(13 de Junho de 1800)
Em meados de Maio (?) de 1800, largou de Belém do Pará, possivelmente com destino ao Recife, um comboio constituído por vários navios mercantes, sob a escolta do bergantim ‘Espadarte’, ao comando do Capitão-tenente Nicolau Wolf. A 29 à passagem pelo Maranhão, juntou-se-lhe o bergantim ‘Minerva’ de 10 peças de artilharia, de que era comandante o Primeiro-tenente Luis da Cunha Moreira. A 12 de Junho apareceu um corsário francês, provavelmente um navio de pequeno porte, que tentou atacar o comboio, sendo repelido pelos dois bergantins. A 13 apareceu outro corsário, desta vez uma fragata francesa de 40 peças de artilharia, Wolf colocou os bergantins entre os navios mercantes e o inimigo e ficou á espera, aguardando a investiga deste. Aproximando-se até curta distância dos navios portugueses o corsário tomou por alvo o ‘Minerva’, com o qual travou um renhido combate através de um duelo de artilharia que se prologou por mais de três horas. Apesar de o seu navio ser de muito menor força que o adversário, o tenente Cunha Moreira, não se rendeu e continuou a bater-se com inexcedível galhardia até se lhe acabarem as munições. Nessa altura o ‘Minerva’ se estava a afundar lentamente, com o casco arrombado em vários lugares, os mastros quebrados e o aparelho desfeito. Uma resistência como raramente se terá visto outra igual. Entretanto Wolf ao verificar que a fragata francesa estava empenhada a fundo no combate com o ´Minerva’ resolvera seguir em frente com o comboio, provavelmente na intenção de salvar os navios mercantes confiados à sua guarda, bem como o seu próprio navio. Terminado o combate com o ‘Minerva’, a fragata foi em perseguição do comboio, tendo conseguido capturar dois dos seus navios, por certo os mais ronceiros. Depois voltou atrás e recolheu os tripulantes do ‘Minerva’ que entretanto, já havia sido engolido pelas águas.
Mais tarde Nicolau Wolf foi julgado em Conselho de Guerra e condenado por não ter acorrido em socorro do outro bergantim. O combate do ‘Minerva foi um dos mais gloriosos da História da nossa Marinha durante o período da dinastia de Bragança
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