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terça-feira, dezembro 31, 2013

Quadros da Armada Real Portuguesa - XVIII-XIX

Armada Real de Portugal

Quadros da Marinha


(Oficiais da Marinha Real Portuguesa)

Os navios não podiam mais no fim do século XVIII, continuar a ser guarnecidos por voluntários sem preparação de combate, nem por oficiais de nomeação régia escolhidos entre civis, militares e homens do mar. Houve que criar escolas de preparação de oficiais, regularizar os postos da Armada e organizar os quadros. A designação de Capitão-de-mar e guerra já existia desde os meados do século XVII, como sinónimo de comandante de navio. O Ministro Don Martinho de Melo, depois de dotar a Marinha com navios indispensáveis, à política marítima da nação, criou o corpo de oficiais exclusivamente para o serviço naval pelo decreto de 16 de Dezembro de 1789. Com este documento foram criados os postos da marinha com a designação e a sua correspondência com os do Exército. Por decreto foram substituídas as designações de marechal de campo com exercício na Marinha, de coronel do mar e de tenente do mar, respectivamente por chefe de esquadra, chefe de divisão e a ultima pelas duas, primeiro e segundo-tenente. Criaram-se os postos de Vice- Almirante e Capitão-de-fragata.

Decreto de 16 de Dezembro de 1789

Capitão-General da Armada
Almirante
Vice-Almirante - Marechal-General do Exército
Tenente-General - Tenente-General do Exército
Chefe de Esquadra - Marechal de Campo
Chefe de Divisão - Brigadeiro
Capitão-de-mar-e-guerra - Coronel de Infantaria
Capitão-de-Fragata - Tenente-Coronel
Capitão-tenente - Major
Primeiro-tenente - Capitão de Infantaria
Segundo-tenente - Tenente de Infantaria

As Reformas Navais de Melo e Castro de 1795

Conselho do Almirantado
Criado por decreto de 25 de Abril de 1795

Tinha como funções «reger para o futuro tudo quanto possa dizer respeito à boa administração da Marinha em todos os ramos da sua dependência… que será composto de um presidente e de quatro conselheiros, além das mais pessoas que irão discriminadas no Regimento da sua Instituição». Os conselheiros foram nomeados em 31 de Maio de 1795. A primeira sessão do Conselho realizou-se em 22 de Junho de 1795. O diploma separava nitidamente as funções militares das administrativas.

1ª Sessão do Almirantado
22 de Junho de 1795

Presidente do Conselho do Almirantado
Capitão General da Armada Conde de São Vicente

1º Conselheiro do Almirantado
Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel

2º Conselheiro do Almirantado
Tenente-General José Sanches de Brito

3º Conselheiro do Almirantado
Chefe de Esquadra António Januário do Vale

4º Conselheiro do Almirantado
Chefe de Esquadra Pedro de Mendonça e Moura

Oficiais para o Real Corpo da Marinha


(Almirante Marquês de Niza)

Outra forma de aproximação com a Inglaterra, foi a contratação de oficiais britânicos para os quadros da oficialidade naval. Em 18 de Março de 1793, dizia Martinho de Melo e Castro a Luís Pinto de Sousa...que ainda que os comandantes e oficiais da esquadra maior, que Sua Alteza destina para se unir a uma das Grã-Bretanha, tenham todo o conhecimento do governo, manobras e direcção dos seus respectivos navios, falta-lhes o uso e a prática das manobras e disciplina da guerra do mar, principalmente dos movimentos da artilharia a bordo.” Foram contratados oficiais, com vantagens de acesso e melhores salários que os próprios portugueses, sendo licenciados do serviço naval inglês enquanto servissem a Portugal, conservando-lhes S. M. Britânica “...a metade dos soldos que percebiam na Inglaterra.”

Oficiais Ingleses ao serviço da Marinha Real a partir de 1793

Oficial General
Chefe-de-Divisão Warren - como Major-General, ou Chefe do Estado-Maior

Oficiais Superiores
Capitão-de-Mar-e-Guerra John Dilkes
Capitão-de-Mar-e-Guerra Donald Campbell
Capitão-de-Mar-e-Guerra Edward Roe
Capitão-de-Fragata John Douglas
Capitão-de-Fragata Simpson Mitchell
Capitão-de-Fragata Collis Horsford
Capitão-de-Fragata Thomas Stone
Capitão-de-Fragata Phillip Hancorn
Capitão-Tenente James Bunce
Capitão-Tenente Samuel Wyckam

Oficiais Subalternos
Primeiro-Tenente Matthem Welsh
Primeiro-Tenente John Guyon
Primeiro-Tenente Joseph Martins
Primeiro-Tenente Thomas Parry
Primeiro-Tenente John Macklin
Primeiro-Tenente Crawford Duncan
Primeiro-Tenente Isaac Smith
Primeiro-Tenente James Allen e Palmer

Oficiais Portugueses da Marinha Real em 1795


      


Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 11 de Maio de 1795

Oficial Superior
Capitão-de-mar-e-guerra Antonio Jacinto de Chastenet, conde de Puysegur

Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 20 de Junho de 1795

Oficial Superior
Capitão-tenente Paulo Luiz de Seguin Deshons

Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 12 de Julho de 1795

Oficial Subalterno
Primeiro-tenente do mar Balthazar de Chermont

Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 12 de Agosto de 1795

Oficiais Subalternos
Primeiro-tenente do mar José Candido de Castro
Segundo-tenente do mar Candido Francisco de Brito Vitória

Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 01 de Setembro de 1795

Oficial Subalterno
Segundo-tenente do mar Nicolau Woolfe

Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 07 de Setembro de 1795

Oficiais Subalternos
Segundo-tenente do mar Manoel Custodio de Albuquerque
Segundo-tenente do mar José Joaquim de Abreu
Segundo-tenente do mar Antonio Ferreira
Segundo-tenente do mar Ignacio Ferreira Nobre
Segundo-tenente do mar Antonio José de Carvalho
Segundo-tenente do mar Rodrigo Antonio da Cunha
Segundo-tenente do mar Henrique José Dionisio
Segundo-tenente do mar José Maria de Moura e Mendonça
Segundo-tenente do mar Basilio Ferreira de Carvalho
Segundo-tenente do mar José Carvalho
Segundo-tenente do mar Antonio Damaso Mendes
Segundo-tenente do mar Rufino Peres Baptista
Segundo-tenente do mar Carlos Felis Giraldo May
Segundo-tenente do mar José Joaquim do Patrocino
Segundo-tenente do mar Joaquim Antonio Rodrigues Galhardo
Segundo-tenente do mar José Sanches de Brito
Segundo-tenente do mar Luiz da França Machado

Promoções de Oficiais Portugueses
Decreto de 10 de Setembro de 1795

Oficiais Generais
Chefe de Divisão José Caetano de Lima
Chefe de Divisão Manoel Ferreira Nobre
Chefe de Divisão Manuel da Cunha Sottomayor
Chefe de Divisão Francisco da Paula Leite
Chefe de Divisão Paulo José da silva Gama
Chefe de Divisão Marquez de Niza
Chefe de Divisão D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho

Oficiais Subalternos
Primeiro-tenente do mar Theodoro José Laurentino
Primeiro-tenente do mar Manoel da Silva Thomaz
Primeiro-tenente do mar Manoel Pinto Franco
Primeiro-tenente do mar Carlos José de Araujo
Primeiro-tenente do mar Francisco Ignacio de Miranda Everard
Primeiro-tenente do mar Roberto Jacob
Primeiro-tenente do mar Manoel de Canto e Castro
Primeiro-tenente do mar Bernardino de Sena Freire
Primeiro-tenente do mar Marçal Pedro da Cunha
Primeiro-tenente do mar Francisco Maximiliano de Sousa
Primeiro-tenente do mar Joaquim Manoel da Costa Quintela
Primeiro-tenente do mar João Antonio Everard
Primeiro-tenente do mar José Miguel Antonio de Matos
Primeiro-tenente do mar Antonio Ramires Esquivel
Primeiro-tenente do mar Antonio Pedro de Castro
Primeiro-tenente do mar Paulo Freire de Andrade
Primeiro-tenente do mar Francisco Agostinho de Mello
Primeiro-tenente do mar D. Manuel de Menezes
Primeiro-tenente do mar D. Pedro Manoel
Primeiro-tenente do mar Pascoal Antonio Scarnichia
Primeiro-tenente do mar Francisco Maria Telles
Primeiro-tenente do mar Felisberto Caldeira
Primeiro-tenente do mar Antonio Joaquim de Oliveira
Primeiro-tenente do mar Alexandre José Monteiro
Primeiro-tenente do mar Bartolomeu José Soares
Primeiro-tenente do mar Antonio José dos Reis
Primeiro-tenente do mar Francisco Manoel Bernardo de Mello e Castro
Primeiro-tenente do mar D. Joaquim Bernardo da Silva
Primeiro-tenente do mar Pedro Borges Corrêa de Sá
Primeiro-tenente do mar Jerónimo de Andrade
Primeiro-tenente do mar Ernesto Elias Jaques Godfroi
Primeiro-tenente do mar Manoel Antonio Farinha
Primeiro-tenente do mar Francisco Antonio da Silva
Primeiro-tenente do mar Antonio Manoel Pires
Primeiro-tenente do mar Thomaz Franco
Primeiro-tenente do mar Bartholomeu Genard
Primeiro-tenente do mar Pedro Severim
Primeiro-tenente do mar João Baptista Roffe
Primeiro-tenente do mar Thomaz Alexandre de Azambuja
Primeiro-tenente do mar Francisco Alberto Rubim
Primeiro-tenente do mar Miguel José de Oliveira

As Reformas Navais de Rodrigo de Sousa Coutinho 1796-1797

Corpo de oficiais

O efectivo do corpo de oficiais foi regulado por aviso do ministro, em resolução do conselho de 9 de Outubro de 1796.

Chefe de Esquadra - 4 homens
Chefe de Divisão - 8 homens
Capitão-de-mar-e-guerra - 30 homens
Capitão-de-Fragata - 30 homens
Capitão-tenente - 70 homens
Primeiro-tenente - 140 homens
Segundo-tenente - 140 homens

Os postos de Vice-almirante e de Tenente-General não eram limitados, mas antes concedidos como promoção por deliberação régia. O decreto de 22 de Fevereiro de 1797 suprimiu o posto de Tenente-General no Real Corpo da Marinha e determinou que os Vice-almirantes passassem a ter as honras de Tenente-General e os almirantes as dos antigos Vice-almirantes.

A correspondência entre os antigos postos de Oficiais-Generais e dos novos Oficiais-Generais da Marinha.

Vice-Almirante - Almirante
Tenente-General - Vice-almirante
Chefe de esquadra - Contra-almirante
Chefe de Divisão - Comodoro

      

       
   
Organização dos Quadros da Marinha Portuguesa
Decreto de 22 de Fevereiro de 1797

Oficiais Generais
Almirante da Armada
(Dignidade Honorífica)
Almirante
Vice-Almirante
Contra-Almirante
Comodoro

Oficiais Superiores
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Capitão-de-Fragata
Capitão-Tenente

Oficiais Subalternos
Primeiro-Tenente
Segundo-Tenente
Guarda-Marinha ou Subtenente
Aspirante
Cadete - Escola Naval

Sargentos
Sargento-Mor
Sargento-Chefe
Sargento-Ajudante
Primeiro-Sargento
Segundo-Sargento
Subsargento
Segundo-Subsargento

Praças
Cabo
Primeiro-Marinheiro
Segundo-Marinheiro
Primeiro-Grumete
Segundo-Grumete
Segundo-Grumete (com especialidade concluída)
Recruta

Estado-maior de Esquadra

Oficial General
Almirante

Oficiais Superiores
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Capitão-de-Fragata

Oficiais Subalternos
Primeiro-Tenente
Segundo-Tenente

Sargentos
Primeiro-Sargento
Segundo-Sargento
Segundo-
Sub sargento

Praças
Primeiro-Grumete
Segundo-Grumete


(Principe Regente D. João)


ALMIRANTE DE PORTUGAL ou ALMIRANTE DO REINO – Cargo de comandante da Marinha Real, criado pelo rei Don Dinis, em 1280. Com a criação do cargo de capitão-mor do Mar, em 1373, pelo rei Don Fernando, o comando do Almirante de Portugal passou, aparentemente, a limitar-se às naus e as galés. O cargo tornou-se, mais tarde, meramente honorífico.

CAPITÃO-MOR DO MAR – cargo, criado em 1373, por Don Fernando, para exercer o comando da frota. Foram-lhe atribuídas funções semelhantes às do Almirante de Portugal. Aparentemente a diferença estaria no tipo de navios que cada um comandava. O Almirante manteve o comando das naus e galés. O capitão-mor do Mar assumiu o comando das caravelas, barcas e batéis. Posteriormente, o capitão-mor do Mar tornou-se o comandante-chefe da Armada, ficando o Almirante de Portugal a ele subordinado. No século XVII, o cargo passou a denominar-se Capitão-General da Armada Real dos Galeões de Alto Bordo do Mar Oceano.

CAPITÃO-GENERAL DA ARMADA REAL DOS GALEÕES DE ALTO BORDO DO MAR OCEANO ou, simplesmente, CAPITÃO-GENERAL DA ARMADA REAL – Designação do comandante-chefe da Armada Real, que, no século XVII, substituiu o capitão-mor do Mar. Segundo o decreto de 27 de Abril de 1761 o Capitão-General da Armada Real usava, no seu uniforme, os mesmos distintivos dos Governadores das Armas, ou seja alamares nas casacas e um galão de três dedos à borda das casacas e das véstias. A função foi extinta em 1796, passando, as suas atribuições para o Conselho do Almirantado.

ALMIRANTE-GENERAL – Posto criado por decreto de 13 de Maio de 1808, para ser apenas atribuído ao Infante Don Pedro Carlos Infante da Espanha. Era equivalente ao posto de Marechal-General do Exército, estando directamente dependente do Rei e reunindo a autoridade, até aí, dividida pelo Capitão-General da Armada Real dos Galeões de Alto Bordo do Mar Oceano e pelos Inspectores de Marinha. Competia-lhe, portanto, exercer o comando-chefe da Marinha. O posto foi extinto, com a morte de Don Pedro Carlos, em 1812.

ALMIRANTE – A designação Almirante foi utilizado como título de função do comandante das galés Reais (Almirante de Portugal) e do comandante naval no Índico (Almirante das Índias). Como posto militar, a patente de Almirante foi introduzida, em 22 de Fevereiro de 1797, como nova denominação do, até aí, designado posto de Vice-Almirante. Por sua vez, a designação Vice-Almirante substituiu a de Tenente-General da Marinha. Em termos de equiparação com os postos do Exército, segundo o que havia sido definido em 1796, para os, então, Vice-Almirantes, os Almirantes teriam uma graduação imediatamente inferior à de Marechal-General e superior à de Tenente-General. Seriam, portanto, aproximadamente, equivalentes a Marechal e a General. A partir de 1892, o posto de Almirante, passou a constituir uma dignidade honorífica, equivalente a Marechal do Exército. Por decreto de 7 de Janeiro de 1797 o posto de Vice-Almirante passou a designar-se Almirante.

      

VICE-ALMIRANTE – Posto de oficial general da Marinha, introduzido pelo decreto de 16 de Dezembro de 1789. O posto de Vice-Almirante era imediatamente superior ao de Tenente-General da Marinha, senda mais elevada patente efectiva da Armada, já que Almirante e Capitão-General eram, apenas, títulos de funções. Em termos de equivalência de patentes com o Exército, ao Vice-Almirante era atribuída uma precedência imediatamente inferior à do Marechal-General e superior à do Tenente-General. Seria, portanto, aproximadamente equivalente a Marechal e General. Por decreto de 7 de Janeiro de 1797 o posto de Vice-Almirante passou a designar-se Almirante, por sua vez a designação Vice-Almirante substituiu a de Tenente-General da Marinha. O posto de Vice-Almirante passou, assim, a ser intermediário entre o de Almirante e o de Chefe de Esquadra e equivalente ao de Tenente-General do Exército.

TENENTE-GENERAL – Em 1797, existiu o posto de Tenente-General na Marinha, tendo passado, nesse ano, a designar-se Vice-Almirante. Até 1806 os Tenentes-Generais usavam, como distintivo de patente o que havia sido definido para os Mestres de Campo Generais pelo decreto de 27 de Abril de 1761. Pelo plano de uniformes definido pelo alvará de 19 de Maio de 1806, o principal distintivo passou a consistir em três estrelas do modelo de oficial general.

CHEFE DE ESQUADRA – Posto da Marinha, introduzido em 1789. foi substituído, em 1798, pelo posto de Contra-Almirante.

CONTRA-ALMIRANTE – Posto da Marinha, que substituiu, em 1798, o de Chefe de Esquadra.

CORONEL DO MAR – Posto da Marinha, existente, pelo menos, desde 1761, imediatamente superior ao de Capitão-de-mar-e-guerra e que correspondia a Brigadeiro das tropas de Terra. Correspondia, portanto ao uma patente superior à de Coronel das tropas de Terra. De acordo com o decreto de 27 de Abril de 1761 o distintivo dos Coronéis do Mar era igual ao dos Brigadeiros e consistia num galão liso, de ouro ou de prata, de dois dedos e meio de largura, usado nas casacas e nas vestias. Em 1789, o posto foi substituído pelo de Chefe de Divisão.

CHEFE DE DIVISÃO – Posto da Marinha, introduzido em 1789, substituindo o de Coronel do Mar. Foi extinto em 1892. Corresponde, aproximadamente, ao, actual, posto de Comodoro.

COMODORO – Designação dos Capitães-de-mar-e-guerra que exerciam o comando de uma força naval independente. Por Decreto de 1798 substituiu a patente de Chefe de Divisão.

COMANDANTE-CHEFE ou COMANDANTE-EM-CHEFE - Título atribuído ao comandante do Exército e da Marinha, no final do século XVIII e no século XIX. Mais tarde passou a ser o título de alguns comandantes de forças independentes. Até meados do século XX, utilizou-se o termo "Comandante-em-Chefe" que foi, depois, abreviado para "Comandante-Chefe".

MAJOR-GENERAL DA ARMADA – Função, introduzida em 1807, correspondendo a uma espécie de Chefe do Estado Maior Naval e que deveria ser desempenhada por um oficial de patente superior a Capitão-de-mar-e-guerra.

MAJOR-GENERAL DA ESQUADRA – Função de chefe do estado maior de uma esquadra em operações, introduzida em 1796 e que devia ser desempenhada por um Capitão de Mar e Guerra ou por um Chefe de Divisão.

AJUDANTE-GENERAL – Título do oficial responsável pela administração dos recursos humanos de uma Esquadra.

      

CAPITÃO-DE-MAR-E-GUERRA – Designação do posto mais elevado de oficial superior da Marinha, desde o início do século XVII. O Capitão-de-Mar-e-Guerra substituiu o que, até aí, era chamado, simplesmente Capitão, no comando de um navio de guerra. A sua designação implicava que o mesmo tinha funções tanto navais como militares. Segundo o Regimento do Capitão de Mar e Guerra de 24 de Março de 1722 existiriam dois Capitães de Mar e Guerra em cada navio, um dos quais o comandante e, ou, outro com as funções de imediato. O imediato, passaria, mais tarde, a designar-se Capitão-Tenente. De acordo com o decreto de 27 de Abril de 1761 o distintivo dos uniformes dos Capitães-de-mar-e-guerra, igual ao dos Coronéis, passou a ser um galão liso, de ouro ou prata, de dedo e meio de largura.

CAPITÃO DE FRAGATA – Posto da Marinha, introduzido em 1782, intermédio entre o de Capitão de Mar de Guerra e o de Capitão-Tenente.

CAPITÃO-TENENTE – Posto da Marinha, existente, pelo menos desde 1761, imediatamente inferior ao de Capitão-de-mar-e-guerra. Era correspondente ao posto de Tenente-Coronel do Exército. Com a introdução do posto de Capitão-de-fragata, passou a ser imediatamente inferior a este e a equivaler ao posto de Major do Exército. De acordo com os decretos de 27 de Abril de 1761 e de 30 de Maio de 1761 o distintivo dos uniformes dos Capitães-Tenentes – igual ao dos Tenentes-Coronéis – era um galão estreito, lavrado e aberto, usado na borda dos canhões das casacas e nas véstias.

      

TENENTE-COMANDANTE – Posto da Marinha, existente entre 1782 e 1796, intermediário entre o Capitão-Tenente e o Primeiro-Tenente.

TENENTE DO MAR – Antigo, posto da Marinha, intermédio entre o de Capitão-Tenente e o de Guarda-Marinha. Era equivalente ao de Capitão do Exército. Em 1782 foi dividido em dois postos, o de Primeiro-Tenente e o de Segundo-Tenente. O termo “Tenente do Mar” continuou, no entanto, a ser utilizado para designar o posto de Primeiro-Tenente.

PRIMEIRO-TENENTE – Na Marinha, o posto de Primeiro-Tenente foi introduzido em 1782, equivalendo ao antigo posto de Tenente do Mar e equivalente a Capitão do Exército.

SUBTENENTE – Posto da Marinha, imediatamente inferior ao de Segundo-Tenente, atribuído apenas aos oficiais que não receberam a sua formação na Escola Naval. Os Subtenentes têm a mesma graduação dos Guardas-Marinhas.

CIRURGIÃO-MOR – Designação dos cirurgiões chefes das unidades e das esquadras. Cada esquadra tinha um Cirurgião-Mor equiparado a Alferes.

MESTRE DA ARMADA – Posto de oficial inferior da Marinha, durante o século XIX, equivalente ao Sargento-Ajudante do Exército. Nos principais navios da Marinha, o Mestre da Armada era o mais graduado dos Sargentos.


      

MESTRE – Posto de oficial inferior da Marinha, durante o século XVIII, imediatamente superior ao Contramestre

CONTRA-MESTRE – Designação dos oficiais inferiores da classe de Manobra da Marinha, durante os séculos XVIII e XIX. No século XVIII os Contra-Mestres tinham uma graduação imediatamente inferior à dos Mestres e superior à dos Guardiões.

      

PRIMEIRO-SARGENTO – Designação do Sargento mais graduado de uma companhia, responsável pelo secretariado da mesma. Até final do século XVIII o posto era conhecido por Sargento do Número. Pelo plano de uniformes definido pelo alvará de 19 de Maio de 1806, o distintivo de Primeiro-Sargento consistia em duas dragonas nos ombros, ambas com franjas.

SARGENTO – No século XVIII, os Sargentos passam a ser considerados oficiais inferiores. Em cada companhia de Infantaria, passa a existir dois Sargentos, o do Número e o Supra (mais tarde, respectivamente, Primeiro-Sargento e Segundo-Sargento). Mais tarde, passa a haver mais um Segundo-Sargento, além de um Furriel, que também era oficial inferior. No início do século XIX, além de serem criados os postos de Sargento, na Cavalaria, são introduzidos os postos de Sargento Quartel-mestre e de Sargento-ajudante, que pertenciam ao estado-maior dos regimentos. Os Sargentos usam como arma e insígnia, uma alabarda, mantendo o seu uso até meados do século XIX. Além disso, também usavam uma cana, que servia para castigar os soldados e marinheiros.

SARGENTO DE MAR E GUERRA – Posto de oficial inferior da Marinha, criado por decreto de 10 de Junho de 1763, responsáveis pelos artilheiros a bordo dos navios de guerra.O posto foi extinto por decreto de 2 de Maio de 1808 passando as suas funções a ser desempenhadas pelos Sargentos da Brigada Real da Marinha e pelos Guardiões e Cabos de Marinheiros da Armada.

PRIMEIRO-CABO – Posto que, no século XIX, substituiu o de Cabo de Esquadra, altura em que o anspeçadas se passou a chamar Segundo-Cabo

CABO DE ESQUADRA – Antiga designação dos oficiais inferiores que comandavam uma esquadra. No Regimento dos Capitães-Mores de Don Sebastião, cada companhia tinha 10 Cabos, qual comandando uma esquadra de 25 homens. No final do século XIX o posto passou a designar-se Primeiro-Cabo.

CABO – Termo que, significando “chefe”, foi aplicado a várias funções militares. Normalmente refere-se ao oficial inferior ou praça graduada, responsável pela chefia de uma esquadra ou outro grupo de soldados ou marinheiros.

      

MARINHEIRO – Designação da primeira graduação de praça da Marinha, intermediária entre Cabo e Grumete. Até meados do século XX, a designação aplicava-se, sobretudo, ao pessoal da classe de manobra. Os Marinheiros das outras classes eram designados Artilheiros, Fogueiros, Torpedeiros, etc. Actualmente, existem os postos de Primeiro-Marinheiro e Segundo-Marinheiro, equivalente, respectivamente a Primeiro-Cabo e Segundo-Cabo, no Exército.


      

ASPIRANTE A OFICIAL – Designação do militar em tirocínio para entrar na carreira de oficial. O seu distintivo consiste num galão diagonal na manga esquerda.

      

GUARDA-MARINHA – Posto criado, inicialmente, por decreto de 2 de Julho de 1761, para ser atribuído aos jovens que assentavam praça a bordo de uma embarcação de guerra para receberam formação com o objectivo de se tornarem oficiais da Marinha. O posto de Guarda-Marinha tinha características semelhantes às do de Cadete das tropas de terra, mas era equiparado, em termos de soldo e de insígnias, ao de Alferes de Infantaria. Em virtude de se ter verificado que a sua formação não estava a ser muito eficaz, o posto foi extinto por decreto de 9 de Julho de 1774. No entanto, foi novamente recriado por decreto de 14 de Dezembro de 1782, criando-se, também a Companhia dos Guarda-Marinhas para os enquadrar. A 14 de Julho de 1788 criou-se também o posto de Aspirante Guarda-Marinha, também integrado na Companhia dos Guarda-Marinhas. O posto passou ser atribuído aos alunos da Academia Real dos Guarda-Marinhas, em 1796. Actualmente, o posto de Guarda-Marinha, ainda é reservado aos oficiais saídos da Escola Naval. Os restantes oficiais, com graduação equivalente, são designados Sub tenentes.

GRUMETE – Designação das Praças, sem graduação, da Marinha.

      

      

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Quadros da Armada Real Portuguesa I


Quadros de Oficiais Generais da Marinha

Comandantes da Armada

O cargo de Capitão-Mor-do-Mar evoluiu, ao longo dos séculos, até chegar ao século XVIII, já meramente honorífico, sob a designação de Capitão-General da Armada Real e dos Galeões de Alto Bordo do Mar-Oceano. Os seus últimos titulares foram, respectivamente, Don João da Bemposta, filho legitimado pelo Infante Don Francisco, Duque de Beja, e por conseguinte sobrinho do Rei Don João V, Don Pedro José de Noronha Camões de Albuquerque Moniz de Sousa, 6.º Conde de Vila Verde e 5.º Marquês de Angeja, e enfim, Secretário de Estado da Marinha Martinho de Melo e Castro,  durante o governo da Rainha Dona Maria I, que o viria a suprimir.

Capitão-General do Mar-Oceano

1. Capitão General da Armada D. Pedro José de Noronha, 6.º conde de Vila Verde e 5.º marquês de Marquês de Angeja (1786-1788)
Nasceu a 7 de Abril de 1771 e faleceu a 27 de Maio de 1804. Gentil-homem da câmara de Dona Maria I, coronel do regimento de cavalaria do Cais. Era filho do 4.º marquês de Angeja, Don José Xavier de Noronha, e da marquesa sua mulher, Dona Francisca Teresa de Almeida, filha dos 2.os marqueses de Lavradio e 5.os condes de Avintes. Foi Presidente do Real Erário, estadista, sucessor de toda a casa do pai, teve o senhorio de suas várias terras e comendas. Era contrário ao governo do Marquês de Pombal, e atravessou a época com tanta dissimulação, que o estadista confessava ser ele, entre os membros da nobreza, um dos únicos homens em cujos pensamentos e intenções nunca pudera penetrar. Depois da queda do ministro, favorecido pela intimidade do Infante Don Pedro, pela fraqueza da rainha, e pela fama de erudito, que alcançara, Angeja foi escolhido para presidente do Real Erário quando se formou o novo gabinete. Falto de experiência, parece ter presidido aos seus actos, como ministro, a única ideia de uma completa reacção contra o governo do seu antecessor, porque uma das primeiras medidas que adoptou foi mandar suspender as obras começadas pelo Marquês de Pombal para a reconstrução de Lisboa, que o terramoto de 1755 havia reduzido a um montão de ruínas. O povo dizia então, resumindo nesta frase o juízo que formava do novo governo, a cuja frente estava Angeja, «mal por mal antes Pombal». O marquês, além dos títulos que herdara do pai, alcançou sucessivamente os seguintes cargos: Gentil-Homem da real câmara, deputado da Junta dos Três Estados, do conselho da Rainha Dona Maria I de Portugal e do conselho de guerra, tenente general dos exércitos, ministro-adjunto ao despacho do gabinete, presidente e lugar-tenente da real pessoa no Erário régio, governador da Torre de São Vicente de Belém, inspector-geral de toda a arrecadação das fazendas dos armazéns da Guiné e Índia e do arsenal real da marinha, inspector-geral das obras públicas e do plano de reedificação da cidade, comendador da Ordem de Cristo e da Ordem de Santiago, Capitão General da Armada Real e dos Galeões de Alto Bordo do Mar-Oceano. Apesar de tantos cargos e honrarias, não consta que para o bem público estabelecesse alguma coisa útil, além dum jardim botânico, instituição ainda duvidosa. Para si e para todos os seus, é bem sabido, foi sempre de grande prodigalidade. No palácio em que habitava conseguiu formar um notável museu, considerado como uma das curiosidades de Lisboa, na época.

Ajudante de Ordens do Capitão General da Armada

Capitão de Mar e Guerra Pedro de Mariz de Sousa Sarmento (desde 07 de Janeiro de 1786 a 1788)

2. Capitão General da Armada Martinho de Melo e Castro (1788-1795)

                 

Nasceu em 1712 e Faleceu a 24 de Março de 1795, em 1788 é nomeado Capitão General da Armada. Ministro e secretário de estado da marinha e ultramar, inspector da marinha e do arsenal Real. Grande reformista da Armada portuguesa, conseguiu que Portugal no inicio da século XIX tivesse uma Frota de alto bordo considerável.
3º Infante Dom Pedro Carlos (1808-1812)


        

A nomeação do infante Dom Pedro Carlos para o posto de almirante-general da Marinha foi dada pelo decreto de 13 de maio de 1808, competindo-lhe uma série de atribuições até então exercidas pelos capitães-generais dos Galeões da Armada Real de Alto Bordo do Mar Oceano e pelos inspectores da Marinha.

A transferência da família real para o Brasil em 1808 implicou a instalação dos órgãos centrais da administração portuguesa em terras brasileiras, bem como o aperfeiçoamento dos órgãos já existentes na colônia. No entanto, a criação do cargo de almirante-general da Marinha como um posto privativo junto ao rei, sem interposição de qualquer outra autoridade e até mesmo sobrepujando as atribuições e poderes do ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, explicava-se pelo laço de parentesco. Pedro Carlos Antonio de Bourbon e Bragança, nascido na Espanha, era sobrinho de Dom João VI, filho de Dona Mariana Vitória de Bragança e de Dom Gabriel de Bourbon e Saxe. Foi educado na corte portuguesa e casou-se, em 1810, com sua prima, a princesa mais velha, Dona Maria Teresa.

O comando supremo da Marinha e das repartições dos arsenais reais, bem como a jurisdição inicialmente atribuída ao Conselho do Almirantado e à Real Junta da Fazenda da Marinha couberam ao Barão da Arruda, lugar-tenente do infante Dom Pedro Carlos, de quem recebia ordens directas. Esta perda de atribuições para o almirante-general provocou a oposição do ministro da Marinha, Dom João Rodrigues de Sá e Menezes, Visconde da Anadia. Em Lisboa, tal medida também despertou o mal-estar dos governadores do Reino e de Dom Miguel Pereira Forjaz, secretário dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e da Marinha . Tal fato tornou mais complexa a administração da Marinha em Portugal, agravando uma relação política delicada entre o governo da Regência, as forças britânicas no Reino e a corte instalada no Rio de Janeiro.

Em 1808, o Arsenal Real da Marinha do Rio de Janeiro, que era subordinado ao almirante-general da Marinha, foi reorganizado administrativamente e remodelado em seus trabalhos de construção naval e reparos da esquadra. Alguns desses actos foram propostos e assinados pelo próprio Dom Pedro Carlos, como a decisão n. 46, de 26 de Outubro de 1808, que separou as autoridades de intendente da Marinha e de inspector do Arsenal, complementando o plano de organização da Intendência, Contadoria e Almoxarifado da Marinha, proposto pela decisão n. 38, de 22 de Setembro de 1808.

Com a morte de Dom Pedro Carlos, em 26 de maio de 1812, o posto foi ocupado pelo vice-almirante Inácio da Costa Quintanilha, até a extinção do cargo, pelo decreto de 3 de Novembro de 1812, retornando suas atribuições para a Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, então sob a responsabilidade de Dom João de Almeida Melo e Castro, o conde de Galveias.

Decreto Real de 13 de Maio de 1808

Querendo dar uma autêntica demonstração do particular apreço que faço do Meu muito Amado e Prezado Sobrinho o Infante Dom Pedro Carlos, pela indelével afeição, e exemplar acatamento, que tem constantemente mostrado à Minha Real Pessoa; e tendo outro sim presente os seus naturais talentos, aplicação, e conhecimentos: Hei por bem, e Me Praz de o nomear Almirante General da Marinha, e de Criar este Posto, privativa, e unicamente pelo declarado motivo, e ocasião, sem que possa já mais servir de acesso a qualquer pessoa, sejam quais serviços; ao qual posto. Eu Sou Servido unir toda a jurisdição, e Autoridade até agora atribuídas aos Capitães Generais dos Galiões da Armada Real de Alto Bordo do Mar Oceano, e aos Inspectores da Marinha, de maneira, que além da jurisdição Militar em toda esta repartição, tenha também uma inteira inspecção, e mando nos Arsenais Reais da Marinha, e seus pertences já estabelecidos, ou que houverem de se estabelecer no futuro em todo continente do Brasil, Ilhas adjacentes, e domínios ultramarinos; nos cortes, e conduções de Madeiras, assim para as construções navais, como para outros usos da Marinha Real; e finalmente em tudo quanto for concernente, e possa concorrer para o melhor desempenho das sobre mencionadas incumbências. Determinando igualmente, que deverá exercer este posto junto à Minha Real Pessoa e imediatamente, sem interposição de outra qualquer Autoridade. O Concelho Supremo Militar o tenha assim entendido, e mande passar os despachos necessários.

Palácio do Rio Janeiro em treze de Maio de mil oitocentos e oito

Com a Rubrica Do Principe Regente n.s.

Oficiais Generais

Almirantes
1. Almirante José Sanches de Brito
Nasceu em (?) e Faleceu em 05 de Janeiro de 1798. Promovido a Capitão-Tenente em 1751 fez principalmente a carreira da India até 1780. Em 1772 é promovido a Capitão-de-mar-e-Guerra. Em 03 de Outubro de 1780, S. M. nomeou por decreto de 15 de Setembro de 1780 a Coronel do Mar (Chefe de Divisão) José Sanches de Brito. Foi Comandante da Esquadra do Estreito em 14 de Dezembro de 1792 deixava o comando da esquadra do Estreito o Tenente-general Sanches de Brito, regressando a Lisboa levando os navios de guerra sob as suas ordens, chegou ao Tejo a 21 de Dezembro de 1792. Em 20 de Março de 1793 é o Comandante do Estado Maior da III Esquadra a Esquadra de Reserva que estava ancorada em frente do Arsenal. De Junho de 1793 a Agosto de 1793 foi nomeado comandante da Esquadra do Canal. A Esquadra de guerra que saiu de Lisboa para Plymouth. A esquadra teve ordem de ficar á inteira disposição do Almirantado Britânico devendo executar sem limitações as suas ordens. Conselheiro do Almirantado na sua 1ª sessão em 22 de Junho de 1795. Em Lisboa no Palácio Real de Queluz em 19 de Junho de 1796 recebia das mãos do Principe Regente D. João a Ordem de Avis. Na cidade de Lisboa a 5 de Janeiro de 1798 faleceu o Almirante José Sanches de Brito, Conselheiro do almirantado e Almirante da Armada Real.

Folha de assentamentos de ‘José Sanches de Brito’

1751 - Capitão-Tenente.

1772 Capitão-de-mar-e-Guerra.

1780 - Chefe de Divisão.

1789 - Chefe de Esquadra.

1796 - Vice-Almirante.

1798 - Almirante.

Embarques;

Capitão-tenente

1. Embarque e comandante da Nau de Linha da India ‘N. S. Misericórdia’ com 54 peças de artilharia. Embarque a 1751 e desembarque a 06.01.1752.

2. Embarque e comandante da Nau de Linha ‘N. S. da Arrábida’ com 64 peças de artilharia. Embarque a 07.07.1753 e desembarque a 06.03.1752.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque e comandante da Nau de Linha da India ‘Madre de Deus’ com 64 peças de artilharia. Embarque a 18.06.1779 e desembarque a 20.07.1780.

Chefe de Divisão

1. Embarque e comandante da Nau de Linha da India ‘Nau N. S. da Conceição’ com 94 peças de artilharia. Embarque a 04.11.1780 e desembarque a 1781.

2. Almirante Bernardo Ramires Esquivel

Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Promovido a Capitão-Tenente em 20 de Julho de 1752, saiu do porto de Lisboa em 16.03.1780 na nau de guerra N. S. do bom Sucesso para o Rio de Janeiro, no dia 3 de Outubro de 1780 foi promovido a Coronel do Mar, faz parte das naus e fragatas que S. M. manda preparar para estarem prontas em 4 de Novembro de 1780 como comandante da 2ª Divisão da Frota do Oceano. Em 1793 é promovido a Tenente General e Comandante da II Esquadra da Frota Portuguesa. A 25 de Dezembro de 1795 é o Comandante-em-Chefe da Esquadra do Atlântico a 25 de Julho de 1796 entra no Tejo escoltando um comboio de 60 navios mercantes. Conselheiro do Almirantado.

Folha de assentamentos de ‘Bernardo Ramires Esquivel’

1780 - Chefe de Divisão.

1793 - Tenente General.

1796 - Vice-Almirante.

1800 - Almirante.

Embarques

Chefe de Divisão

1. Embarque na Nau de Linha ‘N. S. do Pilar’ com 74 peças de artilharia. Embarque a 04.11.1780 e desembarque a 21.07.1781.

Tenente-General

1. Embarque na Nau de Linha ‘N. Sra. da Conceição’ com 94 peças de artilharia. Embarque a 20.03.1793.

2. Embarque na Nau de Linha ‘Principe Real’ com 94 peças de artilharia. Embarque a 25.12.1795 e desembarque a 25.07.1796.

3. Almirante Manuel da Cunha Sottomayor

Nasceu (?) e Faleceu em 27 de Maio de 1810. Promovido a Capitão-Tenente a 3 de Outubro de 1780, por decreto de 15 de Setembro do mesmo ano, em 4 de Novembro de 1780 faz parte da ‘Esquadra do Oceano’. Promovido a Capitão-de-mar-e-guerra em 1791, entrou no Tejo a 28 de Agosto de 1792 na fragata golfinho sendo o seu primeiro comando. A 3 de Março de 1793 saiu do Tejo, na Nau ‘Medusa’ para reforçar a esquadra do estreito que estava a ser preparada no porto do arsenal da marinha em Lisboa, a 7 de Março de 1793 ancorava no porto de Gibraltar. Chefe provisório da ‘Esquadra do Estreito’ em 22 de Julho de 1793 derivado ao seu comandante ter sido chamado a Lisboa. A 31 de Maio de 1795 é nomeado comandante da Frota que partiu rumo ao Rio de Janeiro em missão de controlo, corso e patrulha. Por Decreto de 10 de Setembro de 1795, foi promovido a Chefe de Divisão. Em 1807 foi o Comandante da Frota Portuguesa como Vice-Almirante que levou a família Real para o Brasil. Conselheiro do Almirantado, Ministro do Superior Tribunal Militar nomeado em 01 de Abril de 1808 no Rio de Janeiro, tomou posse no mesmo dia e foi afastado no dia de sua morte em 27 de Maio de 1810.

Folha de assentamentos de ‘Manuel da Cunha Sottomayor’

1780 - Capitão-Tenente de Mar e Guerra.

1795 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1796 - Chefe de Divisão - Comodoro.

1807 - Contra-Almirante.

1808 - Vice-Almirante.

1810 - Almirante.

Embarques

Capitão-tenente

1. Embarque na Nau de Linha ‘Bom Sucesso’ com 74 peças de artilharia, comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra José de Sousa Castelo Branco. Embarque em 04.11.1780 e desembarque no mesmo ano.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque e primeiro comando na Fragata ‘Golfinho’ de 34 peças de artilharia. Embarque em 14.11.1791 e desembarque a 29.08.1792.

2. Embarque na Nau de Linha ‘Medusa’ com 74 peças de artilharia. Embarque a 03.03.1793 e desembarque a 09.03.1793.

3. Embarque na Fragata ‘Princesa Carlota’ com 44 peças de artilharia. Embarque a 09.03.1793.

4. Embarque na Nau de Linha ‘Infante dom Pedro’ com 74 peças de artilharia. Embarque a 31.05.1795 e desembarque a 25.07.1795.

Chefe de Divisão

1. Embarque na Nau de Linha ‘Infante dom Pedro’ com 74 peças de artilharia. Embarque a 25.07.1795 e desembarque a 27.07.1796.

Vice-Almirante

1. Embarque na Nau de Linha ‘Principe Real’ com 94 peças de artilharia. Embarque a 29.11.1807 e desembarque a 23.12.1808.

4. Almirante Rodrigo Pinto Guedes
         
(Barão do Rio da Prata)

Nasceu a 17 de Julho de 1762 e Faleceu em 13 de Junho de 1843. A sua ‘folha de serviços’ são principalmente serviços em terra. Secretário do almirantado, no fim do século XVIII. Foi nomeado para vários serviços no Ministério da Marinha. Preferiu a carreira da marinha, em que foi reconhecido cadete a 07 de Setembro de 1781 e atingiu o posto de almirante a 15 de Novembro de 1817, no qual se aposentou a 11 de Maio de 1832. Publicou o "Regulamento dos sinais para ter uso a bordo dos navios de guerra", em 1798. Conselheiro do Almirantado, Ministro do Superior Tribunal Militar nomeado em 01 de Abril de 1808, tomou posse no mesmo dia no Rio de Janeiro e foi afastado no dia de sua morte.

Folha de assentamentos de ‘Rodrigo Pinto Guedes’

1781 - Cadete - escola naval.

1808 - Vice-Almirante.

1817 - Almirante.

Embarques

Não tenho conhecimento de nenhuma comissão em alto mar.

5. Almirante Francisco de Sousa Coutinho

Nasceu em (?) e Faleceu em 19 de Novembro de 1820. Pelo Decreto de 10 de Setembro de 1795 foi nomeado Chefe de Divisão. Conselheiro do Almirantado, Ministro do Superior Tribunal Militar nomeado em 01 de Abril de 1808, tomou posse no mesmo dia no Rio de Janeiro e foi afastado no dia de sua morte. Cavaleiro da ordem de Malta, almirante da armada real, governador do Grão Pará.

Folha de assentamentos de ‘Francisco de Sousa Coutinho’

1795 - Chefe de Divisão - 1797 - Comodoro.

1808 - Vice-Almirante.

1817 - Almirante.

Vice-Almirantes

1. Vice-Almirante Pedro de Mariz de Sousa Sarmento


Nasceu em 12.08.1745 e Faleceu em 23.03.1822. No ano de 1792 era chefe de divisão quando o governo resolveu enviar ao Rossilhão uma divisão auxiliar para socorrer a Espanha contra as forças da República francesa. Sousa Sarmento foi encarregado de comandar a esquadrilha composta das naus, Medusa, S. Sebastião, Bom Sucesso e da fragata Vénus, que saiu do Tejo a 20 de Setembro de 1793 escoltando um comboio de 14 navios de transporte que levava a divisão portuguesa. Foi triste a viagem. Ventos ponteiros, tempestade, doenças a bordo a fizeram prolongada e fatigante. Saídos de Portugal a 20 de Setembro só a 9 de Novembro desembarcaram os nossos soldados em Rosas, na Catalunha. Sousa Sarmento não continuou a exercer comandos importantes.

Folha de assentamentos de ‘Pedro de Mariz Sousa Sarmento’

1762 - Soldado do regimento de cavalaria do Cais.

1764 - Guarda-marinha.

1768 - Tenente do mar.

1774 - Capitão-tenente.

1785 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1791 - Chefe de Divisão.

1797 - Contra-Almirante.

1801 - Vice-Almirante graduado.

1803 - Vice-Almirante efectivo.

Folha de Ordens de ‘Pedro de Mariz Sarmento’

19.12.1785 - Ajudante de ordens da Marinha.

27.10.1796 - Inspector da Cordoaria.

12.06.1797 - Conselheiro do Almirantado supranumerário.

12.06.1797 - Deputado da Real Junta de Fazenda da Marinha.

13.05.1803 - Conselheiro do Almirantado efectivo.

Embarques

Guarda-Marinha

1. Embarque na Nau de Linha ‘S. José e N. S. das Mercês’ com 64 peças de artilharia comandada pelo Coronel do mar conde de S. Vicente. Embarque a 04.07.1765 e desembarque a 18.09.1765.

2. Embarque na Nau de Linha ‘N. Senhora da Natividade’ com 50 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Francisco Miguel Aires. Embarque a 22.07.1766 e desembarque a 29.10.766.

3. Embarque na Nau de Linha ‘Santo Antonio e S. José’ com 74 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Roberto Mac Donald. Embarque a 11.02.1768 e desembarque a 26.03.1768.

4. Embarque na Fragata ‘N. Senhora da Graça’ com 44 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra João Nicolau Sehmerkell. Embarque a 09.11.1768 e desembarque a 01.12.1768.

Tenente do mar

1. Embarque na Fragata ‘N. Senhora da Nazaré’ com 44 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra João Nicolau Sehmerkell. Embarque a 01.12.1768 e desembarque a 02.10.1769.

2. Embarque na Fragata ‘N. Senhora da Graça’ com 44 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Roberto Mac Donald. Embarque a 18.03.1770 e desembarque a 12.07.1770.

3. Embarque na Fragata ‘S. João Baptista’ com 38 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra João Nicolau Sehmerkell. Embarque a 19.11.1770 e desembarque a 15 de Agosto de 1772.

4. Embarque na Fragata ‘N. Senhora da Nazaré’ com 44 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Roberto Mac Donald. Embarque a 04.08.1773 e desembarque a 09.07.1774.

Capitão-tenente

1. Embarque na Nau de Linha ‘Santo Antonio e S. José’ com 74 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra José da Silva Pimentel. Embarque em 1774 e desembarque em Novembro do mesmo ano.

2. Embarque e primeiro comando no Corsário ‘Santíssimo Sacramento’ com 14 peças de artilharia comandada pelo Capitão tenente Pedro de Mariz. Embarque em 14.11.1774 e desembarque 20.02.1776.

3. Embarque no Corsário ‘Invencível’ com 14 peças de artilharia comandada pelo Capitão-tenente Pedro de Mariz. Embarque em 20.02.1776 e desembarque a 23.05.1777.

4. Embarque na Nau de Linha ‘Santo Antonio e S. José’ com 74 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Artur Philips. Embarque a 23.05.1777 e desembarque em 20.08.1778.

5. Embarque na Nau de Linha ‘N. S. do Bom Sucesso’ com 74 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra João Caetano Viganego. Embarque a 07.03.1782 e desembarque em 26.11.1782.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque na Fragata ‘Tritão’ com 44 peças de artilharia comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Pedro de Mariz. Assumiu o comando em 11.07.1786 e desembarque em Setembro de 1790.

Chefe de Divisão

1. Embarque na Fragata ‘Princesa Carlota’ com 44 peças de artilharia. Assumiu o comando em 19.11.1792. Tomou o comando da esquadra do Estreito em 14.12.1792 em Gibraltar. Passou o seu distintivo para a Nau de Linha ‘Medusa’ em 09.03.1793.

2. Embarque na Nau de Linha ‘Medusa’ com 74 peças de artilharia. Navio-Chefe de Pedro Mariz no estreito desde 09.03.1793. Entregou o comando da esquadra em 22.07.1793. Assumiu o comando da expedição ao Roussillon em Agosto de 1793. Recolheu ao Tejo em 11.12.1793.

3. Embarque na Nau de Linha ‘Maria I’ com 74 peças de artilharia. Assumiu o comando a 21.05.1794. Exerceu o comando da esquadra do canal desde aquela data até 06.07.1794 Desembarque a 30.03.1795.

2. Vice-Almirante D. Domingos Lima, 7º Marquês de Niza



Nasceu em 30 de Dezembro de 1765 e Faleceu em 30 de Junho de 1802. Almirante D. Domingos Xavier de Lima, 7º Marquês de Niza, foi Almirante da Marinha Portuguesa num dos seus períodos áureos, entre o final do século XVIII e o início do século XIX. Aos quinze anos voluntariou-se para embarcar na nau "Nossa Senhora do Pilar", sendo no ano seguinte promovido a Tenente de Mar. Em 1782 recebe ordens para entrar na Real Academia da Marinha, tendo feito parte do primeiro lote de alunos da nova instituição, criada por acção do ministro D. Martinho de Melo e Castro. Em 1783 embarca na nau "Nossa Senhora do Bom Sucesso" e depois na fragata "S. João Baptista" que faziam ambas parte da Esquadra de guarda-costa. Aos vinte anos tem o seu baptismo de fogo no ataque a Argel, no contexto da expedição punitiva conjunta de Portugal e da Espanha contra os piratas argelinos. Esta expedição irá proporcionar-lhe a primeira oportunidade de mostrar o seu valor, valendo-lhe o ser nomeado para chefe do estado-maior da esquadra portuguesa, e posteriormente a promoção a Capitão-Tenente. Nos anos seguintes (1787 a 1789) é destacado para a Esquadra do Estreito, comandada pelo Coronel-do-Mar José de Mello Breyner, embarcando sucessivamente na nau "Medusa", fragata "Cisne" e nau "Nossa Senhora da Conceição". A 16 de Dezembro de 1789 era, aos 24 anos, promovido a Capitão-de-Fragata, recebendo então o seu primeiro comando, a novíssima fragata "Príncipe do Brasil", de 40 peças, lançada ao mar no mesmo ano e parte da Esquadra do Estreito, sob o comando do Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel (futuro Visconde de Estremoz). D. Domingos Xavier de Lima foi provavelmente o primeiro comandante do navio. No final da missão recebe do seu comandante o seguinte louvor: "Comandante mais pronto, mais inteligente e exacto em cumprir todos os sinais e todas as ordens que lhe foram dirigidas". Em 16 de Dezembro de 1791, já com o título de Marquês de Niza, é promovido a Capitão-de-Mar-e-Guerra e recebe o comando da fragata "São Rafael", de 44 peças. É neste navio que vai levar o seu irmão D. Lourenço de Lima, Enviado Extraordinário junto ao Rei da Sardenha, a Nápoles, na esquadra do chefe-de-esquadra (contra-almirante) Sanches de Brito. Pouco depois do regresso desta missão recebe o seu terceiro comando, a nau "Vasco da Gama" (74 peças), lançada ao mar em Dezembro de 1792. Logo em Maio do ano seguinte (1793), integra, ao comando da Nau Vasco da Gama, a esquadra de auxílio à Inglaterra enviada nesse ano para o Canal da Mancha a pedido do governo inglês e constituída por seis naus, duas fragatas e dois bergantins. A Inglaterra encontrava-se então em guerra com a França revolucionária, encabeçando uma coligação de várias monarquias europeias que pela via militar procuravam conter ou mesmo reverter as consequências da Revolução Francesa. Muito embora o governo português tenha procurado manter-se neutro, evitando a participação directa no conflito, pela necessidade de preservar o vasto império colonial português. Em termos práticos esta opção estratégica significou sempre o alinhamento com a Inglaterra, principal potência marítima da época. Sem grandes acções navais esta primeira esquadra auxiliar acabaria por se ver forçada a regressar a Lisboa antes da junção com a restante esquadra aliada, devido aos estragos provocados por uma sucessão de violentas tempestades. Apesar de uma segunda esquadra ter sido imediatamente despachada em sua substituição, D. Domingos já não tomaria parte nesta missão, por ter entretanto decidido juntar-se à expedição militar enviada por Portugal para o Rossilhão, onde em conjunto com um exército espanhol iria participar na invasão conjunta de França pelos exércitos da Primeira Coligação. Em 25 de Junho de 1793 obtém a exoneração do comando da nau Vasco da Gama, recebendo em Outubro a autorização régia para se juntar à expedição do Rossilhão como voluntário. Apesar dos reveses, e das pesadas baixas sofridas pelo contingente português, é elogiado pelo comando misto luso-espanhol, mas a retirada dos exércitos para longe da linha da frente levam-no a solicitar a sua reintegração na Marinha. É assim que em 1794 recebe o comando da nau "Rainha de Portugal" (74 peças), parte da esquadra do Almirante Vale, que realizava operações conjuntas com a esquadra de Lord Howe, na escolta de navios na zona do Estreito. Em 10 de Setembro de 1795, aos trinta anos, com a promoção a Chefe de Divisão ascende a oficial general, e comanda pela primeira vez uma esquadra, composta das naus "Rainha de Portugal" (cujo comando manteve até Dezembro de 1796) e "Princesa da Beira", das fragatas "Ulisses" e "Tritão", e do bergantim "Gaivota do Mar", em cruzeiro na costa continental portuguesa. Dois anos depois (10 de Junho de 1797) é promovido a Chefe de Esquadra, logo seguido a 23 de Julho do seu segundo comando de uma força naval. Esta compõe-se de sete navios: as Naus "Príncipe Real", "Rainha de Portugal", "Afonso de Albuquerque", "Medusa" e "S. Sebastião", a Fragata "Andorinha", e o bergantim "Lebre". A zona de intervenção desta esquadra alarga-se mais para Sul, até ao Estreito de Gibraltar. A par da protecção da navegação mercante nacional dos piratas berberes, coopera com o almirante britânico John Jervis em acções contra a esquadra francesa. A sua experiência na guerra terrestre na Catalunha não terá sido esquecida quando, no final desse ano, é nomeado Inspector da recém-criada Brigada Real de Marinha, uma unidade criada de raiz para servir como infantaria de marinha (a longínqua antepassada dos Fuzileiros). O Marquês de Niza, é nomeado comandante da força naval portuguesa composta pelas naus "Príncipe Real" (navio-almirante, de 90 peças) e "Rainha de Portugal", aos quais se irão juntar no mar as naus "Afonso de Albuquerque" (de 64 peças) e "S. Sebastião" (de 64 peças), a fragata "Benjamim" (26 peças) e o bergantim "Falcão" (24 peças), que zarpa de Lisboa a 5.5.1798 para o Mar Mediterrâneo para se juntar à Frota do Inglesa do Almirante Nelson e chega a Lisboa a 28 de Abril de 1800. Já em Portugal o Marquês de Nisa recebe o reconhecimento oficial da Coroa Britânica, e o Príncipe Real agracia-o em carta régia de 6 de Junho. Nomeado embaixador na corte do Czar Alexandre I da Rússia, no final de 1800, o Marquês de Niza chega à Rússia imediatamente antes da coroação, à qual assiste. De regresso a Portugal, foi surpreendido em Konigsberg por um ataque de varíola, ao qual não resistiu. A 30 de Junho de 1802 falecia o Almirante D. Domingos Xavier de Lima, 7º Marquês de Niza, Almirante da Marinha Portuguesa e gentil-homem da câmara da Rainha de Portugal D. Maria I.

Comissões e Promoções do ‘Vice-Almirante Don Domingos Xavier de Lima, 7º Marquês de Nisa’

1781 - Promovido a Tenente de Mar, Comissão na Nau 'Nossa Senhora do Pilar'.

1782 - Entra na Academia Real da Marinha como Cadete.

1783 - Embarca na Nau 'Nossa Senhora do Bom Sucesso' e depois na Fragata 'S. João Baptista' que faziam ambas parte da Esquadra de guarda-costa. Primeiro como Aspirante e depois como Guarda- Marinha ou Subtenente.

1784 - Nomeado para Chefe do Estado-Maior da Esquadra Portuguesa, e posteriormente a promoção a Capitão-Tenente.

1787-1789 - É destacado para a Esquadra do Estreito, comandada pelo Coronel-do-Mar José de Mello Breyner, embarcando sucessivamente na Nau de Linha 'Medusa', na Fragata 'Cisne' e na Nau de Linha 'Nossa Senhora da Conceição'.

16.12.1789 - Aos 24 anos, é promovido a Capitão-de-Fragata, recebendo então o seu primeiro comando, a novíssima Fragata 'Príncipe do Brasil', de 40 peças, lançada ao mar no mesmo ano e parte da Esquadra do Estreito, sob o comando do Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel (futuro Visconde de Estremoz). Don Domingos Xavier de Lima foi provavelmente o primeiro comandante do navio.

16.12.1791 - Já com o título de Marquês de Nisa, é promovido a Capitão-de-Mar-e-Guerra e recebe o comando da Fragata 'São Rafael', de 44 peças.

1792 - Recebe o seu terceiro comando com a patente de Capitão-de-Mar-e-Guerra, a Nau 'Vasco da Gama' (74 peças), lançada ao mar em Dezembro de 1792.

1793 - Integra em Maio, ao comando da Nau Vasco da Gama, a Esquadra de auxílio à Inglaterra enviada nesse ano para o Canal da Mancha a pedido do governo inglês e constituída por seis Naus, duas Fragatas e dois Bergantins.

1794 - Recebe o comando da Nau 'Rainha de Portugal' de 74 peças, parte da esquadra do Vice-Almirante Antonio Januário do Valle, que realizava operações conjuntas com a Esquadra do Almirante Lord Howe, na escolta de navios na zona do Estreito.

10.09.1795 - Aos trinta anos, com a promoção a Chefe de Divisão ascende a Oficial General, e comanda pela primeira vez uma esquadra, composta das Naus de Linha 'Rainha de Portugal' e 'Princesa da Beira', das Fragatas 'Ulisses' e 'Tritão', e do Bergantim 'Gaivota do Mar', em missão de guarda-costa no continente português.

10.06.1797 - É promovido a Contra-Almirante, logo seguido a 23.07.1797 do seu segundo comando de uma força naval. Esta compõe-se de sete navios: as Naus de Linha 'Príncipe Real', 'Rainha de Portugal', 'Afonso de Albuquerque', 'Medusa' e 'S. Sebastião', a Fragata 'Andorinha', e o Bergantim 'Lebre'. A zona de intervenção desta esquadra alarga-se mais para Sul, até ao Estreito de Gibraltar. A par da protecção da navegação mercante nacional dos piratas berberes, coopera com o Almirante John Jervis em acções contra a esquadra francesa.

1798-1800 - O Marquês de Nisa, é nomeado comandante da esquadra portuguesa com a patente de Vice-Almirante composta pelas Naus de Linha 'Príncipe Real' navio-almirante, de 96 peças e 'Rainha de Portugal' de 74 peças, aos quais se irão juntar no mar as naus 'Afonso de Albuquerque' de 64 peças' e 'S. Sebastião' de 64 peças, a Fragata 'Benjamim' de 26 peças e o bergantim "Falcão" com 24 peças, que zarpa de Lisboa a 05.05.1798 para o Mar Mediterrâneo para se juntar à Frota Inglesa do Almirante Nelson e chega a Lisboa a 28.04.1800.

1800-1802 - O Marquês de Nisa, é nomeado embaixador na corte do Czar Alexandre I da Rússia, no final de 1800.

1802 - Almirante da 'Frota da Armada Portuguesa' e gentil-homem da câmara da Rainha de Portugal D. Maria I.

3. Vice-Almirante Henrique da Fonseca de Sousa Prego

Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Comodoro da Marinha Real Portuguesa desde 08 de Março de 1808 a 17 de Dezembro de 1815. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real por alvará de 12 de Fevereiro de 1781 nasceu em Lisboa, na freguesia de S. Tomé. Seguiu a vida militar, tendo assentado praça de guarda marinha por nomeação de 08 de Fevereiro de 1783. Provido em Tenente do Mar por decreto de 28 de Setembro de 1784, passou sucessivamente a Capitão Tenente, Capitão-de-fragata e Capitão-de-mar-e-guerra, por decretos datados de 16 de Dezembro de 1791, 20 de Outubro de 1796 e 05 de Outubro de 1797. Foi depois promovido em Intendente da Marinha da cidade de S. Salvador da Baía, no Brasil, por decreto de 17 de Dezembro de 1802. Quando a Família Real partiu para o Brasil em 27 de Novembro de 1807, preservando a Independência Nacional encarnada pela soberana, S. M. R. D. Maria I, Sousa Prego estava encarregado da retaguarda da esquadra, no comando da Nau Medusa, que largou o porto de Lisboa a 29 de Novembro de 1807. Por decretos datados de 08 de Março de 1808 e 17 de Dezembro de 1815 passou, respectivamente, a Chefe de Divisão e a Chefe de Esquadra Graduado. Neste posto foi encarregado, pelo Príncipe Regente D. João, de comandar a esquadra que do porto de Livorno conduziu a Princesa Real D. Maria Leopoldina de Habsburgo-Lorena ao Rio de Janeiro, onde chegou a 05 de Dezembro de 1817. Passara, entretanto, a Vice-Almirante graduado, por decreto de 15 de Novembro de 1817, com efectivação em 12 de Outubro de 1818. Foi comandante da esquadra da Província da Baía de Todos os Santos, no Brasil, e depois nomeado Governador e Capitão General dos Açores. Faleceu nas Gaeiras, termo de Óbidos, na quinta dos seus amigos Pinheiros.

Folha de assentamentos de ‘Henrique da Fonseca de Sousa Prego’

1783 - Guarda-marinha.

1784 - Tenente do mar.

1791 - Capitão-tenente.

1796 - Capitão-de fragata.

1797 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1808 - Comodoro.

1815 - Contra-Almirante.

1817 - Vice-Almirante graduado.

1818 - Vice-Almirante efectivo.

Folha de Ordens de ‘Henrique da Fonseca de Sousa Prego’

12-02-1781- Cavaleiro Fidalgo da Casa Real.

17-12-1812- Intendente da Marinha da cidade de S. Salvador da Baía, no Brasil.

4. Vice-Almirante Luiz da Motta Feo e Torres

Nasceu a 16.03.1769 na freguesia dos Olivais e faleceu a 26.05.1823. Assentou praça como Guarda-Marinha em 23 de Abril de 1783 com 14 anos, por despacho do Marquez de Anjeja Capitão General dos Galeões de alto bordo, e inspector da Marinha. Frequentou os estudos na Academia de Guarda-Marinhas, sendo pois Guarda-Marinha embarcou na Nau de Linha Bom Sucesso que era seu comandante o Capitão-de-mar-e-guerra Antonio Januário do Valle o que era comandante de uma divisão com mais duas Fragatas, o seu destino de fundear na baia de Tanger, passando depois cruzar na boca do de Gibraltar. Começou esta missão em 24 de Abril de 1786 até 15 de Julho do mesmo ano, época que regressou á academia até completar os seus estudos. Por Decreto de 2 de Janeiro de 1788 foi promovido a tenente do mar, e por aviso da secretaria de estado da repartição da marinha de 14 de Julho de 1788 foi nomeado, Brigadeiro da 3ª Brigada da companhia dos Guardas-Marinhas. Sendo Tenente do Mar embarcou na Nau de Linha Prazeres que era comandante da Nau o Marechal de Campo com exercício na marinha Bernardo Ramires Esquivel que comandava a divisão de mais duas Fragatas cujo destino era o Estreito de Gibraltar. Esta comissão começou a 5 de Agosto de 1778, finalizando em 1 de Dezembro do mesmo ano. No mesmo posto embarcou na Nau de Linha Conceição que a bordo ia o comandante da Esquadra o Coronel do Mar José de Mello Breiner. Esta Esquadra foi destinada ao cruzeiro do Estreito de Gibraltar. A sua comissão principiou em 7 de Abril de 1789, finalizando em 1 de Setembro do mesmo ano. Nestes dois últimos embarques foi encarregado do comando e instrução dos Guardas-Marinhas que compunham os destacamentos a bordo das referidas naus. No referido posto embarcou na Fragata Príncipe do Brasil comandada pelo Capitão-de-fragata D. Domingos Xavier de Lima que fazia parte da Esquadra comandada pelo Tenente-General bernardo Ramires Esquivel tinha como missão um cruzeiro ao Estreito de Gibraltar que teve inicio em 18 de Março de 1790 e finalizando em 20 de Setembro do mesmo ano. Ainda com o posto de Tenente do Mar embarcou na Fragata Minerva comandada pelo chefe de Divisão Antonio Januário do Valle, fazendo parte da Esquadra comandada pelo Chefe de Esquadra José de Mello Breiner tendo como missão a passagem pelo Estreito e pela costa do Mediterrâneo. A Fragata entrou por diversas vezes na baia de Gibraltar e uma no porto de Malaga. A comissão começou a 10 de Março de 1791 e terminado em 24 de Março de 1792. Entretanto por decreto de 16 de Dezembro de 1791 foi promovido a Capitão Tenente. Como Capitão-Tenente embarcou na Fragata S. Rafael Comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Marquês de Niza. A Fragata fazia parte da Esquadra comandada pelo Chefe de Esquadra José Sanches de Brito. O seu destino foi ir a Nápoles, Calheri, e cruzar no estreito de Gibraltar. A Comissão principiou a 29 de Abril de 1792 e terminou a 29 de Outubro do mesmo ano. Como Capitão-Tenente embarcou na Nau de Linha Medusa Comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Manoel da Cunha de Sottomayor tendo indo ter com a Esquadra do Estreito comandada pelo Chefe de Divisão Pedro Mariz, passou este a sua insígnia para a nau de Linha Medusa e o Capitão-Tenente Luiz da Motta Feo e Torres e o seu comandante Capitão-de-mar-e-guerra Manoel da Cunha de Sottomayor (tendo principiado a campanha em 21 de Fevereiro de 1793), passarão para a Fragata Carlota em 9 de Março do mesmo ano, e em 1 de Dezembro para a Nau de linha Maria I, onde ficou ao serviço, até á conclusão da missão quando entrou no Tejo e chegou ao porto de Lisboa, tendo já a patente de Capitão-de-fragata, por decreto de 16 de Dezembro de 1793. Sendo Capitão-de-fragata continuou no activo passando imediatamente a embarcar na Nau de Linha Rainha de Portugal comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Marquês de Niza, fazendo parte da Esquadra do Canal comandada pelo Chefe de Esquadra Antonio Januário do Valle tinha como missão incorporar-se na Esquadra Inglesa comandada pelo Almirante Lord How. Feita a junção das esquadras foram feitos vários cruzeiros sobre a costa inglesa e francesa. Entrou nos portos de Portsmouth, no porto de Plymouth e na baia de Torbay, e tendo até certa altura dado comboio a mais de mil navios. Partiu para o porto de Lisboa onde entrou a 27 de Abril de 1795. Como Capitão-de-fragata teve o seu primeiro comando com comandante do Bergantim Lebre de 22 peças de artilharia, por aviso de 29 de Maio de 1795, fez parte da Esquadra comandada pelo Chefe de Divisão Joaquim Francisco de Mello e Povoas, destinada para ir para o Estreito de Gibraltar. Nesta missão fez vários cruzeiros pela costa do Norte de África, entrou nas baias de Gibraltar, Ceuta e Tetuão. A 22 de Novembro de 1796 entrou no porto de Lisboa, e por decreto de 20 de Outubro de 1796 é promovido a Capitão-de-mar-e-guerra. Com o novo posto recebeu o comando da Fragata Ulisses por aviso de 23 de Dezembro de 1796, tinha como missão de ir á baia de Tanger levar presentes ao Imperador de Marrocos, e depois cruzar o estreito de Gibraltar. A primeira missão foi completada com sucesso, a segunda derivado a uma epidemia voltou para Lisboa em 31 de Janeiro de 1797. A 17 de Abril de 1797 é nomeado para comandar as Baterias flutuantes e as Barcas canhoneiras da defesa do porto de Lisboa. Por decreto de 17 de Outubro de 1797 é promovido a Chefe de Divisão e nomeado comandante da 1ª Divisão da Brigada Real da Marinha, finalizou o comando da defesa do porto de Lisboa a 16 de Novembro de 1797. Em 1798 recebe novamente a missão de defender o porto de Lisboa acumulando com o comando da 1ª Divisão. No ano seguinte continuou com as mesmas funções como comandante da 1ª Divisão da Brigada Real da Marinha onde disciplinou e organizou durante a separação do marquês de Niza inspector-geral de toda a Brigada que por nomeação régia era comandante da Esquadra do Mediterrâneo. A 4 de Setembro de 1799 é nomeado comandante em Chefe da Esquadra que protegia um comboio de mais de cem Navios Mercantes com destino ao Brasil. Com este fim foi mandado embarcar na Fragata S. João Principe, e a 25 do mesmo mês foi mandado embarcar na Fragata Amazona, tendo debaixo das suas ordens a Divisão composta por 3 Fragatas, 2 Bergantins e 2 Charruas armadas. A Frota saiu de Lisboa a 19 de Março de 1800, permaneceu na Baia até 3 de Janeiro de 1801 onde recebeu ordens para rumar para o Rio de Janeiro para se juntar á Esquadra da América comandada pelo Chefe de Esquadra Paulo José da Silva Gama (por pouco tempo porque foi substituído pelo Chefe de divisão Donald Campbell). Continuando a servir na esquadra foi encarregado de várias missões entre elas o bloqueio do Rio da Prata ao comando da Nau de Linha Maria I. A missão levou 3 meses e foi capturado um Bergantim espanhol. Durante a missão esteve também ao comando da Nau de Linha D. João de Castro. Por decreto de 2 de Janeiro de 1802 foi nomeado Governador da Capitania da Paraiba do Norte onde esteve á frente do governo perto de 3 anos. Foi nomeado intendente da Marinha da cidade do Porto por decreto de 27 de Agosto de 1804. Chegando a Lisboa em 1805 não teve efeito a nomeação de intendente, porque foi nomeado comandante da Esquadra do Estreito com a missão de rumar a Argel para tratar a paz e resgate. Para isso com ordens de 21 de Dezembro de 1805, embarcou na Fragata Princesa com destino ao estreito de Gibraltar para assumir o comando da Esquadra que era composta por duas Naus de Linha, duas Fragatas e dois Bergantins, o seu distintivo foi arvorado na Nau de Linha Rainha de Portugal. A partir dos inícios de 1806 inicia a sua missão partindo para o porto de Argel mas derivado ao mau tempo esteve em grande risco na costa tunisina o que fez que anulasse a missão até ter condições de a prosseguir, fez vários cruzeiros até ter condições de voltar ao porto de Argel onde desembarcou e esteve sete dias em negociações sendo impossível alcançar o fim proposto. Perdidas então a possibilidade de paz voltou para o porto do Estreito de Gibraltar. A partir do porto do estreito faz vários cruzeiros pelo Norte de Africa e também no Oceano foram capturados dois Corsários argelinos e bloqueados outros dois, um em S. Lucar de Barrameda e o outro em Arzila que não tiveram outro remédio senão venderem as embarcações para não serem capturadas. Fez também a Esquadra outro bloqueio a dois Corsários em Ceuta, e capturou três Polacas aos Tripolitanos que tinham capturado um Navio Mercante Hamburguês que se abrigara perto do Forte da Ericeira. Finalizou a missão em Setembro de 1806. Não partiu para o Brasil em 1807 com a família real ficando em Portugal retirado dos seus serviços. Em 1811 tendo recebido ordens para se deslocar para o Brasil, partiu do porto de Lisboa a 11 de Maio do mesmo ano e chegou ao Rio de Janeiro no fim de Junho de 1811, logo foi recebido por S. A. Real e recebido a Ordem de são Bento de Avis e foi condecorado ao posto de Chefe de Esquadra. Por decreto de 13 de Maio de 1815 foi nomeado a Governador e Capitão General do Reino de Angola e a 24 de Junho do mesmo ano foi promovido a Vice-Almirante. 

Contra-Almirantes

1. Contra-Almirante António Januário do Vale

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), Em 2 de Fevereiro de 1779 aparece como Capitão-de-mar-e-guerra e Comandante de Fragata, em 4 de Novembro de 1780 é comandante da Nau de Linha ‘N. S. da Ajuda’ da Frota do Oceano. Promovido a Chefe de Divisão em? e em 1793 é Chefe de Esquadra e é o Comandante da 2ª divisão da II Esquadra da Frota Real Portuguesa a bordo da Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’. Segundo-Comandante da Esquadra Real do Atlântico. De Junho a Agosto de 1793 faz parte da ‘Esquadra do Canal’ a bordo da Nau de Linha ‘Vasco da Gama’. Em 12 de Julho de 1794 é nomeado Comandante da ‘Esquadra do Atlântico’. De Julho 31 de Julho de 1794 a 1 de Março de 1795 é o Comandante da Esquadra Do Canal’. Comandante do Estado Maior da ‘Esquadra do Oceano’ em 12 de Julho de 1794. A 20 de Janeiro de 1797 saiu do Tejo como Comandante em Chefe e tendo como seu Comandante do Estado-Maior da Esquadra o Major General Filippe Hancorn a ‘Esquadra do Oceano’ para o continente americano escoltando um comboio de 46 navios. Conselheiro do almirantado. Almirante da Armada Real.

Folha de assentamentos de ‘António Januário do Vale’

1779 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1789 - Chefe de Divisão.

1793 - Chefe de esquadra - 1797 - Contra-Almirante.

Embarques

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque na Fragata ‘N. S. da Nazaré’ com 44 peças de artilharia comandada pelo Capitão de Mar e Guerra Antonio Januário do Vale. Assumiu o comando em 1 de Fevereiro de 1779 e desembarque em Setembro de 1780.

2. Embarque na Nau de Linha ‘N. S. da Ajuda’ com 74 peças de artilharia. Comandante da Nau de Linha da ‘Esquadra do Oceano’ em 4 de Novembro de 1780. Recolheu ao Tejo em 11 de Dezembro do mesmo ano.

3. Embarque na Charrua ‘N. S. do Pilar’ em 1883. Recolheu ao Tejo em 5 de Julho de 1785.

Chefe de Esquadra

1. Embarque na Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’ com 74 peças de artilharia comandada pelo Comandante da 2ª Divisão da II Esquadra da Frota Real Portuguesa o Chefe de Esquadra Antonio Januário do Vale. Assumiu o comando em 20 de Março de 1793 e desembarque em Maio de 1793.

2. Embarque na Nau de Linha ‘Vasco da Gama’ com 74 peças de artilharia. Comandante da Nau de Linha da ‘Esquadra do Canal’ em Junho de 1793 recolheu ao Tejo em Agosto do mesmo ano.

3. Embarque na Nau de Linha ‘Vasco da Gama’ com 74 peças de artilharia. Comandante do Estado Maior da ‘Esquadra do Oceano’ a 12 Julho de 1794.

4. Embarque na Nau de Linha ‘Vasco da Gama’ com 74 peças de artilharia. Comandante da ‘Esquadra do Canal’ em 31 Julho de 1794 recolheu ao Tejo em 1 de Março de 1795.

5. Embarque na Nau de Linha ‘Conde D. Henrique’ com 74 peças de artilharia. Comandante da ‘Esquadra do Oceano’ em 20 de Janeiro de 1797 escoltando um comboio de 46 navios para o continente.

2. Contra-Almirante Pedro de Mendonça e Moura

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 1780 faz parte como oficial superior do estado-maior da ‘Frota do Oceano’. De Julho de 1793 a Agosto do mesmo ano faz parte da ‘Esquadra do Canal’ como comandante da Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’ como Chefe de Divisão.

Folha de assentamentos de ‘Pedro de Mendonça e Moura’

1780 - Capitão-de-mar-e-guerra.

Folha de assentamentos de ‘Pedro de Mendonça e Moura
1783-1788 - Guarda-marinha (Academia de Guarda-Marinha)
1788-1791 - Tenente do Mar
1791-1793 - Capitão-tenente
1793-1795 - Capitão-de-Fragata
1795-1796 - Capitão-de-mar-e-guerra
1796-1797 - Chefe de Divisão
1797-1811 - Chefe de Esquadra
1811-1823 - Vice-Almirante
Folha de Ordens de ‘Pedro de Mendonça e Moura
02.01.1802-1805 - Governador da Capitania da Paraiba do Norte
1811 - Ordem de são Bento de Avis
1815 - Governador e Capitão General do Reino de Angola
Embarques
Guarda-Marinha
1. Embarcou na Nau de Linha Bom Sucesso que era seu comandante o Capitão-de-mar-e-guerra Antonio Januário do Valle. Começou esta missão em 24 de Abril de 1786 até 15 de Julho de 1786.
Tenente-do-Mar
1. Embarcou na Nau de Linha Prazeres que era comandante da Nau o Marechal de Campo com exercício na marinha Bernardo Ramires Esquivel. Esta comissão começou a 5 de Agosto de 1778, finalizando em 1 de Dezembro de 1778.

2. Embarcou na Nau de Linha Conceição que a bordo ia o comandante da Esquadra o Coronel do Mar José de Mello Breiner. A sua comissão principiou em 7 de Abril de 1789, finalizando em 1 de Setembro de 1789.

Capitão-tenente

1. Embarcou na Fragata S. Rafael Comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Marquês de Niza. A Comissão principiou a 29 de Abril de 1792 e terminou a 29 de Outubro de 1792.

2. Embarcou na Nau de Linha Medusa Comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Manoel da Cunha de Sottomayor, passarão para a Fragata Carlota em 9 de Março de 1792, em 1 de Dezembro embarcou na Nau de linha Maria I, onde ficou ao serviço, até á conclusão da missão quando entrou no Tejo e chegou ao porto de Lisboa, tendo já a patente de Capitão-de-fragata, por decreto de 16 de Dezembro de 1793.

Capitão-de-Fragata

1. Teve o seu primeiro comando com comandante do Bergantim Lebre de 22 peças de artilharia, por aviso de 29 de Maio de 1795. A 22 de Novembro de 1796 entrou no porto de Lisboa.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Recebeu o comando da Fragata Ulisses por aviso de 23 de Dezembro de 1796, derivado a uma epidemia voltou para Lisboa em 31 de Janeiro de 1797.

2. A 17 de Abril de 1797 é nomeado para comandar as Baterias flutuantes e as Barcas canhoneiras da defesa do porto de Lisboa.

Chefe de Divisão

1. É nomeado comandante da 1ª Divisão da Brigada Real da Marinha, finalizou o comando da defesa do porto de Lisboa a 16 de Novembro de 1797.

2. Em 1798 recebe novamente a missão de defender o porto de Lisboa acumulando com o comando da 1ª Divisão.

3. Em 1799 contínua com as mesmas funções como comandante da 1ª Divisão da Brigada Real da Marinha.

4. A 4 de Setembro de 1799 é nomeado comandante em Chefe da Esquadra que protegia um comboio de mais de cem Navios Mercantes com destino ao Brasil. Embarcou na Fragata S. João Principe, e a 25 do mesmo mês foi mandado embarcar na Fragata Amazona. A Frota saiu de Lisboa a 19 de Março de 1800, permaneceu na Baia até 3 de Janeiro de 1801.

5. Chegando a Lisboa em 1805, foi nomeado comandante da Esquadra do Estreito. Para isso com ordens de 21 de Dezembro de 1805, embarcou na Fragata Princesa com destino ao estreito de Gibraltar.

6. A partir dos inícios de 1806 inicia a sua missão, o seu distintivo foi arvorado na Nau de Linha Rainha de Portugal. Finalizou a missão em Setembro de 1806.

1793 - Chefe de Divisão.

1795 - Chefe de esquadra.

Embarques

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque na Nau de Linha ‘N. S. da Conceição’ com 94 peças de artilharia. Embarcou em 04.11.1780.

Chefe de Divisão

1. Embarque na Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’ com 74 peças de artilharia como comandante. Embarcou em Julho de 1793 e desembarcou em Agosto do mesmo ano.

3. Contra-Almirante Bernardo Manuel de Sousa Vasconcelos

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), de 23 de Março de 1793 a Agosto do mesmo ano faz parte da Esquadra Real Portuguesa, comandada pelo, Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel. A bordo da nau de Linha Rainha de Portugal (navio comandante da 2ª Divisão) sendo o seu comandante do navio como Chefe de Divisão. Em 18.10.1797 por decreto foi nomeado Governador da província do Ceará como Chefe de Esquadra.

Folha de assentamentos de ‘Bernardo Manuel de Sousa Vasconcelos’

1786 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1793 - Chefe de Divisão.

1797 - Contra-Almirante.

Embarques

Chefe de Divisão

1. Embarque na Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’ com 74 peças de artilharia como comandante. 23 de Março de 1793 a Agosto de 1793.

4. Contra-Almirante José Maria Dantas Pereira


Nasceu em Alenquer, em 1 de Outubro de 1772 e faleceu, em Montpellier a 23 de Outubro de 1836. Não obstante ser família pobre, seus pais procuraram dar-lhe uma educação superior. Começou a sua carreira militar científica assentando praça na Armada nacional a 10 de Setembro de 1788, seguindo o curso dos respectivos estudos com toda a distinção, alcançando a estima pessoal dos arguentes. Em 18 de Janeiro de 1789 foi promovido a Guarda-marinha e em 17 de Dezembro do mesmo ano despachado primeiro-tenente, saltando o posto de segundo-tenente, por ter feito exame vago de todo o curso matemático perante os soberanos. Em 1790 já era professor de matemáticas na Academia da Companhia dos Guarda-Marinhas, da qual foi nomeado comandante em 1800. Em 1798 era membro da efémera Sociedade Real Marítima, e desde 1792 foi sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa, sendo depois promovido a sócio efectivo. Para a Academia desempenhou frequentes comissões, trabalhando muito nas Efemérides. Antes dos 25 anos foi nomeado professor do infante D. Pedro Carlos, pois que o Príncipe Regente o conhecia pelas suas memórias sobre matemática que lhe ouvira na Academia. O ser ainda muito novo e outras circunstâncias originou muitas intrigas. No ano de 1807, ou pouco depois, partiu para o Brasil, onde obteve sucessivamente os postos superiores até chegar ao de chefe de esquadra em 1817, exercendo várias comissões importantes. Dois anos depois, em 1819, voltou da corte do Rio de Janeiro a Lisboa, na qualidade de conselheiro do Almirantado, a cuja nomeação andava anexo o título do conselho do rei, e condecorado com o grau de comendador da Ordem de Cristo, da qual era cavaleiro desde 1803.

Folha de assentamentos de ‘José Maria Dantas Pereira

18.01.1789-17.12.1789 - Guarda-marinha.

27.12.1789 - Segundo tenente.

17.12.1790- Primeiro-tenente.

1800 - Capitão-de fragata.

1807 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1810? - Comodoro.

1817 - Contra-Almirante.

Folha de Ordens de ‘José Maria Dantas Pereira

1790 - Professor de matemáticas na Academia da Companhia dos Guarda-Marinhas.

1797 - Professor do Infante D. Pedro.

1780 - Membro da Sociedade Real Marítima.

Comodoros

1. Chefe de Divisão João Caetano Viganego

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), a 04 de Novembro de 1780 é comandante da Nau de Linha ‘São José e Mercês com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra. A 24 de Novembro de 1781 chegou a Lisboa ao comando da Fragata ‘Nossa Senhora da Nazaré’. Em 23 de Março de 1793 sob o comando do Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel é comandante da Nau de Linha ‘Nossa Senhora da Conceição’ com a patente de Chefe de Divisão. De 11 de Junho de 1793 a 08 de Agosto de 1793 é Chefe do Estado Maior da Esquadra do Canal e comandante da Nau Linha ‘Nossa Senhora da Conceição’ onde estava embarcado o Comandante da Esquadra do Canal o Tenente-General José Sanches de Brito.

Folha de assentamentos de ‘João Caetano Viganego

1780 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1793 - Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarca em 04.11.1780 como comandante da Nau de Linha ‘São. José e Mercês’ Desembarca em 1781.

2. Embarca em 1781 como comandante da Fragata ‘N.S. da Nazaré’. Desembarca em 24.11.1781.

Chefe de Divisão

1. Embarca em 23.03.1793 como comandante da Nau de Linha ‘Nossa Senhora da Conceição’. Desembarca em 08.08.1793.

2. Chefe de Divisão Pedro Scheverin

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), a 03 de Outubro de 1780 S. M. em Lisboa por decreto de 15 de Setembro de 1780, a Capitão-de-mar-e-guerra. A 04 de Novembro de1780 faz parte da Esquadra Real do Oceano como comandante da Fragata ‘Cisne’. A 23 de Março de 1793 faz parte da Esquadra Real do Oceano sob o comando do Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel como segundo comandante da Nau de Linha ‘D. Maria I’, em Junho de 1793 a Agosto de 1793 ao comando da Nau de Linha ‘D. Maria I’ faz parte da Esquadra do Canal sob o comando do Tenente-General José Sanches de Brito.

Folha de assentamentos de ‘Pedro Scheverin

1780 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1793 - Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarca em 04.11.1780 como comandante da Fragata ‘Cisne’ Desembarca em 1781.
Chefe de Divisão

1.Embarca em 23.03.1793 como comandante da Nau de Linha ‘D. Maria I’. Desembarca em 08.08.1793.

3. Chefe de Divisão José Caetano de Lima

Nasceu em (?) e Faleceu em (?) Promovido a Capitão-Tenente em 31 de Julho de 1779. Em 04 de Novembro de 1780 embarca na Nau de Linha ‘N. S. da Conceição’ da ‘Frota do oceano’, comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Marcos da Cunha. Teve o seu primeiro comando como Capitão-de-mar-e-guerra na Nau de Linha ‘Bom Sucesso’ a 20 de Março de 1793. A 23 de Março de 1793 sai do Tejo a bordo e como comandante da Nau de Linha ‘Bom Sucesso’ tendo como oficiais Superiores o Capitão-de-fragata Bernardino José de Castro e o Capitão Tenente Francisco de Assis Tavares. De 20 de Setembro de 1793 a 09 de Novembro de 1793 ao comando da sua Nau de Linha ‘Bom Sucesso’ faz parte da campanha do Rossilhão no Transporte da Divisão Auxiliar. Por decreto de 10 de Setembro de 1795 é promovido a Chefe de Divisão (Comodoro).

Folha de assentamentos de ‘José Caetano de Lima’

1779 - Capitão-tenente.

1793 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1795 - Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-tenente

1. Em 04.11.1780 embarca na Nau de Linha ‘N. S. da Conceição’ da ‘Frota do Oceano’. Embarcou em Novembro de 1780 e desembarcou em Agosto de 1781.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque na Nau de Linha ‘Bom Sucesso’. Embarcou em 20.03.1793, e desembarcou em 10.09.1795.

4. Chefe de Divisão Manoel Ferreira Nobre

Nasceu em (?) e Faleceu em 08 de Dezembro de 1796. Por decreto de 15 de Setembro de 1780 S. M. nomeou em 03 de Outubro de 1780 a Capitão-Tenente, embarca na Nau de Linha ‘Bom Sucesso’ da ‘Frota do Oceano’, comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Marcos da Cunha em 04 de Novembro de 1780. Em 11 de Março de 1790 sai de Lisboa ao comando da nau ‘N. S. de Belém’ e com a patente de Capitão de Mar e Guerra. A 19 de Novembro de 1792 faz parte da ‘Esquadra do Estreito’ comandada pelo Chefe de Divisão Pedro Mariz de Sousa Sarmento ao comando da Fragata ‘Vénus’. Por decreto de 10 de Setembro de 1795 é promovido a Chefe de Divisão (Comodoro). Em 8 de Dezembro de 1796 faleceu em Lisboa.

Folha de assentamentos de ‘Manoel Ferreira Nobre’

1780 - Capitão-tenente.

1790 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1795 - Chefe de Divisão

Embarques

Capitão-tenente

1. Em 03.10.1780 embarca na Nau de Linha ‘Bom Sucesso’ da ‘Frota do Oceano’. Embarcou em Novembro de 1780 e desembarcou em Agosto de 1781.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarque na Nau de Linha ‘N. S. de Belém’. Embarcou em 11.03.1790, e desembarcou em 1791.

2. Embarque na Fragata ‘Vénus’ com 44 peças de artilharia. Embarcou em 19.11.1792, e desembarcou em 25.07.1793.

5. Chefe de Divisão Paulo José da Silva Gama

Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Por decreto de 31 de Julho de 1779, S. M. nomeou a Capitão-Tenente, embarca na Nau de Linha ‘N. S. da Ajuda’ da ‘Frota do Oceano’, em 04 de Novembro de 1780. Por decreto de 10 de Setembro de 1795 é promovido a Chefe de Divisão (Comodoro).

Folha de assentamentos de ‘Paulo José da Silva Gama’

1779 - Capitão-tenente.

1795 - Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-tenente

1. Em 03.10.1780 embarca na Nau de Linha ‘N. S. da Ajuda’ da ‘Frota do Oceano’. Embarcou em Novembro de 1780 e desembarcou em Agosto de 1781.

Chefe de Divisão

1. Em 25.07.1796 embarca na Fragata 'Minerva' da ‘Esquadra Real do Oceano.

6. Chefe de Divisão Pedro de Mendonça e Moura

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 1780 faz parte como oficial superior do estado-maior da ‘Frota do Oceano’. De Julho de 1793 a Agosto do mesmo ano faz parte da ‘Esquadra do Canal’ como comandante da Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’ como Chefe de Divisão.

Folha de assentamentos de ‘Pedro de Mendonça e Moura’

1780 - Capitão-de-fragata.

1793 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1795 - Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-tenente

1. Em 03.10.1780 embarca na Nau de Linha ‘Nau N. S. da Conceição’ da ‘Frota do Oceano’. Embarcou em Novembro de 1780 e desembarcou em Agosto de 1781.

Chefe de Divisão

1. Embarca em Julho de 1793 a Agosto do mesmo ano como comandante da Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’.

7. Chefe de Divisão Warren

Nasceu em (?) e Faleceu em (?) Por Decreto de 11 de Maio de 1795 foi promovido a Oficial General com a patente de Chefe de Divisão e é integrado nas forças da Armada Real Portuguesa, como Chefe do Estado-Maior ou Major-General da Brigada da Marinha.

Folha de assentamentos de ‘Warren

1795 - Chefe de Divisão.

Embarques

Chefe de Divisão

Não tenho conhecimento de nenhuma comissão em alto mar.

8. Chefe de Divisão Joaquim José dos Santos Cação

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 31 de Julho de 1779 é promovido a Capitão-Tenente por decreto de S. M. em Lisboa. A 04 de Novembro de 1780 faz parte da Esquadra Real do Oceano como oficial na Nau de Linha ‘Santo Antonio’. A 25 de Dezembro de 1795 faz parte da Esquadra Real do Oceano sob o comando do Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel como comandante da Nau de Linha ‘D. Maria I’, como Chefe de Divisão. Em 25 Julho de 1796 ao comando da Nau de Linha ‘D. Maria I’ faz parte da Esquadra do Oceano sob o comando do Almirante Bernardo Ramires Esquivel sendo o comandante da 3ª Divisão. A 20 Janeiro de 1797 ao comando do seu Navio faz parte da Esquadra do Atlântico sob o comando do Chefe de Esquadra Antonio Januário do Vale.

Folha de assentamentos de ‘Joaquim José dos Santos Cação

1779 - Capitão-Tenente.

1795 - Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-Tenente

1. Embarca em 04.11.1780 como oficial na Nau ‘Santo António’. Desembarca em 1781.

Chefe de Divisão

1. Embarca em 24.12.1795 como comandante da Nau de Linha ‘D. Maria I’. Desembarca em 08.08.1797.

9. Chefe de Divisão Francisco da Paula Leite

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), por decreto de 15 de Setembro de 1780, foi promovido a Capitão-Tenente a 3 de Outubro de 1780 e a 4 de Novembro embarca na Fragata 'São João' da Frota do Oceano. A 11 de Fevereiro de 1788 saiu de Lisboa a bordo e como comandante da Nau de Linha 'Nassa Senhora de Belém' com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra com a missão como guarda costa e regressou a Lisboa a 14 de Dezembro do mesmo ano. Por decreto de 10 de Setembro de 1795 foi promovido a Oficial General como Chefe de Divisão.

Embarques

Capitão-Tenente

1. Embarca em 11.02.1788 na Fragata 'São João'. Desembarca em 1781.

Capitão-de-Mar-e-Guerra

1. De 01.07.1794 a 14.12.1794 embarca na Nau de Linha ‘Nossa Senhora de Belém'. Desembarca em 1795.

10. Chefe de Divisão D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho

Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Por decreto de 10 de Setembro de 1795 foi promovido a Oficial General como Chefe de Divisão.

1795 - Chefe de Divisão.

Embarques

Não tenho conhecimento de nenhum embarque


11. Comodoro Filipe Hancorn

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 1793 é integrado na marinha portuguesa como Capitão-de-Fragata. De 01 de Julho de 1794 a 6 de Julho de 1794 embarca na Fragata ‘Princesa Carlota’, de 31 de Julho de 1794 a 1 de Março de 1795 faz parte da Esquadra do Canal comandada pelo Chefe de Esquadra Antonio Januário do Valle, a 17 de Setembro de 1794 assume o comando da Fragata ‘Princesa Carlota’. Em 20 Janeiro de 1797 é nomeado Chefe do Estado-Maior da Esquadra do Oceano comandada pelo Chefe de Esquadra Antonio Januário do Vale e embarca na Nau de Linha ‘Conde D. Henrique’ com a patente de Chefe de Divisão.

Folha de assentamentos de ‘Filipe Hancorn

1773 - Capitão-de-Fragata.

1797 - Comodoro.

Embarques

Capitão-de-Fragata

1. De 01.07.1794 a 06.07.1794 embarca na Fragata ‘Princesa Carlota’. Desembarca em 1795.

Comodoro

1. Embarca em 20.01.1797 como Chefe do Estado-Maior da Esquadra do Oceano. Desembarca em 08.08.1797.

12. Comodoro Donald Campbell

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 1793 é integrado na marinha portuguesa como Capitão-de-Mar-e-Guerra. De 01 de Julho de 1794 a 6 de Julho de 1794 embarca na Nau de Linha ‘Conde D. Henrique’ da Esquadra do Chefe de Divisão Pedro Mariz de Sousa Sarmento. A 12 de Julho de 1794 como comandante da Nau de Linha ‘Conde D. Henrique’ faz parte da Esquadra de guarda costa. De 31 de Julho de 1794 a 1 de Março de 1795 faz parte da Esquadra do Canal que S. M. mandou preparar para auxiliar a marinha Britânica no Canal da Mancha, a Esquadra é comandada pelo Chefe de Esquadra Antonio Januário do Valle. Em 1797 ao comando da fragata Tritão tem um papel importante na batalha do cabo de São Vicente.  Em 1798 é nomeado comandante da Nau de Linha ‘Afonso de Albuquerque’ com a patente de Comodoro e é integrado na Esquadra do Mediterrâneo comandada pelo Contra-Almirante Marques de Niza, de 19 de Setembro de 1798 a 09 de Outubro de 1799 faz parte do bloqueio á ilha de Malta com o seu navio. Foi designado em Abril de 1799 ao comando da Nau de Linha Afonso de Albuquerque. Após negociações infrutíferas o Comodoro Donald Campbell, passou a bloquear o porto, fez presas e bombardeios, conseguindo arrancar do Paxá Yussef um armistício e um Tratado de Paz, a 14 de Maio, ratificados a 10 de agosto de 1799. A 20 de Maio de 1799 recebe ordens para integrar na 2ª Divisão da Esquadra Aliada do Mediterrâneo comandada pelo Contra-almirante H. Nelson.

Folha de assentamentos de ‘Donald Campbell

1773 - Capitão-de-Mar-e-Guerra.

1797 - Comodoro.

Embarques

Capitão-de-Mar-e-Guerra

1. De 01.07.1794 a 06.07.1794 embarca na Nau de Linha ‘Conde D. Henrique’. Desembarca em 1797.

2. Em 1797 embarca na Fragata Tritão como seu Comandante.

Comodoro

1. Embarca em 1798 como comandante da Nau de Linha ‘Afonso de Albuquerque’ na Esquadra do Mediterrâneo. Desembarca em 1800.

13. Comodoro Simpson Mitchell

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 1793 é integrado na marinha portuguesa como Capitão-de-Fragata. Em 1798 é nomeado comandante da Nau de Linha ‘São Sebastião’ com a patente de Comodoro e é integrado na Esquadra do Mediterrâneo comandada pelo Contra-Almirante Marques de Niza, de 19 de Setembro de 1798 a 09 de Outubro de 1779 faz parte do bloqueio á ilha de Malta com o seu navio. A 20 de Maio de 1799 recebe ordens para integrar na 2ª Divisão da Esquadra Aliada do Mediterrâneo comandada pelo Contra-almirante H. Nelson.

Folha de assentamentos de ‘Simpson Mitchell

1773 - Capitão-de-Fragata.

1797 - Comodoro.

Embarques

Comodoro

1. Embarca em 1798 como comandante da Nau de Linha ‘São Sebastião’ na Esquadra do Mediterrâneo. Desembarca em 1800.

14. Comodoro Antonio Jacinto de Chastenet, conde de Puysegur.

Nasceu em (?) e Faleceu em (?) Por Decreto de 11 de Maio de 1795 foi promovido a Oficial Superior com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra. A 05 de Maio de 1798 faz parte da Esquadra Real Portuguesa do Oceano, sob o comando do Contra-Almirante D. Domingos Xavier de Lima, Marquês de Niza como Chefe do Estado-Maior. De 1798 a 1800 é o Chefe do Estado-Maior da Esquadra do Mediterrâneo. Faz parte do bloqueio de Malta e faz parte da 2ª Divisão da mesma Esquadra.

Folha de assentamentos de ‘Antonio Jacinto de Chastenet, conde de Puysegur

1795 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1798 - Comodoro.

Embarques

Comodoro

1. Embarca em 05.05.1798 na Nau de Linha ‘Principe Real’ como Chefe do Estado-Maior da Esquadra do Oceano, sob o comando do Contra-Almirante D. Domingos Xavier de Lima, Marquês de Niza. A partir de 19.09.1798 a 09.10.1779 faz parte do bloqueio á ilha de Malta. A 20.05.1799 é o comandante da Nau ‘Principe Real’ integrado na 2ª Divisão da Esquadra do Mediterrâneo. Desembarca em 1800.

15. Comodoro Thomas Stone

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), em 1793 é integrado na marinha portuguesa em 1793 como Capitão-de-Fragata. A 05 de Abril de 1795, assume o comando da Fragata ‘Tritão’. A 19 Setembro de 1795 a 01 de Outubro de 1795 é integrado na Esquadra do Atlântico comandada pelo Chefe de Divisão Marquez de Niza com a sua Fragata. A 25 Dezembro de 1795 faz parte da Esquadrado Atlântico comandada pelo Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel comandando a sua Fragata a ‘Tritão’ ainda com a patente de Capitão-de-Fragata. A 25 Julho de 1796 faz parte da Esquadra do Oceano comandada pelo Almirante Bernardo Ramires Esquivel e é integrado na 3ª Divisão comandada pelo de Divisão Joaquim José dos Santos Cação com a Fragata ‘Tritão’. A 05 de Maio de 1798 é convocado para integrar a Esquadra do Mediterrâneo a ser preparada pelo seu comandante Contra-Almirante D. Domingos Xavier de Lima, Marquês de Niza e como Chefe do Estado-Maior o Comodoro Conde de Puysegur. Embarca na Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’ como Comandante do navio e com a patente de Comodoro. De 19 de Setembro de 1798 a 09 de Outubro de 1779 faz parte do bloqueio de Malta com a sua Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’.

Folha de assentamentos de ‘Thomas Stone

1773 - Capitão-de-Fragata.

1780 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1798 - Comodoro.

Embarques

Capitão-de-Fragata

1795 - Embarca na Fragata ‘Tritão’. Desembarca em 1797.

Comodoro

1. Embarca em 1798 como Chefe do Estado-Maior da Esquadra do Mediterrâneo na Nau de Linha ‘Rainha de Portugal’. Desembarca em 1800.

16. Comodoro José Maria de Medeiros.

Nasceu em (?) e Faleceu em (?) Lisboa 31.07.1779  por ordem de S. M. foi promovido a Tenente do Mar. A 04.11.1780 faz parte da 'Esquadra do Oceano' a bordo da Nau 'Bom Sucesso' sob o comando do Capitão-de-mar-e-guerra José de Sousa Castelo Branco. Lisboa 10.01.1800 Por decreto de 18.12.1799 foi promovido a Chefe de Divisão efectivo José Maria de Medeiros.

Folha de assentamentos de ‘José Maria de Medeiros.

1779 - Tenente do Mar.

1800 - Chefe de Divisão efectivo - Comodoro.

Embarques

Tenente do Mar

04.11.1780 - Faz parte da 'Esquadra do Oceano' a bordo da Nau 'Bom Sucesso'. Desmbarque em 1783.

17. Comodoro Joaquim José Monteiro Torres

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), a 23 de Março de 1793 faz parte da ‘Esquadra Real Portuguesa’, como oficial superior com a patente de Capitão Tenente. Comandada pelo Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel na Nau de Linha ‘Vasco da Gama’. Como comandante do Navio o Capitão-de-fragata Marquês de Niza. De 31 de Julho de 1794 a 01 de Março de 1794 faz parte da ‘Esquadra do Canal’ tendo chegado á esquadra a 12 de Outubro de 1794 como comandante do Navio Hospital ‘Europa’ com a patente de Capitão-de-fragata. A 20 de Janeiro de 1797 com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra foi nomeado comandante da Fragata ‘Cisne’ integrado na Esquadra Real do Oceano comandada pelo Chefe de Esquadra Antonio Januário do Vale. A 11 de Agosto de 1807 foi Ajudante-General com a patente de Comodoro da Esquadra do Oceano e em 29 de Novembro de 1807 é o ajudante general e chefe do estado-maior do Vice-Almirante Manuel da Cunha Sottomayor ‘Comandante em Chefe da Frota Real’ que levou a família Real para o Brasil.

Folha de assentamentos de ‘Joaquim José Monteiro Torres

1793 - Capitão-tenente.

1794 - Capitão-de-fragata.

1797 - Capitão-de-mar-e-guerra.

1807 - Comodoro.

Embarques

Capitão-tenente

1. Embarca em 23.03.1793 na Nau de Linha ‘Vasco da Gama’ como Oficial Superior. Desembarca em 1794.

Capitão-de-Fragata

1. Embarca por volta de Setembro de 1794 no Navio Hospital ‘Europa’ tendo chegado ao Canal da Mancha a 12.10.1794. Desembarca em 1795.

Capitão-de-mar-e-guerra

1. Embarca em 20.01.1797 como comandante na Fragata ‘Cisne’. Desembarca em 1799.

Comodoro

1. Embarca em 11.08.1807 na Nau de Linha ‘Principe Real’ como foi Ajudante-General da Esquadra do Oceano e em 29.11.1807 é o ajudante do Vice-Almirante Manuel da Cunha Sottomayor ‘Comandante em Chefe da Frota Real’ que levou a família Real para o Brasil. Desembarca em 1808.

Marinha Real Portuguesa do Estado da Índia

Chefes de Divisão da Marinha de Goa

1. Chefe de Divisão Diogo da Costa de Ataide Teive

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), faz a sua carreira principalmente na Índia. Por decreto de 21 de Fevereiro de 1799 é promovido a Chefe de Divisão da Marinha de Goa.

Folha de assentamentos de ‘Diogo da Costa de Ataide Teive

1799 - Comodoro.

2. Chefe de Divisão Candido José Mourão Garcez Palha.

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), faz a sua carreira principalmente na Índia. Por decreto de 23 de Fevereiro de 1799 é promovido a Chefe de Divisão da Marinha de Goa.

Folha de assentamentos de ‘Candido José Mourão Garcez Palha

1799 - Comodoro.

3. Chefe de Divisão D. Francisco Xavier de Castro.

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), faz a sua carreira principalmente na Índia. Por decreto de 26 de Fevereiro de 1799 é promovido a Chefe de Divisão da Marinha de Goa.

Folha de assentamentos de ‘Don Francisco Xavier de Castro

1799 - Comodoro.

4. Chefe de Divisão Caetano de Sousa Pereira.

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), faz a sua carreira principalmente na Índia. Por decreto de 6 de Fevereiro de 1800 é promovido a Chefe de Divisão da Marinha de Goa.

Folha de assentamentos de ‘Caetano de Sousa Pereira

1800 - Comodoro.
  
5. Chefe de Divisão Don Francisco Mauricio de Sousa

Nasceu em (?) e Faleceu em (?), faz a sua carreira principalmente na Índia. Por decreto de 6 de Fevereiro de 1800 é promovido a Chefe de Divisão da Marinha de Goa.

Folha de assentamentos de ‘Don Francisco Mauricio de Sousa

1800 - Comodoro.