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quarta-feira, julho 10, 2013

Administração Geral do Correio Marítimo



      


             Em 1796, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, secretário de Estado dos Negócios Ultramarinos e da Marinha, reincorporou à Coroa portuguesa a Administração dos Serviços Postais por meio do decreto publicado em 18 de Janeiro de 1797 e confirmado pelo alvará com força de lei de 16 de Março. A partir desta data, o Estado assumiu a exploração dos correios em Portugal, bem como o serviço de correio marítimo, que assegurava a comunicação da metrópole com as colónias. Juntamente, por Alvará de 20 de Janeiro de 1798 determinava que a Repartição da Marinha ficasse encarregado de dois em dois meses despachar Navios Correios Marítimos, um com destino ao Maranhão e o outro para a Bahia e para o Rio de Janeiro, Este documento ordenava que todas as forças governamentais da colónia fossem encarregues de estabelecer um sistema de comunicações, no interior do território para permitir o despacho das correspondências a serem recebidas e expedidas pelos navios, que alem da correspondência, transportavam pequenas encomendas ou produtos do país, controlados pela Administração do Correio. Ainda no século XVIII, em 1º de Abril de 1799, foi baixado o “Regulamento provisional para o novo estabelecimento do Correio”, sendo nomeado D. Luís Pinto de Sousa para director dos Correios de Portugal, Brasil, Possessões e Domínios, com a incumbência de reorganizar o serviço de terra e mar, que passou para a alçada da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. O aumento da Frota de Navios Correios-Marítimos o desenvolvimento do Brasil e a aliança Franco-Espanhol para ocupar e dividir Portugal, como potência marítima e colonizadora e de feitorias comerciais importantes a nossa Marinha Mercante, necessitava cada vez mais de protecção da Marinha de Guerra para a travessia do Atlântico contra o corso e pirataria que impune, impedia as viagens dos nossos Paquetes Correios-Marítimos. O esforço que foi feito por Portugal para manter no activo um serviço de Correios Marítimos fez através de uma directiva do Príncipe Regente Don João em relação á construção de Navios Correios e de que foi porta-voz e administrador o Almirante Bernardo Ramires Esquível. A construção de um Navio Correio tinha as suas especificações, velocidade, tonelagem, área de velame, armamento de artilharia para defesa contra o corso e os piratas e principalmente a robustez do casco para aguentar as grandes viagens pelo Atlântico e Indico, voltar para o porto de Lisboa algumas vezes por ano, em viagens constantes estando ancorado só para ser reabastecido e por vezes (raras) mudar de tripulação.





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