(2 de Julho de 1800)
A 1 de Julho de 1800 largaram de Vila Real de Santo António com destino a Tânger os caíques ‘Andorinha’ e ‘Leão’ a fim de irem buscar um iate mercante que ali se encontrava. O ‘Andorinha’ de que era comandante o Segundo-tenente José Joaquim de Caldeira, estava armada com 10 peças de artilharia e tinha uma guarnição de 38 homens. O ‘Leão’ de que era comandante o Segundo-tenente Joaquim de Oliveira Alves, teria possivelmente um armamento e uma guarnição idênticos. No dia seguinte, diante do Cabo Espartel os dois caíques foram interceptados por uma escuna e um místico franceses a primeira de 16 peças de artilharia e 140 homens a bordo e o segundo com 2 peças de artilharia e 50 homens como guarnição. ( O ‘Místico’ era um pequeno navio de origem espanhola parecido com os nossos caíques).
Depois de um combate que durou cerca de meia hora os dois navios portugueses renderam-se. As suas tripulações, feitas prisioneiras foram deixadas pelos franceses em Cádis, de onde, poucos dias depois, seguiram para vila Real de S. António. Não refere o cronista que tenha havido baixas para qualquer lados, o que parece indicar que o combate não terá sido travado com grande empenhamento.
Julgado em Conselho de Guerra o comandante mais antigo, José Joaquim Caldeira, foi condenado a prestar serviço durante um ano, debaixo de ordens de algum Chefe de Divisão para melhor se instruir na táctica. No entanto cinco meses mais tarde foi perdoado.
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