FORTES E FORTALEZAS DE COSTA NO BRASIL - PARANÁ
BATERIA DA ILHA DAS PEÇAS
A Bateria da ilha das Peças localizava-se na ilha das Peças, na baía de Paranaguá, no litoral do atual estado do Paraná, no Brasil.
A descoberta de ouro aluvional na região de Paranaguá é tradicionalmente atribuída ao bandeirante paulista Gabriel de Lara, em 1646. O arraial então estabelecido prosperou, conduzindo à fundação da vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá já em 1648. Entretanto, um mapa da baía de Paranaguá, de autor desconhecido, datado de 1631, atualmente no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, já identifica a "Ilha das Pessas" (peças de artilharia, canhões), o que parece indicar a existência de uma bateria, no local, à época. Um mapa posterior, da mesma baía, já figurando as suas minas de ouro (autor desconhecido, 1653. Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro), também identifica a "Ilha das pessas". Esta fortificação, possivelmente a mais antiga em território do atual Paraná, seria de pequenas dimensões, em faxina e taipa, destinando-se à proteção do acesso aquele ancoradouro e povoação, tendo a sua memória sobrevivido apenas na toponímia do local. Não existem informações adicionais sobre sua planta, guarnição, armamento e evolução arquitetônica.
Souza, quem primeiro cita esta estrutura, menciona o naufrágio, em 1718, entre esta ilha e a ilha do Mel, de um navio pirata francês, perseguido por um galeão espanhol que retornava do Oceano Pacífico.
A descoberta de ouro aluvional na região de Paranaguá é tradicionalmente atribuída ao bandeirante paulista Gabriel de Lara, em 1646. O arraial então estabelecido prosperou, conduzindo à fundação da vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá já em 1648. Entretanto, um mapa da baía de Paranaguá, de autor desconhecido, datado de 1631, atualmente no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, já identifica a "Ilha das Pessas" (peças de artilharia, canhões), o que parece indicar a existência de uma bateria, no local, à época. Um mapa posterior, da mesma baía, já figurando as suas minas de ouro (autor desconhecido, 1653. Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro), também identifica a "Ilha das pessas". Esta fortificação, possivelmente a mais antiga em território do atual Paraná, seria de pequenas dimensões, em faxina e taipa, destinando-se à proteção do acesso aquele ancoradouro e povoação, tendo a sua memória sobrevivido apenas na toponímia do local. Não existem informações adicionais sobre sua planta, guarnição, armamento e evolução arquitetônica.
Souza, quem primeiro cita esta estrutura, menciona o naufrágio, em 1718, entre esta ilha e a ilha do Mel, de um navio pirata francês, perseguido por um galeão espanhol que retornava do Oceano Pacífico.
FORTALEZA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES DE PARANAGUÁ
A Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Paranaguá, também referida como Fortaleza da Barra ou Fortaleza de Paranaguá, localiza-se na praia da Fortaleza, no sopé do morro da Baleia (hoje da Fortaleza), na ilha do Mel, litoral do estado do Paraná, no Brasil.
Dominando a barra do canal grande de acesso à baía de Paranaguá, esta fortificação destinava-se à defesa estratégica da antiga vila de Paranaguá, garantindo a segurança do seu ancoradouro, quinze milhas adiante, onde era embarcado o ouro, a madeira e, mais tarde, a erva-mate extraídos da região, contra oscorsários e espanhóis que frequentavam aquele trecho do litoral.
Conforme instruções recebidas do Marquês de Pombal (1750-1777), a fortaleza foi erguida de 1767 a 1769, por determinação do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão - quarto morgado de Mateus (1765-1775), que encarregou de dirigir as obras ao seu irmão, o Tenente-coronel Afonso Botelho de Sampaio. Os recursos foram obtidos à custa de uma subscrição forçada, aberta desde 1765 entre os moradores da vila. A inauguração deu-se em 25 de Março de 1769, tendo sido colocada sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira da "Casa de Mateus". Originalmente artilhada com duas peças de calibre 24 libras, duas de 18 e duas de 12, parte de sua artilharia foi remetida em 1791 para a Fortaleza da Barra Grande em Santos, por ordem do conde de Sarzedas.
Em 1819 o sargento-mor de Paranaguá, Ricardo Carneiro Santos, ofereceu-se para custear reformas na fortificação, em troca da sua nomeação como comandante da mesma, de receber a patente de tenente–coronel e a Comenda da Ordem de Cristo. No primeiro reinado, devido aos ataques de corsários argentinos, foi rearmada com doze peças dos calibres 30 a 18 (1826), para ser novamente desarmada pela Regência ao final de 1831.
A fortificação apresenta planta poligonal orgânica, adaptada às condições topográficas do terreno. No sopé de um morro, a sua estrutura desenvolve-se em cinco lances de muralhas de alvenaria de pedra e cal com dez metros de altura, material extraído do próprio local. A construção das muralhas compreende períodos distintos, sendo o trecho situado à direita da portada o mais recente. Os espaços abobadados sob o terrapleno foram utilizados como Casa da Guarnição e prisão, tendo sido levantados os Quartéis da Tropa ao abrigo da cortina interna da muralha. O conjunto emcantaria da portada a leste, é encimado por uma grande concha esculpida em um único bloco de pedra. Um grupo de toscas carantonhas e uma placa epigráfica completam a composição, destacada do alinhamento das muralhas, onde guaritas, nos vértices, se elevam. Primitivamente, no interior da fortificação, erguia-se uma capela sob a invocação da padroeira. Esta edificação foi demolida em 1932, por determinação do então comandante da fortaleza, devido ao seu precário estado de conservação.
FORTE DE NOSSA SENHORA DO CARMO DOS CAMPOS DE GUARAPUAVA
O Forte de Nossa Senhora do Carmo dos Campos de Guarapuava localizava-se na atual cidade de Guarapuava, no interior do estado do Paraná, no Brasil.
Inscrito no contexto do movimento de povoamento da região sul do Brasil, em meados do século XVIII, a fortificação remonta a 1770, em faxina e taipa, quando da fundação da povoação de Guarapuava, nos chamados Campos de Guarapuava. Um forte, sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo (Forte de Nossa Senhora do Carmo), erguido pelo Tenente-coronel Cândido Xavier de Almeida e Souza, para defesa do aldeamento indígena, núcleo da povoação de Guarapuava. De acordo com o mesmo autor, o Ofício de 22 de dezembro de 1771, do Tenente-coronel Afonso Botelho de Sampaio, versa sobre um forte que encontrara na entrada dos Campos de Guarapuava, quando em viagem de exploração por determinação do seu irmão, o governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão - quarto morgado de Mateus (1765-1775), para escolher o local apropriado para uma fortificação na região.
Inscrito no contexto do movimento de povoamento da região sul do Brasil, em meados do século XVIII, a fortificação remonta a 1770, em faxina e taipa, quando da fundação da povoação de Guarapuava, nos chamados Campos de Guarapuava. Um forte, sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo (Forte de Nossa Senhora do Carmo), erguido pelo Tenente-coronel Cândido Xavier de Almeida e Souza, para defesa do aldeamento indígena, núcleo da povoação de Guarapuava. De acordo com o mesmo autor, o Ofício de 22 de dezembro de 1771, do Tenente-coronel Afonso Botelho de Sampaio, versa sobre um forte que encontrara na entrada dos Campos de Guarapuava, quando em viagem de exploração por determinação do seu irmão, o governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão - quarto morgado de Mateus (1765-1775), para escolher o local apropriado para uma fortificação na região.
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