FORTES E FORTALEZAS DE COSTA NO BRASIL - ESPIRITO SANTO MARANHÃO
O FORTE DE S. LUÍS DO MARANHÃO
O Forte de São Luís do Maranhão localizava-se na ponta de terra entre o rio Anil e o rio Bacanga, a noroeste da ilha de São Luís, dominando o principal ancoradouro da ilha, no litoral do estado do Maranhão, no Brasil.
A primitiva estrutura defensiva neste local foi iniciada a partir de 8 de setembro de 1612 pela expedição colonizadora francesa deDaniel de La Touche, senhor de La Ravardière, que estabeleceu a chamada França Equinocial. O forte foi denominado de "Fort Saint Louis" em homenagem a Luís XIII de França (1610-1643), estendendo-se a denominação à povoação e a toda a ilha. De faxina e terra, apresentava planta com dois baluartes semi-circulares ligados por uma cortina de cento e cinquenta metros de extensão. A sua artilharia foi descrita por Claude d'Abbeville, contemporâneo da sua fundação: "(...) Com o auxílio dos franceses [os indígenas] montaram no dito Forte [de São Luís], embora muito alto, vinte canhões grandes, para a sua defesa."
Após a capitulação francesa do Forte de São José de Itapari (julho de 1615), as forças portuguesas, sob o comando do Capitão-morJerônimo de Albuquerque Maranhão, concentraram-se no Convento de São Francisco (Quartel de São Francisco). Em fins de outubro de 1615 receberam o reforço de uma armada de nove navios, comandada pelo Capitão-mor da Capitania de Pernambuco, Alexandre de Moura. Este último desembarcou a 1 de novembro e o encontro dos chefes portugueses com La Ravardière se deu no dia seguinte. A 3 de novembro completou-se a rendição francesa, com a entrega do "Fort Saint Louis".
O FORTE DE S. FILIPE
Sob o comando do Capitão Henrique Afonso, o forte foi rebatizado como Forte de São Filipe em homenagem a Filipe III de Espanha (1598-1621), então soberano de Portugal sob a Dinastia Filipina. A estrutura encontra-se cartografado por João Teixeira Albernaz, o velho, porém com a forma de um polígono quadrangular com baluartes pentagonais nos vértices, em estilo Vauban. O forte foi reconstruído em 1627 no governo do Capitão-general Antônio Coelho de Carvalho, o Sardo, em pedra e cal, com risco do Engenheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita(1603-1634). No contexto da segunda invasão holandesa, quando do assalto e saque de São Luís pelo Almirante Jan Corneliszoon Lichthardt, à frente de uma esquadra de quatorze embarcações, e dois mil soldados (25 de novembro de 1641), o forte encontrava-se sob o comando de Bento Maciel Parente, quase octogenário, guarnecido por apenas sessenta homens. Parente capitulou (contra a opinião de seu imediato, o Capitão Francisco Coelho de Carvalho, mais tarde governador da Capitania), sendo conduzido como prisioneiro para Recife, e de lá para o Forte dos Reis Magos em Natal, onde veio a falecer após um mês no calabouço.
A versão neerlandesa dessa conquista difere:
"Comandavam a expedição [o Almirante Jan] Lichthardt e [o Coronel Johann von] Koin, (...) afamados por um longo exercício da milícia. Partindo do porto de Pernambuco a 30 de outubro de 1641 com oito naus grandes e seis pequenas (...) navegaram eles (...) e, passando ante a fortaleza inimiga, que atirava ferozmente contra eles, lançaram ferro mesmo diante da cidade de São Luís. Koin, saltando na ilha e desembarcando as tropas ligeiramente, aproximou-se do forte para investí-lo. Vieram-lhe ao encontro dois emissários do governador da fortaleza, um civil e o outro eclesiástico, que perguntaram a Koin se ele tinha intenção de pactuar. Anuiu Koin, julgando humano não tentar pelas armas o que se poderia conseguir pela brandura. Concedendo a todos garantia de vida e de bens, penetrou no forte, desarmou os soldados da guarnição, encontrados em número de 330, e, com equitativas condições militares, fê-lo da sua jurisdição. (...) Acharam-se lá 45 peças grossas, bastante pólvora e também vinho para as necessidades do vencedor. (...) Ficaram seiscentos holandeses para acabarem as fortificações e defenderem os naturais contra os ataques do inimigo."
O domínio neerlandês no Maranhão, foi contestado desde 1643:
"Tinha-se informado [em Pernambuco] com certeza que o Maranhão sacudira o nosso jugo; que portugueses e brasileiros, mancomunados para tamanho crime, tinham trucidado com abominável ousadia, os soldados holandeses, que nada esperavam e, ocupando o forte do Calvário às margens do Itapecuru, sitiavam a cidade de São Luís, onde praticavam todas as violências da guerra; que os sitiados necessitavam de socorro imediato, porque, vencida a cidade, periclitaria a província. Os governadores de Pernambuco, (...) logo mandaram para lá, com trezentos soldados e duzentos índios conscritos no Ceará, o tenente-coronel Hinderson, para que, subjugados os cabeças da rebelião, restabelecesse ele a ordem e fizesse voltar o amor da obediência.
Atacando o inimigo com essa força, expulsou-o da sua trincheira, mas quando investiu o reduto maior, foi coagido, após acesa refrega, a bater em retirada, indo acampar ali perto. Os inimigos, por terem morrido os primeiros dos seus, sairam da ilha durante a noite inteira, e assentaram os arraiais no continente, à beira do rio, no lugar onde as gargantas dos montes fechavam as entradas. O exército deles compunha-se de setecentos homens, entre portugueses e mestiços, e mais três mil índios."
Quando da contra-ofensiva portuguesa de 1644 em Pernambuco, António Muniz Barreiros, reforçado por tropas de Antônio Teixeira de Melo, atacou o Forte de São Luís (fevereiro de 1644), mas foi rechaçado, perecendo. Teixeira de Melo recuou e tomou o Forte do Calvário na foz do rio Itapicuru (1 de outubro de 1644), mantendo uma campanha de emboscadas, até que, fortalecido, marchou sobre São Luís, que conquistou, expulsando os holandeses e destruindo as fortificações.
Pode ter sido designado no século XVIII como Fortaleza de São Miguel:
"Para se erigir nesta cidade a Fortaleza de São Miguel foi preciso mudar as oficinas deste quartel dos governadores, em cuja ocasião se lhe deu uma reforma pelo que está mais decente"
(Ofício do Governador Joaquim de Melo e Póvoas, 19 de outubro de 1755).
O mesmo Governador posteriormente descreveu a estrutura;
"(...) que esta cortina fica na ponta em que está fundada esta cidade, com os dois baluartes de São Cosme, e São Damião e tem mais duas cortinas que se fizeram para vencer a altura da dita terra, em que pode laborar muita artilharia", e computa a sua artilharia como uma peça de calibre 16, três de 12, três de 10, uma de 8, seis de 6, duas de 5, uma de 4, uma de 3, e quatro de 2"
(Ofício do Governador Joaquim de Mello e Póvoas ao Sr.Martinho de Melo e Castro, 21 de janeiro de 1777).
"(...) que esta cortina fica na ponta em que está fundada esta cidade, com os dois baluartes de São Cosme, e São Damião e tem mais duas cortinas que se fizeram para vencer a altura da dita terra, em que pode laborar muita artilharia", e computa a sua artilharia como uma peça de calibre 16, três de 12, três de 10, uma de 8, seis de 6, duas de 5, uma de 4, uma de 3, e quatro de 2"
(Ofício do Governador Joaquim de Mello e Póvoas ao Sr.Martinho de Melo e Castro, 21 de janeiro de 1777).
A estrutura, em alvenaria de pedra lavrada e cal, tinha 97 braças de frente (sentido norte-sul) e 7 de fundos (sentido leste-oeste). O acesso era feito pelo portão, no lado oeste. Em seu terrapleno erguia-se a edificação do Quartel da Tropa. Em cada uma das extremidades, dois baluartes semi-circulares com 157 palmos de diâmetro e 6 braças de comprimento, unidos por uma cortina de 700 palmos de extensão por 19 palmos de altura, sobre alicerce de 6 palmos de grossura (Baluartes de São Cosme e São Damião). Esta muralha não possuia parapeito, jogando a artilharia à barbeta. Em 1777, o Baluarte de São Damião estava artilhado com seis peças de 12, uma de 10 e duas de 6. Ao de encerrar o século XVII o Governador Diogo de Souza Coutinho informava a D. Rodrigo de Souza Coutinho, no reino, que estava reedificado
"o baluarte ou bateria de São Cosme e São Damião, que caiu nessa invernada"
(Ofício de 1 de outubro de 1800).
CASA-FORTE DO RIO IGUARÁ
A Casa-forte do rio Iguará localizou-se na margem esquerda do rio Iguará, no atual estado brasileiro do Maranhão, nos limites com o estado do Piauí.
No contexto da Revolta de Mandu Ladino (1712-1719), esta estrutura defensiva foi erguida em 1712 pelo Mestre-de-Campo Antônio da Cunha Souto Maior. Tinha como função servir como base de operações contra o bando de Mandu Ladino, um indígena Cariri educado por padres jesuítas, que por sete anos assolou a região da foz do rio Parnaíbaonde, foragido, veio a falecer por afogamento.
No contexto da Revolta de Mandu Ladino (1712-1719), esta estrutura defensiva foi erguida em 1712 pelo Mestre-de-Campo Antônio da Cunha Souto Maior. Tinha como função servir como base de operações contra o bando de Mandu Ladino, um indígena Cariri educado por padres jesuítas, que por sete anos assolou a região da foz do rio Parnaíbaonde, foragido, veio a falecer por afogamento.
FORTE DA VERA CRUZ DO ITAPERUCU
O Forte da Vera Cruz do Itapecuru, também conhecido como Forte do Calvário, localizava-se na margem esquerda da foz do rio Itapecuru, antiga Calvário do Itapecuru, hoje município de Rosário, no litoral do estado brasileiro do Maranhão.
A fundação deste forte, origina uma disputa política, que refere a chegada de Bento Maciel Parente à cidade de Belém do Pará, e "ardendo nos desejos de ocupar o governo da Capitania, intentou lograr as suas esperanças pelos meios ilícitos das alterações do sossego público; mas o Capitão-mor Pedro Teixeira, que era tão valoroso como acautelado, desenganou de sorte as suas pretensões, que se recolheu logo ao Maranhão, onde fundou um forte no rio Itapicuru". Completa a informação referindo que o forte foi erguido em 1620, para defesa contra os ataques indígenas, que embaraçavam o cultivo da cana-de-açúcar. No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), este forte foi ocupado quando da conquista neerlandesa de São Luís (25 de novembro de 1641). As versões para o fato são diferentes:
A fundação deste forte, origina uma disputa política, que refere a chegada de Bento Maciel Parente à cidade de Belém do Pará, e "ardendo nos desejos de ocupar o governo da Capitania, intentou lograr as suas esperanças pelos meios ilícitos das alterações do sossego público; mas o Capitão-mor Pedro Teixeira, que era tão valoroso como acautelado, desenganou de sorte as suas pretensões, que se recolheu logo ao Maranhão, onde fundou um forte no rio Itapicuru". Completa a informação referindo que o forte foi erguido em 1620, para defesa contra os ataques indígenas, que embaraçavam o cultivo da cana-de-açúcar. No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), este forte foi ocupado quando da conquista neerlandesa de São Luís (25 de novembro de 1641). As versões para o fato são diferentes:
A historiografia brasileira reporta que, naquele momento, os conquistadores neerlandeses fintaram os cinco proprietários de engenhos na ribeira do Itapicuru em cinco milarrobas de açúcar, e que, com o produto destas, reedificaram e alargaram este forte, então desguarnecido e em ruínas.
A historiografia neerlandesa reporta que:
"(...) Na terra firme existiam alguns [engenhos] em Itapecuru. Os moradores deste lugar, prometendo fidelidade à Companhia [das Índias Ocidentais] e passando-lhe à jurisdição, abriram o seu forte ao capitão Schadde."
"(...) Na terra firme existiam alguns [engenhos] em Itapecuru. Os moradores deste lugar, prometendo fidelidade à Companhia [das Índias Ocidentais] e passando-lhe à jurisdição, abriram o seu forte ao capitão Schadde."
A mesma fonte refere que esta ocupação não foi pacífica:
"Tinha-se informado [em Pernambuco] com certeza que o Maranhão sacudira o nosso jugo; que portugueses e brasileiros, mancomunados para tamanho crime, tinham trucidado com abominável ousadia, os soldados holandeses, que nada esperavam e, ocupando o forte do Calvário às margens do Itapecuru, sitiavam a cidade de São Luís, onde praticavam todas as violências da guerra; que os sitiados necessitavam de socorro imediato, porque, vencida a cidade, periclitaria a província. Os governadores de Pernambuco, (...) logo mandaram para lá, com trezentos soldados e duzentos índios conscritos no Ceará, o tenente-coronel Hinderson, para que, subjugados os cabeças da rebelião, restabelecesse ele a ordem e fizesse voltar o amor da obediência.
Atacando o inimigo com essa força, expulsou-o da sua trincheira, mas quando investiu o reduto maior, foi coagido, após acesa refrega, a bater em retirada, indo acampar ali perto. Os inimigos, por terem morrido os primeiros dos seus, sairam da ilha durante a noite inteira, e assentaram os arraiais no continente, à beira do rio, no lugar onde as gargantas dos montes fechavam as entradas. O exército deles compunha-se de setecentos homens, entre portugueses e mestiços, e mais três mil índios."
Quando da contra-ofensiva portuguesa de 1644 na capitania de Pernambuco, Antônio Muniz Barreiros, reforçado por tropas de Antônio Teixeira de Melo, atacou o Forte de São Luís do Maranhão (Fevereiro de 1644), mas foi rechaçado, vindo a perecer. Teixeira de Melo recuou e tomou o Forte do Calvário (1 de Outubro de 1644), que se encontrava guarnecido por um destacamento de setenta homens, artilhado com oito peças. Após a conquista, essa artilharia foi retirada para tomar parte na reconquista de São Luís. Teixeira de Melo prosseguiu fazendo uma campanha de emboscadas, até que, fortalecido, marchou sobre São Luís, conquistando-a, e expulsando os neerlandeses.
Durante o governo de Francisco de Sá de Menezes, o Forte da Vera Cruz, ou Forte do Calvário, foi reedificado em 1682, à custa de João de Souza Soleima, com a intenção de levantar uma Casa-forte para defesa dos ataques indígenas, sob a invocação do Santo Cristo da Serra de Semide (Forte do Santo Cristo), da qual não restam vestígios.
O Ofício de 21 de Janeiro de 1777, do Governador Joaquim de Melo e Póvoas ao Sr. Martinho de Melo e Castro, informou que este forte estava artilhado com seis peças. O Relatório de 21 de Março de 1797 sobre as fortalezas de São Luís, pelo Ajudante de Ordens Luís Antônio Sarmento da Maia para o Governador da Capitania, D. Fernando Antônio de Noronha (1792-1798), informou:
Durante o governo de Francisco de Sá de Menezes, o Forte da Vera Cruz, ou Forte do Calvário, foi reedificado em 1682, à custa de João de Souza Soleima, com a intenção de levantar uma Casa-forte para defesa dos ataques indígenas, sob a invocação do Santo Cristo da Serra de Semide (Forte do Santo Cristo), da qual não restam vestígios.
O Ofício de 21 de Janeiro de 1777, do Governador Joaquim de Melo e Póvoas ao Sr. Martinho de Melo e Castro, informou que este forte estava artilhado com seis peças. O Relatório de 21 de Março de 1797 sobre as fortalezas de São Luís, pelo Ajudante de Ordens Luís Antônio Sarmento da Maia para o Governador da Capitania, D. Fernando Antônio de Noronha (1792-1798), informou:
"Este forte, que defende a ribeira do Itapicuru deve ser reedificado e guarnecido de artilharia, por ser um lugar forte e único, onde os defensores desta cidade se podem fazer fortes no caso de ser esta tomada.".
O mesmo autor cita o Roteiro da viagem que fez às fronteiras da Capitania do Maranhão e de Goiás no ano de 1815, do Capitão Francisco de Paula Ribeiro, que afirma que ainda então se divisavam "os fragmentos de um pequeno fortim, que há poucos anos acabou de se arruinar, tendo sido grande prudência o haver-se conservado, coisa que custava bem pouco, como chave dos sertões da Capitania por aquele lado, pois que no caso de futuras precisões o auxílio da referida Capitania não permitiria passar por ali contra a vontade de qualquer pequena guarnição, que ali tivesse o mais pequeno barco de pescadores."
Estava relacionada entre os Próprios Nacionais, assim descrita nos livros da Tesouraria Geral:
"Forte da Vera Cruz de pedra e cal, situado na margem esquerda do [rio] Itapicuru, distrito da vila do Rosário, tem 80 braças de frente, norte a sul, além dos vãos compreendidos em duas circunferências de 180 palmos cada uma, ocupadas por dois baluartes, que guardam duas praças de armas, e 23 [braças] de fundo, leste a oeste, cuja muralha tem sete palmos de grossura e o parapeito três.
Uma das praças de armas tem 80 palmos de comprimento sobre 69 de largo, entre dois baluartes semi-circulares de 188 palmos de circunferência cada um, e a outra 80 palmos de comprido sobre 58 de largo entre outros dois baluartes semi-circulares de de 44 palmos de circunferência cada um, com dois armazéns de 33 palmos de comprido sobre 21 de largo cada um entre as ditas praças de armas, com uma casa de 78 palmos de comprido sobre 32 de largo por trás da segunda praça de armas, dividida em três quartos, dos quais um serve de Capela, outro de Prisão, e outro com mirante para aquartelamento com outra pequena praça de 22 palmos."
As suas ruínas se encontravam, à época (1958), "afogadas na mata".
FORTE DE S. MARIA DE GUAXENDUBA
O Forte de Santa Maria de Guaxenduba localizou-se a nordeste da ilha de São Luís, na baía de São José, à margem direita da foz dorio Munim, na vila velha do Icatu, no litoral do estado do Maranhão, no Brasil.
No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), com o aumento da presença francesa na costa do Maranhão, a resposta espanhola foi o envio de uma expedição composta por quatro navios de guerra e cento e cinquenta soldados reforçados por indígenas flecheiros, em Novembro de 1614, sob o comando do Capitão-mor Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618). As forças portuguesas acamparam em Guaxenduba, diante da posição francesa no Forte de São José de Itapari, onde ergueram uma defesa com traça do Engenheiro-mor doEstado do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita, "que depois de haver acabado com grande louvor a Fortaleza da Lajem do Recife, se ofereceu para acompanhar Jerônimo de Albuquerque." Os religiosos franciscanos que acompanhavam a expedição "lançaram sortes para a escolha do nome da fortaleza, e saiu o nascimento de Nossa Senhora, e assim se chamou Forte de Santa Maria."
No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), com o aumento da presença francesa na costa do Maranhão, a resposta espanhola foi o envio de uma expedição composta por quatro navios de guerra e cento e cinquenta soldados reforçados por indígenas flecheiros, em Novembro de 1614, sob o comando do Capitão-mor Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618). As forças portuguesas acamparam em Guaxenduba, diante da posição francesa no Forte de São José de Itapari, onde ergueram uma defesa com traça do Engenheiro-mor doEstado do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita, "que depois de haver acabado com grande louvor a Fortaleza da Lajem do Recife, se ofereceu para acompanhar Jerônimo de Albuquerque." Os religiosos franciscanos que acompanhavam a expedição "lançaram sortes para a escolha do nome da fortaleza, e saiu o nascimento de Nossa Senhora, e assim se chamou Forte de Santa Maria."
Também conhecido como Forte da Natividade ou Forte de Guaxenduba, constituía-se de uma fortificação de campanha assim descrita:
"Era um sexágono [hexágono], onde se assentavam três peças de artilharia em uma esplanada, que para isso fizeram com seus cestões, enquanto os baluartes e cortinas da obra se formavam de grossas vigas, assentadas sobre grades, e cruzadas de peralto de fortes travessas. Foi construída de modo que com os soldados se vigiava e descortinava tudo."
O forte português, ainda em construção, foi atacado pelas forças de Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, à frente de sete patachos e quarenta e seis canoas de indígenas flecheiros, montando um efetivo de duzentos franceses e cerca de dois mil indigenas. Apesar da desvantagem numérica, as tropas de Jerônimo de Albuquerque e do Sargento-mor Diogo de Campos Moreno resistiram e repeliram com sucesso este efetivo, a 19 de Novembro de 1614.
Em carta desta data, dirigida a Jerônimo de Albuquerque, La Ravardière designa-o como Forte de São Simão. A 27 de Novembro foi assinado um armistício de um ano entre as partes, para que as duas Coroas - espanhola e francesa -, encontrassem uma saída diplomática. Para isso, o navio francês "Regent" retornou à Europa com emissários portugueses e franceses a bordo, embora não se conheçam os resultados desse esforço diplomático. Este forte encontra-se cartografado por João Teixeira Albernaz, o velho ("Capitania do Maranhão", c. 1615. Mapoteca do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro).
Em carta desta data, dirigida a Jerônimo de Albuquerque, La Ravardière designa-o como Forte de São Simão. A 27 de Novembro foi assinado um armistício de um ano entre as partes, para que as duas Coroas - espanhola e francesa -, encontrassem uma saída diplomática. Para isso, o navio francês "Regent" retornou à Europa com emissários portugueses e franceses a bordo, embora não se conheçam os resultados desse esforço diplomático. Este forte encontra-se cartografado por João Teixeira Albernaz, o velho ("Capitania do Maranhão", c. 1615. Mapoteca do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro).
Ao redor desta fortificação desenvolveu-se uma pequena povoação, o arraial de Santa Maria de Guaxenduba. Elevada a vila com o nome de Vila d'Águas Boas, posteriormente foi transferida para as margens do rio Munim, onde no final do século XIX se erguia a Vila (hoje cidade) do Icatu. A antiga povoação era, então, designada como Vila velha do Icatu.
FORTE DE SANTO ANTÓNIO DA BARRA DE S. LUÍS
A estrutura primitiva desta forticação é atribuída aos franceses, durante os combates de 1614, sendo lícito presumir que, de campanha, tenha sido erguida em faxina e terra.
"Na manhã seguinte [1 de Novembro de 1615] desembarcou Alexandre de Moura na ilha de S. Francisco, pouco mais d'um tiro decanhão distante da fortaleza de S. Luiz, levantando ali uma fortificação de pau-a-pique, a que se deu o nome do forte da [sic] Sardinha, guarnecendo-o Bento Maciel Parente com a equipagem do seu navio, e passou a sitiar por mar os Franceses, que desanimando contra a expectativa de Ravardière, fizeram com que este se rendesse, passando à ilha assinou logo um termo da entrega da colônia e evacuação da fortaleza, passando à Europa em três navios, que aprontou Alexandre de Moura, mais de quatrocentos franceses, ficando porém outros, que por estarem casados com Índias não quiseram acompanhá-los, e seguindo Ravardière para Pernambuco com Alexandre de Moura, a 9 de Janeiro de 1616."
Esse entendimento ao referir que se tratava de estrutura de pau-a-pique erguida pelo Capitão-mor da capitania de Pernambuco, Alexandre de Moura, quando desembarcou em 1 de Novembro de 1615, e onde, no dia seguinte, os franceses teriam assinado a capitulação. O mesmo autor conclui ser o "Sardinha", nome pelo qual este forte ficou conhecido (Forte do Sardinha), um dirigente das suas obras, citando um trecho de uma carta escrita pela Câmara Municipal de São Luís ao Sargento-mor Antônio de Barros Pereira, onde se refere:
"(...) Sobre os índios que Vmcê. aponta se faça toda a diligência por se conduzirem à ponta de João Dias [para o trabalho na construção do forte], porque conforme a informação do Sardinha, os que haviam trabalhavam na pedra e haviam ido com Vmcê. (...)".
Por ela se percebe ainda que as obras estavam paradas carecendo de mão-de-obra, embora, aparentemente os problemas fossem mais sérios. Dias mais tarde, a Câmara informou ao Governador:
"As obras da fortaleza da ponta de João Dias, com as novas ordens de V. Sa., as largou por mão o Sargento-mor Antônio de Barros Pereira, não sabemos se foi ordem de V. Sa. ou moto-próprio, contudo ficamos de acordo em ir mandando carregar para ela pedra para que esteja ao pé da obra, e seguiremos no mais que V. Sa. ordenar."
Por Carta Régia de 8 de Outubro de 1691, consta que o Governador do Maranhão dera princípio a esta fortaleza, com muitas dificuldades devido à falta de engenheiro, pedreiros, índios de serviço, materiais e cal do Reino. O seu risco foi do Capitão Pedro de Azevedo Carneiro ("Planta do forte, que desenhei, e se fica fazendo na Ponta de João Dias, barra da cidade do Maranhão", 1692. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa). A Carta Régia de 17 de Fevereiro de 1693 participou ao Governador a remessa, de Portugal, de quatro pedreiros de alvenaria e cantaria para a continuação das obras da fortaleza, vencendo cada um o jornal de 500 réis. No início do século XVIII, a propósito de consulta em 12 de Maio de 1715 sobre o Forte de Santo Antônio da Barra, a Coroa informou ao Governador e Capitão General Cristóvão da Costa Freire que;
"como não era possível remediar a Fortaleza da barra de São Luís, situada na ponta de João Dias, conforme o exame feito pelo Capitão-mor da praça, Provedor da Fazenda e Sargento-mor de Engenheiros Custódio Pereira, e que só fazendo-se de novo e de cantaria vinda do reino poderia durar assim mesmo com dificuldade por causa da grande correnteza que ali faziam as águas, fosse tirando da dita fortaleza todas as armas e munições para se não perderem.".
Chegou-se a projetar uma nova fortaleza para a barra de São Luís, da qual existem duas plantas sob o mesmo título ("Planta da fortaleza que se há de fazer na barra de São Luís do Maranhão", que entretanto não saiu do papel. De acordo com o "Plano do Reducto de S. António da Barra da Cidade do Maranhão", ao centro, sobre o terrapleno, distribuíam-se as dependências de serviço em dois edifícios de alvenaria, de um pavimento. O Governador Gonçalo Pereira Lobato e Souza informou à Corte que;
"esta fortaleza se achava em grande parte abatida, porque sendo construída em terreno arenoso e alagadiço e sem firmeza, tendo por alicerces uns paus, que apodrecendo com o tempo lhe ocasionaram o abaterem-se-lhe os muros da parte do mar e barra, formou-se destas mesmas ruínas um recife.".
O Governador Joaquim de Melo e Póvoas informou à Corte "que intentou fazer esta fortaleza em 1762, e chegou a dar princípio desmontando as muitas ruínas que ali haviam". Não continuou a obra por ver que as cortinas por duas vezes vieram abaixo (Ofício de 21 de Janeiro de 1777, do Governador Joaquim de Mello Póvoas ao Sr. Martinho de Mello e Castro, dando conta da castelaria?).
O Relatório de 21 de março de 1797 sobre as fortalezas de São Luís, pelo Ajudante de Ordens Luís Antônio Sarmento da Maia para o Governador da Capitania, D. Fernando Antônio de Noronha (1792-1798), informa:
"O reduto de Santo Antônio, fortificação passageira, mandada fazer por V. Exa., é o mais vantajoso posto por todas as razões, porque além de estar tão próximo à barra para a poder defender com muita vantagem, tem também a de não poderem os inimigos atacá-lo com grande frente por terra, e seria sem dúvida a máxima defesa desta cidade, se o dito reduto, em lugar de fortificação de campanha ou passageira, passasse a ser construído de pedra e cal, com o mesmo risco, que já teve, o qual era um paralelogramo romboidal, oferecendo um dos seus maiores lados para a entrada da barra e um ângulo obtuso para dentro do canal. O atual reduto tinha cinco canhões de calibre 18, dois de calibre 12, dois de calibre 9, tudo artilharia de ferro e em muito mau estado."
FORTE DE S. FRANCISCO DO MARANHÃO
O Forte de São Francisco localizou-se na ponta de São Francisco, dominando o ancoradouro de São Luís, no litoral do estado do Maranhão, no Brasil.
Quando da chegada da expedição de Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, em Julho de 1612 ao estabelecimento da França Equinocial, na ilha de São Luís, na costa do Maranhão, frades capuchinhos iniciaram a construção de um convento ("Saint Françoise"), próximo ao "Fort Saint Luis", onde hoje se ergue o Palácio dos Leões no centro histórico de São Luís. Essa igreja (ou convento) de São Francisco encontra-se cartografada por João Teixeira Albernaz, o velho. A partir de Outubro de 1615 as forças portuguesas entrincheiraram-se no Convento de São Francisco, transformado em quartel (Quartel de São Francisco), e cercaram o "Fort Saint Luis", que capitulou a 2 de Novembro de 1615, encerrando-se o domínio francês no Maranhão. A estrutura de campanha no Convento de São Francisco foi reformada a partir de 1616 pelo Engenheiro-mor do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita, que acompanhava as forças portuguesas na ocasião. No século XVII, a propósito de consulta em 12 de maio de 1715 sobre o Forte de Santo Antônio da Barra de São Luís, a Coroa informou ao Governador e Capitão General Cristóvão da Costa Freire que, "como não era possível remediar a Fortaleza da barra de São Luís, situada na ponta de João Dias, conforme o exame feito pelo Capitão-mor da praça, Provedor da Fazenda e Sargento-mor de Engenheiros Custódio Pereira, e que só fazendo-se de novo e de cantaria vinda do reino poderia durar assim mesmo com dificuldade por causa da grande correnteza que ali faziam as águas, fosse tirando da dita fortaleza todas as armas e munições para se não perderem."
Quando da chegada da expedição de Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, em Julho de 1612 ao estabelecimento da França Equinocial, na ilha de São Luís, na costa do Maranhão, frades capuchinhos iniciaram a construção de um convento ("Saint Françoise"), próximo ao "Fort Saint Luis", onde hoje se ergue o Palácio dos Leões no centro histórico de São Luís. Essa igreja (ou convento) de São Francisco encontra-se cartografada por João Teixeira Albernaz, o velho. A partir de Outubro de 1615 as forças portuguesas entrincheiraram-se no Convento de São Francisco, transformado em quartel (Quartel de São Francisco), e cercaram o "Fort Saint Luis", que capitulou a 2 de Novembro de 1615, encerrando-se o domínio francês no Maranhão. A estrutura de campanha no Convento de São Francisco foi reformada a partir de 1616 pelo Engenheiro-mor do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita, que acompanhava as forças portuguesas na ocasião. No século XVII, a propósito de consulta em 12 de maio de 1715 sobre o Forte de Santo Antônio da Barra de São Luís, a Coroa informou ao Governador e Capitão General Cristóvão da Costa Freire que, "como não era possível remediar a Fortaleza da barra de São Luís, situada na ponta de João Dias, conforme o exame feito pelo Capitão-mor da praça, Provedor da Fazenda e Sargento-mor de Engenheiros Custódio Pereira, e que só fazendo-se de novo e de cantaria vinda do reino poderia durar assim mesmo com dificuldade por causa da grande correnteza que ali faziam as águas, fosse tirando da dita fortaleza todas as armas e munições para se não perderem."
À vista dessa impossibilidade, reconhecida também pelo Cosmógrafo-mor Manuel Pimenta, a quem se mandou ouvir, determinou Sua Majestade, por Resolução de 22 de Julhode 1716, depois do Parecer do Conselho Ultramarino, que fosse edificada uma fortaleza na ponta de São Francisco, para o que remeteu 2.000 cruzados, por conta dos 8.000 cruzados em que foi orçada a despesa, sendo esta quantia inicial empregada em gêneros que, no Estado do Maranhão, poderiam ter mais valor. Dessa forma, o Capitão General Bernardo Pereira de Berredo, na ponta de São Francisco, em companhia do Bispo D. José Delgarte, do Capitão-mor da cidade de São Luís,Francisco Manoel Nóbrega e Vasconcelos, do Provedor da Fazenda Real, Jacinto de Moraes Rego, e do Tenente General de Artilharia e Sargento-mor de Engenheiros,Custódio Pereira, lançou a pedra fundamental da nova fortaleza, onde se inscreveu:
"Por ordem do sereníssimo D. João V, rei de Portugal, mandou fazer esta fortaleza Bernardo Pereira de Berredo, do seu Conselho, Governador e Capitão General neste Estado do Maranhão, e lhe lançou esta primeira pedra aos 28 de agosto de 1720."
O Governador Joaquim de Melo e Póvoas informou ao Marquês de Pombal (1750-1777) que nesta fortaleza existiam vinte e uma peças montadas, porém incapazes de servir, muitas por terra e todas necessitando de reparos; que ia mandar buscar madeira e carpinteiros "para logo se montarem todas as peças desta fortaleza por ser a mesma importante para a defesa da cidade" e que cuidava de fazer-lhe uma sapata porque o tempo a ia deitando abaixo, e um parapeito de terra socada, pondo-a assim em estado de se defender de toda a invasão ou ataque.
Mais tarde, o mesmo governador, pelo Ofício de 21 de Janeiro de 1777 ao Sr. Martinho de Melo e Castro, deu conta de que este forte estava artilhado com duas peças de 20, duas de 18, doze de 12, quatro de 10, e uma de calibre 6 de bala, algumas dessas arruinadas. O "Relatório sobre as fortalezas de São Luís", pelo Ajudante de Ordens Luís Antônio Sarmento da Maia para o Governador da Capitania, D. Fernando Antônio de Noronha (1792-1798), registra que a praça não tinha artilharia alguma capaz de fazer fogo (21 de Março de 1797). À época (1885), ainda eram visíveis os alicerces e parte das muralhas deste forte.
FORTE DE S. JOSÉ DE ITAPARI
O Forte de São José de Itapari localizou-se em posição dominante numa colina em Itapari (ou Itaparé, "pano de pedra" na língua tupi), na baía de São José, a nordeste na ilha de São Luís, atual São José do Ribamar, no litoral do estado do Maranhão, no Brasil.
O Forte de Itapary constituiu-se em uma estrutura de campanha, erguida a partir de 1613 sob a invocação de São José, por Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, conforme o próprio descreve no "Sumário" do que fez nestas terras do Brasil, escrito no "Fort Saint Louis", datado de 29 de Dezembro de 1614. Teria sido artilhado com duas peças. Em fins de 1614, repelido o assalto francês ao Forte de Santa Maria de Guaxenduba, as forças de Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618) contra-atacaram, cercando o Forte de Itapary. Diogo de Campos Moreno denomina-o de "Itampari", localizando-o a leste-oeste do Forte de Santa Maria, e afirma que os portugueses entraram neste forte em 3 de Dezembro de 1614. Outros autores entendem que La Ravardière negociou com Jerônimo de Albuquerque Maranhão evacuar São Luís num prazo de cinco meses, entregando como penhor de sua fé o Forte de Itapary (31 de Julho de 1615). Ao retornar para a capitania de Pernambuco, o Capitão-mor Alexandre de Moura deixou uma guarnição de cinquenta homens sob o comando do Capitão Antônio de Albuquerque nesta praça. Outros autores referem que Bento Maciel Parente comandou esta fortificação, tendo-lhe procedido reparos sob a orientação do Engenheiro-mor do Brasil Francisco de Frias da Mesquita. Este local encontra-se cartografado por João Teixeira Albernaz, o velho, vizinho a um "porto dos franceses com dois fortes" e um "Forte de Caur". Acredita-se que na localidade de São José do Ribamar tenha existido outrora uma fortificação, possívelmente o Forte de São José de Itapari, com o que é-se inclinado a concordar, à vista do mapa citado de Albernaz, e da ausência de informações posteriores sobre a estrutura, certamente já desaparecida à época das Invasões holandesas do Brasil, na primeira metade do século XVII.
O Forte de Itapary constituiu-se em uma estrutura de campanha, erguida a partir de 1613 sob a invocação de São José, por Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, conforme o próprio descreve no "Sumário" do que fez nestas terras do Brasil, escrito no "Fort Saint Louis", datado de 29 de Dezembro de 1614. Teria sido artilhado com duas peças. Em fins de 1614, repelido o assalto francês ao Forte de Santa Maria de Guaxenduba, as forças de Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618) contra-atacaram, cercando o Forte de Itapary. Diogo de Campos Moreno denomina-o de "Itampari", localizando-o a leste-oeste do Forte de Santa Maria, e afirma que os portugueses entraram neste forte em 3 de Dezembro de 1614. Outros autores entendem que La Ravardière negociou com Jerônimo de Albuquerque Maranhão evacuar São Luís num prazo de cinco meses, entregando como penhor de sua fé o Forte de Itapary (31 de Julho de 1615). Ao retornar para a capitania de Pernambuco, o Capitão-mor Alexandre de Moura deixou uma guarnição de cinquenta homens sob o comando do Capitão Antônio de Albuquerque nesta praça. Outros autores referem que Bento Maciel Parente comandou esta fortificação, tendo-lhe procedido reparos sob a orientação do Engenheiro-mor do Brasil Francisco de Frias da Mesquita. Este local encontra-se cartografado por João Teixeira Albernaz, o velho, vizinho a um "porto dos franceses com dois fortes" e um "Forte de Caur". Acredita-se que na localidade de São José do Ribamar tenha existido outrora uma fortificação, possívelmente o Forte de São José de Itapari, com o que é-se inclinado a concordar, à vista do mapa citado de Albernaz, e da ausência de informações posteriores sobre a estrutura, certamente já desaparecida à época das Invasões holandesas do Brasil, na primeira metade do século XVII.
FORTE DE S. MARCOS
O Forte de São Marcos localiza-se na ponta de São Marcos, na baía do mesmo nome, dominando o canal de acesso ao porto de São Luís, no litoral do estado do Maranhão, no Brasil. As coordenadas geográficas de latitude 2º 28' 22" S e longitude 46º 31' O, levantada a 123 palmos acima do nível do mar.
Este forte foi erguido a partir de 1694, inicialmente como uma simples vigia, artilhada com um canhão, que de acordo com o Padre José de Morais (1759), outrora "pelo repetido dos tiros dava notícia à cidade do número de vasos que pretendiam cometer a sua barra."
O "Relatório sobre as fortalezas de São Luís", pelo Ajudante de Ordens Luís Antônio Sarmento da Maia para o Governador da Capitania, D. Fernando Antônio de Noronha(1792-1798), informa "(...) que a vigia de São Marcos, onde S. Exa. mandou proximamente também construir um forte, reduto de fortificação, é muito conveniente, porque daquele lugar se descobre quase toda a baía de São Marcos, e por causa de sua grande altura vê-se os navios em mais de 16 léguas de distância. (...)" (21 de Março de 1797). Estava artilhado, à época, com três peças de calibre 18 e duas de 12, todas em mau estado. O forte desabou, de acordo com informação prestada pelo Governador D. Diogo de Souza à Corte:
Este forte foi erguido a partir de 1694, inicialmente como uma simples vigia, artilhada com um canhão, que de acordo com o Padre José de Morais (1759), outrora "pelo repetido dos tiros dava notícia à cidade do número de vasos que pretendiam cometer a sua barra."
O "Relatório sobre as fortalezas de São Luís", pelo Ajudante de Ordens Luís Antônio Sarmento da Maia para o Governador da Capitania, D. Fernando Antônio de Noronha(1792-1798), informa "(...) que a vigia de São Marcos, onde S. Exa. mandou proximamente também construir um forte, reduto de fortificação, é muito conveniente, porque daquele lugar se descobre quase toda a baía de São Marcos, e por causa de sua grande altura vê-se os navios em mais de 16 léguas de distância. (...)" (21 de Março de 1797). Estava artilhado, à época, com três peças de calibre 18 e duas de 12, todas em mau estado. O forte desabou, de acordo com informação prestada pelo Governador D. Diogo de Souza à Corte:
"(...) que era de grande utilidade estabelecer solidamente uma boa bateriana restinga de São Marcos em lugar da que há dias passados se abateu com a invernada na barreira, um pouco mais acima."
(Carta de 26 de Abril de 1799).
O Aviso nr. 45, de 6 de Março de 1805, concedeu a patente de governador do forte a José Gonçalves da Silva, o Barateiro.
FORTE DE S. SEBASTIÃO DE ALCÂTARA
O Forte de São Sebastião de Alcântara localiza-se na baía de São Marcos, no continente, na cidade de Alcântara, litoral do estado do Maranhão, no Brasil.
A ocupação de Alcântara remonta a um primitivo aldeamento dos Tapuias, conquistado pelos Tupinambás e denominado "Tapuitapera" ("casa dos Tapuias") à época da chegada dos colonizadores franceses de Jacques Riffault. Estabelecidas relações amistosas entre os dois povos (Claude d'Abbeville, "Historie de la mission des pères capucins en l'isle de Maragnan et terres circonvoisines" (1614), esta aldeia teria fornecido de trezentos a quatrocentos trabalhadores para a fortificação do nascente núcleo colonial na ilha Grande, depois ilha de São Luís, após a chegada de Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière (1612). Com o apoio destes indígenas, mais tarde importantes aliados contra os portugueses, de São Luís partiram expedições francesas em direção aos rios Amazonas e Tocantins.
No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), após a conquista de São Luís do Maranhão em Novembro de 1615, Matias de Albuquerque (c. 1590-1647) foi nomeado capitão dos aldeamentos de Tapuytapera, assim como Martim Soares Moreno o foi para o de Cumã, ficando ambos subordinados ao governo da nova Capitania do Maranhão. Sede da Capitania de Cumã (1621), que compreendia 50 léguas de costa no litoral do Maranhão, tinha como donatário Antônio Coelho de Carvalho, irmão de Francisco de Albuquerque Coelho de Carvalho, Governador do Maranhão (1625-1636). O advento da agro-manufatura de açúcar que tomou impulso a partir de 1645, bem como a exploração de sal, trouxeram o progresso à região. O arraial de Tapuytapera foi elevado a Vila de Santo Antônio de Alcântara (1648), sendo instalada a Câmara Municipal com quatro vereadores, um procurador, um escrivão e dois almotacés. A partir de 1651 aí foram erguidos um convento dos frades Mercedários e outro dos Carmelitas. Em 1716 os Jesuítas fundaram um colégio. Transformada em paróquia sob a invocação de São Matias, foi elevada a freguesia em 1722. Embora inicialmente pacifica, a relação dos portugueses com os indígenas evoluiu para a escravização destes últimos, o que conduziu à Revolta do índio Amaro. A Carta-régia de 1754 extinguiu a doação da Capitania de Alcântara e incorporou-a aos domínios da Coroa. Os imperativos da produção e a proibição de manter os indígenas como escravos, determinou a importação da mão-de-obra africana para Alcântara.
Com a finalidade de resolver as questões de oferta de capitais e de mão-de-obra, foi constituída a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, integralizada em1755, que recebeu da Coroa o monopólio da navegação, do comércio externo e do tráfico de escravos africanos, e que foi responsável por uma fase de prosperidade que marcou a região no fim do período colonial.
Apesar de remontar a um presídio estabelecido em 1697, uma obra de defesa fixa para a proteção daquele porto e cidade só foi erguida pelo governador da Capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, sob a invocação de São Sebastião (Forte de São Sebastião), inaugurado em 17 de Julho de 1763. Em precárias condições de conservação, em 1797 foi reconstruído pelo Governador D. Diogo de Souza, e rebatizado como Forte do Apóstolo São Matias, sendo artilhado com nove peças. Nela esteve detido o Governador da Capitania do Piauí, Capitão Carlos César Burlamáqui (1805-1810), de 1810 a 1811. Também conhecido como Forte de Alcântara, foi desarmado em 1880. Da estrutura da fortificação sobrevive apenas um trecho da muralha de pedra circundando o terreno, que abriga um campo de futebol, e antigos canhões dispersos.
A ocupação de Alcântara remonta a um primitivo aldeamento dos Tapuias, conquistado pelos Tupinambás e denominado "Tapuitapera" ("casa dos Tapuias") à época da chegada dos colonizadores franceses de Jacques Riffault. Estabelecidas relações amistosas entre os dois povos (Claude d'Abbeville, "Historie de la mission des pères capucins en l'isle de Maragnan et terres circonvoisines" (1614), esta aldeia teria fornecido de trezentos a quatrocentos trabalhadores para a fortificação do nascente núcleo colonial na ilha Grande, depois ilha de São Luís, após a chegada de Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière (1612). Com o apoio destes indígenas, mais tarde importantes aliados contra os portugueses, de São Luís partiram expedições francesas em direção aos rios Amazonas e Tocantins.
No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), após a conquista de São Luís do Maranhão em Novembro de 1615, Matias de Albuquerque (c. 1590-1647) foi nomeado capitão dos aldeamentos de Tapuytapera, assim como Martim Soares Moreno o foi para o de Cumã, ficando ambos subordinados ao governo da nova Capitania do Maranhão. Sede da Capitania de Cumã (1621), que compreendia 50 léguas de costa no litoral do Maranhão, tinha como donatário Antônio Coelho de Carvalho, irmão de Francisco de Albuquerque Coelho de Carvalho, Governador do Maranhão (1625-1636). O advento da agro-manufatura de açúcar que tomou impulso a partir de 1645, bem como a exploração de sal, trouxeram o progresso à região. O arraial de Tapuytapera foi elevado a Vila de Santo Antônio de Alcântara (1648), sendo instalada a Câmara Municipal com quatro vereadores, um procurador, um escrivão e dois almotacés. A partir de 1651 aí foram erguidos um convento dos frades Mercedários e outro dos Carmelitas. Em 1716 os Jesuítas fundaram um colégio. Transformada em paróquia sob a invocação de São Matias, foi elevada a freguesia em 1722. Embora inicialmente pacifica, a relação dos portugueses com os indígenas evoluiu para a escravização destes últimos, o que conduziu à Revolta do índio Amaro. A Carta-régia de 1754 extinguiu a doação da Capitania de Alcântara e incorporou-a aos domínios da Coroa. Os imperativos da produção e a proibição de manter os indígenas como escravos, determinou a importação da mão-de-obra africana para Alcântara.
Com a finalidade de resolver as questões de oferta de capitais e de mão-de-obra, foi constituída a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, integralizada em1755, que recebeu da Coroa o monopólio da navegação, do comércio externo e do tráfico de escravos africanos, e que foi responsável por uma fase de prosperidade que marcou a região no fim do período colonial.
Apesar de remontar a um presídio estabelecido em 1697, uma obra de defesa fixa para a proteção daquele porto e cidade só foi erguida pelo governador da Capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, sob a invocação de São Sebastião (Forte de São Sebastião), inaugurado em 17 de Julho de 1763. Em precárias condições de conservação, em 1797 foi reconstruído pelo Governador D. Diogo de Souza, e rebatizado como Forte do Apóstolo São Matias, sendo artilhado com nove peças. Nela esteve detido o Governador da Capitania do Piauí, Capitão Carlos César Burlamáqui (1805-1810), de 1810 a 1811. Também conhecido como Forte de Alcântara, foi desarmado em 1880. Da estrutura da fortificação sobrevive apenas um trecho da muralha de pedra circundando o terreno, que abriga um campo de futebol, e antigos canhões dispersos.
FORTIFICAÇÕES DE NAZARÉ
As Fortificações de Nazaré localizaram-se na ilha de Trindade, atual ilha de São Luís, no litoral do estado do Maranhão, no Brasil.
Com a implantação do sistema de Capitanias hereditárias (1534), pela Coroa Portuguesa no Brasil, a costa do atual estado do Maranhão ficou dividida em dois lotes, o primeiro da altura do rio Gurupi à baía de Cumã, doado a João de Barros e a Aires da Cunha, e o segundo, da baía de Cumã até à foz do rio Paraíba, doada a Fernando Álvares de Andrade. Os três donatários, associados, organizaram uma frota de dez navios, transportando novecentos colonos e cem cavalos, para colonizar a região (1535). Na altura da ilha de Trindade (atual São Luís), Aires da Cunha pereceu num naufrágio. Os demais colonos fundaram, na própria ilha, uma colônia com o nome de Nazaré, em Março de 1536. Para a sua defesa, foram erguidas três fortificações: uma à entrada da barra de Nazaré, outra na confluência dos rios Mearim e Pindaré, e uma terceira no curso do rio Pindaré, até onde era possível a navegação. O núcleo de povoamento foi abandonado, face à hostilidade dos Tupinambás, em meados de 1538. Uma segunda expedição, com três naus e duas caravelas, comandada por Luís de Melo, naufragou nos baixios da barra, ao tentar atingir este núcleo (1554).
Com a implantação do sistema de Capitanias hereditárias (1534), pela Coroa Portuguesa no Brasil, a costa do atual estado do Maranhão ficou dividida em dois lotes, o primeiro da altura do rio Gurupi à baía de Cumã, doado a João de Barros e a Aires da Cunha, e o segundo, da baía de Cumã até à foz do rio Paraíba, doada a Fernando Álvares de Andrade. Os três donatários, associados, organizaram uma frota de dez navios, transportando novecentos colonos e cem cavalos, para colonizar a região (1535). Na altura da ilha de Trindade (atual São Luís), Aires da Cunha pereceu num naufrágio. Os demais colonos fundaram, na própria ilha, uma colônia com o nome de Nazaré, em Março de 1536. Para a sua defesa, foram erguidas três fortificações: uma à entrada da barra de Nazaré, outra na confluência dos rios Mearim e Pindaré, e uma terceira no curso do rio Pindaré, até onde era possível a navegação. O núcleo de povoamento foi abandonado, face à hostilidade dos Tupinambás, em meados de 1538. Uma segunda expedição, com três naus e duas caravelas, comandada por Luís de Melo, naufragou nos baixios da barra, ao tentar atingir este núcleo (1554).
FORTIM DA BAÍA DE CUMÃ
O Fortim da baía de Cumã localizou-se em posição dominante na baía de Cumã, atual município de Guimarães, no litoral do estadobrasileiro do Maranhão.
A baía de Cumã, após a baía de São Marcos, seguindo a costa do Maranhão para o norte, abrigava um importante aglomerado de aldéias Tupinambás. No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), após a conquista de São Luís no Maranhão em Novembro de 1615, o Capitão-mor Martim Soares Moreno foi nomeado capitão dos aldeamentos de Cumã, como Matias de Albuquerque (c. 1590-1648) o foi para os de Tapuytapera, ficando ambos sujeitos ao governo da nova Capitania do Maranhão. Nesse cenário, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandre de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira de Castelo Branco, partiu de São Luís, para a conquista da boca do rio Amazonas (25 de Dezembro de 1615), com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas". Com três embarcações - o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças e a lancha grande Assunção -, e cerca de duzentos homens, entre Dezembro de 1615 e Janeiro de 1616 fez escala na baía de Cumã, erguendo um fortim. Certamente uma simples estacada de faxina e terra, com alguma artilharia e pequena guarnição, destinava-se a servir como base de apoio e proteção daquele ancoradouro, bem como da autoridade portuguesa no seio daqueles tradicionais aliados dos franceses. O levante dos Tupinambá (1617-1621) iniciou-se nesta aldeia, onde todos os europeus foram mortos. Sob o comando do chefe Guaimiaba ("cabelo de velha", em língua tupi), morto em combate, atacaram o Forte do Castelo de Belém (1619). Foram derrotados pela Coroa Portuguesa, quando vítimas de uma epidemia de varíola.
A baía de Cumã, após a baía de São Marcos, seguindo a costa do Maranhão para o norte, abrigava um importante aglomerado de aldéias Tupinambás. No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), após a conquista de São Luís no Maranhão em Novembro de 1615, o Capitão-mor Martim Soares Moreno foi nomeado capitão dos aldeamentos de Cumã, como Matias de Albuquerque (c. 1590-1648) o foi para os de Tapuytapera, ficando ambos sujeitos ao governo da nova Capitania do Maranhão. Nesse cenário, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandre de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira de Castelo Branco, partiu de São Luís, para a conquista da boca do rio Amazonas (25 de Dezembro de 1615), com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas". Com três embarcações - o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças e a lancha grande Assunção -, e cerca de duzentos homens, entre Dezembro de 1615 e Janeiro de 1616 fez escala na baía de Cumã, erguendo um fortim. Certamente uma simples estacada de faxina e terra, com alguma artilharia e pequena guarnição, destinava-se a servir como base de apoio e proteção daquele ancoradouro, bem como da autoridade portuguesa no seio daqueles tradicionais aliados dos franceses. O levante dos Tupinambá (1617-1621) iniciou-se nesta aldeia, onde todos os europeus foram mortos. Sob o comando do chefe Guaimiaba ("cabelo de velha", em língua tupi), morto em combate, atacaram o Forte do Castelo de Belém (1619). Foram derrotados pela Coroa Portuguesa, quando vítimas de uma epidemia de varíola.
FORTIM DA BARRA DA TUTOIA
O Fortim da barra de Tutóia foi projetado para a barra da enseada de Tutoia, atual município de Tutóia, no litoral do estado brasileirodo Maranhão.
No contexto da conquista do Maranhão, quando forças portuguesas se dirigiam para aquela costa em fins de 1614, foram projetadas obras de fortificação para a barra daenseada de Tutóia.
No contexto da conquista do Maranhão, quando forças portuguesas se dirigiam para aquela costa em fins de 1614, foram projetadas obras de fortificação para a barra daenseada de Tutóia.
FORTIM DA ILHA DE PERIÁ
O Fortim da ilha de Periá localizou-se na chamada ilha de Periá, na foz do rio Periá, atual município de Primeira Cruz, no litoral do estado brasileiro do Maranhão.
No contexto da conquista do Maranhão, quando forças portuguesas se dirigiam para aquela costa em fins de 1614, foram projetadas obras de fortificação para a ilha de Periá. O mesmo autor informa que, com a evacuação e destruição do Fortim de Nossa Senhora do Rosário, a 12 de Outubro de 1614, abandonada a costa do Ceará, o seu comandante, Manoel de Souza D'Eça, retirou-se com a sua guarnição para a ilha de Periá, na costa do Maranhão. Existe uma planta colorida de uma estrutura no Periá, ao final do século XVII ("Planta da casa forte do Priá", c. 1688. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa). O capítulo referente ao "Roteiro da Costa do Brasil: da costa do Ceará até ao Maranhão", refere: "(...) Nesta ilha do Pereá houve antigamente uma casa forte." Existiam vestígios de seus muros, à época (1885), no local.
No contexto da conquista do Maranhão, quando forças portuguesas se dirigiam para aquela costa em fins de 1614, foram projetadas obras de fortificação para a ilha de Periá. O mesmo autor informa que, com a evacuação e destruição do Fortim de Nossa Senhora do Rosário, a 12 de Outubro de 1614, abandonada a costa do Ceará, o seu comandante, Manoel de Souza D'Eça, retirou-se com a sua guarnição para a ilha de Periá, na costa do Maranhão. Existe uma planta colorida de uma estrutura no Periá, ao final do século XVII ("Planta da casa forte do Priá", c. 1688. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa). O capítulo referente ao "Roteiro da Costa do Brasil: da costa do Ceará até ao Maranhão", refere: "(...) Nesta ilha do Pereá houve antigamente uma casa forte." Existiam vestígios de seus muros, à época (1885), no local.
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