A Derrota da Armada do Imperio Espanhol
08-08-1588
A Armada Invencível, "the Invincible Fleet", com certo tom irónico, pelos ingleses no século XVI, é o nome que os próprios ingleses deram à armada dos vários Reinos dos Habsburgos, reunida por Filipe II. A armada nunca recebeu essa designação fora de Inglaterra. Foi uma armada reunida pelo Rei Filipe II de Espanha em 1588 para invadir a Inglaterra. A Batalha Naval de Gravelines foi o maior combate da não declarada Guerra Anglo-Espanhola e a tentativa de Filipe II de neutralizar a influência inglesa sobre a política dos Países Baixos Espanhóis e reafirmar a hegemonia na guerra nos mares. O episódio conhecido como derrota da armada invencível, não pode ser reduzido a apenas um dia, uma data ou uma batalha. No entanto, no dia 8 de Agosto de 1588, ocorreu uma batalha que na prática decidiu o futuro da campanha militar, que tinha como objectivo, a de invasão da Inglaterra. A decisão de atacar a Inglaterra foi tomada no ano de 1586, ano a partir do qual, estão prontos ou em aparelhamento os galeões da Coroa de Portugal. Os navios portugueses, são segundo a maioria dos historiadores, a principal razão da confiança do Rei Filipe II no resultado da campanha, sendo os nove galeões portugueses e as quatro grandes Galeaças do Reino de Nápoles, os mais poderosos navios da armada. É portanto de crer que a ideia normalmente propalada pela Inglaterra, de que enfrentou em 1588 uma poderosíssima armada «Espanhola» foi acima de tudo resultado da campanha de propaganda que se seguiu à batalha, mas nunca correspondeu à realidade. Em primeiro lugar, nunca existiu uma armada espanhola, mas sim várias armadas, que foram organizadas segundo a sua origem. Havia além da armada portuguesa, a armada de Galeaças de Nápoles, a armada de 14 navios bascos, a armada castelhana de 14 galeões de tamanho médio, normalmente utilizados para transporte entre a península e as Américas, entre outras. Mas a verdade é que para além dos 9 galeões de guerra portugueses e as quatro Galeaças enviadas por Nápoles, os restantes navios eram na sua maioria navios mercantes armados com canhões que em muitos casos foram retirados das fortalezas terrestres, ou galeões de dimensões mais reduzidas. A armada somava 130 navios, mas apenas 10% desse numero tinha real capacidade militar. A verdadeira batalha deveria travar-se entre os 34 galeões de guerra ingleses de um lado e os 9 galeões portugueses juntamente com as quatro Galeaças de Nápoles. A superioridade numérica inglesa em verdadeiros navios de guerra era portanto muito considerável, embora reduzida pelo poder de fogo de cada navio português, bastante superior aos navios ingleses. Existem publicações de língua inglesa que taxativamente afirmam que os navios da armada invencível, estavam preparados para disparar apenas uma vez, passando depois à abordagem, pelo que a artilharia teve pouca utilidade. Esta afirmação está incorrecta e não corresponde à verdade dos factos conhecidos, pois segundo a relação de projécteis (pelouros) à partida e à chegada, o galeão S. Martinho disparou 47% dos pelouros carregados, o galeão S. Luís disparou 60% dos pelouros, e o valor sobe até atingir 87% dos pelouros disparados, nos galeões pequenos (Zabras) Augusta e Júlia. É um mito, a afirmação de que os navios ingleses disparavam mais que os principais galeões da Armada. Ocorre que o número de navios que os principais galeões tiveram que defrontar era muito maior e os ingleses estavam normalmente em superioridade numérica. É esta superioridade numérica que explica o grande número de projécteis que atingiram os navios portugueses e não a superioridade dos artilheiros ingleses. A única inferioridade dos navios britânicos estava no número de homens embarcados (apenas 15.551 homens contra 27.365). Mas como as abordagens não representaram qualquer papel de relevância na batalha, esta desvantagem numérica transformou-se numa vantagem, pois a diferença era constituída por tropas de infantaria que não chegaram a combater. Partida atribulada, embora estivesse prevista a sua saída em 1587, um vendaval danificou várias embarcações, enquanto a peste se propagou pelos navios da Armada ancorados em Lisboa, com excepção dos navios da esquadra portuguesa, que tinham as suas tripulações em terra. O temporal danifica alguns dos navios da esquadra portuguesa, que era constituída por 12 galeões. Um deles é entretanto enviado para a Índia e outros dois acabam por ser desarmados por estarem demasiado velhos, ficando a esquadra portuguesa restringida a 9 galeões. Por estas razões, e porque teve que esperar por ventos favoráveis para sair do Tejo, a Armada só saiu de Lisboa em 28 de Maio de 1588, mas enfrentou desde logo problemas porque se levantou um temporal e ventos contrários empurraram-na até à costa ocidental do Algarve. A Armada avançou depois para noroeste, pois entre 9 e 10 de Junho encontrava-se a cerca de 500km a oeste de Lisboa, navegando em direcção à Galiza, chegando ao porto da cidade da Corunha em 18 de Junho, mas a 23 de Junho ainda havia 28 navios fora do porto à mercê de um violento temporal que entretanto se voltar a levantar. Os navios que estavam fora do porto são dispersos pelo temporal e o vento força um dos galeões portugueses a chegar à costa francesa, retornando à Corunha apenas 11 dias depois, a 4 de Julho. Por esta altura, algumas das tripulações somavam já 9 meses a bordo dos navios, pois durante a organização da Armada em Lisboa, só as tripulações dos navios da Coroa de Portugal tinham autorização para desembarcar. A situação era portanto já dramática, mesmo antes de qualquer combate ter ocorrido. Comandada pelo Duque de Medina-Sidónia, a Armada teria como objectivo principal, navegar para norte, onde se juntaria às forças do Duque de Parma na Flandres, apoiando daí um exército que deveria invadir a Inglaterra. Tripulados por 8.000 marinheiros, transportando 18.000 soldados e estava destinada a embarcar mais um exército de 30.000 homens. No comando, o Duque de Medina-Sidónia seguia num galeão português, o São Martinho. Os infortúnios da Armada do Império Espanhol, chegaram entretanto ao conhecimento dos ingleses, que ficaram a saber que esta se encontrava na Corunha, tendo feito planos para enviar uma esquadra para atacar os navios naquela cidade. Essa esquadra inglesa sai de Plymouth a 18 de Julho, mas as condições de vento não permitem que a viagem prossiga. Depois desta tentativa falhada, o comandante inglês, Lord Howard, volta ao porto mas deixa alguns navios à entrada do canal, para que o possam avisar quando a Armada for avistada. A Armada sai finalmente da Corunha a 23 de Julho, deixando para trás apenas alguns navios, entre os quais o navio que transporta grande parte do pessoal de saúde e material de Hospital. Seis dias depois de sair da Corunha, a Armada avista a costa da Inglaterra a 29 de Julho, mas um ou dois dias antes, já os navios ligeiros ingleses tinham detectado ao longe as velas dos galeões, partindo para Plymouth a avisar da aproximação da Armada. Esta fase da viagem também apresentou problemas, pois os navios dispersaram-se, mas com ventos favoráveis acabaram por se voltar a concentrar no ponto inicialmente previsto, «Cape Lizard». Nesta altura, os ingleses tentam sair de Plymouth para dar luta à armada, mas a maré desfavorável impede a saída dos navios. Também por esta altura, a Armada perde a sua principal oportunidade de, (aproveitando a concentração dos 54 navios que constituíam a principal esquadra inglesa, sob o comando do Almirante Howard), se superiorizar aos ingleses, utilizando essa vantagem táctica para atacar a principal força britânica enquanto esta está parada no porto, não podendo fazer uso da superior mobilidade dos galeões ingleses. As ordens do Rei, e a fraca qualidade e visão dos comandantes espanhóis, deitou tudo a perder antes mesmo de a batalha começar. Como os navios da Armada não atacaram Plymouth, passaram pelos navios ingleses que estavam agora na sua retaguarda.
Três importantes factores estão na base da decisão do monarca espanhol em tentar invadir a Inglaterra. Em primeiro lugar, a coroa espanhola enfrentava a rebelião dos exércitos holandeses em suas possessões na Flandres e em territórios dos atuais Países Baixos Neerlandeses, Bélgica e Luxemburgo, herdadas por Filipe II de seu pai, Carlos I. A manutenção do domínio nos países baixos tinha grande importância estratégica e comercial para o Império Espanhol, mas envolvia também o enfrentamento do crescente poder protestante na Europa, representado ali pelos calvinistas das províncias do norte. Isto apresenta o segundo factor, a Espanha era então a principal força aliada da Igreja Católica e estava envolvida, política e militarmente, tanto na defesa do cristianismo contra os muçulmanos no mediterrâneo quanto na contra reforma católica na Europa central, em face ao surgimento dos protestantes na Europa. Os nobres calvinistas em Flandres sempre contaram com apoio inglês, especialmente nas operações navais e naquele momento sofriam graves derrotas em terra diante do comando de Alexandre Farnésio, o Duque de Parma, à frente dos exércitos espanhóis. Com a França há décadas neutralizada por sucessivas derrotas para os espanhóis, como em Pavia, San Quentin e na batalha terrestre de Gravelinas, e o Sacro Império Romano-Germânico eternamente nas mãos dos Habsburgo (família à qual pertencia Filipe II), a queda dos ricos porém vulneráveis aliados comerciais holandeses isolaria de vez a Inglaterra. Para fazer frente a isto, a Rainha Isabel I ordenou e apoiou diversas acções, o envio de tropas para a Holanda à cessão de cartas de corso para piratas ingleses, habituais ameaças às frotas espanholas do novo mundo. Os corsários ingleses davam caça aos galeões espanhóis no Atlântico e no Pacífico. Apesar da notabilidade dessas acções, foram raros os sucessos, no entanto, desde a organização da Frota das Indias Espanholas para a proteção dos carregamentos de ouro vindos do novo mundo. Foi durante estas lutas que sir Francis Drake se notabilizou. Regressava à Inglaterra carregado de grandes tesouros depois de ter feito uma viagem de circum-navegação. A Rainha Isabel I aceitava serenamente os protestos espanhóis bem como a sua parte dos saques, já que a guerra dos «aventureiros mercadores», como eram designados os corsários na Inglaterra, era feita com apoio da coroa. O efeito do apoio inglês directo ou indirecto impedia a derrota final dos holandeses e a longa guerra há muito não era mais suportável para a economia da coroa espanhola, à beira da bancarrota, se tornou prioritário neutralizar a Inglaterra. Finalmente, as questões religiosas agravaram a rivalidade entre as duas nações. O Rei Filipe II apoiava activamente a causa católica e conspirava na Inglaterra para colocar Maria Stuart, Rainha de Escócia, católica, no trono britânico e depor a protestante Rainha Isabel I. Foi precisamente a execução de Maria Stuart que serviu de último motivo para a guerra aberta entre os dois países. O Rei Filipe II decidiu então concentrar uma gigantesca armada no estuário do Tejo para a invasão. Aproximadamente um terço desta frota (43 navios) era português. Sabendo da notória supremacia dos Tércios de infantaria espanhóis, sobre todos os exércitos contemporâneos, e da fragilidade inglesa em terra, planejou uma invasão maciça, pelo canal da mancha utilizando o exército do Duque de Parma estacionado em Flandres. Para tanto precisaria efectuar o maior desembarque naval da história até então, daí a enormidade da frota necessária. O Rei Filipe II era então também Rei de Portugal em função da União Dinástica Ibérica, pelo que alguns dos navios utilizados faziam parte da armada portuguesa. Um dos principais esquadrões de batalha era chamado de «Esquadra de Portugal», tendo alguns dos melhores galeões de guerra do mundo. Grande parte dos pilotos, marinheiros e soldados da Invencível Armada eram portugueses, apesar de serem comandados por espanhóis. Tal facto gerou controvérsia na altura, dado que os portugueses, ainda pouco acostumados com as consequências da união dinástica com o Império Espanhol, não se sentiam à vontade para combater em navios do seu país e serem comandados por espanhóis. Os ingleses, pelo seu lado, conseguiram tomar maior proveito dos seus navios de guerra. Cada esquadra era comandada de acordo com a nacionalidade dos capitães, homens e navios. Desta forma, evitavam-se motins ou outras acções de insurreição.
A ordem de partida foi para dia 25 de Abril, mas a armada saiu de Lisboa a 28 de maio de 1588, com 130 barcos, 8 mil marinheiros e 18 mil soldados. O plano era destruir a frota inglesa que guardava o Canal da Mancha e ao mesmo tempo desembarcar próximo a Londres o exército do Duque de Parma, de 30 mil soldados, que aguardava nos Países Baixos Espanhóis. Só após 15 dias os espanhóis conseguiram avistar a Inglaterra. Durante este tempo, a falta de vento na costa portuguesa e uma tempestade junto ao cabo Finisterra dispersaram os navios. Durante alguns dias, em pleno Canal da Mancha, as frotas estudaram-se uma à outra sem atacar. A 31 de Julho, disparam-se os primeiros tiros logo às 09:00 da manhã. O principal combate ocorreu entre o galeão português São João, que tinha sido colocado no extremo sul da formação e que se tinha atrasado, e alguns navios ingleses. Em grande inferioridade numérica, o navio foi socorrido pelo outro galeão português, o São Mateus (que também tinha sido colocado no flanco sul da formação). No entanto, o São João foi atingido por 300 projécteis, tendo disparado 140 vezes contra os navios ingleses. Na tarde deste dia, o navio almirante da esquadra, o galeão português São Martinho também entrou em combate com os ingleses. Até ao fim do dia um incidente danificou gravemente os mastros da nau castelhana «Nuestra Señora del Rosario» e uma explosão a bordo danificou gravemente a urca castelhana «San Salvador» originária da Guipúzcoa, matando 300 homens. O navio acabaria sendo capturado pelos ingleses. No dia seguinte, 1 de Agosto os comandantes da armada, perante o que consideraram ser o inesperado poder de fogo e velocidade dos navios ingleses, decidem juntar um núcleo de navios mais poderosos colocando-os ao centro. Esse núcleo era constituído exclusivamente por navios portugueses, mas não ocorreram mais recontros nesse dia. Apesar de ter tido oportunidade de atacar a frota inglesa, imobilizada em Plymouth pela acção da maré, o comando espanhol parece ter sido expressamente ordenado por Filipe II para dar prioridade à operação de embarque de tropas e não correr riscos de perda de navios antes da hora. Medina Sidonia contrariando os conselhos, dos seus capitães que consideravam o ataque viável, decidiram seguir rumo à ilha de Wight, com destino à costa continental. Os ingleses, comandados pelo célebre corsário sir Francis Drake, mantinham-se imediatamente atrás deles, a pouca distância. Depois de escaramuças inconclusivas entre as duas frotas, dois navios espanhóis colidiram e foram abandonados. Tal fato ajudou Drake a conhecer as vulnerabilidades dos navios do inimigo que lhe serviriam mais tarde. Conforme os planos, a Armada assumiu uma disposição de combate, assumindo uma disposição em meia-lua, quando os ingleses se dividem em duas forças colocando-se tanto a norte quanto a sul da Armada. É nesta altura que os galeões portugueses são colocados nas extremidades da meia-lua, o que permite que possam responder com mais facilidade a qualquer iniciativa inglesa. Na manhã de 2 de Agosto o vento mudou e empurrou a Armada na direcção dos ingleses, pelo que ocorre um violento duelo de artilharia a partir das 07:00 da manhã. Durante este dia, os combates ocorrem entre pequenos grupos de navios, que são auxiliados pelos navios maiores quando se torna necessário. São os navios portugueses que são invariavelmente enviados para reforçar os restantes navios da armada à medida que os combates progridem, destacando-se os galeões São Marcos, São Mateus, São Luís, São Filipe e Santiago. Neste dia, uma manobra do galeão São Martinho, leva a que o navio seja forçado a combater sozinho contra vários galeões ingleses. No entanto, a capacidade de fogo dos canhões do navio português, levam a que nenhum dos navios ingleses consiga aproximar-se. No total, o galeão São Marinho efectuou 120 disparos só no dia 2 de Agosto, tendo sido atingido por 50 projecteis, alguns dos quais abaixo da linha de água, que tiveram que ser tapados com placas de chumbo por mergulhadores. Com uma nova mudança de vento, a Armada volta novamente ao seu percurso na direcção da costa da Flandres. A 4 de Agosto voltam a ocorrer combates esporádicos, durante períodos limitados. O navio galeão São Martinho foi novamente atingido abaixo da linha de água, mas os combates foram inconclusivos. No entanto, próximos das suas bases alguns navios ingleses podiam reabastecer-se de pólvora. A 5 de Agosto, a falta de vento paralisou as duas forças e o vento só voltou com o por do sol. A operação de embarque de tropas se revelou mal planejada. O porto de Dunquerque, escolhido para reunir e embarcar as tropas sofreu bloqueio por navios holandeses e a frota aproximava-se então da costa francesa e a 6 de Agosto os navios da armada lançam âncora ao largo de Calais. Os ingleses que se encontravam a Oeste, fazem a mesma coisa. A situação torna-se muito complicada para a Armada, pois o objectivo de se juntar às tropas do Duque de Parma, não pode ser atingido, por absoluta falta de informação. Os grandes galeões não podiam-se aproximar da praia e o transporte dependia de barcos leves que por sua vez dependiam de embarque por botes. Navios holandeses leves ameaçavam tanto as grandes embarcações, que precisavam limitar suas manobras para receber embarques, quanto os botes de transporte. A comunicação entre as tropas em terra e os navios foi problemática. Ao mesmo tempo os grandes galeões, que deviam proteger os navios de transporte da Armada, foram constantemente ameaçados pelas manobras inglesas. Só no dia seguinte, Domingo, 7 de Agosto, é que o comandante da Armada recebe a informação do que se passa em terra. Para seu espanto e horror, o Duque de Parma só foi informado de que a Armada estava ao largo, na Sexta-feira anterior, dia 5 de Agosto. O Duque de Parma informa o comandante da Armada, de que precisa de mais 15 dias para apoiar a Armada e embarcar a força para invadir a Inglaterra. Às duas da manhã da segunda-feira seguinte, preparava o conselho de guerra inglês seis urcas velhas (os navios de fogo) que abarrotou de combustível e enviou para o seio da esquadra espanhola, cada uma com o seu piloto que a iria dirigir, com o auxílio da maré. Uma vez bem próximo do centro da esquadra eram ateadas as barcas, fugindo os pilotos nos seus batéis. No dia 8 de Agosto ocorre a fase final da batalha, quando já depois da meia-noite os navios da Armada detectam a aproximação dos navios em chamas. Dois dos navios são desviados muito antes de chegarem próximo aos navios ancorados, mas os outros seis chegaram ao pé da esquadra. Para evitarem pegar fogo os comandantes dos navios da armada optaram por efectuar complexas manobras para evitar os navios em chamas, mas muitos deles, em vez de recolherem as âncoras, optaram em vez disso por cortar os cabos, deixando a âncora no fundo. Os navios incendiados não provocaram qualquer dano, mas a esquadra embora não afectada na sua capacidade de combate ficou completamente desorganizada. Uma das galeaças de Nápoles partiu o leme e encalhou ali mesmo em Calais. Com a perda da coesão da sua formatura, a Armada perdeu o seu principal trunfo. Até ali, os navios armados, eram apoiados pelos galeões portugueses, quando se encontravam em dificuldades, mas quando os navios cortam amarras e se espalham, deixa de ser possível organizar a defesa da Armada de forma coesa. A ligação com as tropas do Duque de Parma é agora impossível, a Armada fracassou no seu objectivo de invadir a Inglaterra. Ao nascer do dia 8 de Agosto, a Armada está espalhada ao longo da costa francesa desde Calais até aos bancos de areia e baixios de Nieuwpoort. Inicialmente, por volta das 07:00 da manhã o Almirante Howard tenta abordar a galeaça napolitana «San Lorenzo», mas sem sucesso, pois trata-se de um navio que se pode locomover apenas com remos e pode navegar contra o vento. Temendo que os navios fossem incendiados, muitas tripulações cortaram precipitadamente suas âncoras para se mobilizarem. A esquadra espanhola perdia assim a coesão, especialmente quando precisava de manter-se compacta e imóvel, para proteger o possível embarque. Às 08:00 cinco galeões portugueses (São Martinho, São Marcos, São João, São Filipe e São Mateus) travam combate com os ingleses, tentando ganhar tempo para que a Armada se reagrupe. Em grande superioridade numérica, os navios ingleses envolvem completamente os navios portugueses e atacam-nos a curta distância. O galeão São Filipe é atacado simultaneamente por 16 navios ingleses, o galeão São Mateus é atacado por outros dez. O navio Almirante está rodeado por uma mão cheia de navios. Ao Meio-Dia, todos os navios portugueses estão em combate. Quase todos os esforços dos ingleses se concentram na tentativa de destruir os galeões portugueses, pois sem eles, todo o resto da Armada ficará à mercê dos navios ingleses. Os navios envolvidos em combate são muito poucos e o total de mortos ascenderá a 600 e o de feridos a 800. Só o galeão São Martinho recebe mais 200 impactos de projécteis (a somar aos que já tinha recebido nos dias anteriores). O resto dos navios da Armada, não tem meios para combater contra os ingleses e começa a dirigir-se para o Mar do Norte. No dia seguinte, 9 de Agosto, dois dos galeões portugueses que tinham combatido os ingleses encalham nos baixios da zona de Nieuwpoort e são atacados por navios holandeses. O galeão São Mateus rende-se quando acabam as munições. Toda a tripulação é morta pelos holandeses, com excepção dos comandantes. A tripulação do galeão São Filipe, abandona o navio e junta-se ao exército do Duque de Parma. Outra desvantagem notória, que se revelou uma guinada na arte da guerra no mar, foi o maior poder de disparo dos ágeis e leves barcos ingleses. Os espanhóis, em combate marítimo, se especializaram em vencer batalhas de abordagem, como em Lepanto. Assim os seus grandes navios de guerra, os galeões, eram generosos em espaço para transporte de tropas e muito estáveis no alto-mar. Se eram perfeitos para a defesa do carregamento de ouro na travessia do Atlântico, revelaram capacidade de manobra limitada em locais como o Canal da Mancha e o recortado litoral próximo. Não tinham também preparado os seus navios, na época, para um combate essencialmente baseado no fogo dos canhões. Seu sistema de recarregamento era lento e o espaço de acção dos artilheiros limitado. De tudo isto, Drake soube ao examinar o Galeão abandonado. Tentando agrupar uma formação defensiva viável, a Armada alinhou-se em frente ao pequeno porto de Gravelinas, onde já tinha poucas hipóteses de concretizar um embarque significativo com a rapidez necessária. Os barcos ingleses eram menores porem mais numerosos, seus canhões disparavam incessantemente e quando ameaçados eram mais ágeis para fugir, mesmo em águas rasas. A estratégia dos navios incendiários também impedia os grandes barcos de se agruparem convenientemente e aumentar seu poder de fogo. Por fim, vários navios mercantes adaptados, necessários para o transporte das tropas invasoras, foram gravemente danificados ou capturados pelos ingleses. A esquadra via-se reduzida e incapaz de cumprir a sua tarefa, ao mesmo tempo impedida de voltar pelo sul devido ao bloqueio inglês, o que levou o comandante espanhol Duque de Medina Sidónia a decidir contornar as Ilhas Britânicas. Os ingleses, que tinham gasto as munições no combate do dia 8, não estavam em condições de perseguir os restantes navios da Armada. Até 12 de Agosto, ainda alguns navios ingleses reagrupados se aproximam da Armada, mas não ocorre qualquer combate de monta e os navios ingleses acabam por voltar a Inglaterra, sem qualquer munição e com os abastecimentos no mínimo. A verdadeira derrota, embora não conseguindo efectuar o desembarque, na verdade a Armada continuava a existir, e os ingleses não tinham como a atacar. De seguida, os navios da Armada, muitos deles com grandes problemas para se manterem a flutuar, para evitar que estes encalhassem, o comandante dá ordem para que a Armada se dirija para ao mar do norte. Receberam ordens para iniciar uma longa viagem em que terão que circum-navegar a Grã-Bretanha e a Irlanda, para voltar aos portos do norte da Península Ibérica. Até 25 de Agosto a viagem decorre sem grandes problemas, mas a 26 de Agosto levanta-se um grande temporal e as condições de tempo continuam más durante muito tempo. O temporal do Mar do Norte que se levantou foi inclemente para com os navios que tinham sido atingidos e que se encontravam danificados, a Armada foi dispersa em pequenos grupos e alguns navios chegaram a aproximar-se da costa para conseguir víveres e água, mas as condições de temporal mantinham-se. Nas costas da Escócia e Irlanda, sofreu uma atribulada viagem que a tempestade de setembro, típica na região, resultou na maior parte dos naufrágios, sobretudo dos navios mercantes improvisados como naves de guerra. Dos cerca de 130 navios que chegaram a compor a esquadra, cinco foram efectivamente afundados em combate em Gravelinas, diversos sofreram danos graves e perderam condições de batalha e outros cinquenta foram perdidos na viagem de volta em tempestades, sobretudo os navios mercantes para o transporte dos 30.000 homens que aguardavam nos Países Baixos. Enquanto circundava o arquipélago britânico, a armada não atacou nem foi atacada e manteve os ingleses em permanente tensão, apesar da grande euforia inicial com o desfecho do combate no canal. Com o retorno à península Ibérica, atracando a maioria dos galeões de primeira classe na costa cantábrica para reparos, ficou evidente a extensão do revés para a coroa espanhola. Os navios sobreviventes foram chegando às costas da Galiza durante as duas primeiras semanas de Setembro. O prejuízo financeiro e político fora grave. Teria na época o Rei Filipe II exclamado: "Não mandei meus navios para combater aos elementos!". Pareceu impossível qualquer novo plano de ataque à Inglaterra e tornava-se mais ameaçadora a força da sua marinha. Esta humilhante derrota teria também grandes repercussões para Portugal.
O episódio no Canal da Mancha foi decisivo para que holandeses e principalmente ingleses compreendessem a vantagem estratégica que uma marinha de guerra profissional poderia significar. Na ocasião do combate, grande parte da frota reunida era dos navios corsários e não pertencia à marinha militar regular. Foi só a partir de então que se deu o grande impulso que tornou a Inglaterra na maior potencia naval do mundo, porém isto só se tornou patente mais de 50 anos depois. Desde o século XVI e até então, tal título sempre fora outorgado a Portugal e à Espanha. A derrota também foi decisiva para o abandono, por parte do Império Espanhol, de qualquer projecto de investir em uma corrida armamentista naval contra ingleses e holandeses. Não teria dinheiro para isto e só seria relevante proteger os carregamentos anuais de ouro e prata da América. Para tanto, a armada foi reorganizada, reequipada e modernizada, formando uma frota de galeões que era mais do que suficiente para coibir ameaças à própria Península Ibérica bem como aos comboios de metais preciosos. Porém não era uma frota de alcance global, como um dia se pensava que existiria. Esta menor dimensão das forças navais prejudicou a segurança das cargas mercantes alheias aos interesses da coroa, e o volume de negócios entre as diversas partes do Império Espanhol e a metrópole caiu em face ao contrabando oriundo de outras nações inimigas como a Holanda, Inglaterra e a França. As próprias colónias se tornaram mais desprotegidas diante do expansionismo marítimo de tais países. Porém isto foi mais sentido nas possessões portuguesas que nas espanholas. Enquanto as primeiras, como o Brasil, eram, no século XVI, áreas de ocupação litorânea, fundamentalmente, com pouca penetração continental e pequena população militar, as áreas coloniais espanholas eram interiorizadas e contavam com razoável efectivo militar terrestre permanente. Isto tornou os remanescentes do Império Português muito mais vulneráveis a invasões por mar, o que efectivamente ocorreu durante a Dinastia Filipina e levou a um crescente ressentimento lusitano em relação ao domínio espanhol. Finalmente, a derrota da Armada foi intensamente e, de forma inédita, transformada em peça de propaganda inglesa e de todo o mundo protestante. Nessas versões, se ressaltam um suposto carácter religioso fundamentalista da motivação do Rei Filipe II em agredir a Inglaterra, a influência corrupta do papa, a genialidade dos corsários e almirantes ingleses e a incompetência espanhola. Se costuma afirmar, também, que o combate no canal terminou com uma vitória convencional, com muitos navios afundados do lado derrotado. A vitória inglesa foi, na verdade, uma vitória tática completa, mas a batalha em si pode ser vista como inconclusiva. Apesar do triunfo, os ingleses não foram capazes de impedir o reagrupamento da frota ibérica e a perda de navios se deu em grande parte mais tarde, nas tempestades. Todos os demais mitos os fatos históricos também desmentem, havia muitos motivos estratégicos para a invasão, a Inglaterra não era neutra e jogava o que veio a ser seu mais frequente papel político (manter o balanço de poder politico e militar no continente), a Espanha era uma potência naval incontestável. A armada circundou a Ilhas Britânicas e ninguém ousou tentar atacá-la, quando teria sido estratégico eliminá-la. No ano seguinte, Drake comandou uma expedição inglesa à península Ibérica, que se esquivou de atacar a frota ancorada em Santander e que apenas ocupou por pouco tempo Lisboa, tentando apoiar um movimento de insurreição português. Logo, teve de se retirar antes de enfrentar as tropas leais ao Rei Filipe II. Um confronto naval aberto com a marinha de guerra da coroa espanhola (fundamentalmente com os grandes galeões de guerra portugueses) não parecia estar ao alcance dos ingleses na época, o que não mais seria temido num futuro próximo. No entanto, a versão da propaganda é até hoje influente no imaginário popular dos países de língua Inglesa e muito ajudou a desgastar a imagem do Império Espanhol, obscurecer suas virtudes e complexidades e acentuar a identidade protestante, numa rejeição global ao mundo católico. No combate no Canal da Mancha, os ingleses impediram o embarque das tropas em terra, frustraram os planos de invasão e obrigaram a Armada a regressar contornando as Ilhas Britânicas. Na viagem de volta, devido às tempestades, cerca de metade dos navios se perdeu. Do lado inglês, encontrava-se a esquadra de 34 Galeões de guerra da Rainha, o núcleo principal da Royal Navy criada por Henrique VIII alguns anos antes e no total a esquadra inglesa somava 197 navios. O episódio da armada foi uma grave derrota política e estratégica para a coroa espanhola e teve grande impacto positivo para a identidade nacional inglesa.
Ordem
de Batalha
Armada dos Habsburgos
Almirante Comandante da Armada Dom Alonso Pérez de Guzmán, Duque de Medina-Sidonia
Armada dos Habsburgos
Almirante Comandante da Armada Dom Alonso Pérez de Guzmán, Duque de Medina-Sidonia
Os
seguintes navios da armada portuguesa (Esquadrão de Portugal), construídos em
Portugal e propriedade da Coroa de Portugal, que participaram na batalha. Três
grandes galeões portugueses anteriormente escolhidos foram dispensados, dois
pelo seu estado e antiguidade, e um que seguiu para o Oriente.
Galeão
São Martinho
(Capitânia
da Armada)
(Armado
com 48 canhões)
Almirante
Duque de Medina-Sidonia
Armado com 48 canhões onde embarcou o Líder de toda a Armada (Capitânia da Armada), o Duque de Medina-Sidonia, e Líder de Secção (Esquadrão de Portugal). O São Martinho foi um galeão da Marinha Portuguesa, construído em 1580. Em 1588 foi escolhido pelo Duque de Medina Sidónia, comandante da Armada Invencível. Quando Filipe II de Espanha se tornou, em 1580, Rei de Portugal, os Portugueses tinham acabado de construir um enorme galeão chamado São Martinho. O navio foi imediatamente colocado ao serviço da Espanha, sendo conhecido, em Castelhano como San Martin. Quando a Armada Invencível foi reunida, verificou-se que o São Martinho era o melhor navio da esquadra, sendo escolhido para nau capitânia do Duque de Medina Sidónia. O São Martinho tinha um comprimento total de 54 metros e uma boca de 12 metros. Estava armado com 48 bocas-de-fogo pesadas, instaladas em duas baterias cobertas, além de uma multiplicidade de armas mais ligeiras. O São Martinho aparece com três mastros (dois de velas redondas e, o da mezena, com velas latinas). É mostrado com uma galeria à ré e o bico de proa característico dos galeões. O gurupés projectava-se para a frente do castelo de proa. O São Martinho sofreu pesados danos na Batalha de Gravelines, em julho de 1588, ao ser atacado por um grupo de navios ingleses, liderados por Francis Drake. No entanto, com o apoio de outro galeão, conseguiu escapar. O navio conseguiu liderar a Armada de volta à Península Ibérica, atravessando uma forte tempestade, que obrigou a que fosse rebocado para o porto.
Galeão
São João
(Almiranta
da Armada)
(Armado
com 50 canhões)
Vice-líder
de toda a Armada (Almiranta da Armada) e Vice-líder de secção (Esquadrão de
Portugal)
Galeão
São Marcos
Capitão
Dom López de Mendoza
(Armado
com 33 canhões)
(obrigado
a vir a terra, danificado, cerca 8 agosto perto de Ostend).
Galeão
São Felipe
Capitão
Dom Francisco de Toledo
(Armado
com 40 canhões)
(veio
a terra em 8 agosto entre Nieuwpoort e Ostend, capturado pelos Holandeses a 9
agosto)
Galeão
São Luis
Capitão
Dom Agustín Mexia
(Armado
com 38 canhões)
Galeão
São Mateus
Capitão
Dom Diego Pimentel
(Armado
com 34 canhões)
(veio
a terra dia 8 agosto entre Nieuwpoort e Ostend, capturado pelos Holandeses a 9
agosto)
Galeão
de Florença ou San Francesco
Nau
italiana integrada no esquadrão de galeões de Portugal
Capitão
Niccolo Bartoli
(Armado
com 52 canhões)
(ex-Levantine
- ex-esquadrão do Levante)
Zabra
Augusta
(Armado
com 13 canhões)
Zabra
Julia
(Armado
com 14 canhões)
Galés
Galé
Capitania
(armado
com 5 canhões)
Galé
Princesa
(armado
com 5 canhões)
Galé
Diana
(armado
com 5 canhões)
Galé
Bazana
(armado
com 5 canhões)
Galeaças
do Reino de Nápoles
Comandante das Galeaças do Reino de Nápoles
Almirante Alexander Farnese
Comandante das Galeaças do Reino de Nápoles
Almirante Alexander Farnese
Capitão-mor
Dom Hugo de Moncada
(Armado
com 24 canhões)
Galeaça
Santiago
(Armado
com 24 canhões)
Galeaça
São Cristóvão
(Armado
com 20 canhões)
Galeaça
São Bernardo
(Armado
com 21 canhões)
Esquadra
Castelhana
Galeão
San Cristóbal
Vice-Almirante
Dom Diego Flores de Valdés
(Armado
com 36 canhões - 1º Galeão da Esquadra)
Galeão
San Juan Bautista
(Armado
com 24 canhões - 2º Galeão da Esquadra)
Galeão
San Pedro
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
San Juan
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
Santiago el Mayor
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
San Felipe y Santiago
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
La Asunción
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
Nuestra Señora del Barrio
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
San Linda y Celedón
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
Santa Ana
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
Nuestra Señora de Begoña
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
La Trinidad Bogitar
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
Santa Catalina
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
San Juan Bautista
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
Nuestra Señora del Rosario
(Armado
com 24 canhões)
Galeão
San Antonio de Padua
(Armado
com 12 canhões)
Esquadra
da Biscaia
Navio
Santa Ana
(navio
insígnia da Esquadra)
Contra-Almirante
Dom Juan Martínez de Recalde
Capitão
Alejandro Gómez de Segura
(Armado
com 30 canhões)
Navio
El Gran Grin
(segundo
navio da esquadra, afundado a 24 de setembro em Clare Island)
(Armado
com 28 canhões)
Navio
Santiago
(Armado
com 25 canhões)
Navio
La Concepción de Zubelzu
(Armado
com 16 canhões)
Navio
La Concepción de Juan del Cano
(Armado
com 18 canhões)
Navio
La Magdalena
(Armado
com 18 canhões)
Navio
San Juan
(Armado
com 21 canhões)
Navio
La María Juan
(afundado
a 8 de agosto a norte de Gravelinas)
(Armado
com 24 canhões)
Navio
La Manuela
(Armado
com 12 canhões)
Navio
Santa María de Montemayor
(Armado
com 18 canhões)
Navio
María de Aguirre
(Armado
com 6 canhões)
Navio
Isabela
(Armado
com 10 canhões)
Patacho
de Miguel de Suso
(Armado
com 6 canhões)
Patacho
San Esteban
(Armado
com 6 canhões)
Capitão-mor
Miguel de Oquendo
(composta
por 13 navios)
Esquadra
da Andaluzia
Capitão-mor
Pedro de Valdés
(composta
por 10 navios)
Esquadra
levantina Italiana
Capitão-mor
Martín de Bertendona
(composta
por 9 navios)
Esquadra
de Urcas
Capitão-mor
Juan López de Medina
(composta
por 23 embarcações)
Almirante
Charles Howard
Capitão
George Clifford, Conde de Cumberland
Rainbow
Capitão
Lord Henry Seymour
Golden
Lion
Capitão
Lord Thomas Howard
White
Bear
Capitão
Alexander Gibson
Vanguard
Capitão
William Winter
Revenge
Capitão
Sir Francis Drake
Elizabeth
Capitão
Robert Southwell
Victory
(1588)
(1588)
Almirante
Sir John Hawkins
Capitão
Henry Palmer
Triumph
Capitão
Martin Frobisher
Capitão
George Beeston
Mary
Rose
Capitão
Edward Fenton
Nonpareil
Capitão
Thomas Fenner
Hope
Capitão
Robert Crosse
Galera
Bonavolia
Swiftsure
Capitão
Edward Fenner
Swallow
Capitão
Richard Hawkins
Larke
Capitão
Arthur Chichester, 1º Barão de Chichester
Foresight
Capitão
Christopher Baker
Aid
Capitão
William Fenner
Bull
Capitão
Jeremy Turner
Tiger
Capitão
John Bostocke
Tramontana
Capitão
Luke Ward
Scout
Capitão
Henry Ashley
Achates
Capitão
Gregory Riggs
Charles
Capitão
John Roberts
Merlin
Capitão
Walter Gower
Spy
(pinaza)
Capitão
Ambrose Ward
Sun
(pinaza)
Capitão
Richard Buckley
Cygnet
Capitão
John Sheriff
Brigandine
Capitão
Thomas Scott
George
Capitão
Richard Hodges
Navios Mercantes Armados
(composta por 34 navios)
Barcaças Armadas
(composta por 33 navios)
Barcos de Carga Armados
Barcos de Carga Armados
(composta por 23 navios)
Navios das Províncias Unidas em bloqueio da costa Flamenga
(composta por 30 navios)
Os Brulotes perdidos a 7/8 de agosto:
Bark
Talbot
Hope
Thomas
Bark
Bond
Bear
Yonge
Elizabeth
Pastel
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