domingo, setembro 14, 2014

Navios da Armada Real de 1638-1910 XIV


CANHONEIRAS

As canhoneiras brigantinas eram navios de propulsão mista, vela e vapor.


1. "Barão de Lazarim"
Escuna de vapor de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 22 de Setembro de 1858.
Foi o primeiro navio de vapor construído no Arsenal da Marinha de Lisboa e no País.
Foi mais tarde classificada como canhoneira.
Deslocava 169t.
Prestou serviço na Estação Naval de Moçambique na repressão da escravatura.
Em 1869 foi mandada passar ao estado de desarmamento e em 1873 condenada por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1858 a 1873.

2. "Maria Ana"
Canhoneira de 250t de deslocamento e de madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 3 de Setembro de 1859.
Armou com seis peças.
Prestou serviço em Angola e em Moçambique na repressão da escravatura.
Em 1873 desarmou em Lisboa e foi condenada no ano seguinte e mandada vender.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1859 a 1873.

3. "Rio Minho"
Canhoneira de madeira de 350t de deslocamento, que foi lançada à água em Lisboa em 21 de Agosto de 1864.
Armou com dois rodízios e duas peças.
Prestou serviço em Cabo Verde e Angola.
Em 1878 desarmou em Luanda.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1864 a 1878.

4. "Rio Guadiana"
Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 24 de Maio de 1865.
Era do tipo do “Rio Minho".
Prestou serviço nas Estações Navais de Angola e Cabo Verde.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1865 a 1875.

5. "Zarco"
Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 15 de Novembro de 1864.
Aparece como vapor, sendo em 1869 considerada canhoneira.
Prestou serviço em Angola, América do Sul, Cabo Verde, Guiné e Moçambique.
Em 1876 desarmou e foi mandada entregar à Alfândega de Lisboa no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1865 a 1877.

6. "Camões"
Canhoneira de madeira de 136t da província de Macau que foi mandada construir em 1864.
Era escuna de vapor que em 1874 passou ao serviço da Armada como canhoneira.
Prestou serviço em Macau e na China.
Em 1876 foi mandada passar ao estado de desarmamento, sendo vendida no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1865 a 1876.

7. "Tejo"
Canhoneira de madeira de 587,4t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 15 de Março de 1869.
Prestou serviço na Guiné, Cabo Verde, Macau, Timor, Angola e Moçambique.
Em 1898 passou ao estado de desarmamento, sendo abatida em 1900.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1869 a 1898.

8. "Douro"
Canhoneira de madeira de 587,4t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 11 de Junho de 1873.
Armou primeiro com dois rodízios de carregar pela boca.
Prestou serviço em Moçambique, Angola e Ajuda.
Em 1897 desarmou, foi abatida ao efectivo em 1900 e vendida em 1911.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1873 a 1897.

9. "Rio Lima"
Canhoneira de ferro e madeira de 638t que foi lançada à água em Inglaterra em 3 de Julho de 1875.
Armou com três peças e duas metralhadoras.
Prestou serviço em Cabo Verde, Angola, Ajuda, Guiné, Moçambique, Macau e Índia.
Em 1889 largou de Macau em visita ao Japão.
Em 1909 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento, sendo abatida em Macau em 1910 e ali vendida.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1910.

10. "Rio Tâmega"
Canhoneira idêntica à "Rio Sado" que foi lançada à água em Inglaterra em 15 de Novembro de 1875.
Era do sistema composite.
Armava com cinco peças.
Prestou serviço em Cabo Verde, Angola, Ajuda, Macau e Moçambique.
Em 1904 passou ao estado de completo desarmamento e foi mandada abater em 1909.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1909.

11. "Rio Sado"
Canhoneira de 645t idêntica à "Rio Tâmega" que foi lançada à água em Inglaterra em 30 de Dezembro de 1875.
Era do sistema composite.
Armou com um rodízio e quatro peças.
Prestou serviço em Cabo Verde, Guiné, Angola, Ajuda, Moçambique, Açores e Índia.
Em 1921 passou ao estado de desarmamento em Goa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1909.

12. "Quanza"



Canhoneira de madeira e de 587,4t que foi lançada à água em Lisboa em 26 de Setembro de 1877.
Era do tipo da "Douro", melhorado.
Prestou serviço em Angola, Ajuda, Cabo Verde e Moçambique.
Em 1897 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e foi vendida em 1900.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1877 a 1900.

13. "Faro"
Canhoneira de ferro de 136t que foi construída em Inglaterra em 1878 para a fiscalização da costa.
Armou com uma peça em rodízio.
Primeiro classificado como vapor, passou em 1880 a canhoneira.
Prestou serviço na fiscalização aduaneira do Algarve.
Em 1912, na altura da barra de Alvor, afundou-se, por colisão com um rebocador.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1878 a 1910.

14. "Tejo"
Passou a ser canhoneira Tavira em 1883.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1878 a 1883.

15. "Guadiana"
Passou a ser canhoneira Lagos em 1883.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1878 a 1883.

16. "Guadiana"
Canhoneira de ferro de 2451 que foi lançada à água em Inglaterra em 20 de Agosto de 1879.
Armou com uma boca-de-fogo.
Primeiro classificado como vapor, passou em 1883 a canhoneira.
Prestou serviço em S. Tomé, Algarve, Cabo Verde e Guiné.
Em 1892 encalhou e perdeu-se no recife Almagreiro.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1879 a 1892.

17. "Mandovi"
Canhoneira de ferro e madeira de 462,265 t de deslocamento, idêntica à Bengo, que foi lançada à água em Inglaterra em 16 de Agosto de 1879.
Armou com três peças.
Prestou serviço em Macau, Moçambique, Angola, Ajuda, Guiné, Cabo Verde, Açores e Índia.
Em 1908 passou ao estado de completo desarmamento, sendo mandada entregar à província de Moçambique no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1879 a 1909.

18. "Bengo"
Canhoneira de ferro e madeira igual à "Mandovi" que foi lançada à água em Inglaterra em 23 de Agosto de 1879.
Prestou serviço em Angola, Guiné, Moçambique, Macau, Timor e Índia.
Em 1905 foi abatida ao efectivo e passou a navio-depósito da Divisão Naval de Moçambique.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1879 a 1905.

19. "Rio Ave"
Canhoneira de madeira de 378t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 23 de Junho de 1880.
Armou com três peças.
Prestou serviço em S. Tomé, Angola, Ajuda, Cabo Verde e Guiné.
Em 1899 desarmou, sendo abatida na mesma data.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1880 a 1899.

20. "Vouga"
Canhoneira de madeira de 721t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 5 de Janeiro de 1882.
Armou em 1884.
Prestou serviço em Moçambique, Angola e Ajuda. Em 1906 passou a completo desarmamento e em 1909 foi mandada abater por inútil, sendo vendida em 1911.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1884 a 1906.

21. "Tavira"
Canhoneira de ferro de 204t de deslocamento adquirida em Inglaterra em 1878 para a fiscalização aduaneira do Algarve.
Era a canhoneira Tejo que em 1883 passou a ter aquele nome.
Em 1895 fez hidrografia em Angola.
Em 1911 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento, sendo vendida no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1883 a 1910.

22. "Lagos"
Canhoneira de ferro de 100t de deslocamento que foi adquirida em Inglaterra em 1878 para a fiscalização aduaneira do Algarve.
Era a canhoneira Guadiana que em 1883 passou a ter aquele nome.
Em 1913 passou mostra de desarmamento, sendo abatida por inútil.
Armou novamente em 1914 e desarmou definitivamente em 1915.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1883 a 1910.

23. "Liberal"
Canhoneira de ferro e madeira de 558t de deslocamento construída em Inglaterra em 1884.
Prestou serviço em Angola, Ajuda, Moçambique, Índia, Macau e S. Tomé.
Em 1910 perdeu-se por encalhe perto do Ambriz.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1884 a 1910.

24. "Zaire"
Canhoneira de ferro e madeira de 558 t que foi construída em Inglaterra em 1884.
Prestou serviço em Angola, Moçambique, Índia, Guiné e Macau.
Em 1916 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1884 a 1910.

25. "Açor"
Canhoneira de ferro de 335t de deslocamento que foi adquirida em Portugal em 1886 para serviço de fiscalização aduaneira.
Cruzou na costa, Madeira e Açores por vários anos.
Em 1924 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e mandada abater em 1933.
Em 1934 foi vendida por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.

26. "Cacongo"
Canhoneira de aço de 266t de deslocamento que foi lançada à água em Inglaterra em 19 de Junho de 1886 para o serviço de Angola.
Era igual à "Massabi", construída em Inglaterra para o mesmo fim.
Fez parte da esquadrilha do Congo.
Em 1907 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento em Bolama, sendo mandada abater no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1908.

27. "Massabi"
Canhoneira de aço igual à "Cacongo" que foi lançada à água em Inglaterra em 3 de Julho de 1886.
Fez parte da esquadrilha do Congo.
Em 1908 passou ao estado de completo desarmamento e abatida no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1908.

28. "Zambeze"
Canhoneira de madeira de 616 t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 30 de Setembro de 1886.
Prestou serviço em Angola, Ajuda, S. Tomé, Cabo Verde e Guiné.
Em 1920 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e em 1924 foi vendida por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1888 a 1910.

29. "Marechal Mac-Mahon"
Canhoneira de aço de 304t de deslocamento que foi construída em Inglaterra em 1889.
Também aparece simplesmente como vapor "Mac-Mahon".
Prestou serviço em Moçambique.
Em 1894 perdeu-se na barra do Limpopo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1888 a 1894.

30. "Diu"


Canhoneira de madeira de 729t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Agosto de 1889.
Prestou serviço em Macau, Japão, Timor e Moçambique.
Tomou parte na campanha contra o Gungunhana.
Serviu na Índia.
Em 1913 foi dada por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1889 a 1910.

31. "Limpopo"
Canhoneira de ferro de 321t de deslocamento que foi construída em Inglaterra em 1890.
Prestou serviço em Moçambique, Angola, Ajuda, S. Tomé e Cabo Verde.
Em 1904, na baía dos Tigres, obrigou uma esquadra russa a respeitar a neutralidade portuguesa no conflito russo-japonês.
Em 1939 foi mandada passar à disponibilidade e em 1943 abatida ao efectivo por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1890 a 1910.

32. "D. Luís"
Canhoneira de madeira de 802,279t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 22 de Junho de 1895.
Era dos planos da "Diu".
Prestou serviço em Angola, Cabo Verde e Guiné.
Em 1910 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e abater ao efectivo por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1895 a 1910.

33. "Tomás Andrea"
Pequena canhoneira de madeira de 260t que foi construída em Hong-Kong em 1896 para o distrito de Timor.
Prestou serviço em Macau e em Timor.
Em 1900, em Timor, foi condenada por inavegável.
Esteve ao serviço Real na Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1896 a 1900.

34. "Chaimite"
Canhoneira de aço de 341t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 13 de Agosto de 1898 e se destinava à província de Moçambique. Tinha dois hélices.
Seguiu para Moçambique em 1899, onde serviu na esquadrilha do Zambeze.
Entrou em operações de guerra na província.
Em 1919 passou ao estado de completo desarmamento e foi mandada abater ao efectivo da marinha colonial.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.

35. "Tejo"
Canhoneira-torpedeira de aço-níquel de 535t que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Outubro de 1901.
Em 1904 efectuou nas águas de Sesimbra lançamento de torpedos.
Tomou parte em várias forças navais de exercício.
Em 1910 encalhou no Cerro da Velha, mas conseguiu-se safá-la e rebocá-la para Lisboa.
Desarmou e fabricou, passando a ser contratorpedeiro "Tejo em 1915".
Tomou parte nos comboios na primeira guerra mundial.
Em 1927 passou ao estado de completo desarmamento e em 1929 foi vendida por inútil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1901 a 1910.

36. "Pátria"
Canhoneira de aço de 636t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Junho de 1903.
Em 1905 largou para a Divisão Naval de Angola e no mesmo ano fez uma viagem ao Brasil.
Em 1908 largou para a Estação Naval de Macau, onde prestou longo serviço.
Tomou parte na repressão da revolta de Timor em 1912.
Em 1930 foi mandada desarmar e passada ao estado de completo desarmamento no ano seguinte, em Macau.
Foi vendida naquele ano à China.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1903 a 1910.

37. "Lurio"
Canhoneira de aço de 305,540t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 9 de Novembro de 1907.
A "Save" era do mesmo tipo.
Prestou serviço na Guiné e na fiscalização da pesca do Algarve.
Em 1923 passou ao estado de completo desarmamento e em 1926 foi vendida e abatida.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1907 a 1910.

38. "Save"
Canhoneira de aço que foi lançada à água em Lisboa em 17 de Junho de 1908.
Era igual à "Lúrio".
Prestou serviço em Angola.
Em 1923 passou mostra de desarmamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1908 a 1910.

39. "Beira"
Canhoneira de aço de 405t de deslocamento que foi lançada à água em Lisboa em 8 de Junho de 1910.
Deste tipo foram construídas sucessivamente as canhoneiras "Ibo". "Bengo". "Mandovi", "Quanza", "Damão", "Diu" e "Zaire".
Empregou-se principalmente na fiscalização da pesca do Algarve.
Em 1924 tomou parte na viagem da Divisão Naval Colonial à volta de Africa.
Em 1936 passou a navio-hidrográfico com o mesmo nome para servir na missão de Angola.
Em 1941 foi mandada substituir pelo navio-hidrográfico Carvalho Araújo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1910.

TORPEDEIROS


1. "Espadarte"
Torpedeiro de aço de 54t que foi construído em Inglaterra em 1881.
Foi o primeiro torpedeiro que possuiu a nossa Marinha.
Primeiro considerado como lancha para lançamento de torpedos Whitehead para o que tinha dois tubos de lançamento.
Em 1856 passou a chamar-se Torpedeiro n.º 1.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1881 a 1886.

2. "Torpedeiro n.º 1"
Era o torpedeiro "Espadarte" que em 1886 passou a ter esta designação.
Dispunha de dois tubos de lançamento de torpedos.
Tendo sido abatido em 1915, armou novamente no ano seguinte.
A última notícia é de 1921.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.

3. "Torpedeiro n.º 2"
Torpedeiro de aço de 66t construído em Inglaterra em 1886 com os torpedeiros "n.º 3" e "n.º 4" do mesmo tipo.
Era armado a vante com dois tubos de lançamento de torpedos.
Em 1923 passou ao estado de completo desarmamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.

4. "Torpedeiro n.º 3"
Torpedeiro de aço do tipo do "Torpedeiro n.º 2", que foi lançado à água em Inglaterra em 1886.
Foi abatido por inútil em 1923.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.

5. "Torpedeiro n.º 4"
Torpedeiro de aço do tipo do "Torpedeiro n. º 2", que foi lançado à água em Inglaterra em 1886.
Em 1915 foi condenado por inútil, vendido e desmanchado.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1886 a 1910.

CRUZADORES
~


1. "Vasco da Gama"


Corveta couraçada de ferro de 2,422t de deslocamento que foi lançada à água em Inglaterra em 1 de Dezembro de 1875.
O armamento principal foi de peças de 20 cm, tendo sido a princípio de peças de 15 cm.
Em 1903, depois de grandes fabricos, passou a classificar-se como cruzador-couraçado, com o deslocamento de 3,030t.
O comprimento fora aumentado de 9,92 m.
Desempenhou várias comissões de serviço, algumas de grande variedade incluídos de instrução e cruzeiros de exercício.
Em 1933 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e mandada abater em 1936.
No mesmo ano foi vendida a uma firma inglesa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1875 a 1910.

2. "Adamastor"
Cruzador de aço de 1.757t de deslocamento que foi lançado à água em Itália em 12 de Julho de 1896.
O armamento principal era de peças de 15 cm.
Dispunha igualmente de três tubos de lançamento de torpedos.
Prestou bons serviços durante a sua longa vida.
Em 1933 foi abatido à lista dos navios.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1896 a 1910.

3. "D. Carlos I"


Cruzador de aço de 4.253t de deslocamento que foi lançado à água em Inglaterra em 5 de Março de 1898.
O armamento principal era de 15 cm e dispunha de três tubos de lançamento de torpedos.
Foi, na realidade, pela sua tonelagem, o único cruzador que tivemos.
Tomou parte nas principais forças que se constituíram nos últimos dez anos da Monarquia.
Prestou serviço na escolta de comboios durante a primeira guerra mundial.
Em 1919 foi mandado passar ao estado de completo desarmamento e abatido em 1925.
Foi vendido no mesmo ano.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.

4. "S. Gabriel"
Cruzador de aço de 1.822,73t de deslocamento que foi lançado à água em França em 7 de Maio de 1898.
Era idêntico ao "S. Rafael", construído na mesma data.
O armamento principal era de peças de 15 cm e dispunha dum tubo de lançamento de torpedos.
Tomou parte em várias manobras navais com outros navios.
Tomou parte na campanha do Barué em 1902 e nas operações do Cuamato em 1904.
Em 1925 foi abatido ao efectivo e vendido.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.

5. "S. Rafael"
Cruzador de aço idêntico ao "S. Gabriel" que foi lançado à água em França em 5 de Julho de 1898.
Prestou serviço na Divisão Naval de Moçambique e entrou em várias manobras navais.
Fez várias viagens de instrução.
Em 1911 naufragou e perdeu-se próximo de Vila do Conde.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1898 a 1910.

6. "Rainha D. Amélia"


Cruzador de aço de 1.683t de deslocamento que foi lançado à água em Lisboa em 10 de Abril de 1899.
O armamento principal era de peças de 15 cm e dispunha de dois tubos de lançamento de torpedos.
Tomou parte em várias manobras navais e prestou serviço na Divisão Naval de Angola e na Estação Naval de Macau.
Em 1910 fez uma comissão ao Japão.
Em 1915 encalhou e perdeu-se próximo de Peniche.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1899 a 1910.

NAVIOS DIVERSOS

1. "S. Joaquim"
Navio que em 1772 aparece na costa da Índia, vindo de Macau.
Bateu-se perto de Mangalor com forças maratas, sendo tomado.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1772.

2. "Santo António e Almas"
Navio de 12 peças comprado em Diu em 1780.
Empregou-se em viagens do Estado da Índia para Moçambique.
Em 1789, armado de 20 peças, perdeu-se, depois de ter vindo de Moçambique.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1780 a 1789.

3. "Inconquistável"
Navio armado em Macau em 1809 para combater piratas chineses.
Deslocava 400t e armava com 26 peças.
Foi navio-chefe da flotilha que derrotou em 1810 os 300 juncos piratas chineses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1809 a 1810.

4. "Palas"
Navio armado com 18 peças em Macau em 1809.
Pertencia à flotilha que em 1810 derrotou os 300 juncos piratas chineses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1899 a 1810.

5. "Indiana"
Navio armado em Macau com 24 peças que entrou no combate contra 300 juncos piratas chineses em 1810.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1810.

6. "S. Miguel"
Navio de 16 peças que em Macau entrou no combate contra os 300 juncos piratas chineses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1810.

7. "Emboscada"
Goleta que armou em guerra em 1805 para combater os Sacalaves de Madagáscar que ameaçavam Moçambique.
Naquele ano bateu-se com Sacalaves em combate indeciso.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1805.

8. "Quatro de Abril"
Falucho que aparece em Lisboa em 1821.
Em 1835 encontrava-se no Algarve.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1821 a 1835.

9. "Pedro Nunes"
Clipper inglês adquirido para Portugal em 1895 para navio-escola.
Não chegou a prestar serviço e em 1907 foi afundado num exercício de lançamento de torpedos ao sul de Cascais.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1895 a 1907.

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