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domingo, junho 28, 2015

Batalhas e Combates-1499

Pate
(5 de Janeiro de 1499)


A Viagem de regresso da Índia da armada de Vasco da Gama constituiu um verdadeiro calvário. Tendo Largado de Angediva a 5 de Outubro de 1498, só conseguiu alcançar a costa africana, nas proximidades de Mogadisco, três meses mais tarde a 3 de Janeiro de 1499, do que resultou perder muita gente afectadas pelo escorbuto. Dizem os cronistas que ao reconhecer que se tratava de uma cidade de «Mouros» (Muçulmanos), Vasco da Gama, que vinha irritadíssimo com a forma como aqueles tinham intrigado contra si na Índia, deu ordem para a bombardear, avariando alguns navios que estavam no porto. Mogadisco era uma cidade grande e rica pelo que somos levados a supor que o respectivo sultão, justamente indignado com o procedimento dos portugueses, tenha mandado imediatamente equipar uma armada de oito navios (provavelmente «dhows») para os perseguirem. Ia a nossa armada navegando com o vento fresco pela alheta de EB provavelmente a uma velocidade muito próxima dos oito nós (oito milhas marítimas por hora) quando, ao largo da ilha de Pate, rebentaram uma ou duas ostagas da "São Gabriel" (as ostagas são os cabos que servem para içar as pesadas vergas transversais onde envergam as velas de gávea). Para reparar a avaria foi necessário carregar o pano, ficando a armada a pairar durante algumas horas. Foi então que os navios que, em nossa opinião terão saido de Mogadisco (e não de Pate) os alcançaram. Vendo aproximar-se um grupo compacto de oito «dhows» carregados de gente de armas vindos do Norte, os Portugueses perceberam imediatamente do que se tratava, pondo-se em armas. E logo que aqueles chegaram ao alcance de tiro das bombardas, abriram fogo. Não se sabe se album dos navios atacantes foi ou não atingido. Tal como acontecera em Angediva, a potência dos canhões de bronze usados pelos nossos navios, ainda desconhecidos no oceano Índico, devem ter assustado de tal forma os «Mouros» que, acto contínuo, bateram em retirada. E assim pôde a armada de Vasco da Gama, prosseguir a sua viagem de regresso a Portugal.


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