à localidade com o mesmo nome, na Freguesia de Odiáxere. O edifício apresenta uma construção rectilínea, de forma trapezoidal; três dos lados são rectos, excepto um, virado a Noroeste, aonde se situa a entrada. Esta disposição, de estilo maneirista, reflecte as novas tendências de arquitectura militar, que se encontravam a ser introduzidas na época em que a fortificação foi construída.
O forte foi provavelmente construído cerca de 1670, por ordem de Dom Luís da Cunha e Ataíde, Conde de Pontével, de forma a defender a 'Praia de S. Roque' (antiga denominação da Meia Praia) e a foz da Ribeira da Carrapateira, que, no Século XX, já tinha desaparecido completamente. Fazia parte de um conjunto de fortificações, cujo propósito era defender a costa à volta da cidade de Lagos dos então constantes ataques de piratas e corsários. Declínio e abandono-Danificado no Sismo de 1755, foi reparado em 1796, perante a ameaça das Invasões Francesas. Em 1805, fica sobre a dependência da Praça Forte de Lagos, encontrando-se, em 1822, já abandonado e destruído.
FORTE DE SANTA CATARINA
(Portimão)
(Portimão)
O 'Forte de Santa Catarina', ou 'Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar', no Algarve, localiza-se no Concelho de Portimão, Distrito de Faro, em Portugal. Em posição dominante sobre uma elevação no extremo Leste da Praia da Rocha, junto ao Rio Arade, esta fortificação defendia a povoação e a barra do rio Arade, cooperando com o 'Forte de São João do Arade', na margem oposta do rio, em Ferragudo.
No contexto da Dinastia Filipina, esta fortificação foi mandada construir no reinado de Filipe III, no local onde já existia uma ermida dedicada a 'Santa Catarina de Alexandria', da qual ainda subsiste o portal gótico primitivo no interior. Sofreu grandes estragos com o terramoto de 1755.
FORTALEZA DE ARMAÇÃO DE PÊRA
O 'Forte de Santo António da Pedra da Galé', também referido como 'Fortaleza de Armação de Pêra', localiza-se em Armação de Pêra, no município de Silves, distrito de Faro, em Portugal.
Presume-se que a primitiva defesa do local tenha sido um antigo 'castro dos lusitanos' ou um forte romano, destinado à defesa da foz da ribeira de Alcantarilha. Posteriormente, aqui foi erguido um forte, em 1571, para defesa contra os ataques dos piratas da Barbária e de corsários em geral. Adicionalmente a estrutura oferecia protecção às pessoas que se deslocavam da freguesia de Alcantarilha para este local, onde se dedicavam à pesca. Ao longo dos séculos, ao abrigo da defesa proporcionada pelo forte, populações foram-se fixando na região, dando origem ao povoado de Armação de Pêra, voltado para a actividade da pesca e da agricultura, nesta última, nomeadamente a produção de frutos secos. Por volta de 1720 foi levantada, no interior da fortificação, a 'Capela de Santo António' em homenagem ao padroeiro do forte. Com o terramoto de 1755 o forte sofreu severos danos, vindo a ser reconstruído alguns anos mais tarde.
FORTE DE SÃO JOÃO DO ARADE
O 'Forte de São João do Arade', também conhecido como 'Castelo de São João do Arade' ou simplesmente 'Castelo do Arade', localiza-se no Algarve, na vila e freguesia de Ferragudo, concelho da Lagoa, distrito de Faro, em Portugal. Em posição dominante sobre a povoação e a foz do rio Arade, a sua elevação separa duas praias: a Praia da Angrinha e a Praia Grande. Cooperava com o Forte de Santa Catarina, que lhe era fronteiro em Portimão, na defesa do estuário do rio.
A primitiva fortificação do local remonta a uma torre de vigia erguida sob o reinado de Dom João II (1481-1495). Posteriormente, quando a vila de Ferragudo foi fundada (1520), acredita-se que tenha sido cercada por um muro defensivo erguido sobre os vestígios de outro, mais antigo, que remontaria à época da construção da torre de vigia.
De acordo com o relatório de Alexandre Massai, a muralha ainda existia em 1621, uma vez que ali se refere "um sítio cercado chamado Ferragudo". Visando a defesa daquele estuário, antes da povoação, a jusante, sobre uma elevação rochosa, foi erguido um baluarte artilhado, por volta de 1643. A força dos elementos (marés e temporais), culminando com um violento temporal em 1669, causaram severos danos ao baluarte. Reparada, em 1754, numa inspecção efectuada pelo Governador do Reino do Algarve, Dom Rodrigo António de Noronha e Meneses, a fortificação foi considerada em perfeito estado de conservação. Apresentava então duas baterias de artilharia:
1ª Bateria Baixa, artilhada com três peças.
2ª Bateria Alta, artilhada por quatro peças.
No ano seguinte foi severamente danificada pelo terramoto de 1755, inclusive os alicerces. Em 1765 um novo relatório dava conta de que todos os seus alojamentos encontravam-se em ruínas, tendo sido despendidos 80$000 réis na sua reedificação.
FORTE DE N. S. DA ROCHA
O 'Forte da Nossa Senhora da Rocha', também denominado 'Castelo de Porches', localiza-se na vila de Porches, concelho de Lagoa (Algarve), Distrito de Faro, em Portugal.
A toponímia Porches remonta a um povoado Romano, nas imediações da actual vila. Com localização privilegiada, num promontório em posição dominante sobre a costa, entre as antigas Ossónoba (hoje Faro) e Lacobriga (hoje Lagos), protegia a praia e um pequeno porto, único acesso a esse trecho do litoral. Embora carecendo de pesquisas arqueológicas, os estudiosos acreditam que, à época da Invasão muçulmana da Península Ibérica, o local também terá tido utilização militar.
Não foram localizadas informações elucidativas sobre este castelo, a não ser que o mesmo foi doado por Dom Afonso III (1248-1279) a seu chanceler, Dom Estevão, por documento passado na povoação de Santa Maria de Faro, com data de Fevereiro de 1250. O actual forte tem em, seu interior, uma ermida, cuja data de construção é desconhecida: de acordo com uma lenda local a sua construção está ligada a uma aparição da Virgem, tendo Dom Dinis mandado construir a fortificação para a proteger.
Sabe-se que Dom João III (1521-1557) mandou erguer o forte para defender a praia dos piratas mouros. Em finais do século XVI, época em que Tomé Gonçalves é mencionado como seu governador, é referida a existência de um forte no local.
BATERIA DE ALBUFEIRA
A 'Bateria de Albufeira', no Algarve, localiza-se na rua da Bateria, cidade, Freguesia e Concelho de mesmo nome, Distrito de Faro, em Portugal. A sua construção inscreve-se no complexo militar medieval da cidade de Albufeira, como parte integrante de uma rede de fortificações costeiras erguida no Algarve, fruto da renovação das antigas torres costeiras medievais, na época moderna, das quais são exemplo o 'Forte da Quarteira', a 'Bateria da Baleeira' ou o 'Forte de Santo António de Pêra'. Embora actualmente desprovida de elementos caracterizadores suficientes, a nível municipal os seus vestígios são importantes devido à sua localização em pleno núcleo histórico, testemunhando a importância da praça militar de Albufeira ao longo dos séculos.
Terá sido erguida ainda no século XVI. À época da Dinastia Filipina, o engenheiro-militar e arquitecto napolitano Alexandre Massai, na sua Descrição do Reino do Algarve, extenso relatório sobre o Reino do Algarve e o Reino de Portugal, cujo levantamento fora realizado entre 1617-1618 e concluído em 1621, destinando-se a informar o Supremo Conselho (de Guerra e da Fazenda) de sua Majestade sobre as obras e reparos necessários às fortificações litorâneas, portuguesas e algarvias, reportou que a Bateria da Albufeira era construída ao uso antigo e que a falésia onde se erguia estava minada por baixo, quase a cair. Apoiava-se num muro que ligava os dois extremos da antiga muralha do Castelo de Albufeira, na cota de 41 metros acima do nível do mar, e estava artilhada na ocasião com três canhões de bronze de berço, de dois quintais de calibre, um dos quais fora de serviço. Posteriormente, à época da Guerra Peninsular, o então Príncipe-Regente D. João, expediu um Alvará, datado de 1805, pelo qual o 'Forte da Quarteira', o 'Forte de Valongo', a 'Bateria de São João', a 'Bateria de Albufeira', a 'Bateria da Baleeira' e o 'Forte de Santo António de Pêra' passavam a depender da praça militar de Albufeira. Prosseguindo a erosão marítima, com a derrocada da falésia, a bateria quase desapareceu.
Trata-se de uma construção periurbana, isolada no topo da falésia do 'Castelo de Albufeira', a 41 metros acima do nível do mar, integrante do antigo forte sobre a praia, na arriba central da cidade, comunicando directamente com o morro onde se ergueu o núcleo antigo da povoação e que funcionou como corpo avançado do castelo medieval. É um exemplar de arquitectura militar em estilo maneirista, hoje incaracterística estilisticamente. Era uma bateria defensiva de planta em trapézio triangular irregular voltado para o mar. A construção incluía paredes autoportantes, em alvenaria rebocada e ladrilho.
Terá sido erguida ainda no século XVI. À época da Dinastia Filipina, o engenheiro-militar e arquitecto napolitano Alexandre Massai, na sua Descrição do Reino do Algarve, extenso relatório sobre o Reino do Algarve e o Reino de Portugal, cujo levantamento fora realizado entre 1617-1618 e concluído em 1621, destinando-se a informar o Supremo Conselho (de Guerra e da Fazenda) de sua Majestade sobre as obras e reparos necessários às fortificações litorâneas, portuguesas e algarvias, reportou que a Bateria da Albufeira era construída ao uso antigo e que a falésia onde se erguia estava minada por baixo, quase a cair. Apoiava-se num muro que ligava os dois extremos da antiga muralha do Castelo de Albufeira, na cota de 41 metros acima do nível do mar, e estava artilhada na ocasião com três canhões de bronze de berço, de dois quintais de calibre, um dos quais fora de serviço. Posteriormente, à época da Guerra Peninsular, o então Príncipe-Regente D. João, expediu um Alvará, datado de 1805, pelo qual o 'Forte da Quarteira', o 'Forte de Valongo', a 'Bateria de São João', a 'Bateria de Albufeira', a 'Bateria da Baleeira' e o 'Forte de Santo António de Pêra' passavam a depender da praça militar de Albufeira. Prosseguindo a erosão marítima, com a derrocada da falésia, a bateria quase desapareceu.
Trata-se de uma construção periurbana, isolada no topo da falésia do 'Castelo de Albufeira', a 41 metros acima do nível do mar, integrante do antigo forte sobre a praia, na arriba central da cidade, comunicando directamente com o morro onde se ergueu o núcleo antigo da povoação e que funcionou como corpo avançado do castelo medieval. É um exemplar de arquitectura militar em estilo maneirista, hoje incaracterística estilisticamente. Era uma bateria defensiva de planta em trapézio triangular irregular voltado para o mar. A construção incluía paredes autoportantes, em alvenaria rebocada e ladrilho.
FORTE DE S. ANTÓNIO DE TAVIRA
O 'Forte de Santo António de Tavira', também conhecido como 'Forte do Rato' ou 'Forte da Ilha das Lebres', localiza-se a Leste do sítio das 'Quatro Águas', na foz do rio Gilão, junto à barra da cidade de Tavira, no Distrito de Faro, em Portugal.
Erguido na segunda metade do século XVI na foz do rio Gilão, com a função de defesa do porto de Tavira, encontrava-se em construção quando da visita do rei Dom Sebastião (1568-1578) aquela cidade, no ano de 1573. Foi colocado sob a invocação de Santo António.
Notícia de 1577 dá conta de que a barra natural do rio Gilão localizava-se defronte à Fortaleza de Santo António. No contexto da Guerra da Restauração da Independência, a sua estrutura foi remodelada, passando a complementar a defesa da 'Forte de São João da Barra de Tavira', no sítio da Gomeira, iniciada em 1672. Uma notícia de 1717, dá conta de que a barra natural do rio já se encontrava defronte ao sítio da Gomeira e, portanto, da nova fortificação. Em 1792, numa relação do armamento existente neste forte, aponta-se que ele estava guarnecido por nove homens e artilhado com duas peças, estando uma sem apetrechos. Em 1821, esta edificação encontrava-se guarnecida apenas por três homens, sem artilharia, com a porta bastante danificada e o armazenamento de pólvora em estado de abandono. A fortaleza esteve activa até 1840, quando, perdida a sua função militar, foi abandonada por ordem do Governador da Província do Algarve, brigadeiro Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1º visconde de Molelos.
'Forte de Santo António de Tavira', Portugal. O forte apresenta planta poligonal abaluartada. Em seu interior erguem-se os Quartéis da Tropa e o Paiol, e abre-se o poço.
FORTE DE S. JOÃO DA BARRA
O 'Forte de São João da Barra', também designado por 'Forte de São João Baptista' e 'Forte da Conceição', localiza-se na freguesia de Cabanas de Tavira, junto à Ria Formosa.
Remonta ao contexto da Guerra da Restauração da Independência Portuguesa, erguido por iniciativa do conde de Vale de Reis, em 1656. Foi ampliado em 1670, estando esses trabalhos concluídos em 1672. Danificado pelo terramoto de 1755, foi remodelado em 1793, no reinado de Maria I de Portugal. Apresenta planta quadrangular, com baluartes nos vértices.
FORTE DE VERA CRUZ
O Forte de Vera Cruz localiza-se sobre o alto da falécia que limita, a Este, a praia da Figueira, Concelho de Vila do Bispo, Distrito de Faro, em Portugal.
Foi edificado no contexto da Guerra da Restauração, com a função de defesa daquele trecho do litoral. Na noite de 4 de Maio de 1670, nas suas imediações, registou-se um desembarque de piratas da Barbária, que pretendiam assaltar e saquear a aldeia da Figueira. O grupo de invasores foi confrontado e dissuadido pelos habitantes locais, sob o comando de um oficial de nome Afonso Telo. Actualmente encontra-se em ruínas, em avançado estado de deterioração.
Forte marítimo, de pequenas dimensões, em seu interior possuía os aquartelamentos da tropa e duas baterias - uma elevada e uma baixa - artilhado por quatro peças.
Foi edificado no contexto da Guerra da Restauração, com a função de defesa daquele trecho do litoral. Na noite de 4 de Maio de 1670, nas suas imediações, registou-se um desembarque de piratas da Barbária, que pretendiam assaltar e saquear a aldeia da Figueira. O grupo de invasores foi confrontado e dissuadido pelos habitantes locais, sob o comando de um oficial de nome Afonso Telo. Actualmente encontra-se em ruínas, em avançado estado de deterioração.
Forte marítimo, de pequenas dimensões, em seu interior possuía os aquartelamentos da tropa e duas baterias - uma elevada e uma baixa - artilhado por quatro peças.
FORTALEZA DE CACELA
O 'Forte de Cacela', também referido como 'Fortaleza de Cacela', no Algarve, localiza-se na povoação de Cacela-Velha, freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, em Portugal. Em posição dominante sobranceira à foz da ria Formosa, encontra-se actualmente compreendido no património classificado de Cacela Velha, considerado como um dos mais importantes conjuntos arquitectónicos do Algarve.
FORTE DE S. ANTÓNIO DE CASTRO MARIM
O 'Forte de Santo António', também conhecido como 'Forte do Revelim' ou 'Revelim de Santo António', localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de Castro Marim, no Distrito de Faro, em Portugal.
Erguido sobre uma elevação conhecida como rocha do Zambujal, a Leste do 'Forte de São Sebastião de Castro Marim', complementa as defesas da povoação, na foz do rio Guadiana, com a função de vigiar a travessia e navegação nas águas desse rio. Foi mandado erguer, à época da Guerra da Restauração, pelo Conselho de Guerra de Dom João IV (1640-1656).
De pequenas dimensões, ligava-se tanto ao antigo castelo medieval, quanto ao 'Forte de São Sebastião'. Em seu interior, foi edificada a 'Ermida de Santo António', em estilo barroco, que apresenta Capela-mor com planta quadrangular delimitada por pilares-cunhais.
Erguido sobre uma elevação conhecida como rocha do Zambujal, a Leste do 'Forte de São Sebastião de Castro Marim', complementa as defesas da povoação, na foz do rio Guadiana, com a função de vigiar a travessia e navegação nas águas desse rio. Foi mandado erguer, à época da Guerra da Restauração, pelo Conselho de Guerra de Dom João IV (1640-1656).
De pequenas dimensões, ligava-se tanto ao antigo castelo medieval, quanto ao 'Forte de São Sebastião'. Em seu interior, foi edificada a 'Ermida de Santo António', em estilo barroco, que apresenta Capela-mor com planta quadrangular delimitada por pilares-cunhais.
FORTE DE S. SEBASTIÃO DE CASTRO MARIM
O 'Forte de São Sebastião de Castro Marim' localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de mesmo nome, no Distrito de Faro, em Portugal. O forte está implantado a Sul do monte do 'Castelo, no serro do Cabeço', onde primitivamente existia uma ermida sob a invocação de 'São Sebastião', demolida quando das obras da fortificação. A sua importância decorre de se constituir no exemplo melhor conservado do que foi o amplo processo de renovação do sistema defensivo da vila nos meados do século XVII.
As suas obras foram iniciadas sob o reinado de Dom João IV (1640-1656), a partir de 1641, no contexto da Restauração da Independência Portuguesa, visando reforçar a defesa deste trecho estratégico da fronteira. O seu projecto visava modernizar a protecção proporcionada pelo antigo castelo medieval transformando a povoação na principal praça-forte algarvia à época. O conjunto defensivo é complementado pelo 'Revelim de Santo António de Castro Marim', a Leste da povoação.
O forte apresenta planta poligonal orgânica (adaptada ao terreno), com cinco baluartes. O portão principal está voltado a Norte, na direcção da vila, comunicando-se com o antigo Castelo por um pano de muralha e entrada coberta. Observa-se, desse modo, a integração do sistema abaluartado setecentista com o antigo recinto muralhado da povoação.
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