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terça-feira, julho 08, 2014

Batalhas e Combates-1797 III

Vila Nova de Milfontes
(17 de Julho de 1797)

   

Depois da batalha de São Vicente a fragata ‘Tritão’, do comando do Capitão-de-mar-e-guerra Donald Campbell, conservou-se na patrulha da costa do Algarve auxiliada por alguns caíques armados em guerra que eram utilizados para perseguir os pequenos navios dos corsários, argelinos ou franceses, quando procuravam refúgio nos baixos fundos junto à costa, onde a fragata não podia chegar por causa do seu calado. Em meados de Julho, provavelmente por ter sido informado de que uma flotilha de pequenos navios corsários franceses havia feito algumas presas na zona de Faro e depois seguira para a costa ocidental, o Capitão-de-mar-e-guerra Donald Campbell, resolveu dirigir-se também para lá levando consigo os caíques ‘Leão’, ‘Andorinha’ e ‘Soledade’, qualquer deles artilhado, possivelmente, com quatro ou seis pequenas peças de artilharia. Ao romper do dia 17, nas proximidades de Vila Nova de Milfontes, foi avistada a flotilha dos corsários composta por um lugre, dois caíques, três iates e uma rasca, os quais começaram logo a navegar em direcção à costa na tentativa de se colocarem fora do alcance da fragata. Mas esta, que era um navio com um bom pé, ainda os conseguiu alcançar e tomar um dos iates. O lugre e outro dos iates escaparam-se. Um terceiro iate e um dos caíques foram tomados pelo ‘Leão’, ao que parece sem oferecerem grande resistência. A rasca foi capturada pelo ‘Andorinha’ após um curto combate. Mais difícil foi a captura do último caíque pelo ‘Soledade’. Depois de uma breve troca de tiros, o comandante deste, Joaquim Inácio Lobo, resolveu abordá-lo e aferrando-o, lançou-se para dentro dele com os vinte homens que constituíam toda a guarnição. Mas os franceses que eram perto de cinquenta, defenderam-se tenazmente, e só ao fim de quarto de hora de luta renhida e depois de terem tido trinta mortos é que se renderam. Não diz o cronista quais tenham sido as baixas sofridas pelos portugueses, mas é de supor que a maior parte tenham, pelo menos, ficado feridos. Como dos navios capturados faziam parte alguns que eram portugueses apresados na costa algarvia, é de presumir que o Capitão-de-mar-e-guerra Donald Campbell, tenha voltado para lá a fim de os entregar aos respectivos donos.

      

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