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domingo, dezembro 29, 2013

Quadros da Armada Real Portuguesa II

Quadros de Oficiais Superiores da Marinha

Oficiais Superiores

Capitão-de-Mar-e-Guerra

1. Capitão-de-mar-e-guerra Jorge Hardcastle
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Em Lisboa a 31 de Julho de 1779 foi promovido a Capitão-de-mar-e-guerra. A 4 de Novembro de 1780 é nomeado para ser comandante da Nau de Linha ‘Nossa Senhora de Belém’ integrado na Frota do Oceano. Lisboa 17 de Maio de 1785 chegou ao porto da cidade ao comando da Nau de Linha ‘Nossa Senhora de Belém’.
Folha de Assentamentos de ‘Jorge Hardcastle’
1779 - Capitão-de-mar-e-guerra
Embarques:
1. Embarca na Nau de Linha ‘Nossa Senhora da Conceição’ sendo o seu comandante de 31 de Julho de 1779 a 17 de Maio de 1785.
2. Capitão-de-mar-e-guerra Joaquim Francisco de Mello e Povoas.
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Em Lisboa a 17 de Abril de 1791 é promovido a Capitão-de-mar-e-guerra. Faz principalmente trabalhos administrativos.
Folha de Assentamentos de ‘Joaquim Francisco de Mello e Povoas’
1791 - Capitão-de-mar-e-guerra
3. Capitão-de-mar-e-guerra Manuel Ferreira Nobre
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Em 19 de Novembro de 1792 é nomeado com comandante da Fragata ‘Vénus’ com a missão de integrar na ‘Esquadra do Estreito’ sob o comando do Comandante da Esquadra Chefe de Divisão Pedro Mariz de Sousa Sarmento. A 9 de Março de 1793 faz parte da Esquadra do Estreito ao comando da sua Fragata. A 20 de Março de 1793 recebe a ordem de integrar com a sua Fragata, a Frota Real e colocado na I Esquadra comandada pelo Chefe de Divisão Pedro Mariz de Sousa Sarmento. Em 22 de Julho de 1793 recebe ordens para voltar ao Estreito de Gibraltar para integrar na Esquadra do Estreito.
Folha de Assentamentos de ‘Manuel Ferreira Nobre’
1792 - Capitão-de-mar-e-guerra
Embarques:
1. Embarca na Fragata ‘Vénus’ sendo o seu comandante de 19 de Novembro de 1792 a 27 de Maio de 1795.
4. Capitão-de-mar-e-guerra John Dilkes
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Oficial da Marina Real Inglesa, em 1795 passou para os quadros da Marinha Real Portuguesa. Fez trabalhos principalmente de organização na marinha.
Folha de Assentamentos de ‘John Dilkes’
1795 - Capitão-de-mar-e-guerra
5. Capitão-de-mar-e-guerra Edward Roe
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Oficial da Marina Real Inglesa, em 1795 passou para os quadros da Marinha Real Portuguesa. Fez trabalhos principalmente de organização na marinha.
Folha de Assentamentos de ‘Edward Roe’
1795 - Capitão-de-mar-e-guerra
6. Capitão-de-mar-e-guerra João Gomes da Silva Teles
Nasceu em (?) e Faleceu em Lisboa a 25.06.1796. Em 14 de Dezembro de 1792 com a patente de Capitão-de-Fragata recebe o comando do Bergantim ‘Voador’ e integrado na Esquadra do Estreito comandada pelo Tenente-general Sanches de Brito. Em 20 de Março de 1793 recebe ordens para assumir o comando da Fragata ‘Ulisses’ e integrar na Frota Real na II Esquadra comandada pelo Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel. A 23 de Março de 1793 com a sua Fragata faz parte da Esquadra do Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel. De 19 Setembro de 1795 a 01 de Outubro de 1795 ainda ao comando da Fragata ‘Ulisses’ é integrado na Armada Real do Atlântico comandada pelo Chefe de Divisão Marquez de Niza. A 25 Dezembro de 1795 ao comando da sua Fragata faz parte da Esquadra do Atlântico comandada pelo Tenente-General Bernardo Ramires Esquivel. Em Lisboa a 25 de Junho de 1796 faleceu com a patente de Capitão de Mar e Guerra João Gomes da Silva Telles.
Folha de Assentamentos de ‘João Gomes da Silva Teles
1792 - Capitão-de-Fragata

1796 - Capitão-de-mar-e-guerra
Embarques:
1. Embarca a 14.12.1792 com a patente de Capitão-de-Fragata e recebe o comando do Bergantim ‘Voador’. Desembarque em 1793.
2. Embarca a 20.03.1793  e recebe o comando da Fragata ‘Ulisses’. Desembarca em 25.06.1796 e deixa o comando com a patente Capitão-de-mar-e-guerra, derivado ao seu falecimento.
7. Capitão-de-mar-e-guerra James Scarnichia
Natural da ilha de Minorca nas Baleares em Espanha e Faleceu em 20 de Junho de 1813 em Lisboa. A 23 de Março de 1793 faz parte da tripulação como Oficial Superior com a patente de Capitão-Tenente na Fragata ‘Ulisses’ comandada pelo Capitão-de-fragata José Gomes da Silva Telles. A 12 de Agosto de 1797 ao comando da Fragata ‘Minerva’ com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra chega a Lisboa trazendo o corsário francês, ‘Epervieu’ de 6 peças e 59 homens.
Folha de Assentamentos de ‘James Scarnichia’
1793 - Capitão-Tenente

1797 - Capitão-de-mar-e-guerra
Embarques:
1. Embarca a 23.03.1793 com a patente de Capitão-Tenente na Fragata ‘Ulisses’. Desembarque em 1795.
2. Embarca a 12.08.1797 com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra e ao comando da Fragata ‘Minerva’. Desembarque em 1800.
8. Capitão-de-mar-e-guerra Conde de la Bourdonnaye de Montluc
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). A 21 de Março de 1800 por decreto de 8 de Fevereiro foi promovido a Capitão-de-mar-e-guerra. Fez sua carreira principalmente em terra.
Folha de Assentamentos de ‘Conde de la Bourdonnaye de Montluc’
1800 - Capitão-de-mar-e-guerra
9. Capitão-de-mar-e-guerra José Maria de Almeida
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). A 11 de Agosto de 1807 é o comandante da Nau de Linha ‘Conde Don Henrique’ da Frota do Atlântico. De 29 de Novembro de 1807 a 23 de Dezembro de 1808 ao comando da Nau de Linha ‘Conde Don Henrique’ faz parte da Frota Real Portuguesa que faz a viagem para o Brasil levando a família real.
Folha de Assentamentos de ‘José Maria de Almeida’
1807 - Capitão-de-mar-e-guerra
Embarques:
1. Embarca a 11.08.1807 Embarca na Nau de Linha ‘Conde Don Henrique’. Desembarque em 1808.
10. Capitão-de-mar-e-guerra José Maria de Medeiros.
Nasceu em (?), e faleceu em (?). A 31 de Julho de 1779 em Lisboa foi promovido a Tenente do Mar. Em 4 de Novembro de 1780 embarca na ‘Nau Bom Sucesso’ comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra José de Sousa Castelo Branco com a patente de Tenente do Mar. A 3 de Março de 1793 é escalado para a Esquadra do Estreito ao comando da Fragata ‘Príncipe do Brasil’ com a patente de Capitão-de-fragata. A 20 de Março de 1793 como Capitão-de-fragata é integrado com o seu navio a Fragata ‘Príncipe do Brasil’ na I Esquadra da Frota Real Portuguesa. A 22 de Julho de 1793 navega com a sua Fragata para o Estreito de Gibraltar para voltar a integrar na Esquadra do Estreito. Lisboa 10 de Janeiro de 1800, por decreto de 18 de Dezembro de 1799 foi promovido a Capitão-de-mar-e-guerra. De 29 de Novembro de 1807 a 23 de Dezembro de 1808 faz parte da Frota Real Portuguesa a bordo e como comandante da Nau de Linha ‘Conde Don Henrique’ que leva a família real para o Brasil.
Folha de assentamentos de ‘José Maria de Medeiros’

1779-1787 - Tenente do mar


1787-1793 - Capitão-tenente


1793-1799 - Capitão-de fragata


1800 - Capitão-de-mar-e-guerra
Embarques:
1. Embarca em 1780 na ‘Nau Bom Sucesso’ comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra José de Sousa Castelo Branco com a patente de Tenente do Mar. Desembarque em 1785.
2. Embarca em 1793 como comandante na Fragata 'Príncipe do Brasil' e é integrado na 'Esquadra do Estreito'. Desembarque em 1796.
3. Embarca em 1807 como comandante da Nau de Linha ‘Conde Don Henrique’ que leva a família real para o Brasil. Desembarque em 1808.
11. Capitão-de-mar-e-guerra Inácio da Costa Quintela
Nasceu em Lisboa em 1763, onde também faleceu em 6 de Dezembro de 1838. Matriculando-se na Academia de Marinha, concluiu o curso em 1791, e entrando logo como voluntário no serviço naval, pelo seu reconhecido merecimento e incontestável bravura, subiu rapidamente os postos, não chegando a estar 12 meses completos num deles, e sendo por isso escolhido, quando tinha apenas 6 anos de praça, para comandar uma fragata na esquadra que às ordens do marquês de Nisa andou nas águas do Mediterrâneo. Inácio da Costa Quintela não se limitava apenas a estudar a arte naval, no tempo em que o serviço o deixava livre, cultivava a poesia, e quando estava em Lisboa vivia intimamente com alguns dos escritores mais notáveis. Aos serviços anteriormente prestados, e pelos quais havia conquistado grandes créditos entre os seus camaradas da marinha, juntou em 1801 mais outro que produziu grande sensação, não só entre amigos, como também entre os adversários. Sendo comandante de uma corveta portuguesa, encontrou-se com uma fragata francesa, e apesar da superioridade deste vaso de guerra, o nosso intrépido oficial travou com o inimigo um encarniçado combate, e só quando o seu navio estava completamente emplado com o pano, cabos e vergas de modo que a artilharia não podia jogar nem fazer-se a bordo trabalho algum, é que Quintela mandou arriar a bandeira. Este brilhante feito está minuciosamente descrito num dos Folhetins marítimos, de Celestino Soares. Depois de terminada a luta, e sendo Quintela conduzido para bordo da fragata inimiga, travou se entre os dois comandantes um diálogo, em que o da fragata lhe observou que ninguém esperava semelhante arrojo, ao que respondeu Quintela, ser a sua obrigação, porque os nossos artigos de guerra mandavam que se não arriasse a bandeira senão na última extremidade, e o caso extremo só chegara uma hora depois. Observando-lhe o comandante francês, que o podia ter metido a pique, Quintela respondeu, que lá estava a posteridade para o julgar. Dos Folhetins citados, extraímos os seguintes trechos, em que se descreve o que se passou a bordo da fragata, «Recolheu-se à câmara com o estado-maior, fez conselho acerca da sorte da corveta, havendo opiniões de a meter no fundo ou queimá-la, sendo impossível dar-lhe um destino conveniente, porém ocorreu a ideia de que indo a fragata de cabos a dentro, tamanho acréscimo de gente causaria embaraço na longa viagem, por falta de mantimentos. Portanto concluíram por tirar-lhe as armas e apetrechos entregando-o à guarnição se quisesse capitular prometendo não pegar em armas contra a França até ser trocada ou à conclusão da paz. Isto proposto e aceite, passaram os franceses a bordo da corveta, lançaram-lhe a artilharia ao mar, recolhendo na fragata bandeiras, pólvora, armas, munições, cartas, instrumentos bélicos e náuticos, deixando apenas uma só bandeira, uma agulha e um octante de pau para procurarem a terra. Duas semanas depois entrava na Baía um pequeno navio de três mastros em guindolas cheio de rombos, sem artilharia, mas de flâmula, surgindo no ancoradouro dos navios de guerra com geral espanto dos marítimos daquela cidade. Era a corveta Andorinha de vinte e quatro peças de artilharia de 18, e cento e vinte praças de guarnição, cujo comandante, o intrépido Inácio da Costa Quintela, tinha tido a audácia de a expor por espaço de 1 hora e 1 quarto, ao fogo da fragata francesa Chifone de 44 peças de artilharia e que batendo-se denodadamente com forças tão disparatadas soube conservar a honra da sua bandeira, posto que arriando-a, na presença do inimigo no dia 15 de Maio de 1801.» Mais tarde, Quintela comandou a nau 'Afonso' na esquadra que levou ao Brasil a família real em Novembro de 1807, e continuando a subir postos com a rapidez que não desdizia dos merecimentos do agraciado, chegou a vice-almirante 20 anos depois de ter entrado no serviço militar.
Folha de assentamentos de ‘Inácio da Costa Quintela’

1797-1801 - Tenente do mar.


1801-1802 - Capitão-tenente.


1802-1807 - Capitão-de fragata.


1807 - Capitão-de-mar-e-guerra.
Embarques:
1801 - Embarque como comandante da Corveta 'Andorinha' de 24 peças de artilharia de 18 libras, e cento e vinte praças de guarnição. Desembarque em 1801.
1807 - Embarque como comandante da Nau de Linha 'Afonso de Albuquerque' que fez parte da Frota que levou a família real para o Brasil. Desembarque em 1808.
12. Capitão-de-mar-e-guerra Cândido Francisco de Brito Vitória

Nasceu em (?) faleceu (?). Oficial português que serviu a marinha portuguesa. Por Decreto de 01 de Setembro de 1795 foi promovido a Segundo-tenente. Com a patente de Capitão-de-mar-e-guerra Cândido Francisco Brito Vitoria era o comandante da fragata ‘Dona Paula’ na ocasião do seu naufrágio no litoral do arraial do cabo no Rio de Janeiro, em perseguição a corsários espanhóis saídos de Argentina no início do século XIX. Ao se deparar com uma forte tempestade a fragata encalhou na ‘ilha dos Franceses’ próximo do pontal da atalaia e afundou-se. O Capitão-de-mar-e-guerra Cândido Francisco Brito Vitoria foi condenado posteriormente pelo Almirantado pela perda da fragata.

Folha de assentamentos de ‘Cândido Francisco de Brito Vitória

01/09/1795 - Segundo-Tenente.

1797-1801 - Tenente do mar(?).

1801-1802 - Capitão-tenente(?).

1802-1807 - Capitão-de fragata(?).

1807 - Capitão-de-mar-e-guerra(?).

Embarques:

1808(?) - Embarque como comandante da fragata 'Dona Paula' de 38 peças de artilharia de 18 libras, e duzentos e cinquenta praças de guarnição. Desembarque em 1808(?).

Capitão-de-Fragata
1. Capitão-de-Fragata John Douglas
Nasceu em (?) e faleceu em (?). Ao serviço da marinha portuguesa a partir de 1793. fez principalmente serviços administrativos.
Folha de Assentamentos de ‘John Douglas’
1793 - Capitão-de-fragata
2. Capitão-de-Fragata Collis Horsford
Nasceu em (?) e faleceu em (?). Ao serviço da marinha portuguesa a partir de 1793. fez principalmente serviços administrativos. Contribuiu para a reforma da marinha sob a administração de Martinho de Melo.
Folha de Assentamentos de ‘Collis Horsford’
1793 - Capitão-de-fragata
3. Capitão-de-Fragata Phillip Hancorn
Nasceu em (?) e faleceu em (?). Ao serviço da marinha portuguesa a partir de 1793.
Folha de Assentamentos de ‘Phillip Hancorn’
1793 - Capitão-de-fragata
4. Capitão-de-fragata António Peres da Silva Pontes
Nasceu em (?) e faleceu em (?). Ao serviço da marinha portuguesa a partir de 1793. fez principalmente serviços administrativos.
Folha de Assentamentos de ‘António Peres da Silva Pontes’
1798 - Capitão-de-fragata
5. Capitão-de-fragata José Joaquim Vitorio
Nasceu em (?) e faleceu em (?). Fez principalmente serviços administrativos.
Folha de Assentamentos de ‘José Joaquim Vitorio’
1800 - Capitão-de-fragata
6. Capitão-de-Fragata Manuel de Vasconcelos Pereira de Melo, barão de Lazarim
Nasceu em Castro Daire em 1782, faleceu em 25 de Agosto de 1856. Assentou praça aos 14 anos de idade, em 1 de Outubro de 1796, como aspirante de marinha, tendo concluído na Academia de Marinha o curso de Matemática, sempre premiado nos exames, sendo provada a sua antiga nobreza, como era da lei, para os que entravam na armada pelo quadro dos aspirantes, foi promovido a Guarda-marinha em 1797, a segundo tenente em 1800, a primeiro-tenente em 1807, a capitão-tenente em 1808, a capitão-de-fragata em 1812, e a capitão-de-mar-e-guerra graduado em 1818. Desde 1797 até 1801 serviu na guarnição dos seguintes navios: nau 'Don Vasco', por duas vezes, a nau de linha 'Afonso', fragatas 'Activa', 'Tritão', 'Cisne', 'Benjamim' e 'Real Voador', brigue 'Voador', sob as ordens dos comandantes Filipe Patroni, Paula Leite, Sottomayor, marquês d'Ulbrage, Saldanha da Gama, Don João Manuel, Jaime Scarnichia e Don Manuel de Menezes. Estes navios, em que andou embarcado, prestaram grandes serviços. Esteve nas esquadras do Mediterrâneo com o almirante Januário do Vale, e os chefes de esquadra Don José de Paiva e Monteiro Torres, cruzou no Estreito contra os argelinos, bateu-se no cabo Finisterra com os piratas franceses, e cruzou na costa do Brasil. Em 1 de Setembro de 1804, sendo ainda Segundo-tenente, pediu a obteve um ano de licença com vencimento, para embarcar na esquadra inglesa. Parece que uma questão particular com um comandante o desgostara, e desejava afastar-se da marinha portuguesa, alegando ir procurar melhor instrução numa marinha estranha. Em 1805, foi-lhe renovada a licença, mas em 1807, sabendo da partida da nossa esquadra com a família real para o Brasil, desistiu do resto da licença, a apresentou-se no Rio de Janeiro para o serviço. Supondo a guerra iminente, o seu ânimo patriótico não lhe deixava servir estranhos, quando os seus camaradas iam arrostar novos perigos. No Brasil foi-lhe dado o comando do brigue 'Balão' em 18 de Maio de 1808, no qual fez várias viagens entre o Brasil a Inglaterra; comandou o brigue 'Lebre' em diversos cruzeiros, comboios a mercantes, comissões de resgate de cativos em Argel. Com este navio, e comboiando dois mercantes ingleses, bateu-se audazmente com um navio dos Estados Unidos, facto que se deu entre as datas de 31 de Julho a 25 de Outubro de 1813, ao tempo que andava acesa a guerra entre a Inglaterra e a sua antiga colónia, motivo por que o americano quisera registar os mercantes ingleses que vinham sob a protecção da nossa bandeira. O comandante português não consentiu e bateu-se, apesar de não estarmos em guerra declarada com os Estados Unidos. Acerca do resgate dos cativos, lê-se na Gazeta de 16 de Dezembro de 1811. «No dia 8 do corrente entrou o brigue comboiando 1 polaco argelino, a qual transportava 182 portugueses resgatados do cativeiro em Argel. Os cativos resgatados têm estado de quarentena no lazareto, donde devem sair amanhã 17, aniversário de sua majestade a rainha. Deverão desembarcar no cais do Sodré, e daí em procissão com os religiosos da Santíssima Trindade e da ordem Terceira irão à igreja de S. Paulo e seguirão pelo Rossio ao convento da Trindade para o Te-Deum.» Comandando as fragatas 'Amazona', 'Pérola' e 'Princesa Real', fez conduções de tropas, cruzeiros repetidos contra os barbarescos, contra os franceses e contra os corsários das novas repúblicas do sul da América.
Folha de assentamentos de ‘Manuel de Vasconcelos Pereira de Melo, barão de Lazarim’

1797-1800 - Guarda-marinha.


1800-1807 - Segundo tenente.


1807-1812- Primeiro-tenente.


1812 - Capitão-de fragata.

Capitão-Tenente
1. Capitão-tenente Don Manuel de Menezes
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). É promovido a Capitão-Tenente pelo decreto de 10 de Dezembro e 1795. Em 30 de Setembro de 1798 assume o comando da Fragata ’Cisne’.
Folha de Assentamentos de ‘Don Manuel de Menezes’
1795 - Capitão-Tenente
Embarques:
1. Embarca a 30.09.1798 na Fragata ‘Cisne’ como comandante. Desembarque em 1801.
2. Capitão-Tenente Filippe Alberto Patroni
Nasceu em (?) e Faleceu em (?) A 2 de Janeiro de 1793 com a patente de Capitão-tenente entra no porto de Lisboa ao comando da Charrua ‘Águia’ vinda do Brasil. A 6 de Maio de 1794 assume o comando da Fragata ‘Golfinho’. A 1 de Maio de 1796 entra no Tejo ao comando da sua Fragata vinda do Pará.
Folha de Assentamentos de ‘Filippe Alberto Patroni’
1795 - Capitão-Tenente
Embarques:
1. Embarca a 02.01.1793 Embarca na Charrua ‘Aguia’ como comandante. Desembarque em 1794.
2. Embarca a 06.05.1794 Embarca na Fragata ‘Golfinho’ como comandante. Desembarque em 1796.
3. Capitão-tenente Paulo Luiz de Seguin Deshons
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Por decreto de Julho de 1794 é promovido a Capitão-Tenente. Faz principalmente trabalho administrativo.
Folha de Assentamentos de ‘Paulo Luiz de Seguin Deshons’
1795 - Capitão-Tenente
4. Capitão-Tenente João Victor da Silva
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Em 4 de Novembro de 1780 embarca como oficial subalterno na Fragata ‘Cisne’ com a patente de Tenente do mar. A 16 de Dezembro 1790 entrou no Tejo ao Comando da Charrua ‘Princesa do Brasil’ vindo da Bahia.
Folha de Assentamentos de ‘João Victor da Silva’

1780 - Tenente do mar


1790 - Capitão-Tenente
Embarques:
1. Embarca a 04.11.1780 na Fragata ‘Cisne’. Desembarca a 1786
2. Embarca a 04.03.1789 na Charrua ‘Princesa do Brasil’. Desembarca a 1790
5. Capitão-Tenente Herculano José de Barros
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Em 16 de Dezembro de 1790 entrou no Tejo o Cutér ‘União’ sob o seu comando vindo do estreito
Folha de Assentamentos de ‘Herculano José de Barros’
1790 - Capitão-Tenente
Embarques:
1. Embarca a 16.12.1790 no Cutér ‘União’. Desembarca a 1796
6. Capitão-Tenente James Bunce
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Oficial da Marina Real Inglesa, em 1795 passou para os quadros da Marinha Real Portuguesa. Fez trabalhos principalmente de organização na marinha.
Folha de Assentamentos de ‘James Bunce’
1795 - Capitão-de-mar-e-guerra
7. Capitão-Tenente Samuel Wyckam
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). Oficial da Marina Real Inglesa, em 1795 passou para os quadros da Marinha Real Portuguesa. Fez trabalhos principalmente de organização na marinha.
Folha de Assentamentos de ‘James Bunce’
1795 - Capitão-de-mar-e-guerra
8. Capitão-tenente João Inácio Lopes
Nasceu em (?) e Faleceu em (?). O Capitão-tenente João Inácio Lopes, comandando o Brigue 'Princesa Carlota', a 20 de Outubro de 1805, alcançou una brilhante vitória contra 70 embarcações de piratas (segundo as fontes da época). Recebeu louvores do Senado.
Folha de assentamentos de ‘Capitão-tenente João Inácio Lopes’
20.10.1805 - Capitão-tenente

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