As
canhoneiras brigantinas eram navios de propulsão mista, vela e vapor.
Escuna
de vapor de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 22 de Setembro de 1858.
Foi
o primeiro navio de vapor construído no Arsenal da Marinha de Lisboa e no País.
Foi
mais tarde classificada como canhoneira.
Deslocava
169t.
Prestou
serviço na Estação Naval de Moçambique na repressão da escravatura.
Em
1869 foi mandada passar ao estado de desarmamento e em 1873 condenada por
inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1858 a 1873.
2.
"Maria Ana"
Canhoneira
de 250t de deslocamento e de madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 3
de Setembro de 1859.
Armou
com seis peças.
Prestou
serviço em Angola e em Moçambique na repressão da escravatura.
Em
1873 desarmou em Lisboa e foi condenada no ano seguinte e mandada vender.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1859 a 1873.
3.
"Rio Minho"
Canhoneira
de madeira de 350t de deslocamento, que foi lançada à água em Lisboa em 21 de
Agosto de 1864.
Armou
com dois rodízios e duas peças.
Prestou
serviço em Cabo Verde e Angola.
Em
1878 desarmou em Luanda.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1864 a 1878.
4.
"Rio Guadiana"
Canhoneira
de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 24 de Maio de 1865.
Era
do tipo do “Rio Minho".
Prestou
serviço nas Estações Navais de Angola e Cabo Verde.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1865 a 1875.
5.
"Zarco"
Canhoneira
de madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 15 de Novembro de 1864.
Aparece
como vapor, sendo em 1869 considerada canhoneira.
Prestou
serviço em Angola, América do Sul, Cabo Verde, Guiné e Moçambique.
Em
1876 desarmou e foi mandada entregar à Alfândega de Lisboa no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1865 a 1877.
6.
"Camões"
Canhoneira
de madeira de 136t da província de Macau que foi mandada construir em 1864.
Era
escuna de vapor que em 1874 passou ao serviço da Armada como canhoneira.
Prestou
serviço em Macau e na China.
Em
1876 foi mandada passar ao estado de desarmamento, sendo vendida no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1865 a 1876.
7.
"Tejo"
Canhoneira
de madeira de 587,4t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 15 de
Março de 1869.
Prestou
serviço na Guiné, Cabo Verde, Macau, Timor, Angola e Moçambique.
Em
1898 passou ao estado de desarmamento, sendo abatida em 1900.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1869 a 1898.
8.
"Douro"
Canhoneira
de madeira de 587,4t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 11 de
Junho de 1873.
Armou
primeiro com dois rodízios de carregar pela boca.
Prestou
serviço em Moçambique, Angola e Ajuda.
Em
1897 desarmou, foi abatida ao efectivo em 1900 e vendida em 1911.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1873 a 1897.
9.
"Rio Lima"
Canhoneira
de ferro e madeira de 638t que foi lançada à água em Inglaterra em 3 de Julho
de 1875.
Armou
com três peças e duas metralhadoras.
Prestou
serviço em Cabo Verde, Angola, Ajuda, Guiné,
Moçambique, Macau e Índia.
Em
1889 largou de Macau em visita ao Japão.
Em
1909 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento, sendo abatida em
Macau em 1910 e ali vendida.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1910.
10.
"Rio Tâmega"
Canhoneira
idêntica à "Rio Sado" que foi lançada à água em
Inglaterra em 15 de Novembro de 1875.
Era
do sistema composite.
Armava
com cinco peças.
Prestou
serviço em Cabo Verde, Angola, Ajuda, Macau
e Moçambique.
Em
1904 passou ao estado de completo desarmamento e foi mandada abater em 1909.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1909.
11.
"Rio Sado"
Canhoneira
de 645t idêntica à "Rio Tâmega" que foi lançada à água em
Inglaterra em 30 de Dezembro de 1875.
Era
do sistema composite.
Armou
com um rodízio e quatro peças.
Prestou
serviço em Cabo Verde, Guiné, Angola, Ajuda,
Moçambique, Açores e Índia.
Em
1921 passou ao estado de desarmamento em Goa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1909.
12.
"Quanza"
Era
do tipo da "Douro", melhorado.
Prestou
serviço em Angola, Ajuda, Cabo
Verde e Moçambique.
Em
1897 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e foi vendida em
1900.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1877 a 1900.
13.
"Faro"
Canhoneira
de ferro de 136t que foi construída em Inglaterra em 1878 para a fiscalização
da costa.
Armou
com uma peça em rodízio.
Primeiro
classificado como vapor, passou em 1880 a canhoneira.
Prestou
serviço na fiscalização aduaneira do Algarve.
Em
1912, na altura da barra de Alvor, afundou-se, por colisão com um rebocador.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1878 a 1910.
14.
"Tejo"
Passou
a ser canhoneira Tavira em 1883.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1878 a 1883.
15.
"Guadiana"
Passou
a ser canhoneira Lagos em 1883.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1878 a 1883.
16.
"Guadiana"
Canhoneira
de ferro de 2451 que foi lançada à água em Inglaterra em 20 de Agosto de 1879.
Armou
com uma boca-de-fogo.
Primeiro
classificado como vapor, passou em 1883 a canhoneira.
Prestou
serviço em S. Tomé, Algarve, Cabo Verde e Guiné.
Em
1892 encalhou e perdeu-se no recife Almagreiro.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1879 a 1892.
17.
"Mandovi"
Canhoneira
de ferro e madeira de 462,265 t de deslocamento, idêntica à Bengo, que foi
lançada à água em Inglaterra em 16 de Agosto de 1879.
Armou
com três peças.
Prestou
serviço em Macau, Moçambique, Angola, Ajuda,
Guiné, Cabo Verde, Açores e Índia.
Em
1908 passou ao estado de completo desarmamento, sendo mandada entregar à
província de Moçambique no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1879 a 1909.
18.
"Bengo"
Canhoneira
de ferro e madeira igual à "Mandovi" que foi lançada à água em
Inglaterra em 23 de Agosto de 1879.
Prestou
serviço em Angola, Guiné, Moçambique, Macau, Timor e Índia.
Em
1905 foi abatida ao efectivo e passou a navio-depósito da Divisão Naval de Moçambique.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1879 a 1905.
19.
"Rio Ave"
Canhoneira
de madeira de 378t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 23 de
Junho de 1880.
Armou
com três peças.
Prestou
serviço em S. Tomé, Angola, Ajuda, Cabo
Verde e Guiné.
Em
1899 desarmou, sendo abatida na mesma data.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1880 a 1899.
20.
"Vouga"
Canhoneira
de madeira de 721t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 5 de
Janeiro de 1882.
Armou
em 1884.
Prestou
serviço em Moçambique, Angola e Ajuda. Em
1906 passou a completo desarmamento e em 1909 foi mandada abater por inútil,
sendo vendida em 1911.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1884 a 1906.
21.
"Tavira"
Canhoneira
de ferro de 204t de deslocamento adquirida em Inglaterra em 1878 para a
fiscalização aduaneira do Algarve.
Era
a canhoneira Tejo que em 1883 passou a ter aquele nome.
Em
1895 fez hidrografia em Angola.
Em
1911 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento, sendo vendida no
mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1883 a 1910.
22.
"Lagos"
Canhoneira de ferro de 100t de
deslocamento que foi adquirida em Inglaterra em 1878 para a fiscalização aduaneira do Algarve.
Era a canhoneira Guadiana que
em 1883 passou a ter aquele
nome.
Em 1913 passou
mostra de desarmamento, sendo abatida por inútil.
Armou novamente em 1914 e
desarmou definitivamente em 1915.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1883 a 1910.
23.
"Liberal"
Canhoneira de ferro e madeira de 558t de deslocamento
construída em Inglaterra em 1884.
Prestou serviço em Angola, Ajuda,
Moçambique, Índia, Macau e S. Tomé.
Em 1910 perdeu-se
por encalhe perto do Ambriz.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1884 a 1910.
24.
"Zaire"
Canhoneira de ferro e madeira de 558 t que
foi construída em Inglaterra em 1884.
Prestou serviço em Angola,
Moçambique, Índia, Guiné e Macau.
Em 1916 foi
mandada passar ao estado de completo desarmamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1884 a 1910.
25.
"Açor"
Canhoneira de ferro de 335t de
deslocamento que foi adquirida em Portugal em 1886 para serviço de fiscalização aduaneira.
Cruzou na costa, Madeira e Açores
por vários anos.
Em 1924 foi
mandada passar ao estado de completo desarmamento e mandada abater em 1933.
Em 1934 foi
vendida por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.
26.
"Cacongo"
Canhoneira de aço de 266t de
deslocamento que foi lançada à água em Inglaterra em 19 de Junho de 1886 para o serviço de Angola.
Era igual à "Massabi", construída em Inglaterra para o mesmo fim.
Fez parte da esquadrilha do
Congo.
Em 1907 foi
mandada passar ao estado de completo desarmamento em Bolama, sendo mandada
abater no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1908.
27.
"Massabi"
Canhoneira de aço igual à "Cacongo" que foi lançada à água em Inglaterra em 3 de Julho de 1886.
Fez parte da esquadrilha do
Congo.
Em 1908 passou
ao estado de completo desarmamento e abatida no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1908.
28.
"Zambeze"
Canhoneira de madeira de 616 t de
deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 30 de Setembro de 1886.
Prestou serviço em Angola, Ajuda,
S. Tomé, Cabo Verde e Guiné.
Em 1920 foi
mandada passar ao estado de completo desarmamento e em 1924 foi vendida por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1888 a 1910.
29.
"Marechal Mac-Mahon"
Canhoneira de aço de 304t de deslocamento
que foi construída em Inglaterra em 1889.
Também aparece simplesmente como
vapor "Mac-Mahon".
Prestou serviço em Moçambique.
Em 1894 perdeu-se
na barra do Limpopo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1888 a 1894.
30.
"Diu"
Canhoneira de madeira de 729t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Agosto de 1889.
Prestou serviço em Macau, Japão,
Timor e Moçambique.
Tomou parte na campanha contra o
Gungunhana.
Serviu na Índia.
Em 1913 foi
dada por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1889 a 1910.
31.
"Limpopo"
Canhoneira
de ferro de 321t de deslocamento que foi construída em Inglaterra em 1890.
Prestou
serviço em Moçambique, Angola, Ajuda, S.
Tomé e Cabo Verde.
Em
1904, na baía dos Tigres, obrigou uma esquadra russa a respeitar a neutralidade
portuguesa no conflito russo-japonês.
Em
1939 foi mandada passar à disponibilidade e em 1943 abatida ao efectivo por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1890 a 1910.
32.
"D. Luís"
Canhoneira
de madeira de 802,279t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 22
de Junho de 1895.
Era
dos planos da "Diu".
Prestou
serviço em Angola, Cabo Verde e Guiné.
Em
1910 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e abater ao efectivo
por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1895 a 1910.
33.
"Tomás Andrea"
Pequena
canhoneira de madeira de 260t que foi construída em Hong-Kong em 1896 para o
distrito de Timor.
Prestou
serviço em Macau e em Timor.
Em
1900, em Timor, foi condenada por inavegável.
Esteve ao serviço Real na Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1896 a 1900.
34.
"Chaimite"
Canhoneira
de aço de 341t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 13 de Agosto
de 1898 e se destinava à província de Moçambique. Tinha dois hélices.
Seguiu
para Moçambique em 1899, onde serviu na esquadrilha do Zambeze.
Entrou
em operações de guerra na província.
Em
1919 passou ao estado de completo desarmamento e foi mandada abater ao efectivo
da marinha colonial.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.
35.
"Tejo"
Canhoneira-torpedeira
de aço-níquel de 535t que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Outubro de
1901.
Em
1904 efectuou nas águas de Sesimbra lançamento de torpedos.
Tomou
parte em várias forças navais de exercício.
Em
1910 encalhou no Cerro da Velha, mas conseguiu-se safá-la e rebocá-la para Lisboa.
Desarmou
e fabricou, passando a ser contratorpedeiro "Tejo em 1915".
Tomou
parte nos comboios na primeira guerra mundial.
Em
1927 passou ao estado de completo desarmamento e em 1929 foi vendida por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1901 a 1910.
36.
"Pátria"
Canhoneira
de aço de 636t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Junho
de 1903.
Em
1905 largou para a Divisão Naval de Angola e no mesmo ano fez uma viagem ao
Brasil.
Em
1908 largou para a Estação Naval de Macau, onde prestou longo serviço.
Tomou
parte na repressão da revolta de Timor em 1912.
Em
1930 foi mandada desarmar e passada ao estado de completo desarmamento no ano
seguinte, em Macau.
Foi
vendida naquele ano à China.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1903 a 1910.
37.
"Lurio"
Canhoneira
de aço de 305,540t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 9 de Novembro
de 1907.
A "Save" era do mesmo tipo.
Prestou
serviço na Guiné e na fiscalização da pesca do Algarve.
Em
1923 passou ao estado de completo desarmamento e em 1926 foi vendida e abatida.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1907 a 1910.
38.
"Save"
Canhoneira
de aço que foi lançada à água em Lisboa em 17 de Junho de 1908.
Era
igual à "Lúrio".
Prestou
serviço em Angola.
Em
1923 passou mostra de desarmamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1908 a 1910.
39.
"Beira"
Canhoneira
de aço de 405t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 8 de Junho
de 1910.
Deste
tipo foram construídas sucessivamente as canhoneiras "Ibo". "Bengo". "Mandovi", "Quanza",
"Damão", "Diu" e "Zaire".
Empregou-se
principalmente na fiscalização da pesca do Algarve.
Em
1924 tomou parte na viagem da Divisão Naval Colonial à volta de Africa.
Em
1936 passou a navio-hidrográfico com o mesmo nome para servir na missão de
Angola.
Em
1941 foi mandada substituir pelo navio-hidrográfico Carvalho Araújo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos em 1910.
TORPEDEIROS
Torpedeiro
de aço de 54t que foi construído em Inglaterra em 1881.
Foi
o primeiro torpedeiro que possuiu a nossa Marinha.
Primeiro
considerado como lancha para lançamento de torpedos Whitehead para o que tinha
dois tubos de lançamento.
Em
1856 passou a chamar-se Torpedeiro n.º 1.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1881 a 1886.
2.
"Torpedeiro n.º 1"
Era
o torpedeiro "Espadarte" que em 1886 passou a ter esta
designação.
Dispunha
de dois tubos de lançamento de torpedos.
Tendo
sido abatido em 1915, armou novamente no ano seguinte.
A
última notícia é de 1921.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.
3.
"Torpedeiro n.º 2"
Torpedeiro
de aço de 66t construído em Inglaterra em 1886 com os torpedeiros "n.º 3" e "n.º
4" do mesmo tipo.
Era
armado a vante com dois tubos de lançamento de torpedos.
Em
1923 passou ao estado de completo desarmamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.
4.
"Torpedeiro n.º 3"
Torpedeiro
de aço do tipo do "Torpedeiro
n.º 2", que foi lançado à
água em Inglaterra em 1886.
Foi
abatido por inútil em 1923.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.
5.
"Torpedeiro n.º 4"
Torpedeiro
de aço do tipo do "Torpedeiro
n. º 2", que foi lançado à
água em Inglaterra em 1886.
Em
1915 foi condenado por inútil, vendido e desmanchado.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.
CRUZADORES
1.
"Vasco da Gama"
Corveta couraçada de ferro de 2,422t de deslocamento que foi lançada à água em Inglaterra em 1 de Dezembro de 1875.
O
armamento principal foi de peças de 20 cm, tendo sido a princípio de peças de 15
cm.
Em
1903, depois de grandes fabricos, passou a classificar-se como cruzador-couraçado,
com o deslocamento de 3,030t.
O
comprimento fora aumentado de 9,92 m.
Desempenhou
várias comissões de serviço, algumas de grande variedade incluídos de instrução
e cruzeiros de exercício.
Em
1933 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e mandada abater em
1936.
No
mesmo ano foi vendida a uma firma inglesa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1910.
2. "Adamastor"
Cruzador
de aço de 1.757t de deslocamento que foi lançado à água em Itália em 12 de
Julho de 1896.
O
armamento principal era de peças de 15 cm.
Dispunha
igualmente de três tubos de lançamento de torpedos.
Prestou
bons serviços durante a sua longa vida.
Em
1933 foi abatido à lista dos navios.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1896 a 1910.
3.
"D. Carlos I"
Cruzador de aço de 4.253t de deslocamento que foi lançado à água em Inglaterra em 5 de Março de 1898.
O
armamento principal era de 15 cm e dispunha de três tubos de lançamento de torpedos.
Foi,
na realidade, pela sua tonelagem, o único cruzador que tivemos.
Tomou
parte nas principais forças que se constituíram nos últimos dez anos da Monarquia.
Prestou
serviço na escolta de comboios durante a primeira guerra mundial.
Em
1919 foi mandado passar ao estado de completo desarmamento e abatido em 1925.
Foi
vendido no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.
4. "S. Gabriel"
Cruzador
de aço de 1.822,73t de deslocamento que foi lançado à água em França em 7 de
Maio de 1898.
Era
idêntico ao "S. Rafael", construído na mesma data.
O
armamento principal era de peças de 15 cm e dispunha dum tubo de lançamento de
torpedos.
Tomou
parte em várias manobras navais com outros navios.
Tomou
parte na campanha do Barué em 1902 e nas operações do Cuamato em 1904.
Em
1925 foi abatido ao efectivo e vendido.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.
5.
"S. Rafael"
Cruzador
de aço idêntico ao "S.
Gabriel" que foi lançado à
água em França em 5 de Julho de 1898.
Prestou
serviço na Divisão Naval de Moçambique e entrou em várias manobras navais.
Fez
várias viagens de instrução.
Em
1911 naufragou e perdeu-se próximo de Vila do Conde.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.
6.
"Rainha D. Amélia"
O
armamento principal era de peças de 15 cm e dispunha de dois tubos de lançamento
de torpedos.
Tomou
parte em várias manobras navais e prestou serviço na Divisão Naval de Angola e
na Estação Naval de Macau.
Em
1910 fez uma comissão ao Japão.
Em
1915 encalhou e perdeu-se próximo de Peniche.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1899 a 1910.
NAVIOS DIVERSOS
1.
"S. Joaquim"
Navio
que em 1772 aparece na costa da Índia, vindo de Macau.
Bateu-se
perto de Mangalor com forças maratas, sendo tomado.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos em 1772.
2.
"Santo António e Almas"
Navio
de 12 peças comprado em Diu em 1780.
Empregou-se
em viagens do Estado da Índia para Moçambique.
Em
1789, armado de 20 peças, perdeu-se, depois de ter vindo de Moçambique.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1780 a 1789.
3.
"Inconquistável"
Navio
armado em Macau em 1809 para combater piratas chineses.
Deslocava
400t e armava com 26 peças.
Foi
navio-chefe da flotilha que derrotou em 1810 os 300 juncos piratas chineses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1809 a 1810.
4.
"Palas"
Navio
armado com 18 peças em Macau em 1809.
Pertencia
à flotilha que em 1810 derrotou os 300 juncos piratas chineses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1899 a 1810.
5.
"Indiana"
Navio
armado em Macau com 24 peças que entrou no combate contra 300 juncos piratas
chineses em 1810.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos em 1810.
6.
"S. Miguel"
Navio
de 16 peças que em Macau entrou no combate contra os 300 juncos piratas
chineses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos em 1810.
7.
"Emboscada"
Goleta
que armou em guerra em 1805 para combater os Sacalaves de Madagáscar que
ameaçavam Moçambique.
Naquele
ano bateu-se com Sacalaves em combate indeciso.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos em 1805.
8.
"Quatro de Abril"
Falucho
que aparece em Lisboa em 1821.
Em
1835 encontrava-se no Algarve.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1821 a 1835.
9.
"Pedro Nunes"
Clipper
inglês adquirido para Portugal em 1895 para navio-escola.
Não
chegou a prestar serviço e em 1907 foi afundado num exercício de lançamento de
torpedos ao sul de Cascais.
Esteve ao serviço na Real Marinha de
Guerra Portuguesa pelo menos de 1895 a 1907.
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