Pesquisar neste blogue

segunda-feira, julho 28, 2014

Batalhas e Combates-1754

Berlengas
(Agosto de 1754?)


A 1 de Agosto de 1754 (?) largaram de Viana do Castelo com destino a Lisboa três Caravelas transportando passageiros e carga. Poucos dias depois, a norte das Berlengas, foram interceptadas por cinco navios, talvez xavecos, de piratas mouriscos. Principiaram estes por as atacar com artilharia e mosquetaria, mas como o vento estava a soprar com força, provavelmente do norte, e o mar era de vaga cavada, os seus tiros pouco efeito tiveram. Resolveram então os piratas lançar-se à abordagem. Porém, todas tentativas que fizeram nesse sentido falharam, não só por causa do estado do mar mas também à enérgica resistência oposta pelos tripulantes e passageiros das caravelas. Não obstante, ao fim de seis horas de duro combate, vendo estes vários companheiros mortos e muitos outros feridos, começaram a desanimar. Felizmente apareceu nessa altura, vinda de oeste, uma Nau de guerra que regressava de Pernambuco e que, ao ver a situação aflilitiva em que se encontravam as caravelas, não hesitou em ir em seu socorro. Começando a ser alvejados pela artilharia da Nau os piratas afastaram-se. mas ao fim da tarde o vento refrescou e a Nau foi arrastada para Sul, separando-se das caravelas. Voltaram à carga os piratas e durante toda a noite não deixaram de as massacrar com o fogo da sua artilharia e mosquetaria, que lhes provocou muitas avarias no aparelho e lhes matou e feriu muita gente. Com grande valentia os vianenses foram sempre ripostando, ao mesmo tempo que iam procurando aproximar-se do forte das Berlengas. Ao outro dia de manhã, tendo o vento caído e o mar abatido, pôde a Nau de Pernambuco voltar atrás e juntar-se novamente às caravelas. O fogo da sua artilharia, secundada pelo do forte, já então relativamente perto obrigou os piratas a retirar definitivamente. Nessa altura uma das caravelas bateu numa pedra e foi ao fundo sendo de presumir que tenha sido salva toda a gente que transportava. As outras duas é provável que tenham continuado a viagem para Lisboa na companhia da Nau de Pernambuco que a Providência tão oportunamente tinha enviado em seu auxilio.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.