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quinta-feira, outubro 31, 2013

Navios da Real Marinha de Guerra Portuguesa-XVIII-XIX


Armada Real Portuguesa

Navios da Marinha Real Portuguesa de 1792 - 1815


      


A marinha real portuguesa ao longo da guerra de 1793 a 1815 teve ao seu serviço mais de 200 navios de várias categorias e tonelagem, havia as esquadras de guerra de 1ª linha, mas havia uma grande quantidade, precisamente praticamente metade dos navios da armada real, que tinham as mais variedades funções, desde a navios corsários a navios correios, e principalmente navios de transporte. A maioria das matérias-primas que o arsenal necessitava e para alguns serviços da marinha vinham das colónias por isso a armada dispunha de vários navios principalmente para o efeito. Havia os navios correios que transportavam bens e correspondências entre as colónias, Cúteres, Paquetes, Iates, Escunas e navios armados guardavam a costa e principalmente as barras e rios mais importantes. Os navios corsários eram utilizados para fazer o corso como também o contra corso. Havia também os navios da corte que transportavam os valores, bens e correspondência real. Por todo o século XVIII os meios navais evoluem, surgindo a Fragata, navio bem artilhado, mais ligeiro que a nau de linha. As nossas forças navais, em número razoável em comparação com as nossas concorrentes Europeias, envolvem-se também nas guerras do nosso continente, tal como a Batalha do cabo Matapão, e continuam no Ultramar a consolidar as posições do passado. Em fins do século XVIII, por acção de condições mais propícias e também da dinâmica administração do Marquês de Pombal e a posterior acção de Martinho de Melo e Castro e posteriormente Don Rodrigo de Sousa Coutinho que continuou a sua acção, é dada nova estrutura aos altos comandos da Armada, são criados o 'Conselho do Almirantado', regularizados os postos e os vencimentos da Armada, reorganizado o 'Arsenal de Lisboa', melhorado o 'Arsenal de Goa' e criada a 'Academia Real dos Guardas-Marinhas', antecessora da actual Escola Naval. Também foi construído o 'Hospital da Marinha' inaugurado em 1806, o primeiro hospital construído de raiz em Lisboa. Apenas por curiosidade veja-se a constituição da Frota Portuguesa no activo em princípios do século XIX, não contando com 2 naus e 6 fragatas da Armada da Índia, a Armada era constituída por 12 naus, 16 fragatas, 17 brigues e 8 charruas, que eram grandes navios de transporte. A Marinha Portuguesa acompanha entretanto os desenvolvimentos da ciência náutica, adaptando-se aos novos métodos e instrumentos de navegação, nomeadamente à tão procurada determinação da longitude por métodos astronómicos. Participa em operações navais no teatro Europeu nas guerras napoleónicas e principalmente nos fins do século XVIII mais concretamente de 1798 a 1800 as operações do Contra-Almirante Marquês de Niza com o Contra-Almirante Nelson no Mediterrâneo. A Marinha Real Portuguesa, colabora na exploração do litoral e interior do Brasil, contribuindo assim para a formação daquele grande e uno País lusófono da América do Sul.

Nau de Linha


Um navio de linha era um grande navio de guerra à vela, construído em madeira, não blindado, com duas ou três baterias cobertas, nas quais eram montadas entre 50 e 120 peças de artilharia. O navio de linha resultou de uma evolução gradual de um projecto básico com origem nas naus desenvolvidas pelos Portugueses no século XV. À parte do crescimento em tamanho, o navio de linha pouco mudou entre a adopção da táctica de linha de batalha no início do século XVII e o final da marinha de guerra à vela, na década de 1830. No final do século XVIII, o termo completo "navio de linha de batalha" foi abreviado, em alguns países, para "navio de batalha". O disparo de todas as peças laterais de um navio de linha à vela permitia-lhe afundar qualquer embarcação de madeira, esmagando-lhe o casco, destruindo os seus mastros e abatendo a sua tripulação. No entanto, o alcance eficaz das suas peças era de, apenas, algumas centenas de metros e as tácticas de batalha dependiam, inteiramente, do vento. No início havia apenas os navios mercantes e cada um foi comandado por um Mestre, dirigida (quando este estilo tornou-se comum) como "Sr. X", e referido como "O Mestre de Y '. Para navios mercantes esta continua a ser verdade hoje. Quando os navios foram usados na guerra eles embarcaram soldados, e com eles um oficial militar para comandá-los e lutar contra os navios inimigos. Como navios de guerra tornou-se um tipo de identificação e a Royal Navy formou uma força permanente, por isso os navios de guerra adquiridos começaram a ter Capitães permanentes. Eles, portanto, tinham um Mestre (um marinheiro, mas nenhum cavalheiro, um subtenente) e um capitão ou comandante (um cavalheiro, não necessariamente um marinheiro, um oficial comissionado).  A introdução de Capitães efectivamente reduziram os Mestres para o estatuto de gestor, mas, como tal, eles permaneceram ao longo dos séculos XVII e XVIII, e também os seus subordinados, os Segundos-Mestres e Aspirantes a Mestres'. Nos navios mercantes de serviços ainda são comandadas por mestres, mas pelo menos em grandes navios que hoje esperam ser tratados como 'Capitão X' ao invés de "Sr. X", nunca pensei 'o capitão do Y', sempre 'o Mestre'. O mesmo processo, originário com a Companhia das Índias Orientais no século XVIII, herdado pela P & O e espalhar a partir deles para outras linhas de transporte de grande porte, levou ao antigo 'Imediato', 'etc, tornando-se' 'Segundo-Mestre, Primeiro-oficial ', 'Segundo oficial' e assim por diante. Em navios menores do antigo título de 'companheiro' sobrevive, e em navios de pesca o Mestre é geralmente o ‘Skipper’ e seus companheiros, se houver, o 'primeira mão', 'segunda mão ', etc.

Fragatas


A fragata é um tipo de navio de guerra. O termo tem sido usado, ao longo dos séculos, para designar uma gama alargada de navios, com diferentes tamanhos e funções. No século XVIII, eram designadas fragatas, navios de guerra com três mastros de velas redondas, com comprimento semelhante ao das naus, mas menores, mais rápidos e com armamento mais ligeiro, usados em missões de escolta e de reconhecimento. As fragatas dispunham de uma única bateria coberta de canhões, em comparação com as duas ou mais baterias cobertas das naus. O posto de capitão de fragata, existente em várias marinhas, deriva da designação deste tipo de navio

Origens

Aparentemente, o termo "fragata" teve origem no Mediterrâneo, no final do século XV, para se referir a um tipo ligeiro de galeaças, com remos, velas e armamento ligeiro, construído tendo em vista a velocidade e a manobrabilidade. Em 1583, durante a Guerra dos Oitenta Anos os Habsburgos de Espanha recuperaram o controlo do Sul dos Países Baixos aos Holandeses rebeldes. Esta situação levou a que os portos ocupados se tornassem bases usadas por corsários - os chamados "Corsários de Dunquerque" - para atacar a navegação dos Holandeses e dos seus aliados. Para isso, os Corsários de Dunquerque desenvolveram navios pequenos e manobráveis à vela, que se tornaram conhecidos como "fragatas". O termo "fragata" acabou por se tornar mais genérico e passou a ser aplicado pelas marinhas regulares a qualquer dos seus navios relativamente rápidos e elegantes à vela, e, normalmente, com maior autonomia que as fragatas dos Corsários de Dunquerque. A Marinha das Províncias Unidas dos Países Baixos foi a primeira marinha regular a construir as fragatas oceânicas maiores. Esta Marinha tinha três principais tarefas no combate contra a Espanha: proteger os navios mercantes holandeses no mar, bloquear os portos flamengos em poder dos Espanhóis e combater a esquadra espanhola, impedindo o desembarque de tropas. As primeiras duas tarefas requeriam navios velozes, de reduzido calado - para as águas pouco profundas dos Países Baixos - e uma capacidade de aprovisionamento suficiente para manter um bloqueio. A terceira tarefa requeria armamento suficientemente pesado para fazer frente à esquadra espanhola. As primeiras novas fragatas de maiores dimensões e com capacidade para combate foram construídas, na Holanda, por volta de 1600. no final da Guerra dos Oitenta Anos, os holandeses tinham trocado, quase completamente, as embarcações pesadas de modelos semelhantes às usadas pelas restantes marinhas, pelas fragatas ligeiras de 300 toneladas e armas com cerca de 40 peças. A eficiência das fragatas holandesas destacou-se na Batalha das Dunas em 1638, levando à sua adopção pelas marinhas de outros países.

Projecto clássico de fragatas

A origem da clássica fragata à vela, conhecida hoje pelo seu papel nas Guerras Napoleónicas, pode ser traçada aos desenvolvimentos franceses no segundo quartel do século XVIII. A fragata francesa 'Médée', de 1740, é, muitas vezes, considerada como o primeiro exemplo deste tipo de navios. Estes navios aparelhavam três mastros de velas redondas e concentravam todos os seus canhões numa única bateria coberta, correspondente à bateria superior nos anteriores navios, de tamanho semelhante, com duas baterias cobertas. A coberta inferior deixou de ter armamento, ficando, inclusive abaixo da linha de água. As novas fragatas tinham capacidade para combater com todos os seus canhões, mesmo em situações de mar bravo, onde os navios de duas baterias cobertas tinham que manter fechadas as escotilhas dos canhões da bateria inferior.

Funções

As fragatas eram, talvez, os navios mais empregues pelas marinhas dos séculos XVIII e XIX. Apesar de menos poderosas que as naus de linha, podiam enfrentar facilmente embarcações de guerra menores, já para não falar de navios mercantes. Capazes de aprovisionar mantimentos para seis meses, dispunham de uma autonomia bastante elevada, podendo operar de forma isolada e independente - ao contrário das naus de linha que eram consideradas demasiado importantes e valiosas para operarem sem escolta. As fragatas realizavam o reconhecimento em proveito da esquadra, o ataque à navegação mercante, patrulhas, escoltas e missões de estafeta. Normalmente, as fragatas operariam em pequeno número ou isoladamente, contra outras fragatas. Normalmente evitariam o combate com naus de linha. As fragatas mantiveram-se como um elemento crucial das marinhas até meados do século XIX.

Bergantim - As fragatinhas e as corvetas


No meio do século XVIII começa a individualizar-se um modelo menor de fragata, conhecido por "fragatinha" ou "Bergantim" na Marinha de guerra Portuguesa. Tendo todas as restantes características das fragatas maiores, as fragatinhas distinguem-se apenas por serem menores e disporem de menos de 30 canhões. No início do século XIX, as fragatinhas ou bergantins, tornam-se num tipo distinto de navio designado como "corveta". A corveta, sendo, essencialmente, uma fragata mais pequena, vai acompanhar o desenvolvimento daquela, no que diz respeito à propulsão a vapor e à blindagem, até final do século XIX.

Brigue


Um brigue é um tipo de embarcação à vela, com dois, por vezes três mastros. Notabilizou-se nas Guerras da Independência dos Estados Unidos da América do Norte, tendo em média seis a dez canhões. Eram classificados segundo as suas características militares em "brigues do tipo fragata" os maiores, e "do tipo corveta" os menores. Em qualquer caso, dado o seu menor porte, o brigue dispunha usualmente de uma vantagem de velocidade face aos navios de linha, e até face às fragatas inglesas, o que lhe conferia a vantagem da iniciativa. No entanto, sobretudo com mar agitado, poderia ser mais lento que as fragatas longas, como as norte-americanas ou as francesas, o que limitava o seu emprego como corsário.

Escunas


Uma escuna é um tipo ‘de veleiro’ caracterizado por usar velas de popa a proa em dois ou mais mastros. O que as distingue é o fato do mastro de ré, ou mezena, ser maior e mais alto que os demais. As escunas foram primeiro usados pelos neerlandeses no século XVI ou XVII, e mais tarde desenvolvidas na América do Norte nos tempos da Guerra da Independência dos Estados Unidos da América, nave que se denominou brigue.

Cúteres


Cutér, também chamado de "chalupa", é um veleiro de pequeno porte com um mastro. Começou a ser utilizado no século XVII. É uma embarcação rápida e de fácil manobra.

Galé


A galé, de um a dois mastros e velas redondas ou vela latina. Levava trinta remos e era utilizado como elemento de ligação, exploração, como auxiliar de armadas ou em outros serviços do género. Era um navio escolhido pelos reis, e grandes senhores, para sua utilização em cerimónia

Barca-Nau de Viagem


Caique


Galera-Nau de viagem


Chalupa


Lugre


Lugre - Barca


Lugre - Escuna


Iate


Navio-Almirante


Navio-almirante, navio-chefe ou capitânia é o navio de esquadra tripulado por um comandante como outro navio de igual tamanho ou categoria de esquadra, porém o que o distingue dos demais é que a bordo se encontra o oficial general ou o comandante geral de operações navais e que lidera uma esquadra ou divisão de combate individual, pelas próprias forças de frota, uma vez que sempre se encontra acompanhado de outros navios de apoio logístico, avisos e de combate. Geralmente o Navio - almirante detém uma flâmula estreita e comprida de nome "Galhardete", que o distingue como comando - geral ou general de operações navais.

Além do comando do próprio navio e tripulação de próprio navio, transportava também lugares para abrigar reuniões de cúpula e comando general de operações de Lord Nelson, o 'Victory', vencedor de Trafalgar, onde podemos observar o galhardete da responsabilidade de Nelson à popa.

Glossário

A
Adriça - Cabo para içar velas ou bandeiras.
Amarra -  Corda grossa ou cabo de elos que prende a âncora; um décimo de milha marítma (185 m).
Amura - Zona do costado de uma embarcação entre a proa e o través; cabo com que se mareiam os papafigos e as velas menores, cutelos e varredoiras, quadro de proa.
Amurada - Prolongamento do costado do navio acima da parede interna do casco.
Antepara - Divisória vertical no interior da embarcação.
Aparelho - Conjunto de cabos, poleame e velame de um navio.

B
Barca - Embarcação pequena, de madeira, com uma só coberta e um só mastro.
Barlavento - Lado de onde sopra o vento.
Beque - Curva de madeira da roda da proa.
Bolinar - Orientar as velas e vergas em torno do mastro, de modo a permitir navegar com ventos contrários.
Bombordo - Lado esquerdo dum navio quando se está voltado para a proa.
Bordejar - Navegar virando de bordo com alguma frequência.
Botaló - Arpéu usado p. ex. para afastar barcos inimigos; pau que se prolonga popa afora para caçar a escota.
Brandal - Cada um dos cabos que aguentam os mastros no sentido transversal.
Bujarrona - Vela triangular que se segue ao gurupés.

C
Cachola - Parte superior do leme onde encaixa a cana do leme.
Calabre - Corda grossa.
Calado - Altura do casco que fica mergulhado na água.
Cambar - Mudar de um bordo para o outro deixando o vento pela popa.
Cana do Leme - Barra fixa na cachola do leme para o manobrar.
Carangueja - Verga de vela latina quadrangular disposta obliquamente ao mastro e voltada para a ré.
Castelo - Construções elevadas à proa e ré que servem para se ter uma visão melhor.
Cavername - Estrutura do casco de um navio.
Cesto (p.ex. da gávea) - Pequena plataforma assente nos mastros para espalhar cabos de mastreação.
Cevadeira - Vela pequena que pende da verga do mesmo nome, transversal ao gurupés.
Coberta - Qualquer dos pavimentos que correm da proa à popa.
Convés - Pavimento da 1ª coberta; cada um dos pisos da embarcação.
Costado - A parte lateral e exterior de uma embarcação.
Croque - Vara com um gancho na extremidade para puxar cabos, ou outros objectos para bordo.
Cutelo - Certo tipo de vela.

E
Enxárcia - Conjunto de cabos que aguenta a mastreação (ver ovém).
Escorbuto - Doença causada por carência de vitamina C; provoca sangramento e inchaço das gengivas e  queda de dentes.
Escota - Cabo fixo à vela para manobra desta.
Escotilha - Abertura no convés para dar passagem a pessoas ou material.
Escovém (de âncora) - Abertura tubular no costado por onde passa a âncora.
Estai - Cabo que aguenta um mastro para vante ou para ré de um navio.
Estibordo - Lado direito de um navio, quando se está voltado para a proa.
Estiva - A 1ª leva de carga colocada no porão; grade de madeira colocada no chão para proteger a 1ª carga da humidade.

F
Fundear - Largar a âncora (também chamada hoje de ferro) para o fundo, a fim de segurar o navio.

G
Garrar - Arrastar a âncora por esta não segurar bem a embarcação.
Gata - Vela redonda que se arma por cima da mezena.
Gávea - Plataforma a certa altura do mastro do navio.
Gave-tope - Vela latina que arma no mastaréu do mesmo nome.
Giba - Vela triangular que enverga ante a vante da bujarrona.
Gurupés - Pequeno mastro que sai da proa para vante, donde pendia, normalmente, uma pequena vela.

J
Joanete - Vela que fica por cima da gávea. Consoante o mastro, assim têm os nomes (de proa, grande e sobregata).

L
Lais - Qualquer das duas partes extremas de uma verga.
Latina - Nome dado às velas triangulares ou quadrangulares que pendem, normalmente, segundo a linha longitudinal do navio.
Leme - Peça destinada ao governo de uma embarcação.
Linha de água - Linha que separa as obras vivas (parte submersa) das obras mortas (parte emersa).

M
Malagueta - Peça da roda de leme que serve para pegar.
Marear - Diz-se da manobra duma vela para ela apanhar melhor o vento.
Mastaréu - Pequeno mastro que se fixa e prolonga outro mastro ou mastaréu.
Mastreação - Conjunto dos mastros, vergas e paus.
Mastro grande - Mastro principal do navio, em posição central. Também chamado mastro real.
Meia-nau - A mediania da embarcação.
Mezena - Mastro mais próximo da ré nas embarcações de três mastros; diz-se da vela usada nesse mastro.
Milha marítima - 1852 metros. 1º de latitude ou longitude corresponde a cerca de 60 milhas marítimas (aprox. 111 km).
Molinete - Aparelho de força com manivela para ajudar a caçar cabos.

N
Nó - Medida de velocidade correspondente a uma milha por hora (1852 metros/hora).

O
Obras mortas - Parte do casco de uma embarcação que não está submersa.
Obras vivas - Parte submersa do casco de uma embarcação.
Orçar - Aproximar a proa da direcção do vento.
Ovém - Cabo que aguenta a mastreação para um e outro bordo. O conjunto de ovéns forma a enxárcia.

P
Papafigos - Velas baixas dum navio.
Patarrás - Calabre grosso que segura os mastros ao costado do navio.
Pavês - Armação protectora colocada nas bordas das embarcações (paveses); balaustrada do cesto da gávea.
Pavilhão - Bandeira no topo do mastro real.
Penol - O mesmo que lais.
Polaca - Vela latina que se enverga à proa em ocasiões de mau tempo.
Poleame - Conjunto de peças destinadas à passagem de cabos.
Pontal - O mesmo que pontalete.
Pontalete - Trave de suporte dos pisos de um navio.
Ponte - Construção acima do convés principal que serve de passagem entre o convés do castelo de popa ou tombadilho e uma superestrutura do navio; coberta do navio.
Popa - Parte de trás, ré, dum navio. É na popa que se articula o leme.
Porão - Espaço entre o mais inferior dos conveses e o fundo do casco.
Portaló - Abertura na balaustrada de um navio para trânsito de pessoas e cargas leves.
Portinhola - Pequena porta nos costados que se abria para deixar passar as bocas dos canhões.
Proa - Parte da frente dum navio. À peça de madeira onde pregam as tábuas do costado chama-se «roda de proa».

Q
Querena - Invólucro de parte do casco do navio, normalmente imerso; reparo, limpeza ou conserto de embarcação.
Querenar - Tombar a embarcação para efectuar reparo, limpeza ou conserto.
Quilha - Peça longitudinal que fecha a ossada da embarcação.

R
Ré - Parte de trás de uma embarcação.
Rize - Cabo que ajuda a manter o pano reduzido.

S
Sotavento - Lado para onde sopra o vento. (ver barlavento).

T
Tolda - Parte do convés superior entre o mastro grande e o tombadilho ou a popa.
Tombadilho - Estrutura erguida na popa de um navio, geralmente toda fechada; castelo de popa; pavimento do castelo de popa.
Traquete - A vela maior do mastro da proa. O nome do respectivo mastro.
Turco - Coluna vertical de madeira ou metal em cuja parte superior encurvada se fixa um aparelho de içamento.

V
Varredoira - Certo tipo de vela rectangular.
Vela da mezena - A vela inferior e maior do mastro do mesmo nome.
Vela do traquete - A vela inferior e maior do mastro do mesmo nome.
Vela grande - A vela inferior e maior do mastro grande.
Velacho - Vela acima da vela do traquete.
Velame - Conjunto de velas.
Verga - Peça de madeira ou metal onde é ligada a parte superior da vela.
Vigia - Abertura para dar luz e ar ao interior, que se pode ou não abrir.

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