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sexta-feira, setembro 26, 2014

Navios da Armada Real de 1638-1910 II

GALEÕES


1. "S. Bento"
Fez a primeira viagem à Índia em 1638 como navio-chefe do capitão-mor João Soares Vivas.
Entrou na empresa de Cádis em 1641.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1638 a 1642.

2. "S. Lourenço"
Construído na Índia em teca no tempo do governador António Teles de Meneses.
Perdeu-se por encalhe na costa de Moçambique em Setembro de 1649 na ida para a Índia como navio-chefe da armada de viagem.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1649.

3. "Sacramento"
Feito na Índia por contrato em 1640.
Possivelmente é o galeão Santíssimo Sacramento que se perdeu na costa do Natal em 1647.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1641.

4. "Santa Margarida"
Galeão de 800 t, 36 peças e 358 homens de guarnição que se achava no Tejo à data da aclamação de D. João IV.
Entrou na empresa de Cádis em 1641, na armada de socorro à Baía em 1647, e perdeu-se no mar no regresso ao Reino em 1651, com perda de toda a gente.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1651.

5. "S. Baltasar"
Galeão de 850 t e 42 peças de artilharia que se encontrava no Tejo à data da aclamação de D. João IV.
Também aparece como nau.
Entrou em várias armadas de guarda-costa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1656.

6. "S. Nicolau"
Encontrava-se no Tejo à data da aclamação de D. João IV.
Entrou na empresa de Cádis em 1641 e no socorro à Terceira no ano seguinte.
Perdeu-se na costa da Lourinhã em 1642.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1642.

7. "S. Pantaleão"
Galeão de 800 t, 36 peças e 358 homens de guarnição que se encontrava no Tejo à data da Restauração, em 1640. Entrou na empresa de Cádis em 1641.
Entrou em várias armadas de guarda-costa e no socorro à Baía em 1647.
Perdeu-se na Terceira no regresso ao Reino em 1651.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1651.

8. "S. Pedro Grande"
Galeão de 600 t e 30 peças de artilharia que se achava no Tejo à data da Restauração em 1640.
Em 1644 seguiu para a Índia na armada de Luís Velho.
No ano seguinte fez viagem a Macau e no regresso ao Reino naufragou na ilha Terceira em 1654, vindo do Brasil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1654.

9. "S. Pedro de Hamburgo"
Galeão de 600 t ou 700 t, de 26 a 30 peças, que se achava no Tejo à data da Restauração em 1640.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1651.

10. "Santo Milagre"
Galeão de 8001 e 36 peças de artilharia que se encontrava no Tejo à data da Restauração, em 1640.
Tomou parte na empresa de Cádis em 1641 e no ano seguinte saiu de guarda-costa, sob o comando de Luís Velho, na armada real de António Teles de Meneses.
Em 1647, no regresso da Índia, perdeu-se ao sudoeste das Maldivas, no abrolho de S. Francisco.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1647.

11. "Santo António"
Galeão de 400 t, 26 peças e três cobertas.
Tendo partido para a Índia em 1640, foi no mesmo ano de socorro a Ceilão.
Novamente em 1644 saiu na armada de Luís Velho para a Índia e regressou no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1645.

12. "Santo André"
Galeão de 550 t e 26 peças de artilharia apresado aos franceses e que se achava no Tejo à data da Restauração de 1640.
Tomou parte na empresa de Cádis.
Navio-chefe da esquadra que em 1644 largou de Lisboa com a embaixada do Japão.
No regresso arribou à Galiza e foi tomado pelos espanhóis em 1650.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1640 a 1650.

13. "N. S. da Candelária"
Galeão de 700 t e 26 peças.
Tomou parte na empresa de Cádis em 1641.
Em 1644 largou para a Índia na armada de viagem do cabo Luís Velho.
Tendo regressado em 1646, voltou à Índia no ano seguinte.
Em 1650 bateu-se na costa com a armada inglesa do Parlamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1641 a 1651.

14. "Bom Jesus de Santa Teresa"
Galeão de 850 t e 60 peças.
Era capitânia da armada da empresa de Cádis de 1641 e igualmente da restauração da Terceira de 1642.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1641 a 1642.

15. "Santa Teresa"
Galeão construído no Porto em 1642.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1642.

16. "Santa Catarina"
Galeão de 230 t e 20 peças.
Em 1648, em viagem para a Índia, bateu-se com sucesso com quatro naus inimigas.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1642 a 1651.

17. "Bom Jesus de Bouças"
Galeão de 200 t e 16 peças.
Depois de andar nas armadas de guarda-costa, largou para a Índia em 1647 na armada de viagem como navio-chefe.
Perdeu-se na torna-viagem no ano seguinte na altura de Moçambique, rios de Cuama.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1642 a 1648.

18. "Bom Jesus de Portugal"
Galeão de 1250 t construído no Porto em 1642.
Armava com 60 peças.
Depois de cruzar na costa como navio-chefe, fez parte, em 1646-1647, do auxílio à França enviado à Itália.
Em 1647, como navio-chefe, largou de socorro à Baía na armada do conde de Vila Pouca de Aguiar.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1642 a 1657.

19. "S. Francisco Xavier"
Galeão enviado de Goa à China em 1642.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1642.

20. "S. João Baptista"
Galeão de 7001 e 36 peças construído no Porto em 1642 que, pelas suas qualidades náuticas, era conhecido por S. João Pérola, e, devido ao local onde foi construído, se chamava S. João Porto, ou do Porto.
Em 1644 largou para a Índia na armada de Luís Velho e em 1646 fez parte da esquadra que transportava uma embaixada portuguesa ao Japão.
Fez parte do socorro a Ceilão em 1654 que desbaratou uma esquadra holandesa.
No regresso a Goa a armada portuguesa foi destruída pelos holandeses.
Outros nomes: "S. João do Porto" - Galeão S. João Baptista. "S. João Pérola" - Galeão S. João Baptista.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1642 a 1654.

21. "Santo António de Aveiro"
Galeão de 300 t. Em 1644 largou incluído na esquadra que transportava uma embaixada portuguesa ao Japão, mas ficou em Goa desmantelado em 1645 pelo mau tempo que sofrera na viagem.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1643 a 1645.

22. "S. Jorge"
Galeão de 350 t que também aparece como fragata.
Em 1643 largou incluído numa armada que devia interceptar a frota espanhola das Índias Ocidentais.
Em 1650, como navio-chefe, largou para a Índia na armada do capitão-mor Luís Velho.
Foi mandado vender por inútil em Panelim em 1653.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1643 a 1653.

23. "Santo António da Esperança"
Galeão de 600 t e 40 peças de artilharia comprado ao Mercatudo em 1644.
Em 1651 combateu nas águas do Tejo a armada inglesa do Parlamento.
Em 1655 foi dado por incapaz na Baía, mas aparece na Índia em 1657 a 1658.
Entrou no combate contra holandeses na barra de Goa em 1657 e 1658.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1644 a 1658.

24. "N. S. da Conceição do Porto"
Galeão de 700 t que também era conhecido simplesmente por "N. S. da Conceição".
Fez parte da armada de Salvador Correia que em 1648 reconquistou Angola e S. Tomé e Príncipe.
No regresso a Portugal, em 1651, perdeu-se, por encalhe, na costa de Buarcos, quando desarvorado corria com o tempo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1647 a 1651.

25. "S. João da Ribeira"
Galeão de 600 t.
Fez parte em 1647 do socorro à Baía, incluído na armada de António Teles de Meneses.
Em 1650 regressou da Baía ao Tejo na mesma armada.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1647 a 1650.

26. "Santíssimo Sacramento"
Galeão construído na Índia que também aparece como nau.
Em 1647 largou de Goa para o Reino como navio-chefe da armada de torna-viagem.
Perdeu-se durante a viagem pelo mau tempo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1647.

27. "S. Luís"
Galeão de umas 600 t que entrou no socorro à Baía e na reconquista de Angola em 1648.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1647 a 1648.

28. "Santa Margarida e Santa Marta"
Galeão também conhecido por Inglesinho que entrou na armada que reconquistou Angola em 1648.
Em Quicombo daquele ano perdeu-se por um maremoto.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1648.

29. "N. S. da Luz"
Galeão de 28 peças comprado na Holanda, que era também conhecido por Fortuna e aparece como fragata e nau.
Fez parte da força naval que acometeu a armada inglesa do Parlamento que bloqueava o Tejo em 1650.
Em 1661, por ser velho, sugeriu-se que fosse entregue à Junta do Comércio.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1648 a 1661.

30. "Bom Sucesso do Povo"
Galeão lançado à água em Lisboa em 1648 que também era conhecido por "N. S. do Bom Sucesso". Largou para a Índia com o galeão-capitânia "S. Lourenço" em 1649. Perdeu-se a 8 de Setembro abaixo das ilhas de Angoche, Moçambique.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1648 a 1649.

31. "S. Roque"
Galeão que também aparece como nau e urca.
Em 1648 largou para a Índia como navio-chefe com o galeão Santa Catarina.
Em 1650, em Goa, não se achava capaz de partir para o Reino.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1648 a 1650.

32. "S. Tomás"
Galeão de 450 t e 26 peças de artilharia que também era conhecido por "S. Tomé".
Entrou na armada de reconquista de Angola em 1648.
Foi julgado incapaz na Baía em 1655 e mandado vender.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1648 a 1655.

33. "Santa Luzia"
Galeão de 360 t e 30 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Em 1650 derrotou sozinho, por duas vezes, uma esquadra holandesa que o acometera perto do Recife.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1650.

34. "Jesus Maria José"
Galeão de 250 t e 22 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

35. "N. S. da Graça"
Galeão de 300 t e 26 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

36. "Santo António de Pádua"
Galeão de 4001 e 26 peças.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

37. "Bênção"
Galeão de 300 t e 24 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

38. "S. Ciprião"
Galeão de 400 t e 28 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

39. "N. S. da Conceição"
Galeão de 300 t e 24 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Em 1650 saiu a bater-se com a armada inglesa do Parlamento que bloqueava o Tejo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1651.

40. "S. Salvador"
Galeão que em 1649 fez uma viagem a Angola.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

41. "S. Pedro de Lisboa"
Galeão de 400 t e 34 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Em 1650 saiu de armada a bater-se com a armada inglesa do Parlamento, sendo aprisionado pelo inimigo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1650.

42. "S. Pedro Grande"
Galeão de 450 t e 32 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

43. "S. Paulo"
Galeão de 840 t construído no Porto e pertencente à Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 saiu de Lisboa para o Brasil na primeira frota da Companhia Geral como capitânia.
Nos princípios de 1652, em combate no Brasil com holandeses, afundou-se por explosão acidental do paiol da pólvora.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1652.

44. "S. Pedro"
Galeão de 840 t construído no Porto e pertencente à Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Fez várias viagens ao Brasil em armada.
A última notícia é de 1675.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1675.

45. "Três Simões"
Galeão de 3001 e 28 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

46. "Tomás e Luzia"
Galeão de 300 t e 26 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

47. "S. Teodósio"
Galeão de 450 t e 30 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Fez várias armadas ao Brasil.
Em 1662 saiu de armada para uma incursão ofensiva às rias da Galiza com a cooperação duma esquadra inglesa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1662.

48. "S. Francisco"
Galeão de 350 t e 30 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Em 1650 foi queimado, depois de combate, pela esquadra do almirante inglês Blake que bloqueava o Tejo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1650.

49. "Tabor"
Galeão de 300 t e 28 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1649 a 1675.

50. "Santo António do Porto"
Galeão de 250 t e 20 peças da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
Em 1649 largou para o Brasil na armada do conde de Castelo Melhor.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1649.

51. "S. Francisco"
Galeão da armada de Sequeira Varejão que em 1650 saiu a acometer a armada inglesa do Parlamento que bloqueava o Tejo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1650.

52. "S. João"
Galeão da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil que no regresso do Brasil, em 1650, sendo navio-chefe de Antão Temudo, se bateu nas águas do Tejo com a armada inglesa do Parlamento.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1650.

53. "Santo António de Mazagão"
Galeão de 18 peças que também aparece como nau. Em 1650, de regresso da Índia, furou o bloqueio do Tejo da armada inglesa do Parlamento. Navio-chefe da armada aparelhada no Tejo para combater a armada do Parlamento. Ia armado de 36 peças.
Em 1652 saiu de Goa para a reconquista de Mascate e em 1654 foi no socorro a Ceilão numa armada que destroçou uma esquadra de três naus holandesas.
No regresso a Goa, perseguido por uma armada holandesa, encalhou e perdeu-se.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1654.

54. "S. Pedro e S. João"
Galeão que em 1650 largou numa armada a combater os ingleses do Parlamento que bloqueavam o Tejo. Combateu na segunda saída.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1650.

55. "N. S. da Natividade"
Galeão que em 1650 largou numa armada a combater os ingleses do Parlamento que bloqueavam o Tejo.
Foi tomado pelos ingleses, apesar da bravura com que se houve na luta.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1650.

56. "N. S. da Estrela"
Galeão que também dava pelo nome de "Santa Maria da Estrela".
Em 1650 fez parte da armada que saiu a combater os ingleses do Parlamento que bloqueavam o Tejo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1650.

57. "S. Lourenço"
Galeão que em 1650 saiu numa armada a combater os ingleses do Parlamento que bloqueavam o Tejo.
Em 1658, incluído na armada, combateu os holandeses que bloqueavam Goa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1658.

58. "S. João Evangelista"
Galeão que em 1650 largou para a Índia com o vice-rei conde de Aveiras.
Em 1652 perdeu-se perto da barra de Goa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1652.

59. "S. Francisco"
Galeão que em 1650 era considerado navio acabado de sair do estaleiro.
Em 1650, em viagem para a Índia, arribou a Portugal e perdeu-se por encalhe no areal de Penafirme, perto da Ericeira, a 28 de Agosto.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1650.

60. "N. S. da Nazaré"
Galeão de 3501 e 34 peças.
Em 1652 entrou na empresa de Mascate como navio-chefe e em 1654 foi no socorro a Ceilão também como navio-chefe.
Bateu uma esquadra holandesa de três naus e no regresso foi a nossa esquadra destroçada, perdendo-se.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1654.

61. "Sacramento"
Galeão de 60 peças construído no Porto.
Em 1651, na viagem para Lisboa, bateu-se e desbaratou três fragatas de Dunquerque que o atacaram.
Em 1669 largou incluído no comboio da frota do Brasil, indo perder-se, por encalhe, à entrada da Baía.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1669.

62. "S. Filipe e Santiago"
Galeão de 18 peças construído na Índia, possivelmente em 1650.
Em 1654 largou de Goa incluído na armada de socorro a Ceilão.
Tomou parte no combate contra três naus holandesas.
No regresso de Ceilão encalhou junto do rio do Sal quando perseguido pelos holandeses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1654.

63. "S. Francisco"
Galeão de 30 peças construído na Índia em 1650 juntamente com o galeão "Santa Helena".
Em 1667 achava-se em Timor a comprar sândalo.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1672.

64. "Santa Helena"
Galeão construído na Índia em 1650.
Também conhecido pela invocação Madre de Deus.
Em 1651 largou para o Reino com o galeão "S. Francisco".
Tornou para a Índia em 1654.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1650 a 1654.

65. "S. Tomé"
Galeão de 30 peças.
Em 1655 largou de socorro a Ceilão.
Em 1658, incluído na armada, combateu os holandeses na barra de Goa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1651 a 1658.

66. "Santíssimo Sacramento da Trindade"
Galeão de 54 peças que também aparece como nau.
Em 1654, no regresso da Índia com o conde de Óbidos, derrotou alguns navios que o atacaram próximo da Madeira.
Em 1658, incluído na armada como navio-chefe, combateu os holandeses na barra de Goa.
Em 1660 achava-se em Mormugão, fazendo muita água.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1653 a 1660.

67. "S. José"
Galeão de 30 peças.
Em 1654 entrou no socorro a Ceilão e perdeu-se por encalhe no regresso a Goa perseguido pelos holandeses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1653 a 1654.

68. "N. S. da Conceição"
Galeão que em 1655 largou para o Brasil na armada do general Francisco de Brito Freire.
Regressou ao Tejo no ano seguinte.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1655 a 1656.

69. "N. S. da Conceição Grande"
Galeão que em 1655 largou para o Brasil.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1655 a 1656.

70. "N. S. da Natividade e Santo António"
Galeão que também dava pelo nome de "Santo António da Natividade".
Em 1663 assentou-se mandar encalhar o navio em Panelim, por não merecer fabricos.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1656 a 1663.

71. "S. Gonçalo"
Galeão que também aparece como nau.
Em 1675 o galeão achava-se no rio da Ribeira, na Índia, debaixo de água e quase coberto de lama.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1656 a 1675.

72. "S. João e S. Jacinto"
Galeão de 30 peças.
Em 1658 entrou no combate da barra de Goa contra os holandeses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1657 a 1667.

73. "Santo Maria de Anjenga"
Galeão de 36 peças.
Em 1658 entrou no combate da barra de Goa contra os holandeses.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1657 a 1662.

74. "N. S. do Pópulo"
Galeão construído na Baía e lançado à água em 13 de Abril de 1657.
Regressou da Índia ao Tejo, com escala pela Baía, em 1666.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1657 a 1666.

75. "Padre Eterno"
Galeão construído no Rio de Janeiro em 1659.
A quilha era de 143 pés.
À vela competia com a fragata mais ligeira.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1659 a 1669.

76. "N. S. da Conceição"
Galeão de 24 peças.
Em 1660 largou para Moçambique e foi perder-se na ilha de S. Lourenço.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1660.

77. "Sacramento da Esperança"
Galeão que partiu para a Índia em 1660 e entrou em Mormugão no ano seguinte em guindolas.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1660 a 1663.

78. "N. S. da Ajuda"
Galeão de 60 peças de bronze e 900 homens de guarnição. Em 1673, no regresso ao Reino, foi tomado à falsa fé e destruído por um pirata inglês.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1660 a 1673.

79. "Santa Teresa de Jesus"
Galeão de 50 peças.
Em 1667 tomou parte na empresa de Mascate.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1663 a 1668.

80. "N. S. da Conceição e Santo António"
Galeão que em 1664 largou para a Índia.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1664 a 1665.

81. "N. S. da Guia e S. João Baptista"
Galeão que também aparece como nau, naveta e patacho.
Em 1664 largou para a Índia.
Em 1672 largou de Goa para a China, com escala por Manila, a fazer de novo aquela viagem por conta de Sua Alteza.
Perdeu-se na monção de 1674.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1664 a 1674.

82. "S. Pedro de Alcântara"
Galeão de 60 peças de bronze construído em Lisboa em 1664.
Fez uma viagem à Índia.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1664 a 1668.

83. "S. Luís"
Galeão que em 1664 chegou de Inglaterra a Lisboa de um corso.
Possivelmente diferente do galeão de 1647-1648.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1664.

84. "S. Bento"
Galeão de 36 peças que largou para a Índia em 1666 e arribou a Lisboa.
Em 1669 entrou no combate naval de Ormuz contra os árabes como navio-chefe duma armada.
Foi mandado desmantelar, devido ao seu mau estado, em 1677.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1666 a 1677.

85. "N. S. da Piedade"
Galeão de 50 peças.
Seguiu para a Índia em 1669.
Em 1674 largou do Tejo incluído na armada que devia conduzir D. Afonso VI da Terceira a Lisboa.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1667 a 1674.

86. "S. Pedro de Alcântara"
Galeão que em 16 de Julho de 1670 foi lançado à água na Ribeira do Ouro, no Porto.
Era considerado um dos melhores navios construídos no Reino.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos em 1670.

87. "S. Pedro de Rates"
Galeão construído na Ribeira do Ouro, no Porto.
Em 1672 largou para a Índia e para lá tornou em 1675.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1670 a 1676.

88. "S. Miguel"
Galeão construído na Índia.
Também conhecido por "S. Miguel, o Anjo".
Em 1674 largou para o Reino.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1674 a 1675.

89. "S. Francisco Xavier"
Galeão que em 1674 entrou o Tejo vindo do Porto, onde parece ter sido construído na ribeira do Ouro.
Também dá pelo nome de "S. Francisco Xavier e Santo António" e classificado como nau.
Entrou em várias forças navais e foi igualmente nau da Índia.
Em 1687, no regresso da Índia, devido ao mau tempo, arribou à ilha de Mascarenhas e ali se perdeu.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1674 a 1687.

90. "Santiago Maior"
Galeão construído na Ribeira do Ouro, no Porto, em 1675.
Também aparece como nau.
Depois de cruzar na costa, fez viagem a Mazagão e à Índia.
Em 1692 achava-se em Surrate.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1675 a 1692.

91. "S. Pedro da Ribeira"
Galeão começado a construir no Porto em 1676.
Em 1677 largou para a Índia conduzindo o vice-rei D. Pedro de Almeida Portugal, 2.° Conde de Assumar.
Regressou ao Tejo em 1683, com escala pela Baía.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1676 a 1682.

92. "S. Francisco de Borja"
Galeão construído na Ribeira do Ouro, no Porto, com os galeões "S. Pedro de Rates", "S. Francisco Xavier" e "Santiago Maior".
Também aparece como nau e fragata.
Em 1677, incluído na armada do visconde de Fonte Arcada, foi de socorro a Orão.
Em 1680 combateu na barra do Tejo com navios franceses, que desejavam ser cumprimentados primeiro.
Fez viagens à Índia, tendo no último arribado ao Tejo em 1693.
Esteve ao serviço na Real Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos de 1677 a 1693.

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