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quinta-feira, maio 22, 2014

Fortes e Fortalezas de Costa - Atlântico - Açores X


FORTES E FORTALEZAS DE COSTA DO REINO DE PORTUGAL E ALGARVE


FORTES E FORTALEZAS DE COSTA-AÇORES
(GRUPO OCIDENTAL)



FORTES E FORTALEZAS DE COSTA
Grupo Ocidental-Ilha das Flores

BATERIA DA ALAGOA


A 'Bateria da Alagoa' localizava-se na baía da Alagoa, freguesia dos Cedros, concelho de Santa Cruz das Flores, na costa nordeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

Dela existe alçado e planta, com o título "Bateria da Alagoa", de autoria do sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). A estrutura não chegou até aos nossos dias.

BATERIA DA LOMBA

A 'Bateria da Lomba' localizava-se na povoação e freguesia da Lomba, concelho das Lajes das Flores, na costa és-sudestes da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre a ribeira do Gil, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

Dela existe alçado e planta, com o título "Bateria da Lomba", de autoria do sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). O padre José António Camões (1777-1827), na primeira década do século XIX, refere a fortificação da Lomba:

"Passada a ponta do ilhéu Furado segue-se ao pé de uma rocha chamada a rocha do ilhéu furado um porto muito ridículo chamado o Coutinho, onde varam os barcos da freguesia da Lomba, tem capacidade ao menos para 4 ou 5 barcos pequenos, mas não tem refugio senão para dois, quando muito correndo para sueste cai uma ribeira chamada a ribeira do Gil, sobre a rocha da parte d’além está um forte com uma casa boa, e tem três peças.". O historiador acrescenta que esta fortificação foi erguida em 1820 (1810?), "de faxina, e por isso se acha já derrotado em parte", com o recurso à mão-de-obra dos, habitantes da ilha, obrigados a dar dias de trabalho à Coroa, razão pela qual o cuidado na sua construção não fora muito.

A estrutura não chegou até aos nossos dias.

BATERIA DA PONTA DA CAVEIRA

A 'Bateria da Ponta da Caveira' localizava-se na ponta da Caveira, freguesia da Caveira, concelho de Santa Cruz das Flores, na costa este da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

Dela existe alçado e planta, com o título "Bateria da Ponta da Caveira", de autoria do sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). A estrutura não chegou até aos nossos dias.

BATERIA DO CAIS
(Lajes das Flores)

A 'Bateria do Cais de Lajes das Flores' localizava-se na vila e freguesia de Lajes das Flores, concelho de mesmo nome, na costa sudeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho da costa, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa do ancoradouro da vila contra os ataques de piratas e corsários, frequentes nesta região do oceano Atlântico.

O padre António Cordeiro, no início do século XVIII, remonta a fortificação de Lajes das Flores ao período da Dinastia Filipina, após o saque de corsários ingleses em 1587, no contexto da Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604):

"Daqui para o Norte, está a nobre, & fecunda Villa das Lajes, & já em nada sujeita à Villa de Santa Cruz: consta de muito mais de trezentos fogos, & de duas grandes Companhias, & dous Capitães de ordenança, & hum Capitão-mor da Villa, & seu termo; e consta de uma grande rua, & muitas travessas; & tem diante de si para o mar alguns baixios perigosos aos que quiseram acometer a Villa, & fica já mais de duas léguas do sobredito lugar de São Pedro. A Matriz desta Villa é da invocação de Nossa Senhora do Rosário, com Vigário, & algumas famílias nobres, como em seu lugar diremos. (…) Já houve com tudo ocasião (em 25 de Julho de 1587, há quase cento & trinta anos) que cinco navios Ingleses enganadamente entrarão na Villa das Lajes, & a saquearão, fugindo os moradores para os matos; mas até agora lhes não sucedeu outra, pela vigia que sempre ao diante tiveram: & nem se sabe de fogo, terramoto, peste ou guerra que houvesse nesta Ilha até agora."

Uma nova tentativa de assalto, por duas embarcações de corsários ingleses da América do Norte, registou-se no ano de 1770. O padre José António Camões, na primeira década do século XIX, também referiu as defesas de Lajes das Flores:  "(…) tem aquela Villa o porto a su-sueste; tem para fora uma baia com ancoradouro de areia. (…) Seo Orago é Nossa Senhora do Rosário, (…) Tem 2 companhias de ordenança. A 1ª formada na Villa, Monte e Morros, com 1 capitão, 1 alferes, 2 tenentes, que foram de fortes, dois sargentos e 170 soldados, a 2ª formada na Fazenda, Lajedo e Mosteiro, com 1 capitão, 1 alferes, 1 tenente, 3 sargentos e 147 soldados, a saber, 77 na Fazenda, 36 no Lajedo e Costa, e 34 no Mosteiro e Caldeira. Tem um castelo no porto da Villa com casa e guarda e 9 peças, e mais 2 fortes, um deles em um cerrado sobre uma rocha, sem casa, e 1 peça.". A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 refere-o como "Forte das Pouças" (Forte [do Porto ou do Cais] das Poças) e informa: "Tem uma casa arruinada", complementando: "Só existem os parapeitos d'uma bateria"). A estrutura não chegou até aos nossos dias.

BATERIA SOBRE O ALTO DE PONTA DELGADA
(Santa Cruz das Flores)


A 'Bateria sobre o Alto' localizava-se na freguesia de Ponta Delgada, concelho de Santa Cruz das Flores, na costa norte da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

Dela existe alçado e planta, com o título "Batarias sobre o alto de Ponta Delgada, N.º 6", de autoria do sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTE DE N. S. DA CONCEIÇÃO
(Ilha das Flores)

O 'Forte de Nossa Senhora da Conceição' localizava-se na ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre o seu trecho do litoral, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte de Nossa Senhora da Conceição." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". A estrutura não chegou até aos nossos dias. 

FORTE DE N. S. DO ROSÁRIO
(Lajes das Flores)


O 'Forte de Nossa Senhora do Rosário' localizava-se na vila e freguesia de Lajes das Flores, concelho de mesmo nome, na costa sudeste da ilha das Flores,  nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa do ancoradouro da vila contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

O padre António Cordeiro, no início do século XVIII, remonta a fortificação de Lajes das Flores ao período da Dinastia Filipina, após o saque de corsários ingleses em 1587, no contexto da Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604):

"Daqui para o Norte, está a nobre, & fecunda Villa das Lajes, & já em nada sujeita à Villa de Santa Cruz: consta de muito mais de trezentos fogos, & de duas grandes Companhias, & dous Capitães de ordenança, & hum Capitão-mor da Villa, & seu termo; e consta de uma grande rua, & muitas travessas; & tem diante de si para o mar alguns baixios perigosos aos que quiseram acometer a Villa, & fica já mais de duas léguas do sobredito lugar de São Pedro. A Matriz desta Villa é da invocação de Nossa Senhora do Rosário, com Vigário, & algumas famílias nobres, como em seu lugar diremos. (…) Já houve com tudo ocasião (em 25 de Julho de 1587, há quási cento & trinta anos) que cinco navios Ingleses enganadamente entrarão na Villa das Lajes, & a saquearão, fugindo os moradores para os matos; mas até agora lhes não sucedeu outra, pela vigia que sempre ao diante tiveram: & nem se sabe de fogo, terramoto, peste ou guerra que houvesse nesta Ilha até agora."

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Fortim de Nossa Senhora do Rosário." Na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". Uma nova tentativa de assalto, por duas embarcações de corsários ingleses da América do Norte, registou-se no ano de 1770. Do forte existe alçado e planta, com o título "Forte de N.ª Snr.ª do Rosário da Villa das Lages da Ilha das Flores", de autoria do sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). O padre José António Camões, na primeira década do século XIX, também referiu as defesas de Lajes das Flores: "(...) tem aquela Villa o porto a su-sueste; tem para fora uma baia com ancoradouro de areia. (...) Seu Orago é Nossa Senhora do Rosário, (...) Tem 2 companhias de ordenança. A 1ª formada na Villa, Monte e Morros, com 1 capitão, 1 alferes, 2 tenentes, que foram de fortes, dois sargentos e 170 soldados, a 2ª formada na Fazenda, Lajedo e Mosteiro, com 1 capitão, 1 alferes, 1 tenente, 3 sargentos e 147 soldados, a saber, 77 na Fazenda, 36 no Lajedo e Costa, e 34 no Mosteiro e Caldeira. Tem um castelo no porto da Villa com casa e guarda e 9 peças, e mais 2 fortes, um deles em um cerrado sobre uma rocha, sem casa, e 1 peça.". Encontra-se referido na relação "Fortes existentes nas Flores e Corvo em 21 de Julho de 1817". A estrutura não chegou até aos nossos dias. 

FORTE DE SANTO ANTÓNIO
(Lajes das Flores)

O 'Forte de Santo António' localizava-se na vila e freguesia de Lajes das Flores, concelho de mesmo nome, na costa sudeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, tinha como função a defesa do ancoradouro da vila contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

O padre António Cordeiro, no início do século XVIII, remonta a fortificação de Lajes das Flores ao período da Dinastia Filipina, após o saque de corsários ingleses em 1587, no contexto da Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604):

"Daqui para o Norte, está a nobre, & fecunda Villa das Lajes, & já em nada sujeita à Villa de Santa Cruz: consta de muito mais de trezentos fogos, & de duas grandes Companhias, & dous Capitães de ordenança, & hum Capitão-mor da Villa, & seu termo; e consta de uma grande rua, & muitas travessas; & tem diante de si para o mar alguns baixios perigosos aos que quiseram acometer a Villa, & fica já mais de duas léguas do sobredito lugar de São Pedro. A Matriz desta Villa é da invocação de Nossa Senhora do Rosário, com Vigário, & algumas famílias nobres, como em seu lugar diremos. (…) Já houve com tudo ocasião (em 25 de Julho de 1587, há quase cento & trinta anos) que cinco navios Ingleses enganadamente entrarão na Villa das Lajes, & a saquearão, fugindo os moradores para os matos; mas até agora lhes não sucedeu outra, pela vigia que sempre ao diante tiveram: & nem se sabe de fogo, terramoto, peste ou guerra que houvesse nesta Ilha até gora."

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte de Santo António." Na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". Como registado pelo Governador Civil do Distrito da Horta, António José Vieira Santa Rita, este forte, "em 1770 bateu dous corsários americanos". A força corsária era composta por um brigue e uma chalupa, e havia sido anteriormente repelida na Ribeira Funda, onde estavam a encher pipas de água, por paisanos das Ordenanças que, do cimo da rocha, lhes fizeram fogo com as suas espingardas, embora sem precisão pela distância. Ancorando posteriormente diante das Lajes, investiram tão vigorosamente sobre a povoação e este pequeno forte, que foi forçoso abandoná-lo. No entanto, animados pelo capitão da vila, João António de Mendonça, os defensores retomaram a posição no forte, carregaram uma peça de artilharia do calibre 12 até à boca com "testos de frascos e garrafas e de estilhaços de pedra" e, feita a pontaria, fizeram fogo na primeira lancha. Carregada a peça pela segunda vez, com bala, lograram partir o mastaréu da gávea do mastro real do brigue. Após esses sucessos, as embarcações afastaram-se em fuga. Dele existe alçado e planta, com o título "Forte de Sto. Antonio", de autoria do Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). O padre José António Camões, na primeira década do século XIX, também referiu as defesas de Lajes das Flores: "(...) tem aquela Villa o porto a su-sueste; tem para fora uma baia com ancoradouro de areia. (...) Seu Orago é Nossa Senhora do Rosário, (...) Tem 2 companhias de ordenança. A 1ª formada na Villa, Monte e Morros, com 1 capitão, 1 alferes, 2 tenentes, que foram de fortes, dois sargentos e 170 soldados, a 2ª formada na Fazenda, Lajedo e Mosteiro, com 1 capitão, 1 alferes, 1 tenente, 3 sargentos e 147 soldados, a saber, 77 na Fazenda, 36 no Lajedo e Costa, e 34 no Mosteiro e Caldeira. Tem um castelo no porto da Villa com casa e guarda e 9 peças, e mais 2 fortes, um deles em um cerrado sobre uma rocha, sem casa, e 1 peça." Encontra-se referido na relação "Fortes existentes nas Flores e Corvo em 21 de Julho de 1817". A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTES DE SÃO FRANCISCO
(Ilha das Flores)

O 'Forte de São Francisco' localizava-se na vila e freguesia de Santa Cruz das Flores, no concelho de mesmo nome, na costa este da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre o seu trecho do litoral, constituiu-se em um forte destinado à defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte de S. Francisco." Na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". Dele existe alçado e planta, com o título "Fortaleza de S. Francisco da villa de Sta. Cruz na Ilha das Flores", de autoria do Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). Encontra-se referido na relação "Fortes existentes nas Flores e Corvo em 21 de Julho de 1817". A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FONTE DE S. PEDRO DE PONTA DELGADA
(Santa Cruz das Flores)


O 'Forte de São Pedro de Ponta Delgada' localizava-se no sítio de São Pedro, freguesia de Ponta Delgada, concelho de Santa Cruz das Flores, na costa norte da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em um forte destinado à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

O padre José António Camões, na primeira década do século XIX, referiu as defesas de São Pedro de Ponta Delgada:

"(...) passada a ponta do Fornal segue-se logo ao nordeste o porto da freguesia de Ponta Delgada. Há nele, ao pé do mar, uma fonte de água doce de que se serve uma grande parte dos moradores daquela freguesia. Tem o dito porto uma casinha e uma peça, tudo sem fortificação alguma, mas com uma rocha que o fortifica. Continuando para nordeste começa a grande baía de Ponta Delgada, cai ao mar uma ribeira chamada a Ribeira da Fazenda a um tiro de peça pouco mais ou menos, mas ainda dentro dos marcos da dita freguesia fica um porto chamado o Portinho, onde só com uma bonança podem descarregar os barcos. Tem uma casinha de guarda com uma peça. Por fora do tal portinho estão os dois ilhéus chamados os ilhéus do Portinho – continuando por o mesmo vento segue uma ponta chamada a Ponta do Ilhéu.".

Encontra-se referido na relação "Fortes existentes nas Flores e Corvo em 21 de Julho de 1817". Dele existe alçado e planta com o título "Bataria para a Bahia de S. Pedro, N.º 5", de autoria do Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 refere-o apenas como "Posto de S. Pedro" e informa: "Não existem vestígios de fortificação, e à muitos anos é logradouro público.” A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTE DE S. SEBASTIÃO SOBRE A RIBEIRA DA CRUZ

A 'Forte de São Sebastião sobre a Ribeira da Cruz' localizava-se na foz da Ribeira da Cruz, na freguesia da Caveira, concelho de Santa Cruz das Flores, na costa este da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte de São Sebastião sobre a Ribeira da Cruz." Na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 refere-o como "Posto da Foz da Ribeira da Cruz" e informa: "Idem" ("Não existem vestígios de fortificação"). A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTE DO ESPIRITO SANTO
(Lajes das Flores)

O 'Forte do Espírito Santo' localizava-se na vila e freguesia de Lajes das Flores, concelho de mesmo nome, na costa sudeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, tinha como função a defesa do ancoradouro da vila contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

Remonta a um fortim, sob a invocação do mesmo orago, erguido no século XVI junto ao porto, sobre as ruínas da primitiva Ermida do Espírito Santo. De acordo com frei Diogo das Chagas, essa ermida erguia-se "ao sair do Porto, que é uma calheta em que abiquão barcos" e fora "antigamente paroquia da Villa que ai estava, que depois de queimada se mudou pera cima, aonde hoje está, e na mesma Igreja se fez esta ermida do mesmo orago, que antes tinha". O padre António Cordeiro, no início do século XVIII, remonta a fortificação de Lajes das Flores ao período da Dinastia Filipina, após o saque de corsários ingleses em 1587, no contexto da Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604), ocasião em que a ermida foi incendiada: 

"Daqui para o Norte, está a nobre, & fecunda Villa das Lajes, & já em nada sujeita à Villa de Santa Cruz: consta de muito mais de trezentos fogos, & de duas grandes Companhias, & dous Capitães de ordenança, & hum Capitão-mor da Villa, & seu termo; e consta de uma grande rua, & muitas travessas; & tem diante de si para o mar alguns baixios perigosos aos que quiseram acometer a Villa, & fica já mais de duas léguas do sobredito lugar de São Pedro. A Matriz desta Villa é da invocação de Nossa Senhora do Rosário, com Vigário, & algumas famílias nobres, como em seu lugar diremos. (…) Já houve com tudo ocasião (em 25 de Julho de 1587, há quase cento & trinta anos) que cinco navios Ingleses enganadamente entrarão na Villa das Lajes, & a saquearão, fugindo os moradores para os matos; mas até agora lhes não sucedeu outra, pela vigia que sempre ao diante tiveram: & nem se sabe de fogo, terramoto, peste ou guerra que houvesse nesta Ilha até gora."

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte do Espirito Santo." Na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". Uma nova tentativa de assalto, por duas embarcações de corsários ingleses da América do Norte, registou-se no ano de 1770. O padre José António Camões, na primeira década do século XIX, também referiu as defesas de Lajes das Flores:

"(...) tem aquela Villa o porto a su-sueste; tem para fora uma baia com ancoradouro de areia. (...) Seu Orago é Nossa Senhora do Rosário, (...) Tem 2 companhias de ordenança. A 1ª formada na Villa, Monte e Morros, com 1 capitão, 1 alferes, 2 tenentes, que foram de fortes, dois sargentos e 170 soldados, a 2ª formada na Fazenda, Lajedo e Mosteiro, com 1 capitão, 1 alferes, 1 tenente, 3 sargentos e 147 soldados, a saber, 77 na Fazenda, 36 no Lajedo e Costa, e 34 no Mosteiro e Caldeira. Tem um castelo no porto da Villa com casa e guarda e 9 peças, e mais 2 fortes, um deles em um cerrado sobre uma rocha, sem casa, e 1 peça.".

A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTE DO ESTALEIRO DA FAJÃ GRANDE

O 'Forte do Estaleiro da Fajã Grande' localizava-se no lugar do Estaleiro, entre o Porto e o Calhau Miúdo, na povoação e freguesia da Fajã Grande, concelho de Lajes das Flores, na costa oeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em um forte destinado à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

Acredita-se que a toponímia "Estaleiro" se deva a que, primitivamente no local, tenha existindo algum tipo de facilidade - como uma simples rampa -para a reparação naval. A região caracterizava-se por terras de cultivo, nomeadamente de géneros como o milho, a batata, a batata-doce, o feijão, cebolas, e couves. Entre os séculos XVIII e XIX, ali existiu uma pequena fortificação junto ao mar, adjacente ao ancoradouro do chamado Porto Novo, sobre a baía da Ribeira das Casas. Dela existe alçado e planta, com o título "Forte do Estaleiro da Fayam Grande", de autoria do Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 refere-o apenas como "Posto das Fajãs", informa que "Tem uma casa em mau estado", e complementa: "Não existem vestígios de fortificação". Na década de 1950 os seus vestígios ainda podiam ser observados. A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTE DO MONTE DO MAIO

O 'Forte do Monte do Maio' localizava-se no concelho de Santa Cruz das Flores, na ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre o seu trecho do litoral, constituiu-se em um forte à defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

FORTIM DE N. S. DOS REMÉDIOS
(Ilha das Flores)

O 'Fortim de Nossa Senhora dos Remédios' localizava-se na povoação e freguesia da Fajãzinha, concelho das Lajes das Flores, na costa oeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre o seu trecho do litoral, constituiu-se em um fortim destinado à defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Fortim de Nossa Senhora dos Remédios." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTIM DE SÃO CAETANO
(Ilha das Flores)

O 'Fortim de São Caetano' localizava-se na povoação e freguesia da Lomba, concelho das Lajes das Flores, na costa és-sudeste da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre o seu trecho do litoral, constituiu-se em um fortim destinado à defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Fortim de São Caetano." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". A estrutura não chegou até aos nossos dias.

VIGIA DO PORTINHO

A 'Vigia do Portinho' localizava-se na freguesia de Santa Cruz das Flores, no concelho de mesmo nome, na costa este da ilha das Flores, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma simples vigia destinada à sua defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

O padre José António Camões, na primeira década do século XIX, referiu as defesas do Portinho:

"(…) passada a ponta do Furnal segue-se logo ao nordeste o porto da freguesia de Ponta Delgada. Há nele, ao pé do mar, uma fonte de água doce de que se serve uma grande parte dos moradores daquela freguesia. Tem o dito porto uma casinha e uma peça, tudo sem fortificação alguma, mas com uma rocha que o fortifica. Continuando para nordeste começa a grande baía de Ponta Delgada, cai ao mar uma ribeira chamada a Ribeira da Fazenda a um tiro de peça pouco mais ou menos, mas ainda dentro dos marcos da dita freguesia fica um porto chamado o Portinho, onde só com uma bonança podem descarregar os barcos. Tem uma casinha de guarda com uma peça. Por fora do tal portinho estão os dois ilhéus chamados os ilhéus do Portinho - continuando por o mesmo vento segue uma ponta chamada a Ponta do Ilhéu.".

Dela existe alçado e planta, com o título "Vigia do Portinho, N.º 7", de autoria do Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, José Rodrigo de Almeida (1822). A estrutura não chegou até aos nossos dias.

FORTES E FORTALEZAS DE COSTA
Grupo Ocidental-Ilha do Corvo

FORTE DE N. S. DOS MILAGRES
(Ilha do Corvo)


O 'Forte de Nossa Senhora dos Milagres' localizava-se no porto da Calheta, no concelho de Vila Nova do Corvo, na costa sul da ilha do Corvo, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em um forte destinado à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

A norte da vila, foi erguido em data indeterminada, entre os séculos XV e XVIII. No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte de Nossa Senhora dos Milagres no porto da Calheta." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710". Terá tido parte na resistência da população ao assalto de piratas da Barbária em 1714. Na ocasião este foi rechaçado com o recurso ao lançamento de um ajuntamento de gado pelas ruas da povoação. A estrutura não chegou até aos nossos dias.


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