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quarta-feira, abril 01, 2015

Ribeira das Naus - XVI - XVIII

A Ribeira das Naus


Ribeira das Naus foi o nome dado a partir da construção do Paço da Ribeira às novas tercenas que o Rei Dom Manuel I mandou edificar a ocidente do Novo Palácio Real, construído sobre o local das tercenas medievais. O seu antigo local faz hoje parte das Instalações da Administração Central da Marinha.



A Ribeira das Naus, constituíram os maiores estaleiros do ‘Império Oceânico Português’, servindo de modelo aos restantes que se foram construindo além-mar, nomeadamente às Ribeiras de Goa e de Cochim.



Foi construído sob a supervisão do próprio Rei Dom Manuel I.



O conjunto de estabelecimentos, não eram exclusivamente navais, porque continha armazéns de armas para o exército. Este arsenal que eram as antigas Tercenas Navais que á alguns séculos se constuiam as embarcações de guerra e comercial teve o nome de 'Ribeira das naus', que conservou até ao século XVIII, mais precisamente até ao terremoto de 1755. 



A Ribeira das Naus foram construídas sobre o local das antigas ‘Tercenas navais’, a construção naval estava interligado com o novo Paço Real e os trabalhos de construção supervisionadas pelo Rei Don Manuel I, que deixava o antigo Paço Real no Castelo de São Jorge.



O novo complexo de edifícios estavam interligados no novo conceito manuelino, a expansão ultramarina. Dom Manuel I e a cidade de Lisboa viram-se para o rio onde chega as riquezas do Império.


Quando o palácio dos Corte-Reais foi para a coroa e foi residência dos príncipes herdeiros todo o complexo era constituído pelo palácio do príncipe herdeiro, depois a ribeira das naus com todos os seus edifícios, o paço real, o terreiro do paço e um conjunto de armazéns que acabavam na antiga muralha fernandina.



A Ribeira das Naus passou a ser designada 'Arsenal Real da Marinha' quando as suas instalações construídas no mesmo local, no âmbito da reconstrução da Baixa de Lisboa depois do terremoto. Esta denominação passou ao novo arsenal, por alvará de 16 de Novembro de 1755, e por muito tempo ainda o povo assim lhe chamava.



Um notável exemplo de longevidade de uma nau do primeiro quartel do Século XVI foi dado pelos nove anos de aventuras e trabalhos da célebre ‘Flor de La Mar’, afundada nas costas de Sumatra com os tesouros de Malaca trazidos por Afonso de Albuquerque.



Segundo o “Livro de Toda a Fazenda”, a contabilidade pública de então, em 1505, o Rei Dom Manuel I de Portugal, encarregou o provedor João Serrão de armar oito grandes Naus, seis Navetas e oito Caravelas, além de outros navios, para formarem a Armada do Vice-Rei Dom Francisco de Almeida. A ‘Flor de La Mar’, capitaneada pelo Alcaide menor de Lisboa Dom João da Nova, fazia parte com a ‘Bom Jesus’, a ‘São Gabriel’, a ‘São João’, a ‘Espírito Santo’, a ‘São Tiago’, a ‘Bota Fogo’ e a ‘Santa Catarina’ do lote de 8 naus de 400 toneladas, cuja principal missão era estabelecer o domínio naval português no Índico. Provavelmente tratava-se da segunda viagem à Índia da Nau ‘Flor de La Mar’ com João da nova como capitão. Efectivamente, este galego de nação e fidalgo de Portugal fora o Capitão-Mor da terceira Armada enviada por Dom Manuel I à Índia. Com três naus, uma delas talvez a ‘Flor de La Mar’, apesar da crónica de Goês não citá-la ainda de nome, e uma Caravela, ‘João da Nova’ partiu a 5 de Março de 1501 para chegar a Cananor em Agosto e receber um primeiro carregamento completado depois em Cochim, onde as Naus foram calafetadas, reparadas e breadas. Depois de umas escaramuças que levaram ao afundamento de três Paraus de uma grande frota enviada pelo Samorim, Dom João da Nova regressa a Lisboa, tendo entrado no Tejo a 11 de Setembro de 1502. Na segunda viagem do notável navegador que parece não ter o seu nome merecidamente glorificado numa rua de Lisboa, este recebeu ordens para cruzar entre o Cabo Camorim e as Ilhas Maldivas, levando também um alvará real de nomeação para Capitão-Mor da Armada da costa da Índia. A Armada de Dom Francisco de Almeida com a ‘Flor de La Mar’ largou pois a 5 de Março de 1505, dobrou o Cabo da Boa Esperança em fins de Junho sem grandes percalços. Nos primeiros dias de Agosto, as principais Naus da Armada com a Capitania lançaram ferros frente a Mombaça. O Vice-Rei mandou o intrépido João da Nova a terra para comunicar com os habitantes. “Estes receberam-no à pedrada” (escreveu Gaspar Pereira, escrivão da armada). João da Nova dispara dois berços de metal que levava no batel, “com que logo na praia pagou o jogo das pedras”. “Olá dos navios! Ide dizer ao Vice-Rei que venha em terra, que em Mombaça não há-de achar as galinhas de Quiloa, mas vinte mil homens que lhe hão-de torcer o focinho (…) (diziam os naturais na praia da Ilha) continuou Gaspar Correia na sua crónica da viagem. Na manhã seguinte, 1.300 soldados da armada desembarcaram em Mombaça, distribuídos em duas colunas. Depois de uma peleja encarniçada, o Xeque de Mombaça pede a paz e a armada zarpou com os presentes do potentado, agradecido por lhe pouparem a vida e não terem destruído a cidade. A Cochim, a armada chega a 1 de Novembro, tomando de imediato conhecimento da existência de uma esquadra de 400 navios e 10 mil homens organizada pelo Samorim para enfrentar as forças do Vice-Rei. Muito chegado a terra, os navios do Samorim tiveram de se haver com as caravelas e galés de Portugal porque as naus não podiam chegar-se tanto. Numa naveta artilhada, João da Nova comete proezas sem par juntamente com os navios mais pequenos da armada. “Tudo era fogo, fumo e gritos” (escreve Gaspar Correia). As três bombardas e os seis falcões de cada uma das caravelas fizeram uma razia, opondo-se com a sua superioridade aos pelouros e flechas dos mouros.



Em Fevereiro de 1506, a ‘Flor de La Mar’ com o ‘São Gabriel’, capitaneada por Vasco Gomes de Abreu, recebe ordens para largar de Cochim rumo a Portugal. Além do valioso carregamento de especiarias levavam um pequeno elefante. Gaspar Correia cita a ‘Flor de La Mar’ ainda sob o comando de João da Nova nas duas armadas de Tristão da Cunha e Afonso de Albuquerque saídas de Lisboa para a Índia a 5 e 7 de Abril de 1506. Na verdade, deveria estar equivocado. A ‘Flor de La Mar’ não poderia chegar a Lisboa nessa data e outros arquivos históricos dizem-nos que nunca chegou a sulcar novamente as águas do Tejo, pois na viagem de regresso a Portugal arribou à Ilha de Moçambique com água aberta e grande dificuldade para consertar a avaria. Ficou no canal entre a Ilha e a Cabaceira, a zona de abastecimento das naus com água potável. Aí é que a armada de Tristão da Cunha encontrou João da Nova com a sua ‘Flor de La Mar’. Sendo amigo e compadre de João da Nova, Tristão da Cunha fez tudo para salvar a ‘Flor de La Mar’. Comprou uma Nau comercial de Lagos que vinha na sua Armada para transbordar toda a mercadoria que vinha na ‘Flor de La Mar’, a fim de a “pôr a monte” para os consertos necessários. Assim feito, João da Nova e a sua Nau foram mandados de novo para a Índia integrados na Armada de Afonso de Albuquerque, mas João da Nova foi desgostoso por o Vice-Rei não ter aceitado o seu alvará de Capitão-Mor e, agora, em vez do regresso à Pátria ia acompanhar Albuquerque em trabalhos e aventuras ainda inimagináveis. Tal como a sua Nau, também João da Nova nunca mais veria as águas do Tejo. Apesar de insatisfeito, o Alcaide menor de Lisboa mostrou-se tremendamente eficaz em todas as tarefas em que se meteu. Logo em Abril de 1507, João da Nova acompanha Afonso de Albuquerque com 300 homens no ataque à fortaleza de Socotorá, defendida por centena e meia de “fartaquins”, pondo-os todos em fuga. Reconstruiu-se a fortaleza; Portugal controlava agora a estratégica entrada para o Mar Vermelho. Em carta não datada, mas provavelmente de 1506, dirigida a Dom Francisco de Almeida, Dom Manuel I ordena o envio de navios a Malaca e nomeia João da Nova capitão-mor de uma Armada de uma Nau, um Navio e uma Caravela que ficará aí. Ao mesmo tempo, El-Rei ordenou que a ‘Flor de La Mar’ regresse a Portugal sob o comando de Dom Francisco de Távora, enquanto João da Nova deveria ser o capitão da nau ‘Rei Grande’, anteriormente de Dom Távora. Não foram cumpridas estas ordens de Dom Manuel I, era demasiado cedo para ir a Malaca sem ter previamente estabelecido o domínio do Índico.

Barca


A Barca era um navio pequeno de madeira, com uma só coberta e um só mastro, que podia levar ou não cesto de gávea. A vela era quadrada e abria-se suspensa numa verga colocada sobre o mastro. Esta vela quadrada chama-se também vela redonda porque enfunava com o vento e ficava arredondada como um balão. A barca destinava-se a viagens pequenas. Foi numa barca que Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador em 1434.

Caravelão


O caravelão não tinha mais de 40 ou 50 tonéis, segundo o Livro Náutico, onde aparece a menção de "Hum caravelão pª recados". Devia ser em tudo semelhante à caravela, arvorando dois mastros, geralmente, e neste caso particular, a fonte citada indica que iria artilhado com dois falcões e quatro berços (ambas peças de artilharia de pequeno calibre), com uma tripulação de 25 pessoas. Cumpria as tarefas auxiliares nas armadas de aguadas, abastecimentos, explorações e navio-correio. A necessidade de marcar terminologicamente uma embarcação com estas características indica que tal só teria acontecido uma vez vulgarizada a Caravela Redonda ou de armada (Séc. XVI) e daí que por este termo se tivesse passado a designar uma embarcação que poderia ser semelhante à caravela quatrocentista, embora de construção mais tosca e agora recuperada com outras funções, no quadro naval dos Séculos XVI e XVII.

Carraca


Carraca (do árabe Harraqa) era o nome dado a um tipo de navio utilizado no transporte de mercadorias referenciado em documentos dos séculos XV e XVI, criado pelos Portugueses especificamente para as viagens oceânicas nas quais as embarcações até então usadas no Mediterrâneo se mostravam incapazes. As carracas eram navios de velas redondas e borda alta, e possuíam três mastros. Os primeiros exemplares tinham uma capacidade de 200 a 600 toneladas, mas na época em que os portugueses as utilizaram na carreira da Índia atingiu valores de 2.000 toneladas.

Galeão


Um galeão é um navio que se distingue dos restantes navios do mesmo tipo pelo facto de possuir quatro mastros, de alto bordo, armado em guerra, frequentemente utilizado no transporte de cargas que possuíam alto valor na navegação oceânica entre os séculos XVI e XVIII. Alguns tinham 1.200 toneladas e 40 bocas-de-fogo. O número de velas era variável e tinham duas ou três cobertas. Uma das suas características é a existência do chamado ‘castelo’, à sua popa, apresentando até à proa uma pequena curva. Por volta do século XII, o galeão era uma pequena galé com uma só ordem de remos, e de formas finas. Mais tarde aplicou-se o termo a navios de alto bordo e de velas nas carreiras da América, da África e das Índias. Em 1770, durante a Guerra da Sucessão da Espanha, vários galeões carregados de ouro afundaram na baía de Vigo. O galeão além de servir às diversas Marinhas, também era usado por Piratas. Mas o normal era, ao ser construído pelos mesmos, adquirirem uma ‘Carta de Corso’, se transformarem em Corsários incorporando-se às Marinhas e lutando contra os Piratas, que eram muitos.

Santiago


Em abril de 1602, o Galeão português foi capturado por dois navios holandeses ao largo da ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul. Na altura da captura do Galeão este, viajava para Portugal, vindo da Índia, e, na escala em Santa Helena, então era já habitual na jornada Índia-Portugal, fora surpreendido pelos holandeses, que também voltavam da Ásia, mais precisamente do sultanato de Achém, em Samatra.

São Paulo


O São Paulo foi um Galeão português que naufragou no retorno de sua viagem ao Oriente. O Rei Dom Filipe II de Espanha e I de Portugal, mandou construir 21 Galeões para substituir os navios perdidos da ‘Invencível Armada’ que naufragara na tentativa de invasão da Inglaterra em 1588. Seis destas embarcações, o ‘São Filipe’ de 620 toneladas e os Galeões ‘São Bartolomeu’, ‘São Pantaleão’, ‘São Pedro’, o ‘São Paulo’ e outro, de nome desconhecido todos com 550 toneladas foram construídos no ano de 1589 em Portugal. O galeão foi construído no Seixal, pelo Mestre da Ribeira Sebastião Timudo. O ‘São Paulo’ partiu para o Extremo Oriente na Armada que largou a 30 de Março de 1594, na sua primeira e única viagem, estava ao comando do Capitão Sebastião Gonçalves de Arvelos. Naufragou em 15 de Abril de 1595, na viagem de retorno a Portugal, em local não conhecido, provavelmente por excesso de carga.

Nau


A Nau é denominação genérica dada a navios de grande porte com capacidade de 200 pessoas, até o século XV usados em viagens de grande percurso. Em vários documentos históricos a ‘Nau’ surge com a denominação de ‘Nave’ (do latim Navis), termo utilizado quase sempre entre 1211 e 1428. Opõe-se-lhe o termo embarcação, aplicado a barcos de menores proporções, utilizados em percursos pequenos. Que foi muito utilizado em meados do século XV e XVI. Durante a época dos Descobrimentos, houve uma evolução dos tipos de navio utilizados. A ‘Barca’, destinada à cabotagem e pesca, era ainda utilizada no tempo de Gil Eanes, quando, em 1434, dobrou o Cabo Bojador, e seria sucedida pela caravela. Concretamente, na Baixa Idade Média, mais precisamente entre o século XIII e a primeira metade do século XV, as ‘Naus’, ainda tecnicamente longe daquilo que seriam nos Descobrimentos, serviam essencialmente para transportar mercadorias que provinham dos portos da Flandres, no norte da Europa, para a península Itálica, no mar Mediterrâneo, e vice-versa. À época do Rei Dom Fernando I de Portugal as ‘Naus’ desenvolveram-se em termos náuticos e multiplicaram-se de forma assinalável em Portugal. Devido à pirataria que assolava a costa portuguesa e ao esforço nacional de criação de uma Armada para as combater, as ‘Naus’ passaram a ser utilizadas também na Marinha de Guerra. Nesta altura, foram introduzidas a artilharia, que levou à classificação das ‘Naus’ segundo o poder de fogo da sua artilharia. ‘Naus de três pontes’ de 100 a 120 peças de artilharia e ‘Naus de duas pontas e meia’ com 80 bocas peças de artilharia. A capacidade de transporte das ‘Naus’ também aumentou, alcançando as duzentas toneladas no século XV, e, as quinhentas, no século seguinte. Com a passagem das navegações costeiras às oceânicas, houve necessidade de adaptar as embarcações aos novos conhecimentos náuticos e geográficos. À medida que se foi desenvolvendo o comércio marítimo e se tornou necessário aumentar a capacidade do transporte de mercadorias, armamento, marinheiros e soldados, foram sendo modificadas as características dos navios utilizados. Surgiam então as ‘Caravelas de Armada’ e, posteriormente, as ‘Naus’. Em 1492, Cristóvão Colombo zarpou das Ilhas Canárias rumo ao descobrimento da América com a ‘Nau Santa Maria’, a ‘Caravela Redonda Pinta’ e a ‘Caravela Latina Niña’. Em 1497 Vasco da Gama partiu para a Índia já com três Naus e uma Caravela. De grande porte, com castelos de proa e de popa, dois, três ou quatro mastros, com duas ou três ordens de velas sobrepostas, as naus eram imponentes e de armação arredondada. Tinham velas latinas no mastro da ré. Diferentes das Caravelas, Galeões e Galés, as Naus tinham, em geral, duas cobertas. No século XVI tinham tonelagem não inferior a 500, embora, segundo o testemunho do Padre Fernando de Oliveira, no seu livro da ‘Fábrica das Naus’, em meados desse século as ‘Naus’ eram armadas com crescente tonelagem, chegando a ter 600 toneladas no auge da Carreira da Índia.

Santa Catarina do Monte Sinai


A Nau ‘Santa Catarina do Monte Sinai’ foi uma Nau ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa no século XVI. Foi um dos mais poderosos navios de guerra do seu tempo. Foi construído em Cochim, no Estado Português da Índia, e lançado ao mar em 1512. Serviu na Carreira da Índia até 1520, ano em que foi escolhido para Nau-Capitânia da Armada que conduziu à Itália a Infanta Dona Beatriz, filha do Rei Dom Manuel I de Portugal, que iria casar com Carlos III de Sabóia. Em 1524 foi escolhida para Capitânia da Armada que iria conduzir Dom Vasco da Gama à Índia, como seu Vice-Rei. No oceano Índico participou em operações navais, entre as quais se destacou o Ataque a Mombaça em 1528, quando serviu de Capitânia da Armada de Dom Nuno da Cunha, tendo a cidade sido arrasada pelo fogo da artilharia portuguesa. Nau do tipo Carraca, estava armada com 140 peças de artilharia, em sua maioria de pequeno calibre, distribuídos em seis pontes.

Xaveco


Xaveco ou Chaveco ou Enxambeque. Navio de 300 a 400 tonéis, de linhas finas com dois ou três mastros armados de bastardos e usado pelos mouros no Mediterrâneo. Os portugueses também usaram este tipo de embarcação, nomeadamente contra a pirataria norte-africana, armado mas com vela latina quadrangular no mastro da ré.

Galé


Em geral, galé ou galera (do grego-γαλέα) podem designar qualquer tipo de navio movido a remos. Algumas variações possuem mastros e velas para auxiliar a propulsão, eram navios muito usados no Mediterrâneo.

Galera


Algumas fontes definem com mais precisão o que é uma galera. Um tipo de veleiro de três ou mais mastros e vela redonda, em todos eles, movida a remos ou a vela. Longa e de baixo bordo, este navio serviam tanto a marinha de guerra, como a mercante.

Galeriano


Galeriano é o nome dado aos remadores das galés ou galeras como condenado ou como cativo. Contrariamente à crença generalizada, não eram usados escravos como remadores nas galés, nem pelos Bizantinos nem pelos Árabes, nem sequer pelos seus predecessores Romanos e Gregos. Ao longo da existência do Império, as tripulações bizantinas eram maioritariamente constituídas por homens nascidos livres de classes baixas, que eram soldados profissionais, obrigados por lei a prestar serviço militar (strateia) em troca de pagamento ou terras. Os pagamentos eram duas a três libras (0,91 a 1,4 kg) de ouro. No entanto, eram também empregues estrangeiros prisioneiros de guerra, os cativos.

Controvérsia Mare Clausum "versus" Mare Liberum


A Embarcação ‘Santa Catarina’ foi uma Carraca portuguesa capturada pela Companhia da Índia holandesa em Fevereiro de 1603 ao largo de Singapura. Os holandeses que haviam descoberto as rotas em 1596 graças a Jan Huygen van Linschoten, tentavam apropriar-se de alguma da riqueza para eles, durante a ‘União ibérica’ a ‘Dinastia Filipina’. Este período marcou o fim do monopólio português no oceano Índico. Na alvorada de 25 de Fevereiro de 1603, 3 navios holandeses sob o comando do Almirante Jakob Van Heemskerk avistaram a Nau ancorada na costa leste de Singapura. Depois de algumas horas de combate, os holandeses dominaram a tripulação que abdicou assim das mercadorias e do navio, em troca das próprias vidas. A mercadoria era particularmente valiosa pois continha vários quilogramas de almíscar. Estava também repleto de mercadoria vinda da China e do Japão e navegava de Macau para Malaca. O navio foi oficialmente confiscado em Amesterdão a 4 de Setembro de 1604. A tomada e saque da Nau ‘Santa Catarina’ pelos holandeses geraram protestos internacionais, e até mesmo nos Países Baixos. O feito quebrava a política de ‘Mare Clausum’ dos portugueses no oceano Índico. Para defender-se, os representantes da ‘Companhia da Índia holandesa’ procuraram o jovem e renomado jurista Hugo Grotius. No ano seguinte, em 1604, Grotius formulou uma extensa defesa sobre os princípios de justiça natural. Num dos capítulos, denominado de ‘Mare Liberum’ ("Sobre o Mar Livre"), Grotius defendia o princípio de que o mar era um território internacional e todas as nações livres de utilizá-lo para comércio. Ao advogar o ‘Mare Liberum’, deu uma sustentação ideológica para que os holandeses quebrassem vários monopólios comerciais, utilizando a sua formidável potência naval para estabelecer depois o seu próprio monopólio. As reacções não se fizeram esperar. A Inglaterra, em competição cerrada com os holandeses pelo domínio do comércio mundial, opôs-se a esta ideia e reclamou a soberania sobre as águas que rodeavam as ilhas Britânicas. Da controvérsia gerada pelo conflito entre estas duas visões, os estados marítimos acabariam por moderar as suas exigências de domínio marítimo, uma base sustentável foi encontrada em 1702, restringindo o domínio marítimo até à distância de um tiro de canhão a partir da costa. Este limite seria universalmente adoptado e estabelecido no limite das três milhas marítimas da costa.

Navios de Guerra
Construídos na Ribeira das Naus
(desde o século XVII até ao século XVIII)


Caravelas


N. S. Da Nazaré e Santa Ana
(1640 a 1652 - Também aparece como Naveta e Patacho. Fez várias viagens á Índia. Trouxe da Índia ao Tejo o futuro General da Armada do Mar Oceano Dom António Teles de Meneses).

N. S. Da Oliveira e Santo António
(1640 a 1645 - Caravela que também aparece como Patacho e Naveta. Fez várias viagens á Índia).



São Pedro
(1646 a 1648 - Era a Caravela de João Figueira. Em 1647 conduziu, numa força de cinco navios, o Mestre-de-campo Francisco Barreto de Meneses ao Brasil).

Santa Teresa
(1646 - Caravela de particulares, armada com 12 peças de artilharia. Em 1646 largou na Armada de viagem da Índia).

São Francisco Xavier
(1650 a 1651 - Caravela que aparece também com Naveta. Largou para a Índia na Armada de Luis Velho em 1650).

N. S. Da Nazaré e Santo António
(1653 a 1672 - Em 1653 estava armada com 14 peças de artilharia. Fez uma viagem á Índia em 1663 com um Patacho. Entrou em duas Armadas para a reconquista de Mascate. A 1ª em 1667 a 2ª em 1672).

N. S. da Boa Viagem
(1655 a 1657 - Largou para a Índia em 1655 na Armada de viagem do Capitão-Mor António de Sousa de Meneses).

N. S. Da Boa Memória
(1657 a 1660 - Navio de particulares que aparece como Naveta. Em 1657 largou para a Índia na Armada de viagem que conduzia o Vice-Rei Conde de Vila Pouca de Aguiar).

Galeões


São Bento
(1638 a 1642 - Fez a primeira viagem á Índia em 1638 como Navio-chefe do Capitão-mor João Soares Vivas. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641).

Santa Margarida
(1640 a 1651 - Galeão de 800 toneladas, armado com 36 peças de artilharia e com uma tripulação de 358 homens que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641. Fez parte da Armada de socorro à Baía em 1647, e perdeu-se no mar no regresso ao Reino em 1651, com perda de toda a gente).

São Baltazar
(1640 a 1656 - Galeão de 850 toneladas e com 42 peças de artilharia, que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Também aparece como Nau. Entrou em várias armadas de Guarda-costa).

São Nicolau
(1640 a 1642 - Encontrava-se no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641 e no socorro à Ilha Terceira no ano seguinte. Perdeu-se na costa da Lourinhã em 1642).



São Pantaleão
(1640 a 1651 - Galeão de 800 toneladas, com 36 peças de artilharia, e com uma tripulação de 358 homens que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641. Entrou em várias Armadas de Guarda-costa e no socorro à Baía em 1647. Perdeu-se na Ilha Terceira no regresso ao Reino em 1651).

São Pedro Grande
(1640 a 1654 - Galeão de 600 toneladas, com 30 peças de artilharia, que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Em 1644 seguiu para a Índia na Armada de Luis Velho. No ano seguinte fez viagem a Macau e no regresso ao Reino naufragou na Ilha Terceira em 1654, vindo do Brasil).

São Pedro de Hamburgo
(1640 a 1651 - Galeão de 600 ou 700 toneladas, de 26 a 30 peças de artilharia, que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV).

Santo Milagre
(1640 a 1647 - Galeão de 800 toneladas, com 36 peças de artilharia, que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641. E no ano seguinte saiu de Guarda-costa, sob o comando de Luis Velho na Armada Real de António Teles de Menezes. Em 1647, no regresso da Índia, perdeu-se ao sudoeste das Maldivas, no abrolho de São Francisco).

Santo António
(1640 a 1645 - Galeão de 400 toneladas, armado com 26 peças de artilharia e três cobertas. Tendo partido para a Índia em 1640, foi no mesmo ano de socorro a Ceilão. Novamente em 1644 saiu na Armada de Luis Velho para a Índia e regressou no ano seguinte).

Santo André
(1640 a 1650 - Galeão de 550 toneladas, armado com 26 peças de artilharia, apresado aos franceses e que se achava no Tejo à data da aclamação de Dom João IV. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641. Navio-chefe da esquadra que em 1644 largou de Lisboa com a embaixada do Japão. No regresso arribou á Galiza e foi tomado pelos espanhóis em 1650).



N. S. da Candelária
(1641 a 1651 - Galeão de 700 toneladas, com 26 peças de artilharia. Fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641. Em 1644 seguiu para a Índia na Armada de Luis Velho. Tendo regressado em 1646, voltou á Índia no ano seguinte. Em 1650 bateu-se na costa com a Armada Inglesa do Parlamento).

Bom Jesus de Santa Teresa
(1641 a 1642 - Galeão de 850 toneladas, com 60 peças de artilharia. Era o navio capitânia que fez parte da esquadra que entrou na empresa de Cádis em 1641, e igualmente da restauração da Ilha Terceira em 1642).

Santa Catarina
(1642-1651 - Galeão de 230 toneladas, com 20 peças de artilharia. Em 1648, em viagem para a Índia, bateu-se com sucesso com quatro naus inimigas).

Bom Jesus de Bouças
(1642 a 1648 - Galeão de 200 toneladas, com 16 peças de artilharia. Depois de andar nas Armadas de Guarda-costa, largou para a Índia em 1647 na Armada de viagem como navio-chefe. Perdeu-se na torna-viagem no ano seguinte na altura de Moçambique, rios de Cuama).

São Jorge
(1643 a 1653 - Galeão de 350 toneladas que também aparece como Fragata. Em 1643 largou incluído numa Armada que devia interceptar a frota espanhola das Índias Ocidentais. Em 1650, como navio-chefe, largou para a Índia na Armada do Capitão-mor Luis Velho. Foi mandado vender por inútil em Panelim em 1653).

São João da Ribeira
(1647 a 1650 - Galeão de 600 toneladas. Fez parte em 1647 do socorro á Baía, incluído na Armada de Antonio Teles de Meneses. Em 1650 regressou da Baía ao Tejo na mesma Armada).

São Luís
(1647 a 1648 - Galeão de 600 toneladas que entrou no socorro á Baía e na reconquista de Angola em 1648).


Santa Margarida e Santa Marta
(1648 - Galeão também conhecido por ‘Inglesinho’ que entrou na Armada de reconquista de Angola em 1648. Em Quicombo daquele ano perdeu-se por um maremoto).



Bom Sucesso do Povo
(1648 a 1649 - Galeão lançado à água em Lisboa em 1648, que também era conhecido por ‘N. S. do Bom Sucesso’. Largou para a Índia com o Galeão-capitânia ‘S. Lourenço’ em 1649. Perdeu-se a 8 de Setembro abaixo das ilhas de Angoche em Moçambique).

São Roque
(1648 a 1655 - Galeão que também aparece como Nau e Urca. Em 1648 largou para a Índia como navio-chefe com o Galeão ‘Santa Catarina’. Em 1650, em Goa, não se achava capaz de partir para o Reino).

São Tomás
(1648 a 1655 - Galeão de 450 toneladas, com 26 peças de artilharia, que também era conhecido por ‘S. Tomé’, entrou na Armada de reconquista de Angola em 1648. Foi julgado incapaz na Baía em 1655 e mandado vender).

Santa Luzia
(1649 a 1650 - Galeão de 360 toneladas, com 30 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor. Em 1650 derrotou sozinho, por duas vezes, uma esquadra holandesa que o acometera perto do Recife).

Jesus Maria José
(1649 - Galeão de 250 toneladas, com 22 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).

N. S. da Graça
(1649 - Galeão de 300 toneladas, com 26 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).



Santo António de Pádua
(1649 - Galeão de 400 toneladas, com 26 peças de artilharia. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).

Bênção
(1649 - Galeão de 300 toneladas, com 24 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).

N. S. da Conceição
(1649 a 1651 - Galeão de 300 toneladas, com 24 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor. Fez parte da força naval que acometeu a Armada Inglesa do Parlamento que bloqueava o Tejo em 1650).

São Salvador
(1649 - Galeão que em 1649 fez uma viagem a Angola).

São Pedro de Lisboa
(1649 a 1650 - Galeão de 400 toneladas, com 34 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor. Fez parte da força naval que acometeu a Armada Inglesa do Parlamento que bloqueava o Tejo em 1650, sendo aprisionado pelo inimigo).

São Pedro Grande
(1649 - Galeão de 450 toneladas, com 32 peças de artilharia. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).

Três Simões
(1649 - Galeão de 300 toneladas, com 28 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’.

Tomás e Luzia
(1649 - Galeão de 300 toneladas, com 26 peças de artilharia, da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).

São Teodósio
(1649 a 1662 - Galeão de 450 toneladas, com 30 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor. Fez várias Armadas ao Brasil. Em 1662 saiu de Armada para uma incursão ofensiva às rias da Galiza com a cooperação de uma esquadra inglesa).

São Francisco
(1649 a 1650 - Galeão de 450 toneladas, com 30 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor. Em 1650 foi queimado, depois de combate, pela esquadra do Almirante Inglês Blake que bloqueava o Tejo).



Tabor
(1649 - Galeão de 300 toneladas, com 28 peças de artilharia, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1649 largou para o Brasil na Armada do Conde de Castelo Melhor).

São Francisco
(1650 - Galeão da Armada de Sequeira Varejão que em 1650 saiu a acometer a armada inglesa que bloqueava o Tejo).

São João
(1650 - Galeão, da ‘Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil’, em 1650, sendo Navio-Chefe de Antão Temudo, se bateu nas águas do Tejo com a Armada inglesa do Parlamento).

Santo António de Mazagão
(1650 a 1654 - Galeão com 18 peças de artilharia, que também aparece como nau. Em 1650, de regresso da Índia, furou o bloqueio do Tejo da armada inglesa do Parlamento. Navio-chefe da Armada aparelhada no Tejo para combater a Armada do Parlamento. Ia armado com 36 peças de artilharia. Em 1652 saiu de Goa para a reconquista de Mascate e em 1654 foi no socorro a Ceilão numa Armada que destroçou uma esquadra de três Naus holandeses. No regresso a Goa, perseguido por uma Armada Holandesa, encalhou e perdeu-se.

São Pedro e São João
(1650 - Galeão que em 1650 largou numa Armada a combater os ingleses Armada do Parlamento que bloqueavam o Tejo. Combateu na segunda saída).

N. S. da Natividade
(1650 - Galeão que em 1650 largou numa Armada a combater os ingleses Armada do Parlamento que bloqueavam o Tejo. Foi tomado pelos ingleses, apesar da bravura com que se houve na luta).

N. S. da Estrela
(1650 - Galeão que também dava pelo nome de ‘Santa Maria da Estrela’. Em 1650 largou numa Armada a combater os ingleses Armada do Parlamento que bloqueavam o Tejo).

São Lourenço
(1650 a 1658 - Galeão que em 1650 largou numa Armada a combater os ingleses Armada do Parlamento que bloqueava o Tejo. Em 1658 estava incluído na Armada que combateu os holandeses que bloqueavam Goa.

São João Evangelista
(1650 a 1652 - Galeão que em 1650 largou para a Índia com o Vice-Rei Conde de Aveiras. Em 1652 perdeu-se perto da barra de Goa).

São Francisco
(1650 - Galeão que em 1650 era considerado navio acabado de sair do estaleiro. Em 1650 em viagem para a Índia, arribou a Portugal e perdeu-se por encalhe no areal de Penafirme, perto da Ericeira, a 28 de Agosto).

N. S. da Nazaré
(1650 a 1654 - Galeão de 350 toneladas, com 34 peças de artilharia. Em 1652 entrou na empresa de Mascate como Navio-chefe e em 1654 foi no socorro a Ceilão também como Navio-chefe. Bateu uma esquadra holandesa de três Naus. No regresso do Ceilão a esquadra portuguesa foi destroçada, perdendo-se).



São Tomé
(1651 a 1658 - Galeão com 30 peças de artilharia. Em 1655 largou de socorro a Ceilão. Em 1658, incluído na Armada, que combateu os Holandeses na barra de Goa.

Santíssimo Sacramento da Trindade
(1653 a 1660 - Galeão com 54 peças de artilharia, que também aparece como Nau. Em 1654, no regresso da Índia com o Conde de Óbidos, derrotou alguns navios que o atacaram próximo da Madeira. Em 1658, incluído na Armada como Navio-chefe, combateu os holandeses na barra de Goa. Em 1660 achava-se em Mormugão, fazendo muita água)

São José
(1653 a 1654 - Galeão com 30 peças de artilharia. Em 1654 largou de socorro a Ceilão e perdeu-se por encalhe no regresso a Goa perseguido pelos holandeses).

N. S. da Conceição
(1655 a 1656 - Galeão que em 1655 largou para o Brasil na Armada do General Francisco de Brito Freire. Regressou ao Tejo no ano seguinte.

N. S. da Conceição Grande
(1655 a 1656 - Galeão que em 1655 largou para o Brasil).

N. S. da Natividade e Santo António
(1656 a 1663 - Galeão que também dava pelo nome de ‘Santo António da Natividade’. Em 1663 assentou-se mandar encalhar o navio em Panelim, por não merecer fabricos.

São Gonçalo
(1656 a 1675 - Galeão que também aparece como Nau. Em 1675 o Galeão achava-se no rio da Ribeira, na Índia, debaixo de água e quase coberto de lama.

São João e São Jacinto
(1657 a 1667 - Galeão com 30 peças de artilharia. Em 1658 entrou no combate da barra de Goa contra os holandeses).

Santo Maria de Anjenga
(1657 a 1662 - Galeão com 36 peças de artilharia. Em 1658 entrou no combate da barra de Goa contra os holandeses).

N. S. da Conceição
(1660 - Galeão com 36 peças de artilharia. Em 1660 largou para Moçambique e foi perder-se na ilha de São Lourenço).

Sacramento da Esperança
(1660 a 1663 - Galeão que partiu para a Índia em 1660 e entrou em Mormugão no ano seguinte em guindolas).

N. S. da Ajuda
(1660 a 1673 - Galeão com 60 peças de artilharia de bronze e 900 homens de guarnição. Em 1673 no regresso ao Reino, foi tomada á falsa fé e destruído por um pirata Inglês).



Santa Teresa de Jesus
(1663 a 1668 - Galeão com 50 peças de artilharia. Em 1667 tomou parte na empresa de Mascate).

N. S. da Conceição e Santo António
(1664 a 1665 - Galeão que em 1664 largou para a Índia).

N. S. da Guia e S. João Baptista
(1664 a 1674 - Galeão que também aparece como Nau, Naveta e Patacho. Em 1664 largou para a Índia. Em 1672 largou de Goa para a China, com escala por Manila, a fazer de novo aquela viagem por conta de Sua Alteza. Perdeu-se na moção de 1674).

São Pedro de Alcântara
(1664 a 1668 - Galeão com 60 peças de artilharia de bronze construído em Lisboa em 1664. Fez uma viagem á Índia).

São Luis
(1664 - Galeão que em 1664 chegou de Inglaterra a Lisboa de um corso. Possivelmente diferente do Galeão de 1647-1648).

São Bento
(1666 a 1677 - Galeão com 36 peças de artilharia que largou para Índia em 1666 e arribou a Lisboa. Em 1669 entrou no combate naval de Ormuz contra os árabes como Navio-chefe de uma Armada. Foi mandado desmantelar, devido ao seu estado mau estado em 1677).

N. S. da Piedade
(1667 a 1674 - Galeão com 50 peças de artilharia. Seguiu para a Índia em 1669. Em 1674 largou do Tejo incluído na Armada que devia conduzir Dom Afonso VI da Terceira a Lisboa).

Naus e Navetas


N. S. da Quietação
(1623 a 1641 - Nau com 26 peças de artilharia, construída em Lisboa em 1623. Em 1641 seguiu escuteira para a Índia depois de Cabo Verde, sendo nas águas de Goa combatida e tomada pelos holandeses do bloqueio da barra, apesar de levar salvo-conduto assinado pela autoridade batava em Lisboa).

N. S. Madre de Deus
(1638 a 1644 - Naveta que fez algumas viagens á Índia. Em 1644 largou de regresso ao Reino, levando a notícia da aclamação de Dom João IV em Macau. Naufragou no Cabo da Boa Esperança).

N. S. da Conceição
(1638 a 1642 - Naveta que em 1642 foi mandada desmanchar na Índia por inútil).

N. S. do Rosário e Almas
(1639 a 1640 - Naveta que chegou à Índia em 1640, tendo-lhe falecido na viagem o capitão).

N. S. da Atalaia do Pinheiro
(1640 a 1647 - Nau de quatro cobertas pesada e forte, que também aparece como Galeão. No regresso da Índia, em 1647, perdeu-se na costa de Moçambique devido ao mau tempo).

N. S. da Conceição e S. Bernardo
(1642 a 1643 - Naveta de cerca de 200 toneladas. Em viagem de Macau para Goa foi tomada pelos holandeses, perto de Malaca, em Janeiro de 1643).

N. S. Madre de Deus da Estrela
(1642 - Naveta de cerca de 250 toneladas que em 1642 andava de guarda-costa na Armada do General António Teles de Meneses).



N. S. da Penha de França
(1642 a 1654 - Naveta que também aparece como Patacho. Em 1654 foi tomada pelos holandeses, na altura de Pernambuco, quando seguia para a Índia).

Santo António
(1643 a 1644 - Naveta que também aparece como Patacho. Naufragou na ilha do Fogo, Moçambique, em 24 de Agosto de 1644, quando seguia para a Índia na Armada de Luis Velho).

São Bento
(1645 - Nau ou Navio que aparece a navegar em 1645 na esquadra de socorro a Angola, partida da Baía).

N. S. da Caridade
(1645 - Nau fretada em Lisboa em 1645 para o socorro a Angola, no Rio de Janeiro).

N. S. da Estrela
(1645 - Nau que em 1645 largou para a Índia e lá foi dada por incapaz nesse ano).

N. S. da Nazaré
(1645 - Nau que entrou no socorro a Angola em 1645).

Sacramento
(1647 a 1652 - Nau de umas 230 toneladas. Em 1647 entrou no socorro à Baía. Em 1652 sendo capitânia da escolta da frota da Baía, naufragou junto ao rio Vermelho).

São Pedro e São Cristóvão
(1647 - Nau que se encontrava em Lisboa em 1647 sob o comando de Luís Gomes.



N. S. do Rosário
(1647 - Nau que em 1647 largou para o Brasil na Armada do Conde de Vila Pouca de Aguiar. Em combate com os holandeses nas águas da Baía naquele ano perdeu-se por explosão do paiol da pólvora).

Santa Catarina
(1647 a 1648 - Nau que entrou no socorro à Baía em 1647 na Armada de António Teles de Meneses. Em 1648 entrou no socorro a Angola, saída do Rio de Janeiro).

Santa Cruz
(1650 a 1656 - Nau de 500 toneladas e com 33 peças de artilharia, que também aparece como Navio, Galeão e Fragata. Em 1650 entrou em combate com as forças navais do Parlamento que bloqueava o Tejo, incluída na força naval de Siqueira Varejão).

N. S. da Graça dos Mártires
(1652 a 1657 - Nau que largou para a índia em 1652 como Navio-chefe do Vice-Rei Conde de Óbidos. Seguia designada simplesmente por ‘N. S. da Graça’. Em 1656, quando seguia para o Reino, desarvorou e entrou em guindolas em Moçambique).

N. S. da Conceição de Pernambuco
(1655 a 1656 - Nau que em 1655 largou para o Brasil na Armada do General Francisco de Brito Freire).

N. S. da Conceição do Rio
(1655 a 1656 - Nau que em 1655 largou para o Brasil na Armada do General Francisco de Brito Freire).

N. S. do Pópulo
(1655 a 1656 - Nau que em 1655 largou para a Índia e não tornou ao Reino).

Bom Jesus da Vidigueira
(1655 a 1662 - Nau com 30 peças de artilharia. Em 1657 largou para a Índia na Armada que conduzia o Vice-Rei António Teles de Meneses. Em 1658 entrou no combate da barra de Goa contra os holandeses. Em 1662 foi mandada desmantelar por inútil).

Bom Jesus de S. Domingos
(1658 a 1677 - Nau que também aparece como Galeão. Em 1658 entrou no combate da barra de Goa contra os holandeses. Parece ter sido desmantelada por inútil na Baía em 1677).

N. S. da Nazaré e N. S. da Boa Memória
(1659 a 1664 - Naveta que aparece como Caravela. Fez algumas viagens à Índia e regressou ao Tejo da última em 1664).

São João de Génova
(1659 - Nau que em 1659 largou incluída na frota do Brasil a cargo de Salvador Correia).



N. S. dos Remédios do Çassabé
(1661 a 1670 - Naveta que aparece como Patacho, construída na Índia pelos procuradores da cidade de Macau e comprada em 1661 para sair de aviso a Sua Magestade. Perdeu-se por encalhe na restinga de areia entre as ilhas de Querimba em 1670).

Santa Ana e Maria
(1661 a 1662 - Nau que em 1661, largou para o Brasil, na escolta da frota do Brasil do comando do General Francisco Freire de Andrade).

Rainha Santa Isabel
(1664 a 1674 - Nau com 52 peças de artilharia, construída em Lisboa em 1664. Em 1689 largou na esquadra de Luís Velho que transportava Afonso VI para o seu desterro na ilha Terceira).

Santo António
(1665 a 1667 - Nau com 54 peças de artilharia construída na Ribeira das Naus e laçada à água em 13 de Junho de 1665. Também aparece classificada como Fragata. Em 1667 foi entregue aos espanhóis em Cádis pelo Tenente francês Duplessis).

N. S. da Penha de França
(1665 a 1668 - Naveta que também aparece como Patacho e Nau. Entrou na expedição a Mascate em 1667).

N. S. da Assunção
(1666 - Nau que em 1666 largou para o Brasil com a frota respectiva).

Bom Jesus da Trindade
(1670 a 1673 - Naveta que também aparece como Nau, Patacho e Caravela. Seguiu para a Índia em 1670 na Armada do Capitão-mor Dom António Mascarenhas).

Santa Catarina
(1670 a 1672 - Nau que também aparece como Galeão. Em 1670 largou para a Índia e regressou em 1672).

N. S. dos Cardais
(1670 a 1680 - Nau que também aparece como Fragata. Em 1670 largou para a Índia como Navio-chefe da Armada de viagem, conduzindo o Vice-Rei Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque. Em 1680 foi dada como inútil).

Santa Maria Isabel de Sabóia
(1671 a 1687 - Nau que também aparece como Fragata. Em 1674 largou incluída na Armada de Pedro Jacques de Magalhães que devia conduzir da ilha Terceira ao Reino o Rei Afonso VI. Em 1687 voltou da Índia).

N. S. Madre de Deus
(1672 a 1682 - Nau que em 1670 fez uma comissão a Mazagão e, em 1680, com a Fragata ‘Santa Cruz’, construiu o Forte de São João Baptista de Ajuda).

N. S. da Conceição
(1675 a 1687 - Nau que em 1675, largou para cruzeiro no Mediterrâneo na Armada do General Pedro Jacques de Magalhães. Em 1677 entrou em socorro a Orão e em 1678 na expedição a Pate. Em 1685 a comissão de vistoria em Goa não a achou em condições de voltar ao Reino. Em 1687 foi mandada desmantelar).

São Bernardo
(1677 a 1680 - Nau que em 1677 fez uma comissão a Sofala. Em 1680 foi dada como incapaz).

São Boaventura
(1677 a 1717 - Nau que também aparece como Fragata. Em 1677 entrou em socorro a Orão. Em 1692 bateu-se com a fiscal duma esquadra francesa, obrigando-a a fugir).

N. S. dos Milagres
(1678 a 1686 - Nau de 30 peças de artilharia que também aparece como Naveta. Em 1683 largou de socorro a Moçambique. Em 1686 saiu de Goa para o Reino e foi perder-se no cabo das Agulhas).



N. S. das Mercês
(1678 - Nau da ‘Junta Geral do Comércio do Estado do Brasil’ que largou para a baía em 1678).

Santo António de Pádua
(1680 a 1688 - Nau da ‘Junta Geral do Comércio do Estado do Brasil’. Em 1682 largou para Itália na Armada do Visconde de Fonte Arcada).

Santo António de Flores
(1682 a 1686 - Nau que também aparece como Fragata. Em 1682 largou para Itália na Armada do Visconde de Fonte Arcada).

São Francisco de Assis
(1682 - Nau vulgarmente conhecida por ‘Monte de Ouro’, devido ao seu maravilhoso e rico acabamento. Em 1682 largou para Itália na Armada do Visconde de Fonte Arcada).

São Benedito
(1682 a 1699 - Nau que também aparece como Fragata. Em 1682 largou para Itália na Armada do Visconde de Fonte Arcada).

São Brás e São Lourenço
(1683 a 1684 - Nau que no cruzeiro da costa de Portugal apresou um Patacho).

Santíssimo Sacramento
(1685 a 1691 - Nau que em 1685 largou para a Índia na Armada do Capitão-mor Manuel de Saldanha. Em viagem para a Índia, em 1691, perdeu-se perto de Baçaim).

N. S. da Conceição
(1686 a 1699 - Nau construída na Baía e lançada à água em 6 de Junho de 1686. Fez várias viagens à Índia. Em 1694 entrou no combate naval de Damão, em 1695 no de Bijapur e em 1697 no de Mascate. Mandada desfazer por inútil em 1699 na Índia).

N. S. da Ajuda e São Francisco, a Lusitânia
(1692 a 1693 - Nau que desapareceu em 1692 na viagem para a Índia, depois de escalar em Moçambique).



N. S. Cabo
(1693 a 1707 - Nau que também aparece como Fragata em 1693. Em 1706 combateu com sucesso, próximo da barra do Tejo a esquadra francesa de Duguay-Trouin.

N. S. da Nazaré e Santo António
(1694 a 1695 - Nau que largou para a Índia em 1694 e se perdeu na torna-viagem, na costa de Moçambique, no ano Seguinte).

N. S da Graça
(1694 a 1708 - Nau da ‘Junta Geral do Comércio do Estado do Brasil’, que também aparece como Fragata e se empregou nos comboios das frotas do Brasil. Em 1708 recapturou um dos dois Navios do comboio atacado por franceses na costa do Brasil).

N. S. do Monte do Carmo
(1698 - Nau que aparece a navegar em 1698).

São Pedro Gonçalves
(1698 a 1708 - Nau da carreira da Índia, para onde seguiu em 1698. No regresso de Timor, em 1707, arribou à Baía, onde parece que ficou).

N. S. da Esperança
(1698 a 1719 - Nau que também aparece como Fragata em 1698. Em 1705, em auxílio à Inglaterra, tomou parte na defesa de Gibraltar incluída numa esquadra juntamente com uma força Anglo-Holandesa contra uma esquadra francesa).

N. S. da Encarnação
(1698 a 1711 - Nau de 56 peças de artilharia, que em 1711 foi apresada no Rio de Janeiro pelo corsário Duguay-Trouin).

Santiago
(1699 a 1706 - Nau que também aparece como Fragata. Em 1700 tomou parte numa incursão às rias da Galiza).

Salvador do Mundo
(1699 a 1706 - Nau que em 1699 saiu de socorro à Nova Colónia).

Princesa do céu
(1700 a 1718 - Nau ronceira da carreira da Índia que em 1718 se achava na Baía em preparativos para regressar a Lisboa).

N. S. do Vale
(1701 - Nau que perdeu-se por temporal na barra de Goa em 1701).

N. S. da Conceição
(1701 a 1724 - Nau de 80 peças de artilharia, construída em Lisboa em 1701. Entrou em socorro a Veneza em 1716 e na batalha do Cabo Matapan como Navio-chefe em 1717).

N. S. da Assunção
(1705 a 1731 - Nau de 66 peças de artilharia, que entrou no socorro a Gibraltar em 1705, no socorro a Veneza em 1716 e participou na batalha do Cabo Matapan em 1717).

N. S. das Portas do Céu de Rosette
(1706 a 1708 - Nau que em 1706 largou para a Índia).

São Jorge, N. S. das Necessidades
(1708 a 1737 - Nau de 66 peças de artilharia, empregada em comboio das frotas do Brasil. Participou na batalha do Cabo Matapan em 1717).

N. S. da Conceição
(1710 a 1712 - Nau que em 1710, largou para a Índia e regressou em 1712).

Santa Ana e São Joaquim
(1711 a 1718 - Nau que em 1711 largou para Macau por conta de particulares e regressou ao Tejo em 1718).



N. S. da Piedade
(1711 a 1725 - Nau de 66 peças de artilharia, que também aparece como Fragata. Entrou na empresa de Culabo em 1721-1722 como Navio-chefe).

N. S. da Palma e São Pedro
(1715 a 1729 - Nau que também aparece como Fragata, construída na Baía no tempo do Vice-Rei Marquês de Angeja (Vice-Rei de 1714-1718). Foi mandada desmanchar por inútil em Goa no ano de 1729).

Santa Rosa
(1716 a 1726 - Nau de 66 peças de artilharia, que entrou no socorro a Veneza em 1716 e participou na batalha do Cabo Matapan em 1717. Em 1726 foi destruída por incêndio quando regressava da Baía a Lisboa).

Rainha dos Anjos
(1716 a 1722 - Nau de 56 peças de artilharia, que entrou no socorro a Veneza em 1716 e participou na batalha do Cabo Matapan em 1717. Perdeu-se por incêndio, no Rio de Janeiro em 1722).

São Lourenço
(1716 a 1734 - Nau de 58 peças de artilharia, da Junta Geral do Comércio do Estado do Brasil, que foi lançada à água em Lisboa em 1716. Participou na batalha do Cabo Matapan em 1717).

N. S. da Penha de França
(1717 a 1730 - Nau de 70 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em Janeiro de 1717. Entrou na reconquista de Mombaça em 1727-1728 e na Armada de socorro novamente a Mombaça em 1729-1730).

N. S. de Madre de deus e São João Evangelista
(1717 a 1734 - Nau de 66 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 25 de Julho de 1717. Empregou-se principalmente em comboio das frotas do Brasil e em cruzeiros na costa de Portugal).

N. S. da Atalaia
(1719 a 1733 - Nau de 52 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 8 de Março de 1719. Em 1723 tomou duas Corvetas inglesas e destruiu um forte que os ingleses haviam construído em Cabinda, e no regresso afundou na Costa da Mina uma Fragata holandesa que ali perturbava o nosso comércio).

N. S. da Vitória
(1720 a 1730 - Nau de 64 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 17 de Setembro de 1720. Em 1723 bateu-se com sucesso na costa com uma Nau argelina. Perdeu-se por incêndio, no Tejo em 3 de Janeiro de 1730).

N. S. da Oliveira
(1721 a 1737 - Nau de 50 peças de artilharia, que também aparece como Fragata. Foi Nau de viagem da carreira da Índia).

N. S. da Nazaré
(1721 a 1741 - Nau de 50 peças de artilharia, que também aparece como Fragata. Foi lançada à água em Lisboa em 21 de Novembro de 1721. Empregou-se principalmente em comboio das frotas do Brasil e na carreira da Índia. Considerada incapaz por vistoria de 25 de Janeiro de 1741, foi mandada desmanchar em Goa).

N. S. do Rosário
(1723 a 1740 - Nau de 50 peças de artilharia, que também aparece como Fragata. Foi lançada à água em Lisboa em 21 de Abril de 1723. Empregou-se principalmente em comboio das frotas do Brasil. Foi mandada desmanchar por inútil em 31 de Março de 1740).

N. S. do Livramento e São Francisco Xavier
(1723 a 1735 - Nau de 66 peças de artilharia, que foi lançada ao mar na Baía em 21 de Janeiro de 1723. Foi Nau de viagem da carreira da Índia).

N. S. das Ondas
(1724 a 1738 - Nau de 58 peças de artilharia, foi lançada ao mar em Lisboa em 10 de Abril de 1724. Empregou-se principalmente em comboio das frotas do Brasil, e em cruzeiros pela costa de Portugal, alem de ter feito a campanha do rio da Prata em 1736-1737).

N. S. da Lampadosa
(1727 a 1757 - Nau de 50 peças de artilharia, que também aparece como Fragata, e foi lançada à água em Lisboa em 21 de Janeiro de 1727. Em Dezembro de 1727, livrou dos argelinos uma Nau Mercante portuguesa e no ano seguinte afugentou seis Fragatas de Argel que haviam atacado a frota do Brasil nas nossas águas, além de ter servido na esquadra do Sul na campanha do rio da Prata. Em Maio de 1757, foi julgada incapaz de navegar no Rio de Janeiro).

N. S. da Estrela
(1729 a 1736 - Nau de 64 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 11 de Agosto de 1729. Entrou na expedição a Mombaça em 1729 e tez serviços na Índia, até ser dada como incapaz por vistoria de 20 de Março de 1736).

N. S. do Rosário e Santo André
(1732 a 1737 - Nau que aparece na Índia em 1732 e ali prestou vários serviços, até que no regresso ao Reino se perdeu por incêndio na Baía, em 1737).

N. S. da Conceição
(1733 a 1745 - Nau de 74 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 12 de Junho de 1733. Fez viagens ao Brasil e à Índia).

N. S da Boa Viagem
(1734 a 1752 - Nau de 60 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 12 de Junho de 1734. Empregou-se principalmente no comboio das frotas do Brasil e como Nau de viagem à Índia. Em 1751 na Índia, entrou em operações de guerra contra a Armada Marata).



N. S. da Vitória
(1735 a 1746 - Nau de 74 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 19 de Agosto de 1735. Em 1736-1737 foi Navio-chefe da esquadra do rio da Prata e em 1739 bateu na Índia as forças do pirata Angriá. No regresso ao Reino perdeu-se por encalhe na ilha de Mascarenhas em 1746).

N. S. da Esperança
(1735 a 1742 - Nau de 70 peças de artilharia, que foi construída em Lisboa em 18 de Novembro de 1735. Tomou parte nas operações no rio da Prata em 1736-1737).

N. S. da Arrábida
(1736 a 1744 - Nau de 62 peças de artilharia, que foi construída em Lisboa em 9 de Julho de 1736. Tomou parte nas operações no rio da Prata em 1736-1737. Foi Nau da carreira da Índia. Por portaria de 23 de Fevereiro de 1744, foi mandada desmanchar por se encontrar incapaz).

N. S. da Gloria
(1737 a 1752 - Nau de 74 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 30 de Abril de 1737. Empregou-se principalmente no serviço de comboios das frotas do Brasil. No regresso da Baía afundou-se em viagem em 24 de Fevereiro de 1752).

N. S. do Bom Sucesso
(1738 a 1745 - Nau de 50 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 24 de Março de 1738. Foi Nau de viagem à Índia. Em 11 de Março 1745, por não merecer fabrico, foi desmanchada em Goa).

N. S. do Monte do Carmo
(1738 a 1747 - Nau de 46 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 21 de Abril de 1738. Foi Nau de viagem à Índia. Em 9 de Março 1747, por não merecer fabrico, foi desmanchada em Goa).

N. S. da Penha de França
(1739 a 1750 - Nau de 56 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 9 de Abril de 1739. Empregou-se principalmente no serviço de comboios das frotas do Brasil e das viagens à Índia. Em 1746 tomou parte na Índia nas campanhas do Marquês de Castelo Novo, e depois as campanhas do Marquês de Alorna).

N. S. da Nazaré
(1740 - Nau que em 1740 largou para a Índia e, arribando ao Brasil, naufragou na barra Falsa, perto da Baía).

N. S. da Conceição e São João Baptista
(1740 a 1745 - Nau da carreira da Índia que aparece a navegar em 1740. Foi vendida em 1745).

N. S. de Madre de Deus e Santo António
(1740-1749 - Nau de 64 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 21 de Outubro de 1740. Empregou-se nas frotas do Brasil e na carreira da Índia. Tomou parte da terceira campanha dos Bounsulós em 1748).

N. S. da Piedade
(1742 a 1754 - Nau que aparece como Fragata, foi lançada à água em Lisboa em 7 de Março de 1742. Empregou-se no comboio das frotas do Brasil).

N. S. da Caridade e São Francisco de Paula
(1744 a 1755 - Nau de guerra que em 1744 largou para a Índia na esquadra do Marquês de Castelo Novo. Fez várias viagens à Índia. Em 1755 uma vistoria deu-a como incapaz).

N. S. da Misericórdia
(1744 a 1754 - Nau que em 1744 largou como comboio da frota do Maranhão e Pará. Fez várias viagens à Índia e ali prestou bons serviços em operações de guerra).



N. S. da Nazaré
(1744 a 1755 - Nau de 60 peças de artilharia, foi lançada à água em Lisboa em 25 de Junho de 1744. Empregou-se especialmente no comboio das frotas do Brasil. Em 1755, no Pará, foi dada como incapaz).

N. S. das Necessidades
(1747 a 1764 - Nau de 70 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 25 de Fevereiro de 1747. Empregou-se especialmente no comboio das frotas do Brasil. Em 1762 derrotou uma Armada Marata na Índia. Em 1763 foi mandada desmanchar em Goa por inútil).

N. S. do Vencimento e São José
(1748 a 1764 - Nau de 58 peças de artilharia, que aparece como Fragata. Foi lançado à água em Lisboa em 2 de Janeiro de 1748. Empregou-se especialmente na carreira da Índia. Em 1763 com uma Fragata derrotou uma Armada Marata que atacara um comboio nosso perto de Bombaim).

São José e N. S. da Conceição
(1748 a 1767 - Nau de 60 peças de artilharia, que se empregou no comboio das frotas do Brasil e na carreira da Índia).

N. S. do Livramento e São José
(1749 a 1762 - Nau de 60 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 12 de Setembro de 1747. Empregado especialmente em cruzeiros da costa portuguesa, e no comboio das frotas do Brasil. Em 1762 passou mostra de desarmamento).

N. S. das Brotas
(1751 a 1765 - Nau de 50 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 9 de Agosto de 1751. Empregado especialmente em cruzeiros da costa portuguesa, e no comboio das frotas do Brasil).

N. S. da Conceição e São José
(1751 a 1763 - Nau de 72 peças de artilharia, construída, em Lisboa em 22 de Novembro de 1751. Empregou-se em guarda-costa, e no comboio das frotas do Brasil).

N. S. da Natividade
(1752 a 1766 - Nau de 50 peças de artilharia, que foi lançada à água em Lisboa em 9 de Agosto de 1751. Empregado especialmente em cruzeiros da costa portuguesa, e no comboio das frotas do Brasil).

Santiago Maior
(1752 a 1754 - Nau que também aparece como Galera. Foi lançada à água em Lisboa em 9 de Agosto de 1752. Empregou-se em guarda-costa).

Santo António e Justiça
(1752 a 1766 - Nau que também aparece como ‘Justiça’ e ‘Santo António’. Largou para a Baía em 1752. Foi Navio da carreira da Índia).

N. S. da Conceição e São Vicente Ferreira
(1755 a 1764 - Nau de 50 peças de artilharia, que em 1755 largou para o Pará. Empregado especialmente na carreira da Índia).


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